- 12 -
Eu estava bem ansioso, isso era um fato, lembro que a última vez que fiquei assim foi quando viajem pela primeira vez de cruzeiro com Juan e Guilherme, a felicidade do meu filho em poder passar algum dias naquele gigantesco navio havia me deixado bem feliz com sua felicidade.
Mas hoje a situação era diferente, tinha um almoço especial com Fábricio, Yuri, Eros e Erick, o cabeça dura finalmente aceitou nossa proposta, ver o sorriso despreocupado no rosto do Yuri era melhor coisa, ele vivia me dizendo que seu coração não iria aquentar em saber que o filho morreu em alguma operação da Polícia Federal ou que ele foi vítima de algum criminoso, está sua segunda hipótese seria quase impossível de acontecer, já que seu pai Biológico não deixaria nunca ninguém assim se aproximar dos filhos.
Assim que nós três chegamos no restaurante ele estava vazio, estranhamente vazio, para aquele horário, havia algumas pessoas se queixando na porta dizendo como eles haviam fechado as portas, quem tentava controlar aquelas poucas pessoas era o Ramon e Luiz.
Ramon assim que viu a gente sua expressão no rosto mudou de estressado para aliviado, perguntei o que havia acontecido mas ele pediu para entrar que ele iria dizer. Lui quando Yuri chegou próximo a ele o abraçou e seu olhos estavam cheio de lágrimas.
Já do lado de dentro começamos a entender o que estava acontecendo, algumas pessoas com colete da Vigilância Sanitária é da Polícia Civil.
— Padrinho eles chegaram do nada dizendo que tinha diversas denuncias de comida estragada e vencida, até denuncia de trabalho escravo... Isso e ridículo, os meninos nunca nem venderam um grão de arroz amanhecido. _Ramon falava se tremendo de raiva.
— Cadê os Gêmeos? Maurício? _perguntei sentindo meu sangue ferver.
— Estão com os fiscais, Eros está na sala dele chorando de raiva, o Raj está com ele? _Ramon respondeu a nós e me deixo mais confuso ainda.
— Quem e Raj? _Perguntei tentando entender a situação.
— O estagiário, ele que me ligou avisando sobre a situação... Logo está semana algo assim acontece.
Yuri avisou que iria ligar para Cintia ver o que conseguia resolver sobre a questão de maneira mais rápida possível e sem chamar atenção, e seguiu com Lui até a sala do Eros. Já Ramon, Fabrício é Eu seguimos para a cozinha ver o que acontecia, mas antes de entrar lá, Fabricio fico conversando com o Policial responsável por acompanhar a Vigilância Sanitária.
— Vocês estão de brincadeira comigo? Como pode ter rato aqui dentro. _Erick gritava bastante dizendo que tudo ali era impossível.
Observei um homem ao celular tirando fotos de fezes de rato dentro de uma panela, perguntei se ele era o responsável ele me negou dizendo que a responsável se chama Maria e estava e ela estava dentro da câmera fria, que quando cheguei achei estranho o chão inundado de água e o Maurício dizendo a ela e outro fiscal que alguém havia armado toda a situação.
— Maria? Boa tarde! _Falei chamando atenção de uma senhora na casa dos 50 anos acima do peso.
— O senhor seria? _Ela perguntou me analisando.
— Me chamo Gabriel, sou um investidor do restaurante.
— Péssimo dia para senhor conhecer o estabelecimento, estamos atuando eles, nunca vi um descaso tão grande... Olha isso aqui...
Ela falou apontando com os pés uma caixa com pedaços de carne onde era possível ver uma quantidade enorme de vermes se mexendo ali dentro, quando seu pé bateu ali o cheiro de podridão ficou forte, corri para o lado de fora e vomitei na primeira lixeira que eu vi no caminho.
...
Foi uma luta e um sacrifício gigantesco, mas com a ajuda do Fabrício e de um advogado que Cintia enviou conseguimos convencer de não lacrarem a porta principal, a Mulher da vigilância avisou que se ela não fizesse isso iria aplicar uma multa Gigantesca, Yuri e Eu concordamos que a multa era melhor do que subir uma parede fechando a entrada do local com uma notificação judicial nela.
Assim que eles foram embora, os gêmeos pediram aos colaboradores que estavam ali para que eles jogassem todo estoque de alimentos fora, Maurício disse que não seria necessário somente o que havia surgido da noite para o dia.
— Não Maurício, podem jogar tudo no lixo não quero um grão de arroz aqui dentro, joguem tudo no lixo, prefiro ter esse prejuízo do que correr o risco de na próxima visita eles...
— Erick fica calmo amor, na próxima visita não vão ter nenhum problema.
— Ramon tem razão, vamos tentar entender o que aconteceu aqui primeiro. _Fabricio falou e olhava em volta, como se procurasse alguma coisa.
— RAJ me faz um favor, assim que o Sérgio e o pessoal do próximo horário chegar avisa que não abriremos até a próxima quarta feira. _Eros falou ao garoto que somente concordou, ele parecia confiar de mais nele.
— Raj, outra coisa... Melhor peça ao pessoal do seu turno para lavar todas as câmeras, cozinha, teto tudo com água e cloro, não deixa ninguém vir aqui para o salão, explica ao Sérgio o que aconteceu e peça a ele para verificar se estão fazendo os serviços.
— Sim senhor Erick. _antes de responder ele confirmou com o Eros.
— Se depois de tudo isso feito não tivermos terminando aqui aí sim peça ao Sérgio para avisar a todos que estão dispensados até quarta feira, e que e pra ele me esperar pois precisamos conversar.
O garoto concordou com o que Maurício e saiu nós deixando no salão, o clima era bem pesado, mas Fabrício parecia está em outra dimensão já que ficou um longo tempo perdido no seu mundo.
— Fala logo Fabrício, o que tanto olha para o teto?
— Aqui tem câmeras? Elas tem somente aqui ou nas outras áreas?
— No salão temos algumas, e outras na cozinha, de frente aos vestiários...
— Bom... então elas gravam tudo aqui dentro.
— Exato, servem para isso... Onde você que chegar? _Ramon falou irritado com ele.
— A sua secretária consegue acesso a elas?
— Não, somente Erick e Eu... Vou te mandar a senha no seu celular do meu notebook e do sistema.
— Obrigado Eros, só vou ver mais uma coisa antes e já vejo as câmeras.
Ele saiu com um sorriso no rosto, como todos ali ele suspeitava que alguém havia armado todo o circo para a vigilância sanitária, as denuncias, tudo isso para acontecer no dia de hoje mais exatamente.
— Maurício quem faz a verificação das geladeiras, os alimentos tudo o que aquela mulher falou que estava podre, cheio de bichos, não a como ter chegado naquele estado em uma noite.
— Sérgio verifica as geladeiras antes de ir embora, ontem eu e ele fizemos tudo isso juntos com o Raj... Eles já havia deixado até adiantado a separação de itens para hoje.
— Mas você acompanha todo dia Erick? _Yuri falou encarando ele.
— Gente, não a como fazer todo dia este acompanhamento com ele, mas o Chef Sérgio e de extrema confiança, tanto é que hoje iríamos avisar vocês que ele seria o Chef principal para o Restaurante que vamos inaugurar dentro do cento de distribuição, ele seria o cozinheiro chefe responsável, e bem provável que o Raj...
— O estagiário? _Yuri falou surpreso.
— Sim, ele tem potencial Tio Yuri. _Mauricio respondeu. — A questão aqui hoje infelizmente não e está, e sim sobre o que aconteceu, cheguei de manhã e a câmera fria estava sem energia, chamei o técnico que chegou logo atrás do pessoal da vigilância, ainda nem sei o que aconteceu nela.
Falávamos, falávamos e não sai do lugar nossa discussão idiota, o advogado acabou perdendo a paciência e foi logo ao ponto
"Vocês tem exatos 15 dias para acerta tudo nesta lista, são 12 notificações da vigilância sanitária, mais 2 daquele cara idiota do ministério do trabalho onde alega que a carga horária deles que excedente a permitida... Vou verificar tudo certinho, mas recomendo que neste primeiro momento não procurem mais erros, só hoje com a multa foi de Cem mil reais, mais o estoque de duas semanas de alimentos que de acordo como Sr. Eros e de quase trinta e cinco mil reais, ou vocês vem uma solução ou vão acabar perdendo o alvará de funcionamento e terão no final uma dívida de quase Quatrocentos Mil."
