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Ainda não sabia explicar o que havia acontecido, um tropeço foi o suficiente para aquela represa de sentimentos estourar, foi só um toque mais demorado de sua pele sobre a minha me fez ver uma realidade que eu não imagina existir, tudo mudou naquele dia, mesmo que o medo de rejeição ainda existisse eu precisava me abrir com alguém, eu precisava conversar com alguém, mas com quem eu iria ter está conversa, com Ele isso estava fora de cogitação.

Dizem que o destino pode ser cruel as vezes, que ele pode trazer "males que vem para bem", após segurar ele que caiu em meus braços naquele final de noite, nossos rostos estão tão próximos que eu não resisti mais, como dizem "liguei o foda-se" e toquei seus cabelos, como aquilo foi tão bom,  como desejava a semanas fazer aquilo, tocar seus cabelos, e puxar seu rosto para mais próximo do meu e beijar sua boca, poderia ter beijado 100 bocas antes da sua, mas o seu sabor era único e marcante...

Não desejava ter soltado ele, queria ter continuado explorando o sabor de seus lábios, mais nós fomos interrompidos, e aquilo me fez tremer de medo, havíamos sido pegos durante nosso primeiro beijo, e todos meus medos voltaram como um Tsuname me mergulhando novamente naquele Mar obscuro de medo, de rejeição, de discriminação, sabia que ninguém iria aceitar meu relacionamento com ele, sabia muito bem que as pessoas mais importantes na minha vida talvez não aceitassem o fato de eu amar outro homem.

"Nossa senhora Aparecida me ajude"

Sempre fui católico e muito devoto de nossa senhora Aparecida e nós meus momentos de medo ou de vitória pedia sua benção e agradecia por suas graças em minha vida, mas hoje precisava de toda sua luz para me afastar de todo o medo que consumiu minha alma naquele momento, pois não estava pronto, e talvez nunca estaria pronto para ter aquele tipo de conversa, seja com um "estranho"  ou até mesmo com minha família, o medo de rejeição deles era uma faca enferrujada que me matava lentamente a cada mililitro que entra rasgando em meu peito.

Após soltar o Raj vi que seu rosto estava bem vermelho, acredito que nem ele esperava àquela minha atitude, mas vez o Eros e logo atrás o Erick ambos encarando nós dois me fez querer procurar um buraco e botar minha cabeça dentro de tanta vergonha que eu sentia, no meio da tarde foi toda a confusão que eu havia feito, gritando com ele e agora acabara de beijar os lábios mais doces de toda minha vida.

—  Boa noite!

Foi a única coisa que ele disse, não se importando com ninguém ali e foi embora, eu ao contrário dele fiquei ali estático sem conseguir me mexer, Eros me olhava com um sorriso na face, já seu irmão tinha um olhar tão perdido como o meu, sem saber o que dizer, sem saber que atitude tomar após ter visto aquela cena.

—  Sérgio podemos conversar?

Eros foi o primeiro a falar e quebrar o silêncio, apenas balancei a cabeça em positivo ao seu pedido, sem sair do lugar,  não tinha medo deles terem achado a cena que viram estranha, pois sabia que ambos eram gays, mas o que estava me deixando com medo era o Erick dizer que não poderia aceitar algo entre os colaboradores, ou até mesmo falarem que eu era velho de mais para o Raj.

Não era só isso, agora eu pensava na família dele, talvez eles não saibam que o rapaz e gay, talvez àquilo tenha sido uma surpresa enorme para ele, olhei para minhas mãos que tremiam de medo, talvez eu descesse ter me controlado.

— Eu...   Eu, acho que fiz merda!

Falei sentido todo meu corpo tremer de medo, o que eu tinha na cabeça, Nossa Senhora o que eu havia feito.

—  De onde eu estava não pareceu ser tão ruim... Foi o primeiro beijo? _Erick falou isso encanto seu irmão segurava uma de minhas mãos que ainda tremiam bastante.

Erickson!

— Ué! Só perguntei... Sérgio, a gente só tinha vindo aqui avisar para você ficar casa amanhã, já que não vamos abrir na parte da noite e não temos nenhum evento...

—  Me desculpem pelo que fiz hoje, pela minha cabeça quente o dia inteiro é agora por isso. _Falei me soltando do Eros.

—  Olha quem precisa de um pedido de desculpas por conta de seus gritos e o Raj e sua equipe.

Realmente! Sua cabeça deve está uma confusão de sentimentos, se quiser alguém para conversar sobre o que se passa aí dentro... Estamos aqui.

—  Eu estou bem, não necessito de uma folga adicional...

—  Sérgio, isso não esta fora de cogitação, tivemos um dia agitado, você trabalhou dobrado hoje, então amanhã por favor fique em casa, espero não ter aqui nos próximos dois dias... E isso será válido ao Raj também...

—  O garoto não fez nada de errado, ele não merece ser punido por algo que eu fiz.

O que eu disse era verdade quem havia pedido o controle hoje fui eu, primeiro gritando com o Garoto depois o beijando, sentido o sabor de seus lábios.

Sérgio, não estamos punindo nenhum dos dois, amanhã e só uma folga extra para compensar às quase 15h que você trabalho hoje, não só você mas o Raj também.

•••

Mesmo que obrigado acabei fazendo o que me foi pedido é hoje era meu segundo dia de folga, é estava a caminho do Parque do Ibirapuera, não entendi porque ele havia me pedido para encontrar ele em um parque, talvez assim seria mais fácil de esconder que estava saindo com um velho decrépito igual a mim, ou ele aí da tinha medo de eu surtar mais uma vez com ele do nada.

Havíamos marcado de encontrar com ele na frente do planetário, havia uma quantidade razoável de pessoas ali me só sendo uma quinta-feira, a maior parte das pessoas olhavam a tela do celular e comentavam sobre alguma coisa que estava acontecendo na frente do Planetário, mas não vi nada referente a alguma exposição ou mostra no local, estava tão distraído tentando entender o que aquelas pessoas faziam que me assustei quando meu ombro foi tocado por um mão quente.

Quando olhei melhor vi um Raj que usava uma camisa regata, bermuda de moleton, mochila nas costas e segurava uma bicicleta ao seu lado.

— Já suspeitava que você viria assim.

Ele falou apontando para mim, mesmo sabendo que o encontraria em um parque gigantesco como o Ibirapuera ainda sim fui de calça Jeans, tênis e uma camisa básica de cor preta.

— Achei que iríamos conversar, por isso não vim vestido mais largado, como diria meu filho Cris.

—  Olha aqui perto tem um banheiro,  eu aceitei conversar com você, mas quero andar de bicicleta e espero que você saiba ficar em cima de uma também.

—  Garoto, não vou andar de bicicleta usando Jeans.

—  Por isso sou mais esperto que você, trouxe uma bermuda para você usar... E antes que diga qualquer coisa a bermuda vai te servir, peguei uma do meu irmão que deve usar mesmo tamanho que você.

Eu ainda o olhava incrédulo, ele havia pensando em tudo, a chance de recusa seria baixa, andamos alguns minutos até um banheiro público do parque onde ele me entregou a mochila sem dizer mais nada, peguei ela e fui até um reservado trocar de roupas, quando abri a mochila além de uma bermuda de Tactel na cor chumbo não deixei de notar que havia um pequeno caderno ali dentro,  me segurei ao máximo para não abrir ele e curiar o que havia, achei melhor somente trocar de roupa e guardar minha calça, não iria invadir sua intimidade.

Quando sai do banheiro ele segurava o celular no alto e fazia pose para algumas fotos, sorri com aquela cena, quando me aproximei notei que ele tentava me capturar ao fundo.

—   Eu sabia que ia servir certinho.

—  Imagino que pegou isso escondido do seu irmão!

—  Não, disse a ele que precisava de uma bermuda empresta, ele disse que emprestava se eu apresentar alguém a ele depois.

