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Já havia se passado mais de dois longos meses desde a alta de minha filha e Juan do hospital, um longo mês de descobertas e aceitações, de dores e felicidades, atualmente era mais felicidades do que dores.
No final de semana após a volta do Juan sua família fez uma festa para comemorar a alta do garoto e que tudo estava bem com e com a Cris, a recepção feita por eles foi uma das coisas mais lindas que eu vi, o carinho que eles tinha com o garoto e minha filha era algo que me fez ficar admirado por cada um ali presente, o chefe Maurício a cada momento me dizendo que nunca imaginou está possibilidade de que a garotinha que seu filho comentou algumas vezes fosse minha filha, ou da amizade de nossos filhos.
Confesso que foi um choque a primeira vez que vi a minha Tampinha usando roupas femininas e de maquiagem, não na somente na primeira vez, mas todas as vezes que a vejo sempre fico assim, contudo não é nada negativo, já que sempre ela está com um sorriso tão lindo em seus rosto, mas ele se desfez no instante seguinte quando percebeu que eu a observava em silêncio já que sua beleza era radiante.
— Cris... Você...
Andei com calma na sua direção olhar para ela aí diante de mim era impossível não me lembrar de Estella, Cris era parecida de mais com sua mãe, e a ver assim vestida diante de mim só me fez ter lembranças de sua mãe, era como se o destino me desse mais uma chance de rever a mulher que um dia tanto amei.
— Você... Está tão parecia com sua mãe.
Falei por fim a abraçando, o que dependesse de mim jamais minha filha iria derramar lágrimas de tristeza em sua vida, seus dias seriam de alegria e felicidade ao lado só de pessoas que desejam seu bem.
— Ou você ainda não me disse como ficou com a roupa?
Raul falou fazendo nós dois voltarmos ao mundo real, antes de soltar minha filha dei um beijo em sua testa.
— Raul... Ela está usando um lindo vestido verde esmeralda... Suas mangas são curtas com pequenos... Não lembro o nome deste negócio, deste corte.
— Renda? Babados? Bufante?
— Isso... Babados garoto... Bem lembrado, a um laço na altura do pescoço que faz lembrar uma gravata borboleta, um pequeno e fino cinto marrom na cintura.
— O senhor não acha que é exagero? Não quero ver ninguém babando nela. _Ele falou se ajeitando melhor no sofá e fazendo carinho na cabeça de Mabel seu cão guia, tantos nomes para ele dar aquele labrador lindo e ele da o nome de uma marca de bolachas.
A família do garoto poderia ser podre de tão rica, mas até o momento a polícia só consegui prender um dos cretinos que haviam batido em nossas crianças, melhor dizendo, um apareceu morto com sinais de espancamento e tortura, o segundo que estava sobre a custódia da polícia permanecia hospitalizado em coma e o terceiro foragido.
— Raul tem razão tá muito exagerado...
— Pai!!!! _Cris falou em protesto com um bico enorme.
— Vocês dois estão exagerando de mais, uma que só vem a família do RAJ almoçar com a gente hoje, outra coisa qual problema da Tampinha ser linda?
— Concordo com você Nanda...
Olha para aquele quarteto é meu coração só transbordar de alegria e de certeza da decisão que eu havia tomado a alguns dias, minha vida financeira finalmente havia se estabilizado depois da promoção que havia recebido a semanas atrás e ter assumido o cargo ajudou e muito, Rodolfo a poucos dias deu a notícias de ter sido efetivado como Arquiteto, então eu só precisava da ajuda deles para o que eu iria fazer logo após nosso almoço.
Hoje oficialmente iria conhecer toda a família do RAJ, já deveria ter feito conhecido a todos a muito tempo, queria Cris e Juan presentes neste dia, principalmente a minha pequena Princesa que fazia de tudo para ajudar o namorado.
— Sogro você ainda não disse o motivo que deseja nossa ajuda! _Juan disse isso é estava bem inquieto era como se já soubesse o favor que eu iria pedir a eles.
Quase uma hora depois de ter contado a eles meus planos Raj chegou com sua família em casa, aquele era a primeira vez que eu via todos juntos, seu irmão mais novo e sua mãe já havia conhecido de outras oportunidades, mas seu pai e irmão mais novo era a primeira vez que nos encontrávamos, o Pai do Raj deveria ser mais velho do que eu coisa de Cinco anos e aquilo me deixava bem nervoso, ele aparentava ser um homem bem sério.
Raj aos poucos foi apresentando todos a todos, ele tinha um bom jogo de cintura e aos poucos sua família estava super tranquila conversando com meus filhos, mas o seu pai ainda me encarava com uma expressão meio receosa e sempre me encarando, em certo momento quando Rodolfo era ajudado pelo irmão mais vejo de Raj, vi o pai dele se sentando ao lado do Raul, por sorte o meu sogro não havia me notado.
— Você deve ser o garoto que meu filho tem falado nas últimas semanas...
— Se ele andou falando de um ceguinho sou eu mesmo. _Este garoto tinha garra e não se demostrava abalado nunca.
— Ele não disse ceguinho, mas sim que o genro de sue namorado havia feito de tudo para não deixar nada acontecer a filha do Sérgio.
— Não fiz de tudo e sim tudo o que eu pude, mas mesmo assim eles machucaram ela... Mas hoje estamos bem, pois ela e o seu Sérgio estão felizes e isso me deixa feliz...
— É como você vê o relacionamento deles...
Do nada a risada do Raul fez meu sogro se assustar, pois ele gargalhava bem alto, o garoto tinha fibra e garra.
— O senhor e engraçado, queria ter visto sua cara agora... Esqueceu que eu sou cego? Mas o que ouço e uma eterna melação de ambos.
Queria poder ouvir mais um pouco sobre está tal melação, contudo Cris havia me chamado e sabia que não conseguiria continuar "bisbilhotando" a conversa daqueles dois como eu desejava.
Últimos dias meu pai andava inquieto desde o momento que havíamos conversado sobre o almoço na casa do Sérgio, mamãe e meus irmãos diziam que sua cara de ranzinza era somente por ciúmes e que eu não deveria me preocupar com nada. Assim que chegamos na casa do Sérgio ele passou a encarar o coitado do meu namorado sempre medindo ele dos pés a cabeça, precisou minha mãe da uma bronca nele.
Pouco antes de nossa refeição o vi conversando com o Juan é ambos davam risada de alguma coisa, achei perfeito que ele estava conversando com alguém, minha preferência seria com Sérgio, mas isso já era um bom começo.
Após o almoço ajudei na organização da cozinha e da bagunça, mesmo com os protestos vindos do meu amor que ele organizava tudo ali, porém com a ajuda de Fernanda e Rodolfo me poucos minutos tudo ficou limpo e no seu lugar.
— RAAAAJ!
— Tá ferrado o Raul só lembra seu nome. _Rodolfo falou rindo, com o grito que seu cunhado havia dado de algum canto da casa.
— Deixa ele... Já eu volto.
Passei pela sala onde quase todos estavam sentados, digo quase, pois não havia visto Juan, Cris e Sérgio ali, somente meus familiares que estavam aproveitando um pouco mais da sobremesa feita pelo Sérgio. Fui direto ao quintal da frente onde encontrei Juan com a Mabel, queria entender sua cabecinha, já que todos seus cães tinham nomes relacionados com bolachas.
— O que aconteceu?
Falei assim que me aproximei dele, que tinha uma expressão de preocupado.
— Eu perdi... Tô fudido...
— O que você perdeu??? _Perguntei a ele.
— Você está sozinho?
Olhei em volta e na direção da casa antes de dizer a ele que estávamos sozinho ali na frente.
— Eu estava com ele aqui na minha mão é puff... Sumiu.
— Raul explica o que você segura na sua mão e que sumiu...
