Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2 - Acrescente 3 colheres de arrependimento


"O que foi que eu fiz?"

O trem acelerou, me abandonando, de pé, na menor plataforma que já tinha visto na vida, olhando para o que estava mais para uma casa do que uma estação. Nem estava sozinha, outras cinco ou seis pessoas haviam descido dele também, duas do mesmo vagão que eu, mas não fazia a menor questão de falar baixo. Me perguntei de novo em voz alta:

"O que foi que eu fiz?" Dessa vez, rindo logo depois.

O que eu estava pensando? Devia ter ficado em Paris, nem que fosse para me prender dentro do hotel e evitar ao máximo encontrar Esteban na rua (o que deveria ser fácil, mas significaria que eu nunca poderia chegar perto de dois dos meus lugares favoritos por lá). Olhei meu celular de relance, ainda na foto que eu tinha acabado de publicar no Instagram, o sol se refletindo no Sena do lado da Notre Dame antes do metrô chegar à estação de Austerlitz. Qual era meu problema? O que estava fazendo ali?

Não sei o que me fez me mexer, talvez fosse simplesmente porque era fácil. Eu só tinha uma mochila, um celular com a bateria acabando e a aposta na minha cabeça de que não encontraria uma única tomada dentro daquilo que deviam chamar de estação para carregá-lo até conseguir outro trem de volta para Paris.

Não tinha passado nem dois minutos, mas eu já estava sozinha na plataforma. Desci as escadas que passavam por baixo dos trilhos, como tinha visto os outros fazer, até sair na porta da estação. Vazia.

Se antes eu andava sem qualquer ânimo, por pura inércia, agora acelerei os três passos que precisei dar até chegar ao único guichê. Tinha que ser algum erro, certo? Ainda eram seis e pouco da tarde, como era possível que não tivesse ninguém ali para me vender uma única passagem de volta à maior cidade do país?

Meus olhos percorreram tudo dentro do guichê, mas não havia nenhum sinal de que alguém tinha ido ao banheiro e logo voltaria. E, pior, tinha pelo menos um papel dizendo que eles só vendiam passagens até às três da tarde.

Três da tarde. A que fim de mundo eu tinha acabado de chegar?

Estava prestes a rir e mandar uma mensagem para minha melhor amiga Kendra falando da minha falta de sorte, quando senti meu celular vibrar na minha mão, desligando sozinho. Qualquer vontade que tinha de rir se transformou em de chorar, mas me forcei a engolir as lágrimas. Eu podia ficar ali um único dia. Já tinha até reservado um hotel mesmo. Iria embora amanhã.

Respirei fundo, odiando o silêncio daquela estação fantasma, e saí pela única outra porta ali em uma rua quase tão vazia. Enquanto um casal colocava suas malas no único táxi ali, tirei meu pequeno caderno da bolsa, me sentindo pelo menos um pouco melhor por ter pensado naquilo antes. Tinha sido só um jeito de passar as duas horas em que fiquei presa no trem, mas também uma precaução. Eu havia desenhado o mapa da cidade, as ruas principais, o caminho que teria que fazer até o hotel que tinha conseguido reservar.

Foi com mais do que um toque de insegurança que eu o segui, por ruas vazias, cheias de casas, mas sem quaisquer pessoas, até a primeira ponte. Pensei que talvez aquela ideia não tivesse sido tão ruim quando me apoiei na igreja de pedra ao lado dela, olhando para o rio. O dia tinha sido quente, ainda estava um pouco, mas já não tinha tanto sol. Além da brisa refrescante, o cheiro da água nas pedras à sua margem me fez querer ficar ali por mais tempo. Até me deixei apoiar o caderno em cima da mureta e pegar meu lápis, mas não tinha vontade de desenhar. Queria escrever, mas me faltavam palavras também.

Então fechei os olhos, me deixei sentir o vento, às vezes forte, logo apenas uma leve menção, aliviando o resto de sol que batia em meu rosto. Por alguns minutos, não pensei em nada, nem no quanto estava cansada da viagem e da caminhada, nem em tudo que parecia estar contra mim, nem no que faria. Isso era algo que eu nunca conseguiria fazer em Nova York, fechar os olhos e relaxar completamente, sem estar sempre preocupada com meu celular, com pessoas batendo minha carteira ou com sendo atropelada, além de que o sol lá costumava vir com uma camada generosa de poluição.

Eu amava aquela cidade, era verdade, com sua poluição, seu barulho, sua pressa. Mas não poderia negar o quanto me senti livre à beira daquele rio. Naquele instante, tive a impressão de que talvez felicidade fosse algo a ser engarrafado.

Mas o instante passou. Talvez tenha sido vento demais, ou o sol tenha fraquejado ou simplesmente me lembrei de tudo que precisava fazer, porque a mágica de tudo se foi e eu logo voltei ao meu caminho. Era agora quase uma linha reta, e eu estava naquele momento pós-relaxamento, em que só queria poder chegar logo ao meu destino e fingir que minha falta de preocupação duraria para sempre.

Pouco depois, encontrei a segunda ponte. Se a primeira tinha sido sobre o rio e o vento, aquela pertencia ao castelo. Tinha procurado na minha viagem até ali algumas fotos de Amboise e agora estava de frente com seu cartão postal principal. Outra vez, parei antes de cruzar a ponte. Não faltavam carros na cidade naquele ponto, ainda que faltassem pessoas andando pelas ruas, e tudo estava ficando mais populoso conforme eu me aproximava do que podia ser chamado de centro.

E o centro era o castelo. Um dos castelos do Vale do Loire, que aparentemente era algo importante na França e conhecido por europeus do Ocidente. Não tinha ideia de quantos existiam, mas, para mim, poderiam se resumir àquele. Não fiquei um único segundo de olhos fechados, mal os desviava do castelo, mais alto do que as casas cinzas à sua frente. Fiz praticamente todo o caminho pela calçada da ponte ainda o mirando, sabendo que não era a ideia mais segura do mundo, mas levemente hipnotizada. Era idiota da minha parte, mas passei o tempo todo me perguntando se chegar mais perto provaria que ele não era real.

Talvez aquela não tivesse sido uma ideia tão ruim assim mesmo.

Tá, retiro o que disse, pensei logo que me vi na frente da porta estreita do hotel. Era bom que eu não tinha trazido uma mala, porque não conseguia pensar em como a passaria ali e subiria com ela todos os degraus na entrada, que pareciam uma tortura para meus pés já exaustos. Na próxima vez em que fosse pedir para uma atendente de via aérea escolher para onde eu iria, teria que pensar em vestir sapatos mais confortáveis.

Ou melhor, não teria uma próxima vez.

Já estava suando tanto quando cheguei perto do balcão, que tive a impressão de que não me deixariam fazer check-in. Mas o cara ali deixou, mesmo depois de eu dizer que talvez tivesse que ir embora no dia seguinte e não ficar até o final da minha reserva. O inglês dele não era nada ruim em questão de gramática, mas eu tive que me esforçar para entender seu sotaque, já que ele fazia pouquíssimo esforço em tirar sua pronúncia francesa de palavras da minha língua. Infelizmente, entendi o suficiente para sentir meu estômago despencar dentro de mim quando ele disse que não tinha restaurante no hotel.

"Mas tem algum restaurante aqui perto, né?" Perguntei, mas ele só respondeu que nenhum estaria aberto essa hora em uma segunda-feira e me deu as costas.

E onde eu vou comer?, completei na minha cabeça. E que tipo de cidade não tinha um único restaurante aberto depois das sete da noite?

Não era das pessoas mais teimosas do mundo, mas estava com fome demais para desistir. Deixei minha mochila no quarto, levando só minha carteira e a chave, sem nem olhar direito para a cama. Sabia que desistiria se pensasse demais no momento em que me jogaria em cima dela. Só saí de lá, pegando um mapa colorido dos folhetos do hotel perto da porta, indo na direção de qualquer lugar que tivesse a luz acesa.

Não foi difícil encontrar o Carrefour fechado, ou a rua principal, feita de restaurantes e chocolaterias desertas. O único lugar cujo letreiro brilhava era de um bar chamado Ô Pub. Ignorei completamente o trocadilho sem sentido e entrei, esperando encontrar um típico pub inglês.

Mais uma para a lista de decepções. Era só um bar, só tinha bebidas e, apesar do estômago vazio, pedi uma que vinha com um pedaço de abacaxi. Minha vontade de rir e chorar ao mesmo tempo voltou ao perceber que aquela seria minha janta. Depois de atravessar o oceano e chegar até uma cidade da qual nunca tinha ouvido falar, meus problemas pareciam só ter se multiplicado. Aquela realmente tinha sido uma péssima ideia. De que me adiantaria conseguir toda a inspiração do mundo se morreria de fome antes de colocá-la no papel?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro