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Eternamente

Depois de muuuuuuito tempo, eu consegui escrever e ufaa! 8 mil palavras que valeram a pena.

Estamos aqui no ciclo final dessa Trilogia e deixo a vocês um agrado!
Espero que gostem!
Acompanhem a conta do livro no Instagram, vou lançar o físico pra quem quiser!

Então, vou parar de enrolar e boa leitura!

———— R • E • L • E • A • S • E ————

Faz um tempo, não pouco tempo ou tempo médio. Faz um longo período de tempo que tudo chegou ao fim. Não parece real e que tudo está em seu devido lugar. Estranhamente, a morada não existe mais e todas as memórias carregadas naquele lugar ficou com ela. E agora, seguimos um caminho por uma trilha diferente, iria muito além da nossa felicidade e a sensação era boa dentro de mim.

“Louis”

A voz solene e doce de uma mulher me fez parar meu caminho, meu namorado e os demais que vieram também fizeram o mesmo. Olho ao meu redor, não notando presença alguma, as árvores estavam quietas e não havia neblinas para dificultar nossa visão. E minha dúvida sobre quem teria falado meu nome cessa assim que os raios de luz se dissipam no céu. Uma silhueta feminina é vista através de uma sombra e ela se aproxima conforme nos mantemos em nossos lugares. Harry me encarou não entendo o que acontecia e eu apenas digo que não era algo para se preocupar. A silhueta não demora para se transformar na mulher mais bela que eu poderia ter conhecido na minha vida.

— Vovó!

— Querido.

De cabelos grisalhos e vestido de seda dourado, ela pousa no chão. Uma felicidade árdua domina o meu peito e as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Queria poder abraçá-la e sinto um vazio no meu peito ao lembrar que não poderia fazer isso. Mas apesar da nossa distância de toques, só pelo fato de vê-la outra vez me fazia compreender que era o suficiente.

— Você conseguiu. Seu destino foi selado para que comece uma nova história, por isso, estou aqui para te dar três opções. Tem a oportunidade de recomeçar como um humano comum, sem a necessidade de transformação e Harry pode fazer o mesmo. Se assim for a vontade de ambos. A segunda opção, é sumir com tudo o que você viveu e pelo destino, acaso, você e Harry se apaixonem em outros corpos, em outra vida. E a terceira é, lhe dar a benção para que volte com seu corpo humano sem poderes e Harry o transforme em um vampiro. E para eternidade os dois vivam juntos.

Congelei com o que a vovó teria importo, Harry e eu nos entre olhamos presunçosos. Era uma escolha difícil, por toda a eternidade ele viveu me vendo morrer e lidando com a humanidade de vários modos. Mudando seu nome para que não seja descoberto o segredos dos vampiros. Não imagino se ele desejaria viver como mortal outra vez. A segunda opção parecia uma boa, seria como renascer novamente e tentar de novo. Mas não penso muito sobre ele porque eu tenho uma família incrível comigo, amigos novos e um novo olhar para vida. Eu me via encurralado entre duas opções e não poderia tomar aquela decisão sozinho. Sei que sou incrível como imortal mas não via problema em ser somente humano, sem ouvir vozes na minha cabeça e todo o resto.

— Lou, quero que saiba que estar ao seu lado pelo resto da minha vida é o que mais desejo. A sua escolha será a minha.

— Harry...

— Siga seu coração, eu sei que ele vai o guiar para uma decisão sábia.

Sinto suas mãos no meu peito e respiro fundo, olhando para todos a minha volta e parando no homem que eu amo. Lutamos bravamente para acabar com a maldição, para que tudo volte ao seu equilíbrio de antes. Meu coração saltava do meu peito para boca e as lágrimas subiram gradualmente. Eu sofri, eu morri mais de uma vez e sempre senti falta da minha humanidade. E mesmo humano, nunca me senti completamente normal. Harry, Zayn e Justin, são o meu passado vivo no presente. São a sonda do que um dia já fui e que não tive tempo para aproveitar.

Minha Trilha Eterna teve pedras enorme no meio do caminho, sempre me puxando para baixo e eu nunca tive a oportunidade de decidir o que eu queria. Meus outros Eu’s não tiveram essa oportunidade de agora. Fecho os meus olhos, sentindo todos eles vibrando dentro de mim e conversando comigo para que eu tomasse a decisão. Foi como abraça-los que eu decidi o que eu queria. Abri meus olhos, soltando o ar entre os lábios e balanço a cabeça para vovó, passando as minhas coordenadas para ela.

Harry apertou minha mão e eu sorri para ele. Vovó Constance, ficou na minha frente e de relance, vi mamãe limpar suas lágrimas por vê-la outra vez. Sorrindo docemente, vovó ergue as mãos para o auto.

— Tem certeza disso?

Engulo em seco, sentindo um arrepio na boca do meu estômago. Meus Eu’s perceberam meus movimentos e se agitaram em meu coração.

— Eu tenho.

— Feche os olhos os dois. — Vovó instruiu e nós fizemos conforme ela pediu. — Louis?

— Sim? — abro os olhos e vejo o brilho em seu olhar.

— Tenho orgulho de você, querido. Sempre soube que conseguiria. Eu te amo.

— Eu te amo, vovó.

Trocamos sorrisos e ela me pede para fechar os olhos outra vez. Fico em silêncio e espero ela finalizar. Uma onda de calor começa a subir pelos meus pés até a cabeça. Ao mesmo tempo que a corrente de ar rodopia meu corpo e bagunça meus cabelos, era uma sensação boa e eu a ouvia falar alguma coisa em outra língua. Sinto sua magia se propagando de fora para dentro e me causando arrepios. A energia que nos envolvia deixou de ficar planando como auras ao nosso redor e passou a habitar dentro do nosso corpo. Era como tirar os pés do chão e estar voando sob as montanhas, a luz ficou mais forte e apertou o meu peito, fazendo com que eu apagasse no momento do seu ápice final.

...

Duas semanas depois

Aniversário de 18 anos do Louis

 

Um vento suave toca a ponta do meu nariz, isso me despertou para a realidade e ao abrir os olhos. Sou preenchido por uma tensão muscular no maxilar e que subia para um lado do olho. Estava insuportável e me fez resmungar por estar latejante. Viro para o lado e percebo que não havia nada, meu corpo bate contra o piso de madeira. Levo uma pancada terrível que faz a minha dor de cabeça piorar. Como se não bastasse a minha dor corporal, cair da cama foi a humilhação final para o meu Eu.