— Traidor... Até você! _me segurei para não rir quando ele me chamou de traidor.
— Era um saquinho acho que de veludo ou algo do tipo... e dentro tem um caixinha e um envelope.
Comecei olhando em volta e não achava nada com a descrição que ele falava, olhei em alguns vazos de planta e também não achei nenhum "saquinho", perguntei o que ele fazia e o cabeçudo me disse que estava rodando o saquinho pelas alças, e isso era perfeito pois ele saiu voando em alguma direção que não fazia ideia qual poderia ser.
Até que observando melhor Mabel ela segurava alguma coisa com a boca, me abaixei diante dela que soltou de imediato o saquinho que segurava. Realmente ele era de veludo preto com um cordão dourado.
— Acho que achei ele. _Falei levantando e segurando sua mão e devolvendo a ele o tal saquinho.
— Não... abre antes...
Ele falou isso é me empurrou o saquinho, olhava sem entender nada do porque dele está fazendo aquilo.
— Porque?
— Vê se tudo está inteiro
— Raul está sim! _falei só abrindo um pouco e realmente havia um envelope e uma caixinha vermelha dentro.
— Aproveitando leia o que está escrito na carta.
— Você e folgado! _falei ao tentar devolver a ele.
— Não RAJ eu sou cego... Então só leia para mim.
— Meu amor, não poderia começar esw texto de outro modo, já que você e o homem de minha vida, sou uma outra pessoa desde que conheci você, definitivamente você e o responsável por eu ser uma pessoa melhor hoje em vista de ontem. Você tem essa qualidade de me fazer mostrar ao mundo, de suas possibilidades, de suas felicidades, você desde o primeiro dia foi paciente comigo, e ainda hoje continua sendo estas pessoa meia e carinhosa comigo. _nossa como era linda aquela declaração, olhei para o Juan e seu rosto tinha um sorriso enorme.
— Atravessamos alguns momentos complicados, se não fosse você me apoiando e sendo meu porto seguro eu teria ficado louco, pois nem sempre estive à altura das situações, mas ao seu lado tudo parece mais fácil, tudo parece mais leve d muito mais simples. Você me demonstrou a força que tem o verdadeiro amor o quanto esse sentimento é importante para superar as adversidades. _passei a mão no meu rosto é depois fiz o mesmo no garoto que chorava em silêncio.
— Deixa elas... Só leia por favor.
— Houve também momentos de uma felicidade imensa que nunca havia sentido antes e que me proporcionaram algumas das minhas melhores memórias...
Não vou ler isso de jeito nenhum, nossa primeira noite de amor. Disse a mim mesmo, sem chances que vou falar isso.
— RAJ?
— Por tudo isso e muito mais, tenho um pedido para lhe fazer... _Não pode ser, peguei a caixinha e abri ela antes de continuar lendo.
— ...talvez o maior pedido que alguma vez lhe farei...
Pouco antes de ler as últimas palavras ouvi a voz do homem que mais amava em minha vida vir em minha direção com um sorriso todo bobo.
— RAJ Você é homem da minha vida! Desde que nossos corações ofereceram atenção ao nosso olhar, minha vida virou um mar de tranquilidade e amor...
... De tudo o que a vida me pode dar, filhos maravilhosos, um amigo que hoje apenas peço para passar o resto dos meus dias ao seu lado. Meu amor, aceita casar comigo e fazer desse desejo uma realidade?
— Eu... Eu... _As palavras não saiam, minha família, todos ali esperando eu dizer o que meu coração desejava a muito tempo.
— Sim... Sérgio... Digo SIM 100 VEZES SE FOR PRECISO... EU ACEITO PASSAR A TER UMA VIDA COMPLETA COM VOCÊ AO MEU LADO PARA SEMPRE!
Reta final chegando, em breve descobrimos quem foi o responsável por ter feito tudo no restaurante, e os prováveis culpados pelo atentado contra Cris e Juan.
Vejo vocês nos próximos capítulos 😘
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