O que ele falou era verdade, ficar deduzindo que fez e porque fez não já ser a solução no momento, ele disse que tinha que voltar ao escritório para dar entrar no pagamento de multas e verificar as denuncias trabalhistas mais a fundo, e novamente pediu para fazer o que a fiscal havia pedido a nós o mais rápido possível. Um bom tempo depois Fabrício voltou, dizendo que tinhas boas é notícias não tão boas assim.
— Sem brincadeiras filho, seja direto.
— Olha pai a boa notícia deve te agradar eu aceito trabalhar com vocês, este mês entrego minha carta de demissão.
— Perfeito! _Yuri falou empolgado, pena que mais ninguém ficou igual a ele.
— Solta as ruins! _Lui gesticulou a ele.
— Bem... Vocês são vítimas de alguma pessoa, melhor dizendo algumas pessoas... As câmeras foram desligadas, minutos após o Sérgio ir embora com o namorado dele, quem fez isso sabia dos horários, senha do sistema de segurança e a posição de cada câmera.
•••
Mesmo estando ali para comemorar algo lindo como o aniversário de namoro do Cássio com Benji e o pedido de casamento que ele planejava, ainda não consegui me soltar totalmente do que havia acontecido durante a semana, as filmagens era bem claras, e com ajuda delas os meninos vão reabrir o restaurante sem dores de cabeça maior, e era isso que o Gui me falava a todo momento que me pegava perdido em pensamentos, dizendo para eu parar de pensar em trabalho pois era uma festa, avisei que iria parar quando o Maurício estivesse ali me dizendo o que conseguiram resolver.
E realmente meus pensamentos de serviço com a sua chegada fez eu esquecer de trabalho, já que passei a ficar observado meu sobrinho. Desde que Cássio chegou ontem observei o tempo todo sua inquietude, ele não parava de seguir a coitada da Cris com o olhar, até ficou um tempo conversando com ela e dava para notar seu constrangimento a distância, esperava que ele não tivesse dando em cima da garota, ou no pior de todos os cenários, descriminando ela, pois não iria aceitar nenhuma das possibilidades.
Juan teve uma melhora boa na escola nós últimos meses, era o tempo todo Cris isso, Cris aquilo, posso chamar a Cris, vou na casa da Cris, tenho trabalho com a Cris, Guilherme e eu ficamos surpreso quando ele chamou nós dois é os Avôs para falar que a garota era Trans, e toda sua preocupação em como deveríamos chamar ela, que não queria o avô Yuri fazendo piadas ou dando bola fora com alguma pergunta.
— Cadê nossas crianças? _Gui perguntou ao me entregar uma garrafa de cerveja.
— Não sei... Estavam aqui a meio minuto atrás e sumiram assim que o Benjamim chegou.
Olhei procurando aquele garoto, e nada de achar ele ali fora, vi o Cássio todo bobo com Benji, e o amigo deles com a namorada, meu sobrinho apresentou eles ao seus pais e depois puxou Benji para dentro da casa com uma cara muito estranha.
— Olha aquilo!
Gui falou me apontando para os cachorros que saíram correndo para dentro de casa atrás do Juan com toda certeza eles não eram agitados, ao contrário eram bem tranquilos, ao ficam assim quando meu filho queria eles por perto, era sinal que ele ia aprontar alguma das suas.
— E sua vez Gabriel!
— Sempre e minha vez de por um freio nele, você e muito esperto.
— Mas e sua vez amor, da última vez eu que fui atrás de você e dele para me ajudar com as sacolas.
— Você e muito cara de pau nem atrás dele foi.
Ele me puxou para mais próximo dele e me abraçou, sua mão desceu ele apertou minha bunda o que me fez jogar meu corpo mais para frente é fui obrigado a beijar aquela boca que tanto amava, que desejava ela todo dia.
— Pau... _Falei ao seu ouvido. — Sabe estava pensando da gente ir lá na cachoeira, deixa as pessoas aqui... Tirar um momento para nós dois.
Conforme me mexi um pouco após está sua proposta, senti algo duro e gostoso roçando em mim, olhei para ele que tinha um sorriso sacana, que combinava tão bem com seu cavanhaque. Passei o olho mais uma vez nas pessoas a nossa volta desejando achar Cris ou Juan, assim sairia dali sem preocupação alguma na cabeça.
— Amor ele está aprontando! _falei baixo no seu ouvido
— Sorte que a Cris não corre o risco de nós da um netinho por agora.
— Nossa você e pior que o Yuri. _Falei batendo em seu peito e fechando minha cara, já que aquele comentário foi bem otário.
Quando resolvi sair com Guilherme dali puxando ele pelo braço, fomos impedido por Juan que segurou meu braço, seu rosto era o desespero total, Guilherme perguntou o que ele havia aprontado, mas aquele pestinha disse na maior cara de pau que nada.
Assim que ele começou a explicar o porquê do seu estado, dizendo que o irmão da Cris estava ali, e ele não fazia ideia que ela era trans, que ela não se via como um garoto.
— Olha o Boneco de Olinda está encarando a gente! _Ele falou um pouco mais alto.
— Se ele está encarando a gente já deve ter te notado, seu pai e eu vamos conversar com ele e você fica onde está com a Cris.... Vamos tentar resolver tudo isso sem que vire um caos maior. _Falei com Juan quase sem tirar os olhos daquele cara que devia ser pouca coisa mais alto que o Tio Alec.
— Acho que devíamos chamar o Alec e Yuri para ajudar. _Falei engolindo em seco.
— Tá com medo de um marmanjo.
— Olha ali está o Alec!
Eu falei olhando para ele e Yuri e chamando ambos, mas foi coisa de meros dez segundos e o girafão havia sumido e Guilherme saiu correndo em direção a casa, fiz o mesmo e só vi Yuri saltando da cadeira onde estava e correr na minha direção, ainda bem que ele entendeu algo na vida de primeira.
Quando cheguei na entrada da sala a Garota que estava com o girafão segurava o braço dele com força impedindo sua passagem.
— Eu já entendi que você se chama Fernanda, mas você tem que me soltar.
— Não o senhor ainda não deixo eu terminar de falar e muita falta de educação deixar uma dama falando sozinha.
— Porque você está impedindo ele? _Yuri falou sério e alto, ela olho meio assustada para ele que a encarava.
— Cássio! Benji vocês podem vir aqui.
Ela falou mais alto que o Yuri não ligando para sua expressão sem soltar o Guilherme, quando olhei para a direção que ela havia chamado meus sobrinhos eles viam correndo das escadas é já dizendo que não era para ninguém entrar e muito menos tentar subir as escadas.
— Mas eu vou subir sim. _Falei firme indo na direção deles que bloqueavam a passagem
— Não vai não... _Cassio falou me olhando com uma cara que não sabia decifrar.
— O meu Gigante precisa de um momento e privacidade.
— Quem e Gigante garoto? _Yuri falou passando a mão na testa sem entender nada.
Suspirei fundo e puxei o máximo de ar, não ia me irritar, pois se isso acontecer vou descontar toda raiva da semana naqueles três tontos, olhava pra eles, a garota chamada Fernanda ainda encarava o Yuri com uma cara de cu, mas ele também estava com a cara fechada e já batia o pé no chão impaciente, ele não fazia ideia do que estava acontecendo mas queria passar e queria acima de tudo respostas.
— Cássio vai começa a falar logo, já me irritei... Estou aqui sendo encarado por uma garota e nem sei o motivo.
— Vô Yuri ela se chama Fernanda é minha amiga e do Benji, e feio o senhor ficar encarando as pessoas.
— Desculpa vovôzinho não queria te intimidar com meu olhar. _ela falou sorrindo é vi uma veia subir na testa dele.
— Não chama ele assim, ele vai ficar muito bravo, ele e idoso mas não precisa lembrar...
— Guilherme! _chamei ele incrédulo com o que ouvi sair da sua boca.
Mas já era tarde de mais os meninos começaram a rir da cara dele que já havia parado de bater o pé no chão, ele saiu empurrando os netos e a garota sem pensar duas vezes e entrou, ficamos todos parado olhando ele ir em direção das escadas e parar de frente a elas, e olhou para mim esperando alguma reação da minha parte.
— O Idiota! Você vem ou não?
Olhava para os meninos e para o Guilherme, me perguntando se deveria ou não ir atrás dele que já estava fumaçando de raiva após a infeliz piada do meu marido.
Até quinta gente
ANTES de ir embora não esqueça de dar aquela 🌟 para fortalecer
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro