Wooyoung se mantia quieto e pensativo na maioria do tempo, sequer tinha forças para reclamar ou se sentir incomodado quando Jisung tentava puxar alguma conversa decente com o mais novo entre eles. Sabia que Huening era facilmente influenciável e que ele tinha uma certa admiração pela figura do Han, até porque ele era o "exemplo" que ele deveria seguir segundo Jongho. A proximidade dos dois era algo bem visível por terem crescido juntos, os outros do grupo não impediam sua aproximação, somente o Lee mais velho que intervia em algumas conversas em alguns momentos.

HueningKai tinha senso de justiça, isso desde bem novo. Por ser mantido longe de grande parte das notícias que se espalhavam por Andena, procurava manter-se informado através de Wooyoung, e muitas vezes isso ocasionava briga entre Huening e o governador. Ele afrontava no momento em que descobria algo que achava injusto ou inumano. Mas não é como se suas queixas fossem fazer as ações de seu pai mudarem.

Wooyoung sempre se manteve neutro em relação às ações do governador, acreditava que tudo o que ele fazia tinha um bom motivo por trás. Todas as suas ações, sejam boas ou ruins, tinham o bom motivo de manter o povo Andeniano protegido. Muitas vezes tentava fazer o mais novo pensar igual a si, mas nunca conseguia, ele era teimoso demais.

As brigas que aconteceram no início entre o grupo e a dupla ficaram menos frequentes. O Jung evitava responder de forma brusca ou dizer algo que deixasse o seu mais novo inimigo, Lee Minho, estressado. O grupo também parecia se preparar para alguma coisa que os dois não sabiam, o único medo que sentiam era que fossem descartados quando eles o julgassem inúteis.

Enquanto Wooyoung se preocupava com suas paranóias do final que teria, HueningKai colocava sua atenção em observar o grupo. Ele gostava de observar, e o grupo parecia especialmente digno de uma atenção mais detalhada.

O grupo parecia fragmentado, alguns pontos tinham confiança, em outros não. Como se estivessem com a guarda alta um para os outros.

O que ele menos ouviu dizer alguma coisa, Seungmin, parecia o ponto central da desconfiança, como se os outros tomassem cuidado extremo ao conversarem ao lado dele. O grupo sempre parecia muito alerta.

Mas apesar disso, também tinham boas relações. Os dois Lee's tinham uma estranha relação de irmãos, era interessante de se observar. Felix parecia particularmente próximo de Hyunjin, como se quisesse aproveitar os momentos agradáveis do dia ao seu lado, o que não era mentira. Os últimos episódios que viveram nessa última semana se mostraram um bom incentivo para que aproveitassem os bons momentos juntos, antes que alguma fatalidade irreversível acontecesse.

Agora com Jisung, o Huening percebeu um clima meio estranho entre ele e Minho, uma certa tensão. E HueningKai era curioso demais para deixar isso passar despercebido.

— Wooyoung — Huening chamou a atenção do amigo ao seu lado — lembra do que eu falei aquele dia?

— Seja mais específico, por favor.

— O dia em que eu descobri sobre os Yxenianos em Andena.

Wooyoung pareceu pensar por um longo tempo, como se pescasse essa lembrança em meio a várias outras que se encontravam embaralhadas dentro de sua cabeça. Quando finalmente pareceu encontrar a certa, sua expressão se acendeu em horror e pavor.

— Não ouse, HueningKai.

— Pensa comigo! — ele pronunciou — Você sabe os motivos pela qual eu queria aquilo, não sabe?

— Cai na real, acha que eles deixariam seu pai vivo? Ele é a porra do Governador! É o principal alvo deles!

A voz do Jung acabou saindo alta o suficiente para chegar nos ouvidos do grupo.

— Como vamos deixar vivo alguém que já está morto há anos? — Minho respondeu Wooyoung, com um tom divertido e risível.

— Morto? — a cabeça do mais novo pareceu entrar em um enorme caos em um breve intervalo de segundos.

Voltou seu olhar para Wooyoung, que encarava o Lee mais velho com desespero, como se estivesse implorando para que ele ficasse quieto.

— Desculpa aí — o Lee disse novamente, voltando a sua atenção para uma enorme bolsa preta a sua frente.

O Huening continuou encarando o Jung, como se procurasse a resposta para a confusão em que sua mente se encontrava.

— O que ele quis dizer com isso?

— Não dê ouvidos, Yxenianos devem ser todos malucos…

O Jung parou de falar ao perceber que deveria controlar um pouco as suas palavras. Mas apesar do olhar estressado que recebeu, percebeu também olhares sugestivos que fizeram-no lembrar automaticamente da conversa que teve com os dois. Esconder isso de Huening realmente era para sua proteção e felicidade? Ou ele estava agindo de forma egoísta escondendo algo tão importante?

Se fosse com ele, iria desejar saber a verdade e não viver uma vida falsa, mas era difícil tomar a decisão de simplesmente jogar toda essa carga pesada nas costas do mais novo.

Mas talvez não fosse o melhor momento para isso.

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Cuidar dos seus ferimentos, tomar um bom banho, comer refeições completas e reforçadas, trocar as roupas sujas e rasgadas por novas e limpas, ter uma boa cama para descansar o seu corpo cansado, um bom teto para protegê-lo da chuva e uma lareira quente para deixá-lo cair em um sono mais calmo e suave. Tudo isso parecia a realização de um sonho para Bang Chan, de repente sentiu que nunca mais iria levantar-se novamente. Desejava não precisar ir embora e ficar para sempre em uma vida pacífica.

Levantou-se, deixando para trás os cobertores bagunçados de sua cama temporária, todas as dores físicas que sentia antes pareciam ter sido apaziguadas pelo bom tratamento e descanso que estava recebendo. Encontrou na cozinha da pequena cabana isolada, o seu salvador, que salvou sua vida no passado, e agora continuava a servir como seu protetor.

— Como os seus ferimentos estão? — a voz do mais velho preencheu o local, sem tirar os olhares do jornal em suas mãos.

— Melhores, obrigado. — Bang Chan respondeu, preenchendo uma xícara com chá e tomando um bom gole — Eu preciso voltar?

— Claro que precisa, tem que manter o grupo em seus limites, dessa vez será rápido. — o outro disse sem dar muita importância — Mas não esqueça do que eu pedi.

— Felix, Minho e Jisung, eu sei. — o mais novo sentou em uma cadeira ao lado do outro — Entendo você querer os irmãos, mas por que Jisung?

— Só quero prevenir a minha posição.

— Os outros não são ameaças?

— Seungmin ficará bem quieto e Hyunjin somente se intrometeu em uma situação que não deveria ter se intrometido.

— Mas Hyunjin é forte, eu acho ele uma ameaça enorme para você.

— Eu sei bem como me livrar dele, não se preocupe.

Bang Chan deu um suspiro, mas não continuou as perguntas, tinha aceitado os termos no início, não iria começar a argumentar contra eles. Mas ainda tinha algo que o incendiava por dentro, que nem mesmo a noite passada conseguia acalmar sua raiva.

— Mas você não cumpriu o que me prometeu.

O mais velho respirou fundo, largando o jornal em cima da mesa de madeira, virando-se para o Bang.

— Você sabe que aquilo não estava sob o meu controle.

— Changbin morreu! — sem que percebesse, ele já estava com a voz elevada — A única coisa que eu pedi era para que Changbin e Seungmin ficassem vivos! Mas deixou Changbin morrer. Não diga que não estava sob o seu controle, poderia ter ajudado ele com alguma fuga, você já tinha feito isso antes com Seungmin e Hyunjin.

— É exatamente por eu já ter feito que não podia repetir. — o mais velho continuava com sua voz calma — As coisas não são tão fáceis assim, Chris.

A expressão do mais velho era clara, ela dizia: respire e fique calmo.

E foi isso que Bang Chan fez.

Antes que percebesse, sentiu o gosto salgado das lágrimas que escorreram pelo seu rosto e tocaram seus lábios.

— Não se esqueça, você tem somente a mim agora, — ele continuou, aproveitando o silêncio do mais novo — nem mesmo Seungmin você tem mais.

O olhar perdido e confuso virou-se para ele, pedindo para que continuasse e explicasse o que havia acabado de dizer.

— A morte de Changbin teve uma parcela bem grande de culpa de Seungmin. — os olhos se arregalaram em surpresa — Ele delatou a posição de vocês, com a localização de vocês revelada para todos que trabalhavam na missão, acha que eu teria algum poder em impedir que eles realizassem o ataque? Eu não podia subir nenhuma suspeita para mim, sem a minha ajuda, o seu grupo não teria chegado até aqui. Mas Seungmin, ele não se importou em dizer onde vocês estavam, em colocar a vida de todos em perigo.

A morte de Seo Changbin era culpa de Kim Seungmin.

Com isso em sua mente, Bang Chan sentiu que finalmente enlouqueceria.

Se liguem nessa capa nova MARAVILHOSA de Rebellion! Juro, tô até agora admirando essa belezura.

Eu não mudava a capinha dessa fic desde Setembro do ano passado! Por estar chegando na reta final, eu queria deixar Rebellion de carinha nova.

O que acharam? Com essa informação do final vocês conseguem criar alguma teoria? Se sim, fala aí pra mim hehe