Decido então, ficar deitado com a barriga para cima até que meu corpo decida se erguer. Ignorando a maldita dor de cabeça latejante, percebo um teto completamente diferente. Na verdade, sua cor não me era estranha. A tintura não era menos do que pêssego pastel e se mistura com o papel de parede branco abaixo. Deixo os meus olhos seguirem até a porta de madeira branca com o poster de Strangers Things que eu vivia assistindo depois da escola e se não me engano, quase reprovei no dia seguinte por maratona a primeira temporada ao invés de estudar para a prova. Minha mãe quase me matou por isso.

Pera, aquele era o meu quarto. O meu verdadeiro quarto da casa em que morávamos. Como assim?

Franzi o cenho por ver tudo no seu mesmo lugar, minha cama de casal forrada pelo edredom caído no chão. Meu guarda roupa composto por posters de bandas, minha mesa para estudos com meu computador e acima dela a parede com fotos minhas, da infância, com a mãe e a vó, o vô e o Shawn. Meus livros empilhados na prateleira que Daniel construiu pra mim. Oh céus! Por quê estou aqui?

Será que eu dormi por muito tempo e tudo não passou de um sonho?

Harry. Eu sonhei com ele? Com The Dark Night Dwelling? Aonde estão os outros?

Meus questionamentos fazem meu corpo levantar rapidamente do chão e ao ficar de pé, sinto a consequência dos meus atos com a vertigem de longo tempo. Vagamente caminho até o espelho pendurado na parede do meu quarto e percebo que estava com roupas diferentes. Uma camisa verde militar e um short preto que não lembro de o vestir.

Alguém certamente me trocou.

Solto um suspiro aliviado ao ver as tatuagens em meu corpo, o que significava que tudo foi realmente real e se eu estiver realmente certo, Selena foi morta junto com a escola. Nosso fim teria sido enlaçado e eu teria voltado a minha humanidade. Sei disso, pelo simples fato da minha enxaqueca piorar conforme eu permanecia parado como uma mula me analisando.

Pensar isso foi irônico, pois ouço passos no andar debaixo e vozes distantes.

Me adianto abrindo a porta do meu quarto e caminho pelo corredor da minha antiga casa, sentindo uma nostalgia estranha por estar ali depois de tanto tempo. As fotos da família na família não foram retiradas e imagino que a mamãe não teria pensado nisso por enquanto. Como de costume, deixo os meus dedos se arrastarem por ela e sinto a textura leve da tinta seca na ponta dos dedos. Faço o mesmo trajeto para o andar debaixo e terminando de descer os degraus me pergunto o motivo do silêncio.

Olho na direção de nossa pequena sala, vendo a lareira acesa e o cômodo vazio. Estava curioso para saber aonde todos estavam e porque tudo parecia misterioso.

Mordo as bochechas imaginando que eles poderiam estar na cozinha e volto meus passos para o outro lado da casa. Meus pés me guiam pelo curto corredor ligado a varanda e o silêncio de antes, se desfaz conforme me aproximo. De longe conseguia ouvir Jay afirmando que nossa casa era aconchegante e que ela não sabia se realmente iria embora daquele lugar e em seguida, ouço a voz de Camila dizendo que coisas novas são importantes, por isso ela era o que era.

Tentado a saber o que teria se passado, dou um passo a frente mas paro assim que ouço a porta bater. Escuto as solas de algum sapato batendo no chão e os passos duros vindo na mesma direção que a minha. Do outro lado, na mesma direção que a minha estava Shawn, com uma jaqueta de couro marrom, uma calça jeans folgada e botas masculinas. Seu cabelo estava grande, enrolado e ele me parecia mais forte como nunca. Sua pele continuava a mesma, mas eu não poderia relatar isso dos seus grandes olhos vermelhos. O castanho já não existia e meu ex namorado parecia um belo vampiro transformado.

Congelado em meu canto, recebo seu olhar surpreso e um sorriso largo. Não conto os segundos quando ele fica poucos metros perto de mim.

— Você acordou!

— Você está vivo!

Falamos juntos e nosso modo exasperado, nos faz rir.

— Não acho que estou vivo. Não mais. Agora eu sou como os outros. — Shawn umedece os lábios, arrumando seu cacho atrás da orelha.

Percebo que em sua mão havia um tordo, o que não demorou muito para mim entender que era uma tatuagem.

— Quando a ganhou? — pergunto pegando na sua mão sem permissão.

— Na mesma noite que Amélie me transformou. — fiquei boquiaberto com o seu relato. Shawn foi meu namorado, mas desde o começo eu sabia que ele jogava para o lado bissexual.

— Estão juntos, então?

— Não está com ciúmes, está?

— É claro que não. — dou uma risada após revirar os olhos. Lembro que ele tinha sido atacado na guerra e que parecia estar sofrendo pela dor que foi causada. Fico feliz de vê-lo como um imortal. — Doeu muito? Digo, como se sentiu durante a transformação?

— Como se eu estivesse dentro de uma fogueira, e depois, parecia que essa fogueira estava dentro de mim. Não demorou muito para tudo começar a secar na minha garganta e meu corpo inteiro mudar de temperatura. Eu senti meu coração parar após meu último suspiro e de repente, tudo isso mudou quando abri os meus olhos. Foram algumas horas sob tortura mas não foi totalmente ruim. Mas e você, como se sente?

Absorvi suas informações aos poucos e respirei fundo. Minha dor de cabeça me lembrou rapidamente dos motivos do meu despertar.

— Mais humano do que nunca. E com dor, por todo o corpo.

Faço movimentos circuladores com as mãos.

— Eles me disseram sobre a sua decisão. Eu não estava lá mas fico feliz de te ver bem.

— A decisão... Nunca pensei que estaria tão certo de algo como naquele dia.

— Eu te daria um abraço mas seu sangue é insuportavelmente bom. E ainda bem que está com seu colar, eu realmente acho estranho dizer isso. Hum, feliz aniversário?!

Shawn fez uma careta e olho para o pingente escondido embaixo da blusa, que não tinha percebido antes. Dou um passo para trás, me sentindo estranho e percebo a tensão entre nós dois. Peço para irmos ao encontro dos outros, era estranho para mim, olhar para ele o ver tão... Macabro. Depois, agradeço pelo que ele disse, pois, havia me esquecido que era meu aniversário.

Tirei qualquer pensamento que me entregasse e mantenho a minha atenção nos demais na cozinha da minha casa. Zayn, Liam, Niall, Luke, Justin, Camila, Marl.e Amélie faziam companhia para mamãe. O cheiro de Waffles preencheu meu estômago vazio, lembrando do lado humano e faminto que eu tinha.

— Oi amor. — Amelie se aproxima de Shawn e o beija rapidamente. — Feliz aniversário, Lou! Seu presente está guardado lá em cima. Eu e o Shawn que compramos.

Confesso que eles formavam um belo casal, e isso me fez sorrir e sentir as minhas bochechas rosadas. A claridade do fim de tarde atraiu a minha atenção para a camada de neve caindo e seus flocos de espalhando pelas árvores do quintal. Estranhamente, eu sentia falta de alguém que não estava presente ali.

— Olha se não é o belo adormecido da casa. Já não era hora, Louis! — Niall passou o braço ao meu redor, quebrando meu contato visual com o outro lado. — Fico feliz de te ver acordado. E por te dar os parabéns!

— Você fala como se eu tivesse dormido por uma eternidade. E Obrigado.

— Foi quase isso, duas semanas sem abrir os olhos é o mesmo.

Senti um soco no meu estômago ao me concentrar em suas palavras. Duas semanas? Como isso era possível?

— Não precisa fazer essa cara de morto vivo, Louis. Acho que impacto foi forte durante toda aquela magia da sua avó.

Camila se aproximou estalando os dedos na minha frente, ela estava com um cabelo mais curto e ondulado, suas roupas eram coladas e a blusa do Slipknot a deixava sensual como sempre foi. Eu estava em choque porque não imaginava que isso poderia me afetar tanto. Então, minha dor de cabeça poderia ser motivada pela falta de comida e por isso eu me sentia irritado rapidamente.

Por entre os meus amigos, mamãe se aproxima sorridente. Seus cabelos estavam caídos para frente e seu vestido vermelho, a deixava linda. Niall se afasta de mim abrindo passagem para ela me abraçar.

— Como se sente?

— Cansado, com dor de cabeça e com fome.

— Acho que eu estava adivinhando isso. Venha se sentar e comer um pouco. Você precisa.

Sorrindo, mamãe pede para que eu sente na cadeira enquanto meus olhos continuam curiosos para os vampiros na cozinha. Eu estava o procurando, é claro, me sentindo incompleto sem a sua presença. Jay me serve os waffles e leite, além de comprimidos para aliviar a minha dor de cabeça, afirmando que logo passaria. Com os lábios úmidos e a boca soltando saliva, dou a minha primeira mordida no delicioso waffle.

— Como é sentir os sabores da comida outra vez? — Zayn se senta ao meu lado, completamente sedutor e não muito diferente do que sempre foi.

Suas roupas estavam para uma calça jeans solta, blusa com estampa cinza e sem muitos detalhes. Seus braços estavam a mostra, permitindo a todos ao ver suas tatuagens.

— Bom. Na verdade, sei que isso é incrível e eu amo comer. Mas, sinto falta do sangue. E eu nunca pensei estar dizendo isso agora.

— Você se acostuma.

— Talvez. — sorri mordendo a minha bochecha.

Todos estavam conversando e tranquilos, acenando para mim com a cabeça quando eu os encarava. Então, aproveitando a minha aproximação com Zayn, decido tirar minha dúvida com ele.

— Aonde está ele? O que aconteceu?

Meu amigo sorriu, passando o dedo na sobrancelha e em seguida o vejo abaixar a cabeça como se estivesse pensando. Sinto falta dos meus poderes porque eu poderia escutar o que estava se passando em sua mente.

— Você logo saberá.

— Como assim? Por quê tanto mistério?

— Você é teimoso e impaciente. — faço uma careta limpando o canto da minha boca com resto de caramelo. — Eu e o Liam vamos viajar para Londres e explorar um pouco do local. Ele quer conhecer o mundo e fazer loucuras ao meu lado. E você sabe que eu não posso perder uma.

Eu poderia ficar irritado por Zayn cortar nosso assunto principal, mas, talvez eu só estivesse ansioso demais.

— E vocês vão demorar a voltar?

— Vai me dizer que ira sentir a minha falta, doce.

Rolei os olhos, não contendo o meu sorriso.

— Esqueceu que eu não perco meu tempo com esse tipo de coisa? Zayn, eu só quero saber por saber. — brinquei e deixei explícito meu tom de ironia. Eu o amo, completamente, pois ele é o meu melhor amigo de vidas passadas e ele é importante pra mim. — Vou sentir sua falta, mas não fica se achando tá legal?

— Agora, eu posso me sentir um pouco mais. Você sabe, arranquei sua sinceridade.

— Idiota!

Sorrimos e eu volto a me concentrar no meu café da manhã. Com Harry na minha cabeça e o quão estava sendo misterioso o meu despertar. Zayn me contou sobre Shawn está se habilitando a sua nova força e em como ele era meloso como Amelie, o que eu concordava pois ele era assim comigo. Perfeito demais para alguém como eu, não tão perfeito assim. Meu amigo, também me contou sobre Niall e Luke serem muito indiscretos em relação ao atos sexuais dos dois e eu apenas pude rir do que ele havia dito. Niall sempre foi um garoto excepcionalmente alegre e sincero em tudo o que fazia, é claro que não seria diferente namorando. Zayn também contou que Camila estava caçando alguns caras do passado e pelo que entendi, se vingando de alguns aliciadores da cidade. Mas que na maior parte do tempo estava com Niall e Luke, tentando se distrair já que não tinha paciência para ficar perto do Justin.

O meu irmão, Justin, de outra vida, estava perdidamente apaixonado pela minha mãe e estava com planos para viver ao seu lado. Zayn soltou uma piada sobre ele sempre está se envolvendo com as mulheres da magia, mas o reprimi por ele está incluindo a minha mãe nesse meio. Mark, bem, ele voltaria para o seu vilarejo pois era como um líder para os vampiros do local, o que significa que logo ele iria embora. E que ele passou todo o tempo em Beaumont por minha causa.

Uma pontada de felicidade dominou meu coração por saber disso, embora, nossa relação ainda não seja a mais próxima de todas. Ele é o meu pai, e faz parte da minha vida, decidi a mim mesmo que não levaria a minha mágoa sobre ele por toda a minha vida. Afinal, a vida é estranhamente maluca para me concentrar em somente uma coisa.

— Agora que tudo acabou, parece que cada um aqui conseguiu achar um próprio caminho, não é?

Zayn olhou para os vampiros naquela cozinha e sorriu:

— Talvez você tenha nos dado essa “luz” no meio das nossas trevas. A vida não fazia sentido, porque estamos literalmente mortos e abertos para somente praticar o que desejamos. Mas aí, você chegou e não sei, seu jeito nos deu uma lição de que a vida basicamente não é feita somente para os mortais, nós imortais, também temos essa chance.

Fiquei em silêncio, entendo os sentidos das suas palavras. Nunca concordei com algo positivo que alguém falava sobre mim e era legal, não ter mais esse pensamento de que: “sou um grande merda e não me encaixo nisso”. As vezes, algumas coisas e pessoas boas, nos mudam por inteiro. E não se trata mais de me encaixar em algo mas de me cercar de pessoas iguais a mim, mas de um jeito diferente.

...

Depois do café, fui para o meu quarto me trocar e conversar com os meus pensamentos sobre: “Harry não apareceu” e “Como eu estou preocupado com isso”. Ninguém e nem mesmo a minha mãe quis me dizer para aonde ele teria ido. Apontei meu dedo a todos dizendo que aquilo era algum tipo de complô contra mim e claro, fazer isso para um bando de vampiros imaturos não deu muito certo. Era meu aniversário, então, fui cercado com presentes e eu nem estava esperando por isso, Niall me deu um pênis de borracha, Camila uma jaqueta de couro afirmando que me deixaria charmoso, mamães e Justin, me deram um diário novo para eu escrever sobre a minha nova vida e tênis maravilhosos que eu com certeza iria usar, meu pai me deu um pingente para lembrar dele e que sou um Morol, o pingente era basicamente os 5 elementos da natureza que eu tinha herdado. Zayn e Liam, junto a Luke me deram chaves para meus novos carros que infelizmente precisa ser pego amanhã na loja e eu fiquei como uma criança feliz, ainda mais por receber dois carros. Mas, mesmo que tenha recebido algo no meu aniversário eu desejava Harry ao meu lado e saber que todos estavam aqui me deixava grato.

Depois de toda a cerimônia,  coloco meu all star preto, minha calça skinny colada e a blusa de manga longa cor azul escura, terminando ao me cobrir com a jaqueta jeans. Estava um frio terrível e eu sou uma pessoa sensível a ele. Precisava me manter aquecido se eu quisesse viver.

Observo meu reflexo no espelho e me vem em mente, muitas coisas que eu vivi. Confesso que sentirei a falta da morada e entendo que agora é o início da nova página da minha vida. Acho que tudo seria diferente se ela continuasse aonde estava e nós, se voltássemos a ela. Por um momento, tudo estava em seu devido lugar e em equilíbrio. O único vazio que continua a me perseguir é de não estar com o meu namorado e não ter notícias suas.

Não quero imaginar que minha escolha tenha o afetado e por isso ninguém quer me dizer a verdade. Porque se for realmente isso, eu vou me sentir péssimo. Quando a vovó pediu para eu fazer a grande escolha da minha vida, não hesitei por achar correto escolher a...

— Com licença. Atrapalho? — Mark coloca sua cabeça dentro do meu quarto após ter batido na porta.

Ele parecia curioso e nostálgico em seu olhar, observando o cômodo em que eu dormia. Sem saber o que dizer, apenas nego com a cabeça e peço para ele entrar. Meu pai, solta um pigarro, caminhando lentamente até o meu quadro de fotos e para de frente para a minha foto quando bebê.

— Eu lembro dessa foto quando sua mãe conseguiu manter você quieto para disparar o flash. Foi a primeira vez que eu consegui te ver de tão perto e eu me senti orgulhoso por isso.

— Você estava conosco? — me aproximo, usando meu tom surpreso.

— Foram alguns minutos e depois eu partir. Foi terrível ter que fazer isso e eu precisava descobrir o que estava querendo te fazer mal. Acreditei que tivesse haver comigo mas na verdade, era apenas a Selena por traz de tudo.

Permaneço em silêncio encarando a foto a frente, imagino que teria sido horrível para ele alimentar a ideia de que era culpado por tudo de ruim que nos acontecia. E tudo porque o meu passado refletiu no meu presente e quase destruiu meu futuro.

— Sinto muito.

É o que eu digo, em seguida, retiro a fotografia do seu lugar. Meu pai me encara curioso e eu a entrego.

— Eu não te odeio, você não teve culpa e eu sei que isso influenciou na vida da sua família. Mas, não é completamente um fim. Acho que precisamos nos conhecermos mais e eu estou disposto a tentar recuperar o tempo perdido. — Mark me encara naquele instante e me seguro para não chorar. Eu sempre senti falta da sua presença mesmo não sabendo da sua existência, era bom, ter uma segunda chance para fazer isso. — Pai... Obrigado por tudo. Eu gostaria de abraçá-lo, se me permitir.

— Você não precisa nem pedir, meu filho.

Meus olhos começam a arder e me envolvo nos seus braços, sentindo depois de muitos anos o seu abraço fraterno. As lágrimas subiram gradualmente e desfalecem pela minha face, a medida que sinto seu amor. Mark massageou as minhas costas, e eu sentia algo positivo vindo dele. Era uma boa sensação e durou longos minutos até nos afastarmos.

Rimos nervosos por toda a cena e percebo que toda a tensão de pai e filho, deixa de existir entre nós dois.

...

— E qual será seu destino com os tetos das casas? — Niall perguntou, encarando o local citado.

Depois que meu pai saiu, me despedi dele pois, o mesmo disse que teria de partir. Combinamos de nos encontrar no fim de semana para aproveitarmos mais nossa relação um com o outro. Niall e Camila subiram em seguida, com sorrisos maliciosos carregados em seus rostos e não, eles não me revelaram aonde Harry estaria. Aquilo estava sendo um saco e ver que meus pais concordavam em manter segredo, era revoltante.

— Acho que o único que eu implicava, era o da morada.

— Você será lembrado pelas reclamações que fazia nela. — Camila piscou para mim da janela do quarto.

Soltei uma risada discreta, concordando com a minha amiga.

— Louis, você precisa renovar essas fotos. Esse quadro de álbum, está mais antigo com a sua história com Harry. — Niall apontou para a parede, colocando sua língua para fora.

— Horan, não é como se eu tivesse passado os últimos dias com uma câmera na mão e tirando fotos de momentos incríveis para atualizar fotos no meu quadro antigo.

— Não seja por isso, eu vou estrear com uma foto nossa!

— Sério, Niall? — Camila o encarou entediada.

— Sim, sério. Agora, venham até o rei de vocês!

Rolei os olhos e Camila também. Com uma câmera Polaroid na mão, Niall nos apertou para que pudesse apertar o flash e disparar. Minutos depois, a foto surgia e ele balançou o papel até que mostrasse nossos rostos nele. Fiquei encarando por um tempo e deixei meus pensamentos flutuarem para a grande amizade que eu fiz em tão pouco tempo. Os dois seriam eternamente meus melhores amigos, sejam como for.

Camila seria a doce e meiga garota que conheci no meu primeiro dia na morada, mas que impressionantemente revelou a mulher forte que é. Com um grande amor no peito e uma fúria destemida a acompanhando. Niall, como havia dito no início, sempre será a luz e alegria de nós dois quando tudo estivesse escuro. E meu protetor, meu amigo eterno da vida.

Depois da foto, não consegui dizer todas aquelas palavras aos dois, contudo afirmei meu amor por eles. E que o tempo que ficariam fora, me deixaria com saudades e depois da viagem, eu iria querer passar mais tempo com ambos.

Eu nunca tive amigos verdadeiros ao longo da minha vida. Então, estava preservando os que eu tinha porque valia a pena.

...

Assim que todos foram embora, acenei da porta de casa com largo sorriso no rosto. Mamãe e Justin, ficaram para arrumar a bagunça que o bando de vampiros causaram. E eu os ajudei com os pensamentos longe da minha realidade real. Concentrado no vampiro que eu não via faz algumas horas e refleti no quanto elas são eternas. Penso também se teria sido uma boa escolha que fiz... E se Harry ficou com raiva de minha decisão?

Não posso imaginar perder o grande amor da minha vida por uma decisão tomada, eu sei o quanto o eterno é importante para ele e que foi para mim um dia. Praticamente, a minha decisão foi profunda nesse assunto.

Começo a suar frio, lembrando das palavras dos meus amigos sobre não poderem dizer sobre Harry. Oh céus! Será que eu sou uma verdadeira mula? Será que eu confundi as palavras no momento da decisão final?

Levo minhas mãos até a cabeça e bagunço os meus cabelos, não sei o que fazer ou por onde devo começar a minha busca por Harry. Com um verdadeiro monte de nada de opções, me afundo no sofá da sala, absorvido por uma camada de lágrimas na parte inferior do meu olho. Me atento na mesa de centro da casa e tento não pensar no pior ou em algum final mórbido da minha vida. Fico instantes detalhando o brilho que ela estava, como se tivesse sido comprada a alguns dias atrás, a madeira lisa segurava um jarro com tulipas vermelhas, papéis de contas e um livro de bruxaria da vovó Constance, mais ao lado havia um envelope branco e um selo que desconhecia até então. Não tinha nome, endereço ou remetente, o que atraiu minha curiosidade para saber do que se tratava.

Mordo os lábios, sabendo que mamãe odiava quando eu abria suas correspondências sem sua permissão. Mas, alienado a ler o que tinha escrito naquele pedaço de papel pareceu me convencer que ela não brigaria tanto assim.

Estico a minha mão para o centro esquerdo e sinto a textura graúda que teria sido feito, em seguida, observo o selo preto que mantinha a carta intacta. Não tive dificuldade ao puxá-lo e dele retirar outro papel, dessa vez, mas liso e suave. Olho ao meu redor certificando que estava sozinho e assim que tenho a certeza, desdobro o papel e me surpreendo com o que estava escrito:

Algum tempo atrás pensei que o despertar sempre seria meu inimigo, olhar para o nascer do céu não parecia fazer sentindo desde o dia que te perdi. A vida na terra me parecia fria conforme você partia em suas várias vezes. Mas, dessa vez, eu senti uma diferença absurda quando foi para The Dark Night Dwelling, acordei atento aos mínimos detalhes do entardecer. Nas minhas veias pulsava algo fora do comum e para um vampiro, cujo, o coração é frio isso é estranho. Então, eu caminhei por todo o jardim e olhei para cada aprendiz e me perguntei se eles sentiam o mesmo. Eu estava confuso e perdido, de todas as suas encarnações, essa, não me deixou claro que estava por perto. Depois de muito andar, me escondi na escuridão quando o vi passando pelo portão com um olhar confuso e assombroso, pensei então: “Será que ele me verá como uma aberração também?”. Quanto mais você se aproximava, mais eu via que você era parecido com a sua primeira versão e quando você me olhou, eu senti a fúria por não me conhecer, por eu saber que uma maldição o fazia o manter longe do que sou. Desse mesmo modo, progredi agindo como estúpido e fugi, tentando te libertar dessa tormenta quando o assombrei e em seus sonhos, manipulei sua mente para me odiar, e você fez isso com facilidade. No dia em que Justin te atacou na quadra, eu tentei manter meu orgulho, contudo, ele não foi maior que a minha vontade de ajudá-lo. Eu mandei as instruções para que pudesse escapar com vida e falhei, quando apagou naquela quadra.

Nunca fui capaz de agir bem com você e ver o que fez por nós, mexeu comigo de uma forma que precisei me afastar. Para o mais alto da colina, aonde os problemas não existem e um mundo estrelado se torna mais amplo. Louis Tomlinson, você me ensinou o quão valioso é o ato de amor e me conquistou como em todas as vezes que tentei fugir para o manter seguro. Não importa o que digam ou o quão isso vai ser errado aos olhos daqueles que repugnam nosso amor, eu sempre irei te amar.

H.”

 

Eu estava chorando.

Literalmente, embriagado na minha própria maré de dor, emoção e saudades. Harry havia escrito aquela carta para mim e foi propositalmente que a encontrei nessa mesa. Desnorteado, subo para o meu quarto e pensei: “Para o mais alto da colina, aonde os problemas não existem e um mundo estrelado se torna mais amplo”. Como uma lâmpada acendendo no topo da minha cabeça, coloquei um casaco e uma calça jeans jogada no meu guarda-roupa, corri com a carta em mãos e peguei as chaves do carro da mamãe.

Talvez eu saiba como encontrá-lo!

...

Foram puxados os momentos que o carro engatava na neve e impedia a minha ida ao encontro de Harry. Bati duas vezes no volante e gritei dizendo o quão imprestável era, e após muito reclamar, consegui seguir o caminho que eu desejava. Agora, estou parado de frente para a casa, completamente reformada, que Harry me trouxe quando eu era um anjo e que fizemos amor loucamente, dizendo que gostaríamos de voltar para esse lugar quando a guerra chegasse ao fim.

Talvez, não se já loucura da minha cabeça, mas sinto que ele teria me feito um convite para entrar e ir o encontrar. Deixei as minhas suposições de lado e saio do carro, recebendo o ar gélido do tempo e sinto os meus dentes baterem um contra o outro. Espero de verdade, que enfrentar toda essa neve tenha válido a pena.

Arrasto meus pés até chegar a porta e bater duas vezes para que ele a abrisse. Observo a cor vermelho pastel que Harry teria usado na entrada e era muito linda, sorri por pensar nele fazendo aquilo com um sorriso no rosto. O frio estava arrebatador e não havia reposta para as minhas batidas na porta, irritado e congelando, decido girar a maçaneta e entrar. Surpreendente, foi saber que a porta estava aberta e ao me refugiar dentro do cômodo, sou recebido pela quentura da lareira. Bato a porta deixando passar o efeito dos arrepios e levo esses instantes para observar o tapete no hall de entrada, destacando no piso de madeira e a escada que levava para o andar de cima estava dava um novo ar para o lugar abandonado que viemos algum dia. Na parede, pinturas rústicas dos romanistas e do barroco, como Camões. Harry amava literatura e confesso que era sua cara.

Balanço meus ombros, seguindo o caminho que o tapete levava até uma sala pequena, com um sofá verde militar de camurça, uma escrivaninha e uma enorme estante de livros literários. De frente para o sofá, uma lareira acesa em fogo alto e no apoio feito nela, havia fotos de Harry comigo, fotos de coisas e lugares. Foi quando tive a certeza que não havia invadido a casa de um desconhecido e que poderia ser preso.

Solto um suspiro aliviado e deixo a chave do carro no criado mudo com abajur. Caminho para frente da lareira, tentando me aquecer daquele frio arrebatador que estava me deixando com pele de galinha depenada, por tanto que me arrepiava. Esfrego as palmas da minha mão uma na outra e as coloco de frente para as chamas. Precisaria me aquecer para poder vasculhar a casa e encontrar Harry.

— Invasão domiciliar leva a quantos anos de prisão? — escuto sua voz rouca atrás de mim.

Minha alma recolhida, saiu pela boca e voltou no mesmo instante. Dei um pulo assustado quando indo direto para as chamas que me aqueciam, pois, se não fossem suas mãos me segurando, eu estaria morto.

— Harry!

Fecho os meus punhos, batendo contra o seu peito e dizendo o quão sua aparição me assustou. Em seguida, paro, observando seus olhos verdes brilhantes concentrados nos meus. Harry estava usando uma calça preta colada e uma camisa social listrada, aonde ele a dobrava na manga destacando suas tatuagens.

— Desculpa fazer você vir nessa neve, mas eu precisava deixar tudo preparado antes que chegasse. E desculpa por não estar lá quando abriu os olhos e renasceu da forma mais linda!

Fecho os olhos, sentindo seus dedos gelados passando na minha bochecha e noto a persuasão do seu anel prata em me fazer arrepiar.

Como eu posso odiá-lo?

— Vejo que você, ainda é você. — coloco a minha mão sob a sua e aperto o seu dedo com anel. — Li sua carta e não pensei em outra coisa, a não ser te encontrar.

— Que bom que entendeu o recado. Sua mãe ficou encarregada de colocar na mesa de centro porque ela me disse sobre você ser curioso e abrir o que não deve. — Ele riu e eu senti vergonha por ter sido exposto. — Valeu a pena!

Dou um tapa em seu ombro, aliviado por ele estar por perto. Encaro seus lábios mordendo os meus, sentindo a necessidade maluca de juntá-los, pois, ficamos muito tempo separados. Harry não demora muito para captar a mensagem e os junta, tornando um beijo intenso. A cada movimento dos nossos lábios, me absorvi na realidade que ele era para mim e agradeci por não perdê-lo para sempre. O beijo estava incrível e intenso, mas eu ainda era humano e a falta de ar preencheu meus pulmões me fazendo parar o que começamos.

— Eu não o odiei por completo. — eu disse a ele ofegante e mantendo minhas mãos firmes em seus ombros. Observo seu rosto se contrariando e eu sabia o que ele estava fazendo. — Harry, não leia a minha mente! — rosnei para ele e dei outro tapa em seu peito.

— Tudo bem, tudo bem.

— Privacidade, se lembra?

Meu namorado riu e balançou a cabeça.

— E eu me refiro ao que disse na carta. Eu não o odiei por completo porque você de alguma forma mexia comigo e isso me deixava louco. Não era de fato ódio, mas, confusão.

Harry sorriu, mostrando suas covinhas e ganhando minha paz.

— Sabe por quê estamos aqui?

— Hum... não.

— Hoje é o seu grande dia. Quis que sua escolha tivesse o resultado perfeito e valeu a pena cada detalhe.

Todo aquele mistério estava me matando, pois, teria se iniciado na minha casa. Harry me colocou em seu colo e rapidamente, me levou para o andar de cima aonde havia uma porta de madeira branca entreaberta e dentro do cômodo, uma cama de casal forrada com edredom preto e um closet elegante, assim como uma mesa com fotos nossas e os três diárias dos meu Eu’s do passado.

Boquiaberto, deixo Harry me descer do seu colo enquanto aprecio todos os detalhes do nosso quarto?

— Nosso lar. — Harry me completa, após ler meu pensamento, em seguida fecha a porta caminhando sorrateiramente até mim.

— Você construiu tudo isso sozinho?

— Não, Zayn e os demais me ajudaram. Queria que ficasse perfeito para você, já que a morada foi destruída e precisamos de um canto para construirmos uma nova história. — fecho os olhos, sentindo seus lábios em contato com meu pescoço.

Vampiros tem uma audaciosa mania de nos manipular com seduções e eu estava completamente atraído por aquele que me beijava. Sorri, agradecendo pela escolha certa que fiz ao pedir para ficar humano e que Harry fosse aquele que me transformasse em imortal, afinal, na vida passada eu teria feito o mesmo para viver ao seu lado para sempre.

Suas mãos deslizam pelo meu corpo e sobem com sutileza até o meu pescoço, aonde o colar com verbena estava preso a mim. A partir do momento em que ele retirar a bijuteria, minha vida mudaria e eu a desejava ardentemente.

— Você tem certeza de que é a imortalidade que deseja para você? — Harry sussurrou em meu ouvido.

Caramba! Aquele homem era excepcional... E teria mexido com meus sentimentos. Viro-me para ele, com os lábios pressionados um no outro me lembrando de tudo o que vivemos até aqui para poder termos nossa paz. A minha decisão teria de ser certa a partir do momento que a tomei, então, olhando bem para os seus olhos e sentindo o meu coração dando suas últimas batidas na minha vida humana, eu sorri.

— Desejo não só ela, mas para todo o sempre nosso amor.

Apoio minhas mãos na sua nuca e o puxo para iniciarmos nosso beijo de partida. Apesar de frios, imagino seus lábios quentes pressionando os meus abruptamente, meu coração estava explanando alegria e aqueciam todo aquele momento. Como se fosse a minha primeira vez sob seus toques, eu gemi em seus lábios quando ele apertou a minha cintura. Em desespero, sem cortar a conexão dos nossos lábios, jogo meu casaco no chão e volto a abraçar seu corpo.

Harry e eu, cambaleamos para a cama e tomando o controle, o coloco sentado na beirada. Em seguida me sento em seu colo, devolvendo todo o seu carinho no selinho que eu dava em seu pescoço. Suas mãos logo reagiram, ao encostarem no meu bumbum e ele me encaixar no seu colo. Começo a rebolar, entorpecido pela sua essência e me pergunto como fomos tão rápido para cama.

Mas, pra quem esperou por toda a eternidade para viver um momento como esse, não era instantâneo.

Estamos envolvidos por suor, por calor e por desejo. Não me interessa mais nada, a não ser receber seus toques. Harry levantou a barra da minha blusa e a rasgou violentamente. Soltei um ar abafado dos lábios, apertando seus cachos e pedi para que não demorasse muito, pois, necessitava senti-lo. Foi como tornar todo o caos em um maremoto, Harry desabotoou a calça que usava e eu fazia o mesmo com a minha. Em menos de dois segundos, estávamos despidos nas partes baixas e eu era preenchido por todo o seu membro duro.

Minhas dicções falharam ao sentir a dor de início por ser grande mais o volume na minha bunda. Arfei, apertando seus ombros e me concentrando no prazer, não na dor. Como eu havia revertido todo o processo do que eu fui e pedi pela minha humanidade, isso quebrou o vínculo do que tive com Harry na cama. Literalmente, em meu corpo humano, sem anomalias ou paranormalidade, eu estava tendo a minha primeira vez. Era uma loucura que ninguém entenderia, pois eu já tinha feito sexo com Harry antes, mas não era eu. Não completamente. Minha transformação não aconteceu quando ele me mordeu porque eu não era humano, mas um anjo com poderes paranormais.

Jogo a minha cabeça para atrás e rebolo em seu colo, tentando suprir o incômodo entre as minhas pernas e o quanto aquilo mexia com o tremor em meu corpo. Sinto as lágrimas escorrendo pela minha bochecha e sorrio para que Harry não se assuste com meu ato. Em diante, me vi obrigado a beijá-lo com força e morder a sua boca.

Era grande o volume mas estava ficando mais gostoso, conforme eu me permitia sentir sua penetração. Harry acompanhava meus movimentos com a sua mão na minha cintura, o que era bom e delicioso de ver. O colar gélido batia contra o meu peito conforme eu rebolava em cima de Harry, era desconcertante e estava me deixando irritado. Então, mesmo que meu namorado estivesse esperando o momento perfeito, eu precisei quebrar o nosso pacto fazendo o seguinte comentário:

— Tire o colar, Harry! Eu estou...hum...estou pronto!

Entre murmúrios e choramingo, consigo formar as palavras sem gaguejar. Harry volta a colocar seus dedos no gancho da bijuteria e para, ainda incerto.

— Está preparado?

— Eu sempre estive, okay? É o que eu sou. Agora, por favor! Faça.

Implorei e percebi que ele sorriu pelo meu desespero. Harry retira o pingente e deixa o colar cair no chão e faz o mesmo com o seu anel. Liberando para mim seu suor e calor do momento. Junto nossos lábios, friccionando-os com destreza e meu namorado me deita na cama, rodopiando o meu corpo para ficar sobre mim.

Soltei uma risada suave e o vejo beijar minha barriga, enquanto puxo sua camisa para podermos estar despidos por completo. Diferente do nosso comportamento de instantes atrás, agora, ardíamos como fogo em brasa. Harry estava na minha frente e apertava a minha coxa, enquanto lambia a região que ficava a minha artéria. Para não ficar vidrado na dor, empurrei seu bumbum para baixo e encaixo seu membro para iniciar a sua penetração. Na minha concepção, foi como se um quebra cabeça, tivesse recebido seu encaixe. A primeira coisa que me veio na mente, era: “Como passamos tanto tempo sem fazer sexo?”

É gostoso, é bom e viciante. Ainda mais quando você está fazendo com alguém que ama ou quando se torna o momento perfeito na sua cabeça.

Harry apesar de ter destruído um travesseiro, era gentil e se movimentava conforme eu pedia. Dando a mim, a oportunidade de desgostar do seu amor. Eu estava duro, ouvindo seus gemidos e suas palavras sujas que insistiam em dizer que ele me foderia com força quando, na verdade, ele já estava fazendo isso. E nós colidimos em uma bomba de prazer, aonde minhas pequenas unhas faziam desenhos em suas costas e minhas pernas se contraíram para próximo do seu bumbum.

Foi o momento exato para pedir a ele que me transformasse.

— Tem certeza?

— Ah! Droga, Harry! Para de me perguntar isso, apenas faça! Por favor! Eu estou pronto.

Ouvi ele resmungar baixinho e me devolver com um tapa forte na coxa, eu gritei, não pela dor mas por ser um sadomasoquista para aquele vampiro e gostar do que ele havia feito. Harry envolveu sua mão direita no meu pescoço e fez um movimento para que ele ficasse exposto a sua visão. Procurei não pensar em nada referente a dor que viria a seguir, apenas deixe com que ele aumentasse seus movimentos dentro de mim.

— Eu te amo! Porra, eu te amo!

Disse a ele, apertando seus ombros largos e tatuados, assim que sinto sua língua na minha artéria e um beijo sobre ela, me deixar tonto. Harry estava brincando com a minha necessidade e desejei o encher com tapas, mas não foi preciso, pois, o ponto forte demasiou no meu pescoço. Um formigamento seguido por uma fisgada, fez com que eu tremesse e deixasse as minhas lágrimas caírem. Vejo como a pressão dos meus dedos afundavam a sua pele, enquanto, Harry sugava o meu sangue.

A dor, ela é lancinante e infinita. Ela te leva para um lugar distante do agora e tudo parece perder o foco em segundos. Minha cabeça começou a girar e eu não sabia se Harry tinha o controle de parar, mas eu torcia para que sim.

— Por favor, não para!

Implorei me referindo aos seus movimentos, fecho os meus olhos sentindo tudo em mim queimar como se houvesse morfina. Meus olhos ardiam e minha garganta secava conforme ele tirava meu sangue. Além da frieza instantânea que veio em seguida, eu fui dominado por um prazer maior. Achei que meu namorado não fosse parar com o que fazia, até ele retirar sua boca do meu pescoço e me encarar, com seus olhos negros e exposta sua veia na lateral do rosto.

Era horripilante, mas eu amava aquele vampiro transformado. Suas presas estavam de fora e seus lábios coberto pelo meu sangue. Sorri para Harry junto nossos lábios, absorvido pelo saboroso gosto em sua boca enquanto todo o meu Eu lubrificava na larva dentro de mim. Tornando tudo ao meu redor, falho e frio. Para não passar a minha noite, gritando de dor, achei melhor pedir para Harry me foder ainda mais.

— Feliz aniversário, Picachu! — Harry sorriu, me fazendo lembrar do que havia pedido para ele quando tivemos nossa vez na cabana.

Se eu não estivesse com dor, estaria envergonhado por sugerir algo tão estúpido como aquilo. Não conseguia raciocinar com ele dentro de mim, por isso, o beijei outra vez para continuarmos o que fazíamos.

...

— Boa noite, novo Louis! — Harry me saldava com um sorriso maroto no rosto.

Passei cerca de quatro horas sentindo o processo da transformação enquanto estávamos fazendo amor, e foi prazeroso tanto quanto foi doloroso. Harry ficou preocupado com a minha reação e eu disse que estava tudo bem, como o esperado. Em menos de vinte quatro horas o meu corpo deixou de ser humano e passou para uma fase mais revigorada do meu Eu. Confesso que me sinto melhor do que nunca e com uma sede vivaz queimando a minha garganta, ardia conforme eu pensava em saciar a minha sede e imaginar a artéria de alguém próximo de mim.

Meu corpo havia ganhado uma energia incrível e eu me sentia mais disposto para correr por metros em segundos. Não sentia dor, não sentia tristeza ou qualquer coisa que ligue as emoções humanas. Agora, eu era um transformado em perfeito estado.

Olho para Harry e sem dizer nada, me sento na cama e percebo que teria feito isso rápido demais. Meus movimentos precisavam ser controlados e eu havia me esquecido desse detalhe. A minha frente, havia um espelho e caminho até ele, chegando em uma fração de segundos percebo que eu ainda era eu, mas em uma versão melhor do que fui.

De forma detalha, conseguia ver uma mosca passando lentamente próximo de mim e que junto a ela, tinha uma formiga em cima do espelho. Do lado de fora da janela, o som do vento e das árvores eram pretensiosos. Não havia animais, nem sequer um pio dos pássaros, apenas da coruja petulante em cima do mais alto galho e ou... Estava sentindo os cheiros ainda mais perceptível do que a primeira vez.

Eu era incrível!

— O que está pensando? — Harry deslizou sua mão pela minha cintura e me abraçou por trás.

Ele estava com roupas diferentes, mais arrumado e perfumado. Eu gostava desse cheiro e gostava do quão quente era seu corpo. Nas suas mãos havia o colar que eu usava antes e ele o ergue para colocar em meu pescoço, bato na sua mão o fazendo deixar cair a bijuteria.

— É preciso que use para que o sol não seja um problema para você no dia.

Fazendo cara de dor, Harry se agacha pegando novamente o colar e o colocando em mim. Para me redimir, fico na ponto dos pés para beijá-lo, recebendo seus lábios em sincronia com os meus. Tento não o puxar com força, pois, como era um recém-criado, era mais forte que Harry.

E se não fosse pela ardência na minha garganta, eu teria continuado o nosso ato. Contudo, o afastei de mim, pigarreando com os olhos desnorteados.

— Eu estou com sede.

— Imagino que sim, eu pedi uma pizza para nós dois, então, vista-se!

— Pizza?

— É, pizza!

Ele deposita um selinho em meus lábios e se afasta. Deixando-me com uma interrogação no rosto. Vou até o banheiro e me lavo, com pensamentos distantes e com uma fraqueza absurda. Visto um suéter preto e uma calça jeans justa, lembro-me de que horas atrás estava tremendo de frio e que agora, não me preocupava com isso.

Após bagunçar minha franja, desço curioso para a sala mas paro, ao ouvir o som distante dos pneus de um carro na estrada. Uma música com batidas fortes, me fez entender que se tratava de Rock. Aperto minha mão, ao ouvir o amassar das solas contra o gelo, e as chaves balançando enquanto o cheiro da comida me faz salivar. Sem esperar com que a pessoa bata na porta, abro e encaro o entregador com uma caixa de pizza de muçarela nas mãos.

Ele tinha cabelos cacheados bagunçados, seu boné estava para trás, o que não dava para ver o nome da empresa e na sua farda, o nome “Ethan”. Sua pele bronzeada e seu nariz empinado, me chamou a atenção de primeira. Conseguia ouvir sua circulação carregada próximo da artéria e minha saliva aumentou. Ele dizia algo sobre a pizza mas minha concentração não saia daquela região.

— Então, quem vai pagar pela pizza? — Ethan perguntou, com a sobrancelha arqueada.

— Meu namorado. Mas, primeiro, entre para que ele possa te receber. — abri passagem sorrindo amigavelmente para o rapaz.

Ele parecia inseguro e tentou inventar uma desculpa sobre ir embora, mas eu era esperto o suficiente para o manter aqui.

— Você quer entrar e vai deixar essa pizza na mesa, enquanto eu saboreio o seu sangue e depois te mando embora.

Olhando em seus olhos, percebi que ele estava hipnotizado pelas minhas palavras e assentiu com a cabeça, passando por mim. Olhei para o lado de fora certificando que ninguém estaria olhando e sorri, pela primeira vez entendo o sentindo do pedido de pizza que Harry teria pedido. Do outro lado da sala, o garoto se sentava na cadeira enquanto meu namorado vampiro sorria para mim.

Essa era a nossa vida, eternamente mirabolante e cheia de surpresas. No fundo, eu sei que valeria à pena, cada segundo como vampiro. Nossa história nunca foi correta e não começou de uma forma amistosa, sempre tivemos uma linha c reticências em cada capítulo vivido por ela. Então, por que agora seria diferente?

FIM

———— x

O que dizer dessa história? Hum?
O que acharam do capitulo bônus?

Eu não quis enrolar muito porque ia ser muito cansativo a leitura de vocês. E não acho muito legal... Então, saiu essas 8 mil palavras com muito amor para todos.

Obrigada por acompanharam Eternal (Eternamente) e fazerem isso acontecer. Sem vocês, essa história não tinha chegado aonde chegou.
Somos uma família de quase 52K e caramba, quem iria imaginar?
Sou feliz por cada comentário e voto!

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Vou publicar o físico completamente lgbtq  📖🏳️‍🌈
Ainda está em edição e você pode me acompanhar no Instagram, me sigam e eu sigo de volta.
Vamos manter esse contato, ok?

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Amo vocês e se cuidem!
Um grande beijo e amor
All the love, A.
 



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