—  Sua família sabe? Bem não sei...

—  Que eu sou gay Sérgio? Sim, o que me emprestou a camisa e meio Bissexual, minha família e tranquila quando a isso, meus pais quando meu irmão e eu falamos com eles ficaram meio em choque, melhor dizendo o medo de algo acontecer, mas com tempo o amor deles falou mais alto.

—  E seu outro irmão? _perguntei curioso, talvez nem toda a família entendia eles.

—  As vezes ele fala que preciso de um chá de buceta, mas e como o Henrique sempre diz a ele "Se for assim você devia tomar um chá de picão, pois e tão bom quanto um de buceta". _Olhei surpreso com o modo como ele falava.

Ouvir ele falando assim tão calmamente de sua família, fazia meu coração ficar calmo, e ter esperança que talvez meus filhos me entendam e me apóiem.

—  E seus filhos? Como e seu relacionamento com eles? _ele me questionou com uma carinha tão fofa e curiosa.

—  Acredito que nós damos muito bem, mesmo com a morte da mãe deles no incio da Pandemia, eles dois se tornaram um a Âncora do outro.

Ajustei as alças da mochila nas minhas costas e passamos a procura uma bicicleta para mim, algo que não foi tão difícil encontrar, a companhia do Raí era agradável de mais, e nossa conversa fluía bem, de um modo bem natural sem tentar forçar nada, quando paramos em um quiosque para compra água de côco para refrescar o calor que fazia neste dia aproveitei o momento para pedir algo para comer e ficamos sentados em uma pequena mesa, do nada me veio o desejo de pedir  desculpas a ele, por ter me estourado na câmera fria e ter gritado com ele sem motivos, é acabei me desculpando pelo beijo.

—  Foi tão ruim assim o beijo que você precisa se desculpar comigo?

Na hora que ouvir aquela sua pergunta, mas o que veio a minha cabeça foi novamente a letra da música "Viva a Vida"

E antes de falar, escute
Antes de escrever, pense
Antes de gastar, ganhe
Antes de orar, perdoe

Antes de magoar, sinta
Antes de odiar, ame
Antes de desistir, tente, tente

—  Estaria te contando uma mentira se eu falar que não gostei, que não sabia o que tinha na cabeça, mas única coisa que venho pensando desde aquele dia... Melhor deixar para  lá.

—  Se foi algo que agora vejo que ambos gostamos porque está me pedindo desculpas? Só posso imaginar um motivo para isso.

Olhava atento a ele que bebia calmante água de côco enquanto me encarava, o vi passar lentamente a língua nós lábios antes de devolver o côco a mesa e me olha de forma sexy.

— O que seria? _falei engolindo em seco, a sua presença me dominava, cada pequeno gesto seu me prendia, ele segurou minha mão sobre a mesa e senti um calor gigante percorrer todo meu corpo.

— Fui o primeiro homem que você beijou, e você tem medo do que as pessoas vão pensar.

Olhava para ele incrédulo, o garoto havia lido minha alma, pois realmente eu tinha medo do que tudo àquilo poderia virar, de tudo o que estava acontecendo era novo para mim, então sim, o medo e grande, de ser descriminado, de ser rejeitado pelas pessoas próximas a mim.

—  Pela sua expressão vejo que e verdade o que eu disse... Mas Sérgio porque a opinião dos outros importa tanto? Se eu fosse uma mulher você não estaria assim, acredito que estaria me cortejando, me convidando para jantar, me mandaria flores, chocolates, já aviso que gosto de chocolate amargo.

Abri minha boca para falar alguma coisas mas uma mocinha do quiosque trouxe meu pedido um lanche natural e um suco de laranja, ela entrego e desejou um bom apetite a nós dois.

—  Mas antes que diga algo que possa ser bem idiota. _Senti um aperto forte em minha mão.

Olhei para ele e entendi bem o queria dizer que "Medo era uma besteira", pois eu ainda segurava sua mão e não tentei me soltar dele que ainda me encarava com aquele lindo sorriso que estava acostumado a ter a todo momento.

— RAJ é isso que talvez você não entendeu meu não sou gay?

Falei isso soltando sua mão da minha, ele me olhou tão sério que me deu medo, ainda mais quando ele pegou seu celular e passou a digitar alguma coisa nele, por um instante achei que ele iria me deixar ali sozinho, contudo fiquei surpreso quando ele virou a tela do seu aparelho do seu aparelho que havia um embaralhado de letras

L G B T Q I A +

Olhei bem a tela e as letras, sabia que aquela siglas tinha o dobro de letras que eu me lembrava, mas o Raj fez questão de me explicar cada uma delas, e pelo modo que ele falou via muito orgulhosa em suas palavras e ele passou a ler o que cada uma delas significava.

L: Lésbicas
Mulheres que sentem atração sexual e afetiva por outras mulheres.

G: Gays
Homens que sentem atração sexual e afetiva por outros homens.

B: Bissexuais
Pessoas que sentem atração sexual e afetiva por homens e mulheres.

T: Transexuais
Pessoas que assumem o gênero oposto ao de seu nascimento. Uma identidade ligada ao psicológico, e não ao físico, pois nestes casos pode ou não haver mudança fisiológica para adequação.

Q: Queer
Sempre foi usada como uma ofensa para a comunidade LGBTQIA+, no entanto, as pessoas do grupo se apropriaram do termo hoje é uma forma de designar pessoas que não se encaixam à heterocisnormatividade, que é a imposição compulsória da heterosexualidade e da cisgeneridade.

I: Intersexo
Pessoas que não se adequam à forma binária (feminino e masculino) de nascença. Ou seja, seus genitais, hormônios, etc. não se encaixam na forma típica de masculino e feminino.

A: Assexual
Pessoas que não possuem interesse sexual. Por vezes, esse grupo pode ser também arromântico ou não, ou seja, ter relacionamentos românticos com outras pessoas.

+
O mais serve para abranger as demais pessoas da bandeira e a pluralidade de orientações sexuais e variações de gênero.

Quando ele por fim explicou sinal de +, ele disse que atualmente se encaixa no G de gay, e que seu irmão no B de bissexual, mas ele achava que o irmão poderia ser na verdade PanSexual.

—  Pan? O que seria Pan?

—  Deixa ver... Pansexualidade é a atração por todos os gêneros... _ Ele falou e pensou um pouco antes de continuar, era como se procura-se as palavras certas para não me confundir mais ainda.

— Se não me engano em todas as suas manifestações, sem restrição, nem preferência, quanto à orientação sexual do outro. Em outras palavras, as pessoas pansexuais não têm o desejo despertado por um gênero, orientação ou identidade em específico... Acho que e isso... E não venha dizer "não e o mesmo que Bissexual", pois te dou uns cascudos.

—  Muita coisa para eu absorver e decorar de um minuto ao outro.

— Nem precisa Sérgio, isso tudo e mais rótulos, se você não desejar ser rotulado e só dizer... Mas eu acho que você neste carnaval de siglas seria o sinal de Mais +.

Ri com aquela sua afirmação, aquele monte de letras em uma Sigla que a mais de 30 anos atrás, não deveria ser bem mais que isso só tinha três letras, mas com o passar do anos ela ganhou muito mais significado, muito mais inclusão a todos. Quando terminamos de comer voltamos a andar pelo parque de bicicleta, as horas se passaram que eu só notei isso quando estávamos sentado a beira do lado vendo o início de um show de luzes que havia ali todo dia, mas nada ali se comparava a beleza e ao sorriso cativante daquele garoto, e foi na hipnose de sua beleza que nossos lábios mais uma vez se encontram, e diferente da primeira vez não tive pressa de soltar ele, não tive medo, pois minha cabeça dura no dia de hoje havia mudado um pouco.

Era difícil de mais fazer o Juan aceitar um Não, a semana toda sempre que podia estávamos nós beijando, tentei fugir dele mais não resisti a suas investidas, ele sempre tão galante me chamando de sua princesa, como eu iria dizer não a um Príncipe destes?

Agora estou eu aqui na saída da escola tentando fugir dele, e para variar ele estava me levando na lábia, eu olhava para ele, olhava a tela do meu celular e nada do meu pai responder, de manhã ele disse que estava de folga, então por conta disso mandei mensagem, perguntando se poderia ir na ONG com meus amigos e não tive resposta.

—  Manda mensagem ao Boneco de Olinda!

—  Já te disse que meu irmão se chama Rodolfo!

—  Tem certeza? Ele e muito alto e você e toda fofinha, tão pequena.

—  Juan, temos a mesma altura, ou quase a mesma.

Olhei para a tela do celular e como não obtive resposta do meu pai, mandei mensagem ao meu irmão avisando que iria visitar uma ONG com o Juan, ele primeiro perguntou se o nosso pai sabia, disse que mandei mensagem mas sem resposta, mostrei a tela do celular ao Juan que me agarrou roubando um beijo ao ver o que o Rodolfo mandou.

"Avisa seu amigo projeto de espanhol se tem como o pai dele te levar em casa, nada de andar só na rua a noite, se não der eu te pego, me manda o endereço do lugar."

—  Primeiro eu sou Argentino! Segundo não precisa ele avisar isso, já tinha te dito que te levo ao céus se você desejar.

Mal ele sabia que eu já estava vivendo nós céus nas últimas semanas ao seu lado, que cada pequeno gesto feito por ele me fazia sentir nas nuvens.

Quando saímos para o lado de fora do colégio, Natália e Felipe esperava nós dois, ela tinha uma cara de poucos amigos, e Felipe de assustado.

—  Sério mesmo que hoje e ele? Não ia ser o meu avô? _Juan perguntou ao casal que antes de responder alguma coisa ouviram o barulho de uma buzinha insistente.

—  Veja pelo lado bom Nati, o tio Nando veio junto.

—  Devo me preocupar? _Falei bem baixo a ele que sorriu.

—  Não... Meus tios são de boas, o problema ali e com o Lipe, tio Adriano morre de ciúmes da Nati, e acha que eles são novos de mais para namorar.

Conforme me aproximei mais daquela SUV enorme dois homens ruivos saíram dela, o que estava do lado do motorista aparentava ser mais magro e tinha uma expressão de rosto fechada, ele deu a volta no veículo enquanto o homem que saiu do carro com uma expressão de rosto mais tranquila o que me lembrou em muito o senhor Guilherme no restaurante.

—  Nossa que caras de velório são estas? _Ele perguntou aos meus amigos que ficaram em silêncio, rapidamente ele olhou pra trás e sussurrou. — Nati e Lipe ele melhorou bastante nós últimos meses.

—  Pai o pai Nano finge que melhorou...

—  Verdade Pai Gabriel e meu tio Paulo falam que quando ele era mais moço era mais legal. _Juan falou sem papas na língua e todos olharam para o homem de cara fechada.

—  Mas deixa está cara de lado Tio Adriano, sorria mais como meu tio favorito aqui... _Ele falou isso e se jogou nos braços do seu tio favorito que beijou seu rosto com aquela sua grande barba vermelha.

—  Contar ao Gabriel e ao Galinha do Paulo, sobre quem e o tio favorito seu.

—  Tio Nano, não e bem assim que funciona as coisas... _Juan tentou se explicar o que fez o tal Adriano rir e mudar um pouco sua expressão.

—  E vocês três são três sem educação, Nando era igual a vocês... Não vão me apresentar o amigo novo?

—  Olha Naninho, com ele fecham um quarteto para poder tocar o terror... Yuri que vai gostar de saber disso.

—  Tios está aqui e a Cris, amiga deles e minha... _Olhava para ao Juan todo animado me apresentando aos pais da Nati, mas tive que cortar ele.

—  Sua? _Falei interrompendo o Juan que veio na minha direção e me beijou.

—  Só falta eu fazer o pedido e você dizer sim.

—  Cris um prazer conhecer você, está peste aí já disse como e a ONG?

Apenas balancei a cabeça em negativo, e durante o caminho eles foram me explicando que a ONG foi criada por um primo deles junto ao pai do Felipe, que sorria orgulhoso, para ajudar Crianças e Adolescentes vítimas de abuso Doméstico e Sexual, fiquei bem empolgado com o que eles me falavam que perguntei de onde surgiu a ideia para a ONG, e notei que o Felipe ficou um pouco inquieto neste momento, e seus tios mudaram um pouco o foco do assunto sem me dizer o motivo, e continuaram a explicar que com passar do tempo a ideia inicial deles tomou um rumo diferente, e um pouco maior, e passou a se tornar um "Abrigo" temporário para Crianças e adolescentes, alguns vinham e ficam alguns dias, pernoitando no local, outras já estavam ali a meses e faziam parte de uma fila burocrática para adoção.

—  Então e um orfanato? _perguntie na inocência pois era isso que parecia.

—  Não Cris, em um orfanato não podemos sair a hora que desejamos, a diversas restrições para entrada de pessoas de fora. _Juan me explicou.

—  Na ONG temos uma parte que presta serviço social, e uma casa anexa que seria um Orfanato, onde vive um pouco mais de 50 crianças e adolescentes.

Quando chegamos no local vi que o lugar era enorme, perguntei ao Juan se ele ir ali era algo do seu castigo sem fim e ele bem feliz disse que não, que sempre tentava vir uma vez na Semana, ajudar a família dele que mantinha o lugar, o que achei super legal, de acordo com ele onde estávamos era a parte da ONG que prestava serviço assistencial, com cursos e assistência Médica, Odontológica e até mesmo com Psicólogos.

Felipe me contou que quase todos que prestavam está ajuda médica eram voluntários, amigos do pai dele, alguns eram residentes de Medicina ou Odontológia, é que a família deles recusava a receber ajuda financeira do Governo, pois não queriam que o local se tornasse palco para compra de votos, ele ficou um pouco chateado ao falar isso já que de acordo com ele seu Avô e de Natália quase não conseguia vir ao local já que ele era Senador e evitava ter sua imagem relacionada ao lugar.

Passei o resto da tarde toda ali com Juan, brincando com algumas crianças e ajudando alguns garotos de nossa idade com estudos, o que não faltava no lugar era trabalho, no final do dia pouco antes do Juan me avisa que seu pai havia chegado, conheci os pais do Felipe, mas a animação dele veio mesmo quando nossa carona chegou.

Estava sentado na recepção com Juan que não parava quieto, tentando ensinar Felipe a dançar dizendo que ele devia ser mais solto igual ao Sr. Paulo que ia no ritmo dele, já o Sr. Marcos dava risada deles dois que de acordo com ele faziam tudo menos dançar de verdade. Do nada apareceu um senhor que meio bombado, que chuto ter entre 50/60 anos cabelos dreads ambos os braços cheio de tatuagem e dançando mais descompassado que aqueles dois, ao lado do senhor Marcos havia um rosto meio familiar, quando ele me foi sorriu fazendo um leve aceno com a mão como se já me conhecesse.

Juan voltou para mais próximo de mim puxando aquele senhor musculoso que veio sorrindo e dizendo para ele ir com um pouco de calma, pois já não tinha o mesmo gás de 15 anos atrás.

—  Deixa te apresentar a pessoa mais legal do mundo... E já te digo que ele faz parte do meu castigo.

—  Oi! _ falei sem graça aquele senhor que fez sinal com a mão e puxa o ar com um pouco de dificuldade.

—  Cris este e meu avô Yuri!

Ele falou todo orgulhoso me apresentando aquele senhor, que ainda não havia recuperado seu fôlego, quando ele estendeu sua mão em minha direção, a segurei e ele me puxou para um abraço tão gentil e carinhoso.

— Yuri olha seu tamanho tá espremendo ele todo.

