Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 13 - Repita a receita sempre que desejar

Nem dois dias depois de voltar para Nova York, eu já estava me debatendo por não conseguir lembrar da voz dele. Passava horas tentando lembrar do seu timbre, tentando repetir na minha cabeça coisas que ele tinha me falado, mas simplesmente não conseguia lembrar de sua voz. Queria conseguir, queria guardá-la em um potinho e poder ouvi-la quando me desse vontade. Mas não conseguia! E me perguntava várias e várias vezes, se algum dia eu a escutasse outra vez, a reconheceria?

Eu reconheci. Sua voz, seu sotaque, suas palavras. E, por mais que ele estivesse até longe de mim, as senti na minha nuca, arrepiando meu corpo inteiro, até as pontas dos meus dedos.

Não sabia se devia me virar para ele, não sabia se queria arriscar. Sua voz devia ser a única prova de que eu precisava que ele realmente estava ali. Mas, ao mesmo tempo, sentia como se eu tivesse entrado em uma bolha de um sonho que, como todas as outras vezes antes, estouraria assim que eu me deixasse acreditar que estava acontecendo de verdade.

Mas me virei, porque, no fundo, eu sabia que, por mais doloroso que seria descobrir que tinha me confundido, que era outro cara, falando com outra garota e que a ilusão só existia para mim, a mínima possibilidade de ser ele valia a pena.

Levei as duas mãos à boca assim que vi seu rosto, tentando ao máximo não deixar aquela vontade de gritar que crescia na minha garganta sair. Minhas pernas fraquejaram, me obrigando a segurar na estante, enquanto minha outra mão puxava minha blusa para baixo, colocava meu cabelo atrás da orelha, limpava discretamente qualquer batom que podia estar borrando o canto da minha boca.

E ele sorriu, me dando vontade de bater nele. Queria jogar meus braços em volta do seu pescoço, fosse ele alucinação ou não. Mas também queria bater nele, esmurrar seu peito e reclamar do quanto ele tinha me feito gostar dele só para me deixar ir embora.

E não fiz nenhum dos dois. Cruzei os braços, mordei a boca, mas não cheguei perto dele. Ainda ofegava, cada respiração mais rápida que a última, tentando acalmar meu coração e tratá-lo como ele provavelmente me trataria, como uma pessoa qualquer.

Mas era inútil. Eu não conseguia tirar meus olhos dele, tinha que plantar meus pés no chão para não me inclinar na sua direção e abraçá-lo. Praticamente apertava meus braços, enquanto ele olhou para o chão, entortando o nariz. Quando voltou a me mirar, sorriu de novo, um pouco apreensivo.

Mas aquele silêncio estava demais para mim. Só havia o rastro que sua voz tinha deixado no meu ouvido e eu queria muito poder ouvi-la de novo! Uma frase não tinha sido o suficiente.

"Johann?" Foi o máximo que eu consegui fazer sair da minha boca, e já tinha levado todas as forças que ainda sobravam em mim. Podia sentir meu coração na minha garganta, cada batida refletindo pelo meu corpo todo como uma onda que me afogava uma vez por segundo, sem nunca conseguir me deixar tomar ar.

Seu sorriso pareceu ser ameaçado quando falei seu nome, e Johann respirou fundo, desviando seu olhar por mais alguns segundos antes de falar de novo.

"Não sabia se eu devia ter vindo-" ele começou.

"Devia," o cortei, dando um passo na sua direção e sentindo meus joelhos quase não conseguirem me sustentar.

Estava sendo idiota demais. Ele era só um cara. Só um cara, Audrey, pensei. Só uma pessoa que está na sua frente.

Não. Ele não era só um cara. Ele era o cara. Aquele com quem eu tinha sonhado incontáveis vezes. E, mais do que isso, aquele era o momento que eu tinha imaginado durante tanto tempo, que tinha se tornado praticamente impossível acontecer de verdade.

Peguei o primeiro livro que avistei na estante e o trouxe para abraçar à minha frente, como um escudo. Eu realmente já tinha imaginado demais aquela cena, em cenários e ocasiões dos mais diversos. A ponto de que nunca, nada que acontecesse conseguir chegar ao nível da minha expectativa. E eu já tinha pensado demais em vê-lo outra vez só para ter que ouvir sobre sua vida longe de mim e como ele tinha me esquecido.

Completamente alheio a tudo que rodava na minha cabeça e me deixava levemente tonta, Johann riu de lado, fazendo seu cabelo cair na cara. Estava bem mais comprido do que eu me lembrava, e senti uma vontade enorme de tocar nele, de tirar de seus olhos, de chegar mais perto dele e checar se tudo continuava como era antes.

Ou pelo menos de sentir com a palma da minha mão que ele não estava só na minha cabeça, que aquele não era mais um dos meus sonhos.

"Não sabia se você iria querer me ver," ele falou, o seu erre me fazendo levar uma mão à nuca e a esfregando, para tentar diminuir o efeito que ele tinha em mim.

Como eu sentia falta daquilo! Como tinha buscado no resto do mundo alguém que falasse exatamente como ele, com seu sotaque, com suas manias.

Eu comecei a negar com a cabeça antes de saber o que fazia. "Por que eu não iria querer te ver?"

Ele deu de ombros, enfiando as mãos nos bolsos de seu casaco. Nunca o tinha visto de casaco antes. Nunca o tinha visto no frio. Ele devia ficar ainda mais bonito no inverno pesado.

"Pelo que eu te falei," ele disse, desviando o olhar para alguma coisa atrás de mim, me fazendo querer me mexer para voltar sua atenção para mim. "Parabéns pelo livro, aliás."

"Oh," abracei o que eu segurava mais forte. "Obrigada. Você leu?"

Ele engoliu a seco. "Talvez," disse, deixando soar bem mais como um sim mal disfarçado.

Tive que olhar para o chão para tentar esconder o quanto aquilo me fazia sorrir. Não podia me deixar animar demais. A vida não era tão fácil, as coisas não seriam tão perfeitas assim. E eu queria tentar não me decepcionar, apesar de ter a leve impressão de que seria inevitável.

Pisquei várias vezes antes de mirá-lo outra vez. Apesar de ter medo de não o encontrar ali quando levantasse o rosto, minha vontade de ter certeza era bem maior.

Mas, quando percebi que ele ainda estava logo na minha frente, tive que balançar a cabeça, incrédula. "O que você está fazendo aqui, Johann? Por que está aqui?"

Sabia bem o que eu queria ouvir. E, pelo jeito que ele me olhou antes de responder, ele devia saber também o que estava passando pela minha cabeça.

"Eu não planejei," ele começou, me obrigando a segurar a respiração para ouvir a continuação. "Me ofereceram um trabalho aqui. E eu aceitei."

Soltei um braço para me apoiar na estante. "Aqui?" Repeti, com medo do que ele falaria.

Nos Estados Unidos? No continente América? Ou nessa livraria?

"Em Nova York," ele disse, me fazendo querer dar outro grito e tendo que apertar os lábios para que não saísse.

Na verdade, minha vontade maior era sair abraçando todo mundo. Ou começar a dançar.

Mas tudo estava indo bem. Até demais. E podia desmoronar a qualquer segundo. Então, ao invés disso, eu só assenti, ainda forçando meus lábios a não sorrirem demais ou soltarem gritos aleatórios. Não queria que ele percebesse que eu tinha passado todos aqueles meses sonhando com ele, torcendo para ele aparecer na minha frente e falar exatamente aquilo. E nem queria me antecipar e achar que aquilo significaria mais do que ele estava realmente dizendo.

Afinal, ele tinha praticamente me dito que estava ali por ele. Não estava ali por mim.

"Então você está morando em Nova York?"

"Faz uma semana," ele respondeu. "E você?"

Abri os braços, quase batendo em uma menina que passava. E, no único segundo em que eles ficaram abertos, eu me senti tão exposta, que voltei logo a abraçar o livro.

