- 06 -
Eu tentei me afastar do Juan, mas para cada passo que dei para trás ele deu o dobro em minha direção até que senti uma parede atrás de mim, olhei desesperado para ele, ele colocou as mãos na parede me impedindo de fugir dele. Foi aí que nossas bocas ficaram muito próximas.
Olhei nós olhos dele, depois para a boca e não tive mais dúvidas do que eu queria naquele momento: beijar a sua boca. Segurei seu rosto e encostei minha boca na dele que abriu levemente, o suficiente pra que eu penetrasse a pontinha de minha língua entre seus lábios e fosse encontrar a língua dele que imediatamente cruzou com a minha.
Nossas línguas se encontraram com muita suavidade, duas línguas completamente molhadas se lambendo dentro de nossas bocas, é se acariciando e se encaixavam em um beijo de início calmo, mas com o tempo ganhou um ritmo quente, que só aumentava ainda mais meu desejo por ele, definitivamente Juan tinha o controle da situação, ele tinha o controle sobre mim.
O meu Primeiro Beijo, que sensação incrível foi aquela, abaixei minha mão para ajeitar minha ereção que havia me incomodado, mas só naquele momento notei que seu corpo estava tão próximo ao meu que acabei por tocar uma parte dele que estava tão viva e dura quanto a minha, o safado sorriu com meu toque involuntário é colocou mais ainda nossos corpos.
— Dios Mio... que beijo! Se controlem...
Ouvi a voz de Natália que foi como uma âncora que nos puxou para realidade, Juan permaneceu com sua testa colada na minha, quando abri meu olhos percebi que não era o único sorrindo feito bobo.
Depois deste dia Juan que já era super educado comigo, se tornou mais protetor, olhava feio quando alguém fazia alguma piada comigo, sempre que podia me beijava, fazia alguma demostração de carinho, assim os dias se passaram. Em casa eu parecia um bobo sorrindo atoa, meu pai e Rodolfo me perguntaram algumas vezes qual o motivo de eu viver sorrindo, sempre dizia que não era nada de mais, contudo queria muito contar a ambos o que realmente estava acontecendo, detestava ter segredos, principalmente com meu irmão, que vivia me sondando, me perguntando seu eu já havia dado meu primeiro beijo, como estava com as meninas da escola, teve um momento que ele perguntou se não seria meninos, e me encarou sério, não sabia se aquilo era algo bom ou ruim, mas consegui fugir de suas perguntas quando nosso pai chegou.
A alguns dias notei que ele andava distraído, Rodolfo e eu chegamos a mexer em suas coisas para ver se tinha algum problema financeiro, mas todas as contas estavam em dias, meu irmão pagava as contas de Água, luz e Internet, ajuda com a compra de casa, tentei até convencer ele a pedir para o papai me deixar trabalhar na parte da tarde em um mercadinho que havia próximo a nossa casa, mas levei uma bronca monstruosa dele, dizendo que se depende dele eu só iria trabalhar quando tivesse começado a fazer uma faculdade, por um lado achei super legal da parte dele dizer isso, mas disse que não queria ser um estorvo a ele e ao papai e só gerar Gastos.
— Tampinha! Você todo fracote não aguenta um saco de arroz, então sossega e foca nós estudos... Pelo que ouvi nos corredores do serviço, talvez este seu irmão aqui vai viajar em breve.
Estava sentado no sofá, que dei um pulo de felicidade com aquela notícia, pois a algum tempo quando ele começou o estágio de Arquitetura havia dito que existia a possibilidade de uma viajem para fora do país, passar um mês do estágio em Nova York.
— Você sabe que tem que correr atrás de passaporte, visto estas coisas tudo!
Falei animado me ajoelhado ao lado dele no sofá, ele me olhou com um sorriso gigantesco, e tirou algo do bolso, que era pouca maior que sua mão, ainda não entendia porque não cresci igual meu irmão, ele tinha mais de dois metro de altura e eu era um Tampinha ao seu lado.
— MEU DEUS! MEUS DEUS!
— E sério isso?
— Ontem chamaram o Benjamin e Eu, era nosso chefe o Senhor Fábio, o nosso estágio e supervisionado pelo Diretor Geral da empresa...
— Você trabalha com o dono de tudo?
— Mais ou menos Cris, a LAMEU Engenharia tem mais de um dono.
— Então, o dono te chamou ué...
— Sim... Ele me chamou Tampinha...
— Melhor dizendo ele chamou o Benji e a Mim, para dizer que vinha gostando do nosso trabalho é de como nos dois estávamos ajudando o departamento... Mas o melhor não foi isso.
— Foi ele avisando que você vai viajar?
— Não... Foi os irmão dele chegando, o senhor Júlio... O cara e um deus da Arquitetura, ele sempre está em alguma capa de Revista, seja de arquitetura ou até mesmo de moda.
Olhei surpreso para meu irmão, pois não entendi como um arquiteto poderia sair em revista de moda, ele vendo minha confusão pegou seu celular, digitou alguma coisa e me mostrou fotos do tal Júlio, eu na inocência, puxei o celular da mão dele e passei a olhar as centenas de fotos.
— Caramba, ele e Bonito, agora entendi porque dele sair em revistas de moda... Aqui fala que ele e modelo e arquiteto... Que também e casado... Viu aqui olha a foto do marido dele...
Havia me empolgado tanto com o celular do meu irmão, que falei pelos cotovelos, e mostrei uma foto do chefe dele sem camisa ao lado do marido que estava em uma espécie de bote, quando olhei para o rosto do Rodolfo ele me encarava com uma das sobrancelhas arqueadas e de boca aberta para mim.
— Se quiser salvo as fotos e te mando depois tampinha... _ele disse rindo da minha cara, e disse que não queria fotos assim.
Devolvi o celular a ele todo sem graça quando viu que eu devolvi aparelho, realmente havia me animado com as fotos do chefe gostoso dele que até me esqueci que conversava com meu irmão, ele pegou seu celular e voltou a explicar que em breve teria que viaja para os EUA, e que era para eu cuidar do nosso pai, que eu já havia notado o modo como ele andava, todo aéreo, avisei ele para não se preocupar com nada pois estaria no controle de tudo em casa.
Os dias se passaram e eu com aquela ideia fixa na cabeça, precisava conversar com alguém, precisava aliviar meu coração de algum modo, mas com quem eu poderia falar sobre isso, desde último final de semana minha cabeça tinha uma ideia fixa de mais, que não conseguia me concentrar no serviço, não conseguia me focar em algo tão simples.
— Obrigado Sr. Fabio.
Olhei para Benji que tinha um sorriso enorme no rosto, sorri meio sem graça para ele e voltei a olhar para o projeto a minha frente e não conseguia fazer nada, será que ir direto ao assunto com o Cris era um boa ideia, botar ele contra a parede, ou devo esperar ele se sentir bem para falar comigo, eram tantas as minhas dúvidas e medos.
— Pronto... Eu disse que com jeitinho eu conseguiria. _Benjamim falou tirando minha cadeira e me deixando de frente para ele.
— Desculpa Benji, o que você conseguiu?
— Eu preciso ir ver meu passaporte já que vamos viajar para Nova York lembra... Então conversei com o senhor Fábio, e ele disse que eu é meu amiguinho Gigante poderíamos tirar o resto do dia de folga... E acabei de fala sabe com quem?
— Não faço ideia... Está semana está sendo um labirinto na minha existência...
— Com o Cássio, ele chega daqui 10 minutos... Vai pegar nos dois para almoçar e assim a gente conversa e você bota para fora o que está preso neste seu coração Meu Amigo Gigante.
— Benjamim, já disse que você e meu melhor amigo?