—  Pai eu disse que e no feminino. _Juan falou baixo chamando alguém de   pai, e fiquei curioso para conhecer ele.

—  Me desculpa, o Juan tinha dado umas dicas e esqueci, sou o Gabriel pai deste pestinha.

—  Um prazer conhecer vocês, ele tinha me mostrado uma todo do você Senhor Gabriel, mas não acha que fosse mais bonito que o senhor Guilherme... _Havia feito de novo, e falando um pouco a mais do que devia por do meu nervosismo e timidez tudo misturado.

—  É porque você não conheceu o Alec, ele sim é um homem lindo de verdade, Guilherme e Gabriel são só um rostinho na multidão perto dele.

—  Alec?

—  Sim! Meu marido, ele sim e lindo, barba grande, cabelos ruivos, a barba dele e igualmente ruiva, com uns braços assim... _O Sr. Yuri fazia fazendo alguns gesto mostrando que os braços do tal Alec eram maior que os dele.

—  Está descido! _Yuri falou encarnado o Gabriel com uma expressão igual do Juan quando estava desejando aprontar alguma coisa.

—  Como você não está de castigo igual este idoso e está criança catarrenta aqui. _ele falou puxando Juan em uma abraço pelo pescoço. — Te convido para um almoço em casa neste domingo... Não aceito um não como resposta, assim você conhece meu marido lindo.

Gabriel olho com uma cara tão engraçada para o Yuri, que não me contive e dei muita risada com sua expressão, quando ele foi me falar alguma coisa, o senhor Yuri foi mais esperto do que ele.

—  Juan, se faz está favor ao seu avô cansando e idoso de levar a Cris lá em casa!

—  Yuri!

—  Gabriel! Você pode ir com o Gui também, estou com saudades dele, mesmo você me pondo de castigo.

Tentava a todo custo entender a relação dos dois mais era indecifrável, o jeito brincalhão do avô do Juan era de mais para qualquer pessoa, agora sabia de onde vinha tanta energia e as vezes a cabeça dura do Juan, durante o caminho para minha casa o senhor Yuri que descobri que detestava ser chamado de Senhor, pois de acordo com ele poderia ser avô na marra, mas ainda era muito, mais muito novo para tal título de gente idosa. Ele me perguntou o que eu gostava de comer e o que não gostava, disse a ele que não tinha frescuras para comida e comia de tudo.

—  Perfeito já sei o que fazer!

—  É tiú Yuri ja até sei o que vai ser preparado.

—  Bacon! _Juan falou passando a língua nós lábios.

—  Bacon está sua barriga saliente, temos que marcar consulta com o Marcos, você anda comendo muita besteira, colesterol deve está no limite senhor.

—  ¡A quién le gusta la grasa! _precisava de um intensivo de espanhol para ontem, já que Juan as vezes, muitas vezes melhor dizendo me deixava a ver navios quando simplesmente do nada falar em sua língua materna.

—  Já percebemos! _Yuri e Gabriel falaram juntos

O caminho até minha casa foi tão rápido e eu rindo a cada minuto, antes de eu descer do carro Juan, me deu um beijo, que me deixou até mole, ele não tinha vergonha nenhuma de demostrar seus sentimentos, eu por outro lado, fique com medo de alguém ter notado o que havia acontecido ali dentro, peguei minhas coisa e dando um boa noite ao seu pai e Avô, quando encostei a chave no portão só ouvi um grito.

—  Já sei onde mora nada de dar bolo, Gabriel vai vir te pegar.

Olhei para trás com os olhos quase saltando das órbitas, e o vi sumir na esquina seguinte, entrei correndo dentro de casa, torcendo que meu pai não tenha ouvido a gritaria, contudo para minha sorte não havia ninguém ali, corri ao meu quarto e deixei minhas coisas ali, olhei para celular é sem mensagens do meu pai, mandei uma ao Rodolfo avisando que está em casa, tirei o uniforme da escola e coloquei um shorts de pijama, depois tomaria um banho, desci só com ele até a cozinha, estava com um pouco de fome.

Quando cheguei lá levei um susto, a pia estava com a louça do café da manhã, na mesa tinha algumas coisas que talvez meu iria usar para fazer o almoço e jantar, mas estavam ali jogadas, como se tivesse esquecido, fui a sala e liguei a tv no YouTube e deixei rolando qualquer música, só me lembro da primeira que tocou "e Katy Perry - Never Really Over", tinha ideia do que ela cantava? Não, mas gostava da sonoridade e deixei.

Quando voltei a cozinha, mandei mensagem não Senhor Sérgio, que ainda não me respondia, comecei a lavar a louça suja e deixei tudo limpo, estava com fome então seria muita sacanagem esperar o Ro chegar, ou meu pai dar sinal de vida, faria a única coisa que sabia, Macarronada com camarão na manteiga.

Dei sorte que meu pai havia pensando em fazer camarão e deixou o pacote fora da geladeira, que deveria está ali desde o começo da tarde, abri ele e o cheiro era de camarão e não comida estragada, fui limpando ele conforme a água do macarrão fervia.

Acho que levei quase meia hora antes de tudo está pronto para começar a refogar o camarão na manteiga, não sei o que havia, se coloquei muita manteiga ou se meu erro foi tentar fazer em uma frigideira grande igual meu pai sempre fazia, mas por um descuido bobo vi fogo subindo naquela enorme frigideira e no presa para desligar o fogo e não botar fogo dentro de casa acabei queimando minha mão.

—  Puta que pariu!

Gritei de raiva, e levei a mão a boca, que ardia bastante, quando fui enfiar ela debaixo da água, senti um mão me segurando, e dizendo para parar de fazer besteira, quando olhei para trás meu pai me encarava, o vi com calma pegar uma tampa grande e abafar a frigideira e no instante seguinte o fogo sumir.

—  Deixa ver sua mão.

—  Não foi nada falei segurando ela.

—  Se não fosse nada você não estaria com está cara de dor, vamos deixa ver.

Ele falou puxando ela e olhando, meus dedos indicador e do meio estavam bem vermelhos e um pedaço das costas da minha mão, meu pai só me encarava sem dizer muita coisa e foi até a geladeira e pagar uma garrafa de água gelada e molhar um pano de prato e enrolar em volta da minha mão.

—  O que eu já disse sobre vocês fazerem comida?

—  Primeiro usar as luvas, Segundo ver se o gás não está vazando, terceiro   nada de eu fazer frituras sem o senhor ou Rodolfo próximos.

—  E o que você está tentando fazer naquela frigideira enorme?

—  Refogar camarão na manteiga!

—  Cris, parece que nunca me viu fazer e nunca fez isso na vida, você colocou o que ali? Todo pote de manteiga? Sorte sua que quando cheguei vi o clarão e corri para cozinha, poderia ter posto fogo na casa e pior ainda...

—  E o que seria pior?

—  Você se queimar mais ainda, ou até morrer em um incêndio.

Olhei assustado para ele, meu pai poderia ser exagerado, mas o que ele disse havia me assutado bastante, talvez não morresse e ficaria todo desconfigurado preso a uma cama.

—  Não me olha assim... Exagerei, mas  tenha mais atenção Cris... Outra coisa vamos subir, trate te tomar um banho, colocar uma roupa limpa vc está com cheiro de comida queimada, depois vemos se não vai ficar com bolhas na mão e terminamos o que você começou.

Conforme subi as escadas com meu pai notei que ele estava com uma bermuda nova, pelo menos aquela ali era bem diferente das que ele costumava usar.

— O que foi Tampinha?

— Nada... Gostei da bermuda, ela e nova?

Perguntei isso e o rosto do meu pai ficou corado, e ele me olhava todo desconfiado e com uma cara de assustado.

 
Antes que eu me esqueça, comente muito, mais muito mesmo nós capítulos e o que estão achando da história, não esqueça de deixar aquela 🌟, pois e assim que sei o quanto estão gostando do livro 😜😘

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