Bússola Infinita
Oi! 🌝
Espero que vocês gostem desse capítulo. Tenho assistido umas coisas que entraram de uma forma maravilhosa para Eternal ❤️🤧
Boa leitura!
———— R E L E A S E ————
Louis Tomlinson
Sabe quando você passa parte do seu tempo tentando cauterizar aquela dor que te persegue com veracidade? E você tenta esquecer que sua vida é um holocausto durante alguns meses para tentar encaixar cada uma das peças no lugar?!
Mas não foi fácil, para um ser como eu que acabou de perder um amigo... Na verdade, faz dois meses que estamos nessa inconfidência misteriosa depois da cidade ser coberta pelo silêncio da escuridão. Eu poderia sentir no ar o frio que parte de Beaumont se tornou quando Selena matou mais de uma pessoa, nessa sua ignorância hipócrita que tem de querer me ver morto.
Eu tenho treinado na redoma que Groover criou, tentando me concentrar em alguma coisa que não me deixe para baixo porque eu sei que a qualquer momento eu posso enlouquecer com tudo isso. Depois daquela cena horrível com os corpos pregados em uma cruz invertida, passei a ter constantes pesadelos como antes e se não fosse por Harry me abraçando todas as noites que acordo chorando, eu acho que teria afundado em meu próprio navio particular.
Amelie passou a usar algumas roupas de Camila, que lhe caíram bem melhor do que as vestes velhas e imundas que chegou aqui. Sobre minha *irmã*, tentei evitá-la por algum tempo para não ter que falar sobre o assunto que envolve o pai que me abandonou para o meu próprio bem?
*Ah! Essa merda consiste em me deixar confuso e maluco!*
Fico imaginando se alguém abrisse as páginas do meu livro pessoal e lesse sobre o que se passa agora, tendo a certeza que eles ficariam ainda mais perdidos do que a própria pessoa que o vive.
Meu peito anda apertado, tenho me saído bem nos abençoados treinos com Groove, tentando me concentrar nessa coisa nova de ter asas de um anjo, poderes sobrenaturais de um vampiro, desejar o sangue como um demônio e ainda sentir meu coração bater como um humano. Eu me sentia como uma comida que levava todos os tipos de ingredientes para um prato saboroso.
Faz cerca de um mês que recebi o comunicado do Arcanjo Groove, que alguns anjos caídos se uniram a Selena depois que ela fez refém e matou alguns que perambulavam pela cidade lutando contra seus guardas. Os céus estavam revoltados com o que estava acontecendo e desde aí, não parou mais de chover e ficar com o clima nublado, frio o suficiente para trazer os casacos, que ao menos eu, precisei para me aquecer.
A redoma que estamos, foi reforçada pelos anjos que nos protegem depois dos episódios que relatei sobre uma possível invasão macabra. Dessa vez, eu conseguia vê-los parados com espadas aquecidas pelo fogo inebriante sem queimar a ponta de seus dedos. Se antes estávamos cercados por anjos, agora não foi muito diferente, havia vários espalhados em centímetros de distância entre nossa redoma.
O ar estava cada vez mais tóxico e talvez seja por isso que algumas pessoas estejam morrendo na cidade. E isso me deixa presunçoso, com uma vontade imensa de descobrir que posso acabar com aquela bruxa infeliz. Pois, desde a morte de Niall, eu comecei a alimentar um pouco de raiva por Selena, desejando ter sua cabeça estraçalhada entre as palmas da minha mão.
Não tem um dia que eu não queira saborear a minha vingança.
Algumas vezes eu sentia o poder vital circular minhas veias, me dando segurança de que estava quase pronto para uma possível batalha embora parte de mim estivesse com medo de ser falho. Era tanta coisa que caia sobre mim que esqueci o que era ter segundos de paz.
A água gelada cobriu meu rosto após eu pegar certa quantidade na minha mão, absorvi o frio que veio em seguida dando um pouco de alívio aos meus poros oleosos.
O vento forte cuspiu contra a janela pequena do banheiro, me fazendo erguer a cabeça tendo a ideia que se tratava dos galhos da árvore rebeldes. Estava chovendo a cada dia mais forte, os céus pareciam estar contra o tempo em que a cidade de Beaumont estava vivendo.
Levando em conta essa afirmação, sigo com meus pés para dentro do quarto novamente assim que a porta de madeira do banheiro se fechou. Eu estava me sentindo em um *lar-refúgio* durante esses dois meses. Aquela tarde, senti minha calça apertar meu bumbum a medida que eu caminhava, questionei a mim que talvez fosse as rosquinhas açucaradas que a mamãe andava fazendo paras as pessoas famintas que aqui estavam, e eu era uma delas. Meu moletom laranja pastel, estava por debaixo da jaqueta jeans que eu estava usando e de algum modo sua gola não impedia dos meus cabelos um pouco mais crescidos roçarem na minha nuca.
Passou dois meses e eu quase me senti um Tarzan devido aos fios castanhos que meus cabelos permitiram alongar. Harry disse que estavam lindos e na minha cabeça, ele elogiou-os por dois motivos: eles realmente estavam legais e o segundo era porque sua mente pervertida gostaria de os apertar durante um momento íntimo.
Se eu tenho a mente perversa? Talvez, mas não tenho culpa de fazer amor com ele é algo que tenha desprendido desse mundo bagunçado.
Comecei a rir sozinho dos meus pensamentos e mordi os lábios quando pensei no corpo suado de Harry contra o meu, não dando conta que acabei esbarrando em alguém que perambulava corredor afora da casa.
— Se eu não soubesse de quem gostava, eu poderia dizer que você estava pensando em como minhas mãos podem estar sensualmente alcançando sua palma da bunda, anjo! — Zayn sorriu para mim, assim que suas mãos me colocaram em pé.
Acabamos dando um encontrão no corredor e me lembrou da primeira vez que eu o conheci. Vagamente me vinha a lembrança do quão entorpecido fiquei com aquele jeito dele, os detalhes que vagavam na minha mente dos lábios finos que ele puxava no sorriso vago, olhos castanhos que sugam a sanidade de qualquer um, os cílios grandes que davam inveja ao tocarem em suas maçãs. Zayn é perfeito, e eu me apaixonei por ele mas o que eu sentia era a fase complexa de você é meu melhor amigo.
— Você é um idiota! — soquei seu braço sem muita força — Não acha que meu namorado iria quebrar sua cara?
Zayn rolou os olhos após as minhas palavras sinceras.
— É mais fácil, você admitir que sempre me amou. — seus dedos tocaram em meus lábios mas eu lhe dei um tapa na mão, mantendo suas mãos longe e ele riu.
— Eu poderia ser uma megera e contar para o Liam o quão você é pervertido... — dei um passo para trás e vi a tensão surgir nas linhas da sua testa.
— Cobras não são o seu tipo.
— Depende da cobra que fala... — pisquei deixando meus pensamentos irem até o *Stylesconda*.
Zayn abriu a boca, parecendo chocado com a minha fala.
— Você realmente deveria ter me privado desses detalhes. — ele fez careta e eu era aquele que ria.
Ria não, gargalhava porque Zayn estava fazendo careta quando descemos juntos os degraus da escada. Eu sentia falta de um pouco de humor com meu velho amigo mas não tão velho assim. Minhas risadas ainda estavam persistentes e por isso acabei levando um aperto no quadril do Malik, o chinguei de cretino ao pararmos na sala.
Liam estava observando minha mãe fazer algum novo doce que ele não tinha ideia de como colocar os ovos na vasilha e dividir as claras dele sem errar. Aquela cena poderia me deixar a pensar em um futuro que não estaríamos vivendo algo ruim. Coisas pequenas e típicas do dia a dia que passei a dar grande valor.
— Talvez ele saiba mexer nos seus *ovos* melhor do que apanhar para os comestíveis. — comentei para Zayn mas Liam tinha uma audição de águia.
— Eu ouvi, Tomlinson! — Liam disse grotesco e eu dei de ombros.
Não entendo porque as pessoas acham estranho comentar sobre a verdade que fazem na cama. Afinal, será que não respeito a privacidade do próximo?
Uh...
— Zayn, pode vir socorrer seu namorado vampiro? — minha mãe perguntou correndo pela cozinha tentando achar o pote de açúcar.
Meu amigo soltou um "claro" indo para perto deles dois. Sorri ainda mantendo meus passos e vendo Camila, Amelie, Luke, Shawn e Justin, conversando sobre alguma coisa aleatória mas do qual seus dedos apontavam para a colina entre as árvores na varanda.
Decidi que era melhor ficar aonde estava para não atrapalhar a conversa que poderiam estar tendo.
O trovão gritou do céu e quase dei um pulo pelo susto que levei, meus pés continuaram guiando para longe de tudo o que me prendia. Do outro lado, observei as asas de uma borboleta bater para que ela pudesse continuar seu voo, eu sabia que em meio aquele temporal era difícil levantar voo sem sentir o preso sobrecarregar. Toquei no vidro da janela ainda acompanhando seu movimentos até ela sumir ao seguir rumo ao alto do telhado da cabana e repousar em uma madeira.
Parei de caminhar, quando abri uma porta que ficava perto da sala que ligava a uma sala vazia com um tapete vermelho estirado no chão, um espelho grande que e o nada. De tanto tempo que estive por ali, não tinha percebido esse lugar.
Fiquei em anonimato de frente para o meu reflexo pensando no que poderia tirar daquela nova imagem. Um garoto com medo ou a mudança em pessoa?
Soltei um suspiro cansado após sentir minha garganta queimar e fechei os olhos, procurando por contato com a minha vó mas tudo que obtive foi o silêncio e em seguida um toque com fervor das mãos de alguém. Minhas pálpebras voltaram a se esticar quando olhei para o reflexo, Harry encurvado massageando meu ombro.
— Por que está sozinho? — ele perguntou quando parei de me sentir hipnotizado pela sua essência.
Continuei aonde estava quando o respondi com calma:
— Acho que estou voando por algum lugar que não seja o real. — não sei se a minha resposta o faria entender mas era o que me vinha.
— Quando eu te conheci, você parecia inerente a isso.
Sorri como um bobo.
— Talvez porque você tenha me deixado muito irritado com seu ato gentil.
Harry girou meu corpo com as mãos apoiadas em minha cintura assim que termino de me referir ao dia em que cheguei na morada. Após manter meu equilíbrio, apoio minhas mãos no seu ombro largo e forte.
— Como você queria que eu te recebesse? — Harry perguntou com olhos fitando os meus. — Sabendo que éramos destinados a ficar juntos e você era o único que não tinha ideia disso.
Ele sabia como me deixar sem ar por segundos e o seu perfume entrava pelas minhas narinas devorando meu Eu.
— Não sei. — minhas palavras estavam entaladas no meio da minha garganta.
De fato, eu realmente não sabia mas tentava pensar em alguma coisa para tal momento. Toquei nos seus lábios, viajando na cor rosada que eles eram.
— Talvez um sorriso seu já me desse por vencido. — eu disse. — Mas acho que você gosta de ser o cara sexy de um livro que possui mistério e enlouquece quem o lê descrito.
Harry gargalhou jogando a cabeça para trás. Foi uma risada tão gostosa que eu poderia proteger por toda a vida. Colocando minhas mãos ao redor de sua nuca para tê-lo mais perto.
— Talvez mas esse sou eu. Não que eu seja uma parte clichê de uma história de romance. — olhei em seus olhos, captando o brilho sincero que eles guardavam. — Apenas gosto dos mistérios para que você mergulhe neles vindo até mim.
— Uh! Isso de alguma forma deu certo. — me permiti ficar na ponta dos pés, jogando toda a pressão do meu corpo naquela região. — Gosto de você que seja o meu clichê perfeito.
Juntei nossos lábios, pensando na conversa aleartória que nos incentivou a viver esse momento. Seus lábios ainda tinham o gosto doce a medida que se intensificam com os meus. Entre um e um milhão de borboletas que surgem no meu estômago, um por cento delas saem pela minha boca quando percebo que Harry é minha escolha eterna. O começo, meio e fim de uma história que eu me apaixonei e não quero mais ter que largar. Ele é a página de um livro que vou estar sempre voltando para ler e reler toda sua história. Ele é a metodologia pelo qual ainda me prende a atenção.
Suas mãos apertavam o base das minhas costas e eu senti que iria chorar por tê-lo ao meu lado. Harry continuou fazendo um carinho na minha costa deixando com que seus dente cativassem meus lábios inferiores, esticando-os e sugando com sua boca.
Com meus dedos diretamente tensionados em seus fios cacheados, embolo eles para puder puxar sentindo a intensidade que nos levava a loucura. Que pertinente, voltou a estadia das ondas do mar calma depois de muitos movimentos.
Mantive meus olhos fechados, enquanto eu sorria como uma criança boba.
— Quando tudo isso acabar, quero poder viver com você como um novo recomeço que nunca conseguimos ir até o fim. — balancei meu ombro e esse ato causou rebeldia aos meus cabelos. — Não quero que tudo volte....
— As coisas tem sido diferente, Lou!! De alguma forma vamos encontrar nosso caminho eterno. — Harry me interrompeu carregando um sorriso vago.
— Só consigo suportar toda essa pressão porque eu tenho você.
— Ela será uma passagem vaga de uma memória que não lembraremos mais.
Enterrei-me no corpo, para poder sentir seu abraço pois de alguma forma eu sabia que algo estava prestes a acontecer. E que colocaria um fim em toda aquela bagunça.
Acredito que por mais que meu destino esteja destinado a somente uma coisa, era normal eu me sentir perdido no meio do caminho. Provavelmente,, seja essa a sensação de estar chegando ao fim de um capítulo.
— Quero te dar uma coisa. — Harry sorriu quando nossos corpos se afastavam.
Sua mão direita foi enterrada no bolso de trás da sua calça escura, enquanto eu olhava curioso para o que poderia se tratar. E uma caixa felpuda vermelha saiu detrás dele e passaram para a minha mão.
— É algum tipo de surpresa planejada? — perguntei, averiguando a caixa em minhas mãos sem palavras.
Meu namorado apenas negou com a cabeça e encostou sua costa na parede.
— É algum tipo de coisa que estava esperando dar a você quando a certeza de que ficaria vivo seria eterna.
*Hum... Então, acho que eu devo ser privilegiado nessa era, não acham?*
Mordi a ponta dos meus lábios, tirando a tampa com facilidade e agradecendo por não estar em luta com ela. Harry me observava no seu canto e aquilo fazia aumentar a minha ansiedade interna. Quando retiro os papéis de teflón, deixo com que minha boca abra por completo ao ver as correntes entrelaçadas em um formato de infinito, banhadas pelo prata e descendo para o pingente de uma bússola com ponteiros que se interligavam dando a entender que havia outro infinito por dentro. Parecia ser uma jóia antiga mas que estava me cuidada depois de muito tempo.
Me sentia jogado em uma espiral de amor.
— Quando eu me apaixonei por você pela primeira vez, senti que iríamos ter alguma ligação para todo o sempre e quando eu te perdi naqueles tempos, fui atrás de algo que me lembraria de você! — Harry sorriu de lado, enquanto eu intercalava meu olhar entre ele e o presente que ganhei. — Fui em uma loja e invadi a oficina de um bom feitor pela madrugada, usei suas ferramentas e fiz essa jóia para você. — ele apontou para as minhas mãos. — A bússola que dizer que não importa aonde você esteja, aonde você vá, não existe um caminho exato para seguir pois está em todos, o infinito significa que sempre estará comigo e que nossa história está interleçada para sempre.
Meus olhos estavam cheios de lágrimas, eu já estava me sentindo um bebê dengoso quando ouvi as palavras de Harry. Estava entorpecido pela história que iria carregar comigo e olhei para ele torcendo para meu nariz não escorrer catarro porque quebraria todo o clima.
— Essa é a coisa mais linda que poderia ter ganhado. — fungei para não ser mais melancólico do que estava sendo. — Harry...
Não conseguia formar uma palavra certa, resolvi agir quando me joguei no seus braços apertando seu corpo quente contra o meu. Senti que seu nariz estava roçando em meu pescoço e foi desse modo que minhas pernas ficaram bambas.
— Deixe-me colocar em você. — ele me beijou rapidamente após falar e eu tentava conter as lágrimas que não queriam parar de descer.
De frente para o espelho, vejo suas mãos passando diante de mim e o colar sendo posto perfeitamente no meu pescoço. Sorri com as mãos tocando no pingente e senti uma vibração logo em seguida.
Giro meu calcanhar para encarar meu namorado e sussurro um “obrigado” após juntar nossos lábios novamente e ele me levantar em seu colo, rodopiando meu corpo no ar.
...
Sentado no sofá da sala, continuo tocando no colar em meu peito a medida que Harry fazia um cafuné na minha cabeça. Com a outra mão, eu a uso para estar apoiada em sua coxa do qual eu fazia um carinho. Nesse meio tempo, trocamos um olhar simbólico parecendo estar transmitindo nosso amor com apenas um ato.
“É normal eu querer beijar você?”, perguntei em sua mente.
Harry sorriu, encurvando seu corpo para estar próximo do meu.
“Em relação à nós dois, acredito que seja. Você quer que eu o faça?”
Levantei o meu queixo apontando para os seus lábios, dando indício dos meus anseios e com isso, Harry segurou meu rosto após juntar nossos lábios. Um beijo suave estava fazendo nos envolver e a medida que se moviam eu começava a sentir um pouco de paz em meio aquela tormenta.
— Vocês são tão melosos que eu consigo ter náuseas. — ouço a voz feminina de Camila na nossa frente.
Tivemos que afastar nossas bocas inchadas para encarar a nossa amiga que fazia careta com uma garrafa de cerveja entre os dedos. Sorri envergonhado ainda sentindo o formigamento que os lábios de Harry deixaram em minha boca.
— Então, tenho algo a dizer. — Camila se sentou na poltrona após o silêncio que fizemos. Em seguida, continuou sua fala. — Ontem eu tive uma visão intensa enquanto ficava no jardim.
Arrumei a minha posição no sofá para poder ouvi-la melhor.
— E o que você viu? — perguntei sentindo um entalo na garganta.
— Eu vi aquela safada da Selena sentada na neve com as mãos cobertas por sangue. Estava de dia e vi partes de corpos ao redor dela e por perto um vilarejo feito por barracas. — Camila olhou para os dedos como se não temesse o que falava. — Acho que precisamos encontrar seu pai, como Amelie disse.
— Ela te contou algo?
Camila sorriu deixando a garrafa sob a mesa de centro e me encarou:
— Digamos que estamos conectadas.
Pera... O quê?
— Conectadas, você quer dizer? — seguro o sorriso para não demonstrar minha histeria.
Minha amiga apenas rolou os olhos como se não quisesse falar muito sobre si mesma para nós dois. Harry deslizou sua mão pela minha coluna massageando minhas costas.
— Não seja idiota. Estou falando sobre assuntos que referem a essa porcaria que vivemos! — sua voz saiu fria mas eu sabia que ela estava recuando da resposta exata.
Sorri dando por vencido.
— Certo. Entendo bem esse tipo de conexão. — dei uma risadinha e recebi seu dedo do meio como reação-inusitada-e-agoniada.
— Isso não interessa, Tomlinson. Queremos saber se você vai ou não?
Passei tanto tempo fugindo dessa pergunta, eu ainda não sabia se estava pronto para ter um encontro fraterno com meu pai depois de tantos anos. Eu tinha medo de rejeição, medo de eu rejeitá-lo. Minha mãe foi a única a ter uma conexão passada com ele, ao mesmo tempo que eu sabia que era o que minha avó Constance disse para eu fazer assim que voltasse para a realidade.
Isso é porre!
Olhei para os meus dedos ouvindo o som da chuva cada vez mais forte, sentindo as mãos de Harry pesando sobre minha coluna.
— É o que tenho que fazer, não é? —indaguei quase falhando com a minha voz. — Preciso falar com Groove sobre isso para podermos sair daqui sem que mais alguém morra por minha causa.
Após o desabafo depressivo, Harry me puxou para perto de si e isso me fez se sentir seguro.
— Você não vai perder mais alguém. — ele sussurrou para me confortar. — Estamos juntos nessa.
Assenti com a cabeça e encarei Camila que estava com as botas perfurando o sofá de camurça. Lancei um sorriso franco da minha parte para ela e recebi na mesma hora o seu.
Enquanto permanecemos por ali, ouvimos Justin chamar o Harry para ficar na varanda e ele me beijou depois de me deixar sozinho com a minha melhor amiga na sala. Depois dela se tornar um pouco macabra, Camila e eu, não conversávamos como antes e confesso que sentia falta daquilo.
— Bonito colar. — ela dizia encarando meu peito, intuitivamente, coloquei minha mão sobre ele esboçando meu sorriso. — Harry o ama pra caralho!
Dei uma risada vaga.
— Ele ama sim. Eu o amo também. — balancei a cabeça, abraçando minhas pernas. — Assim como você e Lauren se amavam.
Camila olhou para baixo e em seguida levantou do seu lugar, pensei naquele momento que eu deveria ter a magoado e ela iria embora depois de me xingar mas me surpreendi quando ela se jogou ao meu lado no sofá.
— Ela sempre será a única pela qual vou amar. — suas palavras foram sinceras e isso me fez a encarar. — Lauren foi a mulher que tocou em meu corpo como se eu fosse uma obra prima e me amou como se eu fosse a única pessoa nesse mundo. Sei que apesar dela ter sido corrompida, seu sentimentos foram importantes.
Após sua fala, me senti comovido e peguei na sua mão para apertar com suavidade. Camila olhou para a janela de vidro ao nosso lado.
— Promete uma coisa pra mim? — ela continuou falando, balancei a cabeça concordando — Quando aquela vaca estiver nas suas mãos pedindo para que a deixe sobreviver, me deixe terminar o trabalho em nome do Niall e Lauren?
Era de se entender sua fúria e eu também estava furioso com Selena, desejando acabar com cada sua essência depois dela arrancar algumas que me pertenciam.
— Eu prometo que faremos isso juntos. — sorri para ela mas senti que precisava dizer algo a mais. — Eu te amo, Camz.
Não esperava que minhas palavras fossem receber uma resposta mas falei o que vinha do meu coração. Camila é como uma irmã para mim. E agora ela estava me encarando como se estivesse pensando em alguma coisa referente ao que somos.
— Eu amo você, Lou. Sempre vou, mesmo que algumas coisas não sejam as mesmas.
Sorri calmamente e a vejo se levantar logo em seguida. Antes que pudesse a ouvir, percebo que Amelie nos encarava do outro lado, um tanto sombria e se afastou quando percebeu que eu a peguei fazendo isso.
— Vou dar uma volta no andar de cima, logo eu volto. — Camila se pronúncia me fazendo desviar a atenção da janela. — Ah, seu ex sumiu do mapa de novo!
— Para onde o Shawn iria?
Camila deu de ombros.
— Ele estava bastante misterioso hoje quando conversávamos sobre ataques que Selena poderia fazer. É estranho mas ele deve ser louco!
Era realmente estranho seu comportamento, ainda mais porque desde que Shawn chegou não havia falado muito. O que de fato, me fez lembrar de Luke.
— Você viu o Luke? — perguntei quando percebi que ele era mais um que andava afastado depois da morte de Niall.
— Não.
Camila balançou os ombros, se afastando e me deixando sozinho. Levantei do meu lugar para ir até a janela ver se eu encontrava Amelie para tentar fazer algumas perguntas a ela mas assim que apoio minha mão no parapeito não a encontro.
Os raios no céu explodiam como fogos de artifícios e a chuva estava cada vez mais densa, propensa a não parar aquele dia. Suspirei abaixando minha cabeça e fechando meus olhos para tentar levar meus pensamentos para outro lugar quando ouço o ruído da porta abrindo, olho para o lado vendo que a porta da sala vazia estava aberta e por lá havia algo escuro, uma mão soltou o canto da porta e isso me chamou a atenção.
Encaro ao meu redor vendo que não havia ninguém por perto, o que de certo modo era estranho. E isso me fez ir na direção daquela escuridão, meu coração estava acelerado porque eu andava com medos constantes naqueles dias mas confiei na segurança que estávamos tendo pelos anjos.
— Alguém está aí? — perguntei empurrando a porta depois de certo tempo.
Não obtive resposta. Olhei para a tomada e tentei acender a luz que de certo modo não aconteceu, achando aquilo estranho, decidi voltar para a sala de estar mas vejo a mão de alguém fechando a porta com força. Gritei ao bater na madeira da porta e tentei girar a maçaneta que estava emperrada.
Ótimo
Com destreza, puxo meu celular e ligo a lanterna iluminando a sala vazia. Nela o espelho continuava na mesma posição de antes e as cortinas da janela bailavam como se alguém tivesse entrado ali. Vi como meu ponto de fuga a janela aberta e corri para poder me livrar daquela brincadeira sem graça.
Puxo as cortinas para o lado e vejo que atrás delas estavam um ventilador ligado com uma brecha de luz pois foi feito na parede. Grunhi frustrado por criar uma falsa esperança.
Dando passos para trás, sinto que as coisas não estavam corretas por ali. Meu peito queimava a medida que meu estômago queimava. Poderia me sentir sufocado com aquela tensão e um grito abafado sai da minha boca quando sinto mãos cobertas por luvas taparem minha boca e prenderem o meu corpo.
Tentei lutar mas alguém me pressionava com muita força. Chutei tudo o que poderia mas não havia nada. Em seguida, a pessoa misteriosa pressionou algo pontiagudo na minha cintura dissecando a minha pele e me fazendo gritar.
Fechei meus olhos, sentindo a pressão quente do meu corpo super aquecer, e as chamas saírem das minhas mãos e intuitivamente, aperto o braço daquele que me feria. Isso de certa forma fez a pessoa se afastar e me jogar com brutalidade no chão.
Ofeguei com meu peito apertado e me arrastei pela escuridão a fim de fugir mas as luzes eram acesas e não havia ninguém por perto. Meus olhos vagaram pela minha cintura que sangrava após o corte e encostei minha costa na parede imerso pelo medo que me percorreu.
Mas que porra estava acontecendo?
Antes que eu pudesse formular alguma coisa inerente, vejo a porta sendo aberta lentamente e levanto abruptamente. Dando alguns passos para trás ao ver a sombra de alguém do outro lado e quando penso em qualquer tentativa de ataque, vejo Justin entrando.
— Louis! — ele gritou vindo na minha direção assim que minhas pernas bambearam. — O que aconteceu?
Eu estava aliviado por seu meu irmão ali e não a pessoa que me atacou, no momento eu não sabia o que dizer apenas o abraçar após chorar em desespero.
Notas Finais
Como eu estou
Hauahajsj mistério mas mistério parece que o jogo vai começar e vocês devem fazer suas apostas, quem é o vilão misterioso que atacou o Lou?
Quero ver todo mundo surtando porque esse é o meu papel de autora que ama pra caralho meus leitores 💁🏻♀️
Pra quem quiser falar com myself, posso estar falando com vocês pelo whatsapp 💞
Pessoinhas que amo, se puderem também acompanhar minha outra história Survives (livro físico que estou postando aqui gratuitamente, serei eternamente grata)
Amo vocês e até o próximo capítulo
All the love, A.
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