Falei e puxei ele para um abraço, aquele moleque era incrível, porque não havia pensando nisso antes, ele e o Cássio era perfeitos para me ajudar, eu precisa saber como conversar com meu irmãozinho, queria demostrar ao meu Tampinha que ele não precisava passar por nada disso sozinho, mas eu sabia que era uma situação bem delicada, então não seria só chegar e precisar ele.
Quando Cássio chegou descemos para encontrar com ele, nunca fui um cara preconceituoso, sempre soube respeitar as diferenças, e deve ser por isso que sempre me dei tão bem com o Benjamin, desde nosso primeiro dia de trabalho juntos, quatro meses de estágio, é para mim era como se conhecesse ele a vários anos.
O caminho todo até onde iríamos almoçar fui calado, nem as mensagens da Fernanda eu respondi direito nós últimos dias, já que minha mente só pensava no meu irmãozinho, que talvez nosso pai não iria aceitar tão bem a sexualidade dele, e se isso acontecesse seria a morte para o Cris é para mim, nunca que eu iria deixar de cumprir a promessa que fiz a nossa mãe anos atrás, Eu iria cuidar do meu irmão e não deixaria nada de mal acontecer a ele.
Quando meus amigos avisaram que havíamos chegado, meu coração congelou ao ver o nome do local "A FIGUEIRA", puta que pariu, quando o Cássio avisou que iriamos comer no Restaurante do pai era Chef dele nunca que passou em minha cabeça que seria no mesmo local que o Senhor Sérgio trabalhava, precisa pensar rápido, ou eu fingia que não fazia ideia que meu velho trabalhava ali é ficaria torcendo para não me esbarrar com ele, ou espera um pouco.
Passei a olhar as mensagens que meu pai enviou no começo da manhã, ele havia dito alguma coisa sobre o trabalho hoje, mas o que era, fui rolando as mensagens até achar o que tentava lembrar "Hoje não se preocupa com o Jantar, estou de folga". Respirei aliviado após ler aquela mensagem, a chance de meu pai me ver hoje ali era zero, até respirei mais aliviado.
— Rodolfo você está bem? Ficou pálido do nada? O que está acontecendo?
— Meninos, e que está acontecendo algo muito delicado... Só queria ter a certeza que meu pai não estava aqui.
Falei guardando o celular no bolso, ambos me olharam confuso, sem entender o que eu havia dito, talvez eu tivesse exagerando, talvez se meu pai ouvisse minhas suspeitas nem ligaria, mas não havia como ter está certeza, não hoje, pelo menos.
— Quem e seu pai? _Cassio perguntou antes de sairmos do carro
— Meu pai se chama Sérgio, ele e Chef aqui no restaurante.
— Mentira? Sério que seu pai e o Chef Sérgio... Meu pai vive falando dele... Meu pai e o Chef Maurício... _Cassio falou bem animado, mas notou que eu não havia ficado tão animado quanto ele naquele instante.
— Mas relaxa que a conversa fica entre nós três, e não vamos falar a ninguém que você e filho dele.
— Olha não pensem que eu tenho vergonha do meu velho... Eu só não quero meter os pés pelas mãos...
— Relaxa gigante... Vamos entrar e comer. _Benji falou sorrindo, acho que ele era única pessoa que me chama de Gigante e eu não fechava a cara para o apelido.
Agradeci e muito aos meninos por não terem comentando nada quando entramos, sobre meu pai, nem sobre eu com ninguém, já na entrada fomos atendidos e levados direto a uma mesa, perguntei ao Cássio se tinha reserva, e ele só me disse que não, e que logo eu entenderia porque a gente foi atendido tão rápido.
Não demorou muito é veio um senhor todo uniformizado de branco e chapéu longo, quando ele se aproximou mais da mesa notei a semelhança do Cássio com ele, aquele era o Chef Maurício, ele chegou abraçando os meninos, achei tão legal o modo como ele travava o Benji como se fosse também o seu filho, quando o Cássio me apresentou falou somente que eu Era amigo de longa data deles, achei até engraçado fora super maneiro que eles me viam do mesmo modo que eu via os dois, como grandes amigos.
Tentei começar a conversar assim que o Sr. Maurício saiu avisando que iria mandar algo especial a nós três, mas não demorou muito e mais dois homens e uma menina vieram a mesa falar com eles, descobri que eles eram "Primos" de consideração do Cássio, Ramon é Erick eram casados a algum tempo e Carmilla era a filha deles, Erick não parava de falar todo animado dizendo, que os dois era tratantes e só enrolavam ele, acabei rindo do jeito todo solto dele, contudo o que mais me chamou atenção, eram as roupas do Erick, ele tinha um figurino digamos que único, uma mistura de roupas "Masculinas" e "Femininas" que caiam tão bem nele.
Ver o modo como ele se vestia, só me deixo com mais dúvida sobre meu irmão, primeiro o que pensei e que ele era Gay, mas e se não for isso, Cris sempre foi bem delicado, no modo de se portar, e nas últimas vezes que saímos juntos, notei que ele reparava bastante em roupas femininas, e foi assim que começou a surgir minhas dúvidas sobre a sexualidade do meu irmãozinho.
— Eu acho que ninguém vem mais atrapalhar a gente.
— Verdade, mandei mensagem ao meu pai e disse que estava tendo ter um almoço mais formal, que se podiam se controlar um pouco.
— Nossa Cássio não e pra tanto...
— Melhor assim Gigante, se não a família dele vem toda aqui. _Benji falou isso é começou a experimentar um assado de cordeiro que o pai do Cássio havia preparado para nós.
— Agora já estamos a sós de ouvidos curiosos, pode dizer o que tem te deixando aéreo Gigante. _Benji falou sorrindo e esperando uma resposta minha
Olhei para ambos e fui bem direto, não queria roteiros ou enrolação com eles, se não talvez perdesse a coragem de ter aquela conversa.
— Como você descobriram serem Gays?
Acho que mais direto que está pergunto e impossível de eu ser, agora era conseguir entender o que eles teriam a me falar, e assim poder tentar entender mais sobre a sexualidade do meu irmão Cris.
— Olha poderia te dizer que tudo foi rosas, que foi perfeito, mais não foi mesmo eu não sendo o primeiro viado, e não serei o último com toda certeza, alguns "colegas" de escola não aceitavam pessoas como eu ou como o Benjamin, mas minha família sempre foi bem, aberta quando a este assunto.
— Amor... Sua família e 50% da Parada do Orgulho LGBT.
Olhei agora o Cássio tentando entender o que foi aquela afirmação do meu amigo, que me fez rir muito.
— Você ri Gigante, mas os Bisavôs do Cássio eram Bissexuais, o segundo casamento dele foi com um cara super mega incrível, o irmão da mãe dele se eu não tivesse o meu ruivo...
— Você sabe que meu tio Adriano e ciumento de mais...
— Seus tios são dois gatos amor, aqueles cabelos e barba ruiva.
Olhei para o Benji que não se controlava e não parava de elogiar os tios do Cassio, se meu amigo já tinha cabelos ruivos e algumas sardas no rosto imaginava como seria está dupla que o Benji não parava de rasgar elogios, não só dá beleza mais da personalidade deles, de como a os Brennas eram incríveis, conheci alguns deles por matérias em revista de economia e coisa só Gênero, mas desejava poder algum dia conhecer pessoalmente, pois a curiosidade após ouvir aquelas palavras só aumento.
— Benji e você? Como foi que você se descobriu e sua família?
Ao questionar ele de maneira mais direta, ele congelou por um instante, e ficou pensativo, e vi que o Cássio tentou mudar o assunto, sabia que a situação se tornou constrangedora por conta do seu silêncio.
— Benji, me desculpa não queira te por em uma saia justa...
— Gigante relaxa... Não fiquei bravo nem nada com você, somente estava pensando...
— No que? _falei curioso e focando minha atenção nele.
— Minha mãe na época que descobriu sobre minha sexualidade foi a pior pessoa do mundo, me humilhou é encheu minha cabeça de ideias erradas sobre meu pai...
Olhei para ele que tinha os olhos já vermelhos, deveria ser bem complicado tudo que ele passou, não queria que ele revivesse estas lembranças, segurei sua mão e disse que ele não precisa continuar, que aquilo estava fazendo mal a e ele e não queria isso.
— Já disse que tranquilo amigo, e bom falar, não deixa nada preso no coração... Mas como dizia tive uma ideia errada sobre meu pai e fiz merda, e isso me fez ficar um longo tempo em coma, é deixei este ruivo aqui sozinho... Imagina se alguém aproveitasse está situação?
Juro eu tentei não rir com seu comentário final, mas quando olhei para o Cássio ele já não se contia e acabei rindo do que ele havia dito.
— Gigante o que posso te dizer que eu fui arrancado do armário, da pior forma possível, mesmo eu já sabendo minha sexualidade anos antes, o que eu quero dizer e que se você... Bem... Se você...
— Gente eu sou hetero, falando bem no português claro única rola que peguei na mão e a minha... Curto... Não eu amo uma pepeka... _falei tentando desfazer algum mal entendido.
— Se você diz... _Cassio falou bebendo algo que pediu e fez uma cara tão cretina que ri dele.
— Seus viados, não tenho dúvidas sobre minha sexualidade... Minhas dúvidas são com meu irmão mais novo, acho que ele pode ser gay, e talvez...
— Como vocês chamam os gay mais mulher?
— Tá falando de afeminado?
— Isso... Meu irmão é afeminado de mais, e queria entender mais está situação, pois já li muita coisa mais, nada chega próximo a ele, por isso ando assim Benji, meio fora da realidade, quero conversar com ele mais sei bem que meu Tampinha não vai se abrir comigo, talvez ele negue então eu ainda não sei como vou fazer isso dar certo.
— Rodolfo... Falando bem sério, se for conversar usa seu coração, se você já e amoroso com ele seja 10x mais, não tenha medo de expor sentimentos, demostrar a ele que você vai ser o porto seguro dele sempre a conversa flui muito bem.
— Meu medo e a reação do meu pai, ele nunca foi homofóbico nem nada do tipo, mas não sei como ele vai reagir com está situação dentro da casa dele... E sinceramente não vou aceitar se ele falar algo que faça meu irmão se sentir mal.
— O que te aconselho e conversar com ele e muito, com seu irmão, entender a sexualidade dele, as vezes você imagina uma coisa, mais não e isso.
— Não entendi Cássio!
— Bem talvez seu irmão não seja gay, talvez ele seja tão hetero como você.
— Será mesmo amor?
— Pensa um pouco Benji...
Os dois me olhavam bem pensativos e tão sérios que me deu um pouco de medo e me assustei pensando em algo grave, algo bem diferente do que ué "imagina"
— Gigante, o que você sabe sobre Transexualidade, pessoas Ageneras ou Gênero Fluido?
Na hora que ouvi aquelas palavras meus olhos arregalaram, pois tinha uma noção básica a zero sobre o assunto, para mim sexualidade e gênero eram basicamente a mesma coisa, mas conforme Benji e Cassio começaram a me explicar as diferenças de ambos os casos, naquele dia quando voltei para casa comecei a observar melhor o meu irmãozinho ou irmãzinha, e pensar em um modo de conseguir conversar com ele.
Antes que eu me esqueça, comente muito, mais muito mesmo nós capítulos e o que estão achando da história, não esqueça de deixar aquela 🌟, pois e assim que sei o quanto estão gostando do livro 😜😘
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