"Eu sempre morei aqui," falei, bufando uma risada nervosa que estava entalada na minha garganta.

Ele riu também, bem mais natural, bem menos patético, mas deixando seus olhos fugirem para qualquer lugar que não fossem os meus. "Eu sei, né. O que eu quis dizer foi, como vai a sua vida? Além do grande lançamento."

"Bem. Muito bem. Super bem," olhei rapidamente à nossa volta também. "Parece que é meu primeiro livro, mas, ao mesmo tempo, é como se fosse quase o último da minha vida."

Seus olhos buscaram pelos meus e eu os deixei encontrar.

"Ótimo," ele disse, me encarando como se conseguisse ver dentro da minha cabeça. "Não se acostume com as coisas boas, mas a viva como se fosse a última vez."

"Culpa sua," duas palavras que me fizeram mirá-lo com toda a intensidade que tinha em mim. Deixei de abraçar o livro ou até de sorrir.

Ele não respondeu, só engoliu a seco, parecendo pensar naquilo.

Poderia falar com ele sobre qualquer coisa. O clima, meu livro, seu cabelo que devia ser cortado outra vez. Poderia perguntar aonde ele estava morando, se Nova York já o tinha engolido como costumava fazer com pessoas que vinham de cidades pequenas. Poderia encher aquele silêncio de qualquer coisa.

Mas ele também não falou nada. E eu precisava daqueles segundos só olhando para ele para tentar entender o que aquilo significaria. Ele estava na minha frente. Johann, de todas as pessoas do mundo, logo ele na minha frente. Na minha cidade. Na mesma multidão que andava pela Times Square. Todas as vezes que eu achasse que tinha visto seu rosto daqui para frente, poderia realmente ser ele. Eu poderia cruzar seu caminho. Poderia esbarrar nele. Pois ele estava na mesma cidade que eu outra vez.

E o que aquilo significaria?

"Então," falei, assim que quebrei nosso olhar e arrisquei mirar o chão por alguns segundos. "Você está aqui."

"Eu estou aqui," ele falou logo em seguida, sem hesitar nem um pouco.

Eu assenti.

Se pelo menos eu soubesse por onde começar! O que falar! O que perguntar! Já tinha passado mais de um ano inteiro. Ele podia estar com outra pessoa. Podia ser outra pessoa. E eu já não sabia como agir em volta dele.

E ele me olhava como se também não soubesse o que falar, buscando em meus olhos respostas para o que quer que enchia a cabeça dele.

Era quase como se ele tivesse voltado a ser um estranho. Mas um tipo diferente de estranho. Eu já tinha sonhado tanto com ele, que quase tinha me acostumado com a ideia de ele só existir na minha cabeça. Mas agora ele estava ali, em carne e osso, pensamentos e emoções que eu gostaria de decifrar e torcia para que fossem como eu queria.

"Eu-"

"Eu-" nós começamos na mesma hora.

"Pode falar," insisti, e ele não contestou.

Só respirou fundo antes de continuar. "Eu acho que estão te chamando," disse, indicando com a cabeça na direção da minha mesa, seu tom até bastante desanimado.

Me virei para lá, onde Judith e Kendra me esperavam de braços abertos. Assim que nossos olhos se cruzaram, os de Kendra arregalaram, e eu soube que ela tinha percebido com quem eu falava.

Me virei de volta para ele, que mirava o chão como se o analisasse.

"Eu tenho que ir," falei, sem a menor inclinação de me afastar dele.

Era assim que tudo terminava então? Nós dois voltando a ser estranhos e sem saber como agir com o outro? Era esse o final da história?

Mas meu problema não era que eu não sabia agir! Só não sabia como ele queria que eu agisse! Não sabia mais a liberdade que eu teria, o que tinha acontecido com ele, o que eu era para ele.

Fiquei olhando para ele por mais alguns segundos de silêncio indecifrável. Ele tentou sorrir, aquela curva familiar dos lábios dele, meio doce, meio amarga, que eu tinha visto no dia em que fui embora de Amboise. Estaria me enganando se pensasse que poderia ter algo mais. Ele me olhava como uma chance perdida, passada, engolindo a seco depois de todas as vezes em que abria a boca, e eu dei um passo para trás.

Foi como se aquilo acendesse algo dentro de Johann. Assim que me mexi, ele veio até mim e segurou firme pelos ombros.

"Espera," pediu, olhando para baixo, balançando a cabeça, em uma luta dentro da sua cabeça que até eu podia ver.

"Pode falar," franzia minha testa, tentando mostrar que estava tudo bem, que, pelo menos, ele ainda podia me tocar, que não tinha problema.

Ele respirou fundo. "Desculpa," pediu, me soltando. Ainda olhava para baixo, quando respirou fundo até encher o peito e falou. "Eu não quero que você vá."

"Oi?" Qual era o problema de eu ir me sentar na mesa e assinar alguns livros?

"Quer dizer, sei que é o que você tá fazendo aqui," ele olhou para o lado, depois me mirou. "Mas eu nunca quis que você fosse embora. E não quero que vá agora, se isso significar que eu perdi minha chance. Ou que vou ter que ir em todas as suas leituras e sessões de autógrafos para conseguir te ver."

"Você está me perseguindo?"

Ele bufou uma risada nervosa, que me deu vontade de abraçá-lo. "Estava planejando, se não arranjasse coragem para falar com você hoje."

Eu balancei a cabeça, pronta para dizer que não fazia o menor sentido, quem era eu para ele não ter coragem de falar comigo? E que, pelo amor de deus, dois segundos atrás eu estava pronta para trocar meu coração pela chance de ouvir sua voz outra vez.

Mas ele olhava para baixo, respirando fundo e rápido. "Eu estava errado," falou, quase como se pensasse em voz alta.

"Errado no quê?" Cada uma das minhas palavras parecia um dedo que eu usava para continuar me agarrando ao mínimo de esperança que ainda tinha de ouvi-lo me falar o que tanto tinha sonhado.

Ele levantou o rosto para me olhar. "De ter decidido entrar na sua vida só pelo tempo que você ficasse em Amboise."

Senti os cantos dos meus olhos ameaçando começar a lacrimejar. "Você mudou a minha vida."

"Talvez," ele disse, apesar de balançar a cabeça. "Mas eu ainda estava errado," não tinha muito espaço entre nós, mas ele fez questão de diminui-lo quase ao máximo, suas mãos voltando a me segurar pelo ombro, dessa vez com bem menos urgência. "Errado de não ter percebido logo no primeiro dia que eu não conseguiria me contentar com duas semanas. Errado de tentar te convencer de algo que eu nem tinha convencido a mim mesmo. Errado de ter te deixado ir embora. Sei que já tive toda a sorte do mundo por te conhecer, mas eu quero mais."

Era ótimo ele estar me segurando, pois eu já não conseguiria mais ficar de pé sozinha.

"Mais?" Foi o máximo que eu consegui falar.

"Eu quero outra chance," ele correu para explicar. "Quero que me dê outra chance. De te conhecer de novo, de não ter que pensar que você vai embora logo." Ele olhou para baixo outra vez, soltando de mim quando percebeu suas mãos. "Sei que não mereço-"

"Por que você não mereceria?" Tive que piscar várias vezes para afastar as poucas lágrimas e conseguir enxergá-lo direito.

Seus olhos encontraram os meus e ele respirou fundo. "Porque eu fui idiota a ponto de te deixar ir embora. Eu que te convenci que aquelas semanas eram boas o suficiente," ele disse, balançando a cabeça. "E foram. Foram ótimas, um capítulo maravilhoso que eu pessoalmente reli milhares de vezes na minha cabeça. Mas, Audrey, eu não queria parar aí. Sei que não dá para simplesmente continuar de onde paramos, mas não precisa. Um novo começo já seria perfeito. Só quero outra chance de poder ficar perto de você. E de te provar que não está perdendo tempo comigo," ele respirou fundo, enquanto eu baixava o rosto para tentar alcançar minhas bochechas com os dedos para secá-las e parar de chorar. "A não ser que você já esteja com alguém," completou, sua voz quase falhando.

Levantei o rosto para olhá-lo nos olhos, bufando uma risada.

Como eu poderia estar com outra pessoa, quando ainda estava tentando me convencer de que não sentia nada por ele? Como ele poderia achar que eu já o tinha superado, quando meu coração parava de bater toda vez que podia jurar tê-lo visto em um outro cara qualquer?

"Audrey!" Nunca odiei tanto a voz de Judith, ainda mais que estava perto demais do meu ouvido. "Já faz vinte minutos que você está no intervalo. Se tem alguma intenção de ir ao seu próprio evento de lançamento hoje à noite, vamos precisar continuar agora!"

Eu olhei dela de volta para Johann, que parecia ter dado um passo atrás, soltando de mim. Eu não sabia o que dizer! Não sabia se dizia que eu lhe daria qualquer chance no mundo, que eu que deveria estar ali, pedindo pelo amor de deus para ele me encontrar fora dali. Não sabia se era melhor explicar que eu que não merecia que ele aparecesse ali, ou começar a contar todas as milhares de coisas que eu tinha pensado em falar para ele durante aquele ano. E não sabia como falar tudo isso em poucos segundos, com a mão de Judith no meu ombro, praticamente me empurrando para longe dali.

Ela conseguiu me fazer dar alguns passos atrás e Johann sorriu um pouco triste.

"Eu entendo," disse, fazendo menção de se virar.

E eu senti como se todo aquele momento fosse feito de pó e estivesse prestes a voar para longe. Mais um passo, e talvez eu nunca o veria de novo. Mais um passo, e eu perderia tudo aquilo que tinha jurado nunca mais encontrar. E eu teria aceitado que era exatamente assim que a nossa história acabava. Eu já não tinha palavras dentro de mim que conseguissem expressar o quanto precisava me prender ali, esquecer do resto do mundo e desistir de qualquer vida que não fosse aquele momento.

Eu não queria ter que guardar Amboise na lembrança para sempre. Não queria que ele só existisse nos meus sonhos. Não queria deixá-lo preso a um único capítulo da minha vida ou passar o resto dos meus dias imaginando-o ao meu lado. E precisava de alguma coisa, uma única coisa, que fizesse ele entender que o que nós tínhamos tido não tinha acabado para mim. E que, se dependesse de mim, nunca acabaria.

Antes que Judith me afastasse ainda mais dele, antes que aquela distância crescesse e ele voltasse a ser só uma lembrança, eu fui até ele.

Johann parou antes de se virar por completo, esperando que eu falasse alguma coisa. E eu tinha assunto o suficiente para falar para sempre. Mas, naquele momento, resolvi contar tudo que sentia de um jeito levemente diferente.

Assim que estava à sua frente, me coloquei nas pontas dos pés e segurei seu rosto só o suficiente para trazer seus lábios para os meus. Em um milésimo de segundo, ele tinha passado seus braços pela minha cintura e me abraçado, liberando o arrepio familiar por todo meu corpo. Como eu tinha sentido falta daquilo! Como eu tinha sentido falta de estar segura em seus braços, ao mesmo tempo em que o chão fugia aos meus pés.

"Eu tenho que ir," falei assim que me afastei dele e ouvi Judith me chamando de novo.

Quando abri meus olhos, tive a leve impressão de que todo mundo à nossa volta nos olhava. Mas não me atreveria a desviar minha atenção por nem um segundo.

"Eu sei," Johann disse, sem soltar nem um pouco da minha cintura, lutando contra um sorriso.

"Vem comigo."

Ele franziu as sobrancelhas, me olhando estranho. "Até a mesa?"

"Até a mesa. Ao evento de mais tarde. Para a minha casa, qualquer lugar que eu for."

Ele riu, se inclinando só o suficiente para passar seu nariz de leve no meu, fazendo meu coração bater tão forte, que poderia jurar que ele o sentiria.

"Qualquer lugar que você for."






Fim

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro