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Alma abalada

Louis

Desde o primeiro dia da minha vida, que descobri que iria ficar praticamente a minha vida inteira preso na morada cheia de vampiros, jamais acreditei que a minha história e vínculo com ela, seria tão grande a ponto de criar uma guerra com a “suprema” bondosa que me acolheu. Que faria uma amiga e ela se revoltaria contra mim da pior forma — mas admito que sinto culpa por ter feito o que fiz na sua presença. Camila me odiava e me ver morto parecia agradável na sua perspectiva. A realidade da minha vida se tornou um caos, eu estava assustado, porém, não tinha tanto medo quanto antes. Quando você aprende a cicatrizar suas feridas, a vida parece fazer mais sentido e nem tudo realmente é doloroso como aparenta.

E aqui estou eu, rumo ao lugar que me levou a morte mais de uma vez. Pergunto a mim mesmo se levaria dessa vez ou se eu seria capaz de vencer, encerrando todo o assunto inacabado com Selena. E nossa história passada ainda não me era completa, deveria existir muito do que uma mágoa em seu coração cujo transbordasse tanto ódio, eu precisava saber e descobrir os motivos.

A neve e seus flocos, dificultavam o meu voo no alto das copas das árvores e sentia as minhas asas congeladas nas pontas e dolorosas pela força que eu fazia para alcançar o outro lado. Entre um impulso seguido de outro, eu me via indo muito bem. No meu caminho, me vi repleto por pensamentos profundos e obsoletos, pensei em Harry e nos motivos que tive que o deixar para trás, em como a essa hora todos pensassem que me joguei ao suicídio. Pensei na minha mãe, nos meus amigos e até mesmo em Mark. Desejando que eles ficassem seguros e tendo a ideia de que eles viriam atrás de mim. Levaria o tempo que fosse preciso para não ter que colocá-los em perigo, embora eles já estivessem.

Meus pés tocaram na camada branca e gélida, abaixo de mim. Carreguei comigo o corpo desacordado de Camila e passei fútil, por cima do muro que completava meu antigo lar, aonde toda a minha história se iniciou. E ao voltar para a morada, tive a sensação de vazio no meu peito, estava diferente desde a última vez que estive aqui, as paredes de pedra estavam cobertas por sangue, os véus da cortina estavam sob rasgos e não havia sinal dos alunos que por aqui andaram. As cores cinzas acrescentaram o olhar de solidão que aparentava The Dark Night Dwelling.

Os passos vindo de longe, atraíram a minha atenção e precisei apertar o corpo de Camila contra meu peito e bati as asas para ficar em cima de uma árvore. Não queria ser pego tão facilmente, queria encontrar com Selena como ela tanto desejava e que não fosse a força. Meu coração estava acelerado, a medida que observava os homens encapuzados se aproximando com suas máscaras escuras. Sozinho, tentei pensar em uma estratégia favorável para a minha ação. Percorri com o olhar por toda a morada, tentando achar alguma janela aberta, a maioria estava fechadas e cobertas pelas persianas escuras, demorou alguns instantes até eu avistar o batente de madeira com uma brecha da janela aberta, foi o momento certo pois um dos guardas da Selena, me avistaram e correram na minha direção. Planei no ar, usando as forças das minhas asas para poder os jogar para o outro lado, liberando meu caminho até a janela aberta.

Poderia ser uma cilada armada para mim, eu estava quase certo disso quando me joguei para dentro do quarto que um dia dormi e bufei, ao encontrar o velho teto que odiava e um guarda a minha espera. Sem muito a temer, larguei Camila na minha cama e ergui as mãos para o alto, afirmando que estava me entregando e que antes de ser levado, desejava encarar a bruxa que teria me causado isso.

O ferro da corrente queimou e cortou os meus pulsos, mas não mostrei a minha dor. Não dessa vez. Eles me guiaram para o corredor do último andar, subindo as escadas até chegarmos a um salão que desconheço, repleto por colunas grandes de pedra, o chão terminado um círculo com desenhos abstratos e uma mesa de mármore com a adaga na posição de centro, um prato de ferro feito por detalhes a mão e um frasco com cheiro de sangue. Parecia uma seita a minha espera e eu me sentia o cardápio dessa cena macabra.

Os guardas não pouparam ao me jogar contra o chão e me fazerem ficar de joelhos na frente da Selena.

— Quanto tempo, querido! Já era hora do nosso novo encontro, não acha?

Eu gostaria de cuspir em seu rosto mas seria clichê demais da minha parte.

— Não gosto de apressar os momentos importantes, se é que me entende. — respondi em ironia, fazendo-a sorrir friamente. — Como vai, querida?

Em retaguarda, Selena me lançou um olhar prologando por fúria e muito ódio, eu imaginei o quanto aborrecida ela poderia estar.

— Deve imaginar que essa recepção calorosa é para você.

Olhei ao meu redor, movendo meu queixo para o alto. Notando as paredes de pedra com o verde do lodo que se formou.

— Com toda a certeza, suprema. Não poderia estar mais ansioso por tal momento, seria aquela a adaga para me matar? Porque nossa! Eu estou ansioso por isso, quem não estaria?

— Continue brincando, Tomlinson. Suas horas estão contadas!

— Não foi eu quem começou em ironias, Selena. Não seja sádica e vamos direto ao ponto!

Minha paciência estava por um fio e a seriedade foi notória em seguida. Conversas não são muito comuns quando você está em um acerto de contas, é na verdade para que o tempo corra e algo aconteça no intervalo seguinte e não quero que na minha história isso ocorra. Antemão, meus pensamentos se fecharam assim que a minha atenção se voltou por completo a Selena e a figura encapuzada que se aproximou, a escuridão que era translúcida, sussurrando em seu ouvido algo que infelizmente eu não entendi.
Observei a bruxa abrindo um sorriso retórico para mim e erguendo o queixo para logo acima dos meus ombros, aonde Camila se aproximava com seu olhar frio e sanguinário. É horrível pensar que uma das suas melhores amigas se tornaram cruéis e ruins para você e a sociedade. O pior ainda é vê-la se aliar a uma das pessoas que mais te odeiam, e o modo como Selena havia sussurrado “Meu amor”, foi como me socar no estômago e me fazer colocar tudo para fora. Contudo, eu estava pensando demais e rápido o suficiente, pois as próximas cenas foram chocantes. Carreguei comigo um desgosto maior quando elas se entreolham e se beijaram.

Não que eu sinta alguma coisa a mais pela minha melhor amiga — não veria problema, se eu não fosse eu e blá blá blá —, mas eu sabia muito bem da mente perversa que Selena poderia ter ao usá-la. Camila não era ruim, por mais que a verdade esteja na minha frente, algo não me deixava acredita que era mesmo. Abaixei a cabe para não dar plateia a cena, contando os segundos quando elas se afastaram.

— Fez um bom trabalho, querida. Sabia que eu poderia confiar em você! — Selena sorriu, fazendo um carinho na bochecha de Camila. — Afinal, como poderiam desconfiar de você? Achei perfeito sua encenação.
Aquilo só poderia ser algum tipo de brincadeira com a minha cara.

— Deixe-me terminar isso para que fique ainda mais divertido!

Selena pediu para que Camila desse alguns passos para trás, e eu pensei que aconteceria algum tipo de brincadeira de bruxa ou ela faria uma peça dos padrinhos mágicos. Quando ela foi até a mesa, pegou a adaga e cortou a palma da sua mão, deixando cair os pingos seis vezes no chão e sussurrou: “Ut in magica cecidimus, animam autem non habitatum '¹. Não entendi absolutamente nada do que saiu dela, para ser sincero, todavia tudo passou a fazer mais sentido quando a poeira negra se alastrou e cobriu a Camila.

— O que está fazendo? — gritei, mas Selena me ignorou.

Volta e meia, a fumaça abaixou e eu pedi para não encontrar a Camila morta e o quão iria me doer saber que deixei isso acontecer de alguma forma. Abri meus olhos que teria fechado por segundos, sentindo calafrios pelo vento soprado e me espanto, quase caindo para trás. Acredito que teria sido pior do que eu imaginava, e eu era um tolo.

— O quê?

— Surpresa, Louis! — Selena zombou, mostrando a satisfação em seu olhar. E sua risada se alastrou ainda mais por me ver em estado de choque. — Enganamos você direitinho, não é?

Balancei a cabeça, percebendo a imagem vivida de uma outra garota na minha frente. Seus cabelos eram cacheados escuros, olhos frios da cor cinza e pele corada, de fato aquela garota não era minha melhor amiga e eu me perguntava o que estava acontecendo.

— Usei a Blue Ivy, para fingir ser sua amiga idiota, Camila! Imagina isso, usar sua culpa pela morte da Lauren, com a minha magia e a atuação de uma garota transformada para ser uma de nós? Brilhante ideia, não acha?

Eu não a respondi, porque eu não conseguia dirigir aquilo rapidamente. A indignação no meu olhar foi o suficiente para ela entender que eu fui pego de surpresa.

— O que foi, Louis? — Selena indagou, jogando seu vestido pra o lado. — O gato comeu sua língua?

Abaixei a cabeça me sentindo covarde, com o peito ardendo e a garganta envolvida pelo seu ácido. O amargo entoou em veracidade para mim.

— Sabe, eu gosto quando eu mostro que sou muito mais e mesmo que o tempo passe tudo ficará sob o meu controle. E você sabe o por quê, Tomlinson? — a pressão das suas unhas estavam envolvidas na minha bochecha, causando o desconforto horrível. E aquela bruxa, me fez olhar em seus olhos e reconhecer o quão desprezível e vazia ela poderia ser. — Porque eu sou a melhor!

Rapidamente, ela me joga para o outro lado com brutalidade, a ponto de me fazer sentir o latejar da dor quando voltei ao chão. Selena riu alto, acompanhada da garota que ela beijou e eu, cuspi o sangue que teria escorrido no corte que levei com o baque da minha queda.

— Melhor? Você se diz melhor? — eu soltei uma risada irônica do fundo da minha garganta. — Com melhor você quer dizer desprezível e miserável? Porque se for realmente isso, eu de fato, não gostaria de estar no seu lugar.

E como esperado, minhas palavras surtem efeito na bruxa a minha frente, suas mãos lapidaram os seus quadris e as velas se acenderam naquele salão com densidade.

— Você está com medo!

— Confesso que já o tive um dia, mas não tenho. Não de você e do que pode fazer comigo hoje! Se estou aqui é porque não quero te poupar de me encontrar.

— Será mesmo, Tomlinson? Será que não está dizendo isso para tentar se convencer do que não é real.

Selena bateu o salto contra o piso, não demorando muito para estar junto a mim e de longe, observei a garota me encarando seria. Garanto a mim mesmo que fui um tolo por ter vindo aqui, contudo, eu não tinha medo como antes. Estava inseguro por se tratar da morte para sempre mas se fosse o meu destino final, que dessa vez eu fizesse com dignidade.

— Ou você está tentando me deixar pra baixo o suficiente para que se alimente do meu medo, como fez com a minha culpa. — sorri, outra vez em ironia.

— Então, vamos ver se está certo disso.

Batendo a palma, Selena desfez tudo o que se tratava de luz e nos banhou em sua escuridão. Eu não conseguia enxergar com nitidez e as minhas costas se arrepiaram quando as lembranças do escuro me vieram a tona, respirei fundo me mantendo firme ao ficar de pé e notar que ela teria sumido com os outros do salão. Deixando a mim sob uma desvantagem condescendente por estar preso em algemas.

Você nunca mudou, querido. A escuridão sempre será sua inimiga e você nunca irá sair dela
Em seguida, meu corpo é pressionado para frente e outra vez, me vejo caindo. A risada de Selena se estendeu por todos os lados, confundindo a minha mente e meu sexto sentido. Ela estava fazendo um jogo comigo, me deixaria fraco para poder terminar comigo, e por essa razão me levantei o mais rápido que pude.

Não seja um tolo, você já perdeu”

Com um chute mas pernas e o uso das suas mãos, vou para o alto e caio em cima da mesa de mármore, derrubando as coisas que estavam em cima dela. Tossi, me sentindo mal e com uma dor de cabeça horrível, não acredito que estava perdendo aquela briga porque ela parecia em vantagem. O que eu poderia fazer? Existe algum modo?

Desesperado em meus pensamentos, vou para debaixo da mesa e tento me lembrar das palavras de Groove nós meus dias de treino, aqui teria que valer a pena, certo?

Fechei meus olhos, apertando os lábios um contra o outro e puxei do fundo da minha memória algo daqueles dias. Mas tudo o que me veio, foi algo diferente dos meus treinos:

Aquele cuja a força recebera, será o mesmo que um mistério vai desvendar. Um homem do seu passado vai reaparecer e a verdadeira mudança acontecer. O maligno será decaído das sombras com quatro elementos. O destinado tem a força e o caminho eterno virá, apenas em movimento e uma escolha”

A profecia... Oh merda! Merda! Por que eu não lembrei disso antes? Agora tudo fazia sentido para mim e estavam ficando as claras a medida que eu jurava as peças daquele quebra-cabeça. Os quatro elementos que eu possui: água, terra, fogo e ar, eles fazem parte de mim por causa de Mark e eu o encontrei, ele é meu passado. Meu caminho eterno estava na palma das minhas mãos o tempo todo mas eu não sabia disso.

Enquanto pensava, sinto uma explosão gradativa a minha frente e as pedras se alastrarem em fumaça e o agudo som, em meus ouvidos me deixaram elétrico.

— Qual é seu próximo passo, Tomlinson? Você não é nada!

Mentalmente sussurrei: “fogo”. A quentura em meu corpo subiu dos pés a cabeça e eu sentia que fazia mais de 40°graus, a minha palma suou queimando aquele ferro e o derretendo dos meus pulsos, pois havia uma energia carregada neles e logo me vejo liberto daquelas correntes pesadas. Não demorei muito para ficar de pé, abrindo as minhas asas quando espalho as chamas paras as velas outra vez, percebendo o quão abismada Selena ficou, não pode deixar de sorrir ao inverter aquela nossa “brincadeira”. Concentro minha energia dessa vez na minha palma e a impulsiono na sua direção, todavia, Selena foi rápida ao se desviar carregando a raiva em seu olhar.

— Como ousa? — ela berrou, com a adaga nas mãos. — Eu vou matá-lo, Tomlinson!

— Tente.

A desafio, usando outra camada de fogo nas mãos e tentando acertá-la, ficando por fim na parede. Selena gritou para seus guardas me pegarem, e os deixei se aproximar até que formassem o círculo ao meu redor. Eu estava sob ansiedade, com energia para aquele momento e estava amando poder liberá-los. A minha esquerda vieram dois homens mascarados com suas espadas, levantei voo e usei as forças das minhas asas para os soprar para trás, em seguida os levantei comigo usando o ar ao meu favor e os joguei pela janela da morada.

Por descuido, não notei as mãos de um me puxarem e baterem meu corpo em uma das colunas de pedra. Ergui meu olhar na sua direção, vendo que ele corria com a espada para me acertar, desviei para a direita e o deixei errar o alvo. Pelo seu erro, usei meu punho contra o chão, trazendo a terra por debaixo daquele piso para o envolver em um redemoinho. A agitação não chegou ao fim, enquanto meus poderes cuidavam do insolente mais dois vieram na minha direção e eu lancei fogos para os queimarem por inteiro.

O mais rápido que pude, corri para o centro do salão e pegando do chão, as duas espadas dos guardas mortos. Movimentando-as no ar, quando as iluminei com as minhas chamas atingindo os três encapuzados que vinham na minha direção, iniciando pela garganta, peito e estômago. Rodopiei no ar, caindo de joelhos no chão e quebrando o piso abaixo de mim. 

Eu não poderia deixar de sorrir ao ver a minha evolução, e todos os treinos teriam válido a pena e eu não era um fracasso por inteiro como afirmava nos dias dos ensinamentos do Groove. Meus poderes iram finalizar com Selena, e aquela maldição terrível que ela teria jogado em mim, no Harry e no Justin. Pensar nisso, me fez lembrar da sua existência e a ira em seus olhos disseram tudo por fim.

— Ainda não acabou! Você irá lidar com os verdadeiros anjos caídos, Louis e com eles, você não pode.

As ondas de poeira se alastram, a medida que as sombras dos Leviatã aparecem na frente da janela. Fico imóvel, permitindo que eles entrassem no salão principal, todos eles formavam um grupo de vários tipos, homens e mulheres. E eu sabia que estava em desvantagem pela quantidade de inimigos que estavam ao meu redor. Ouvi a minha insegurança sussurrar que seria um caminho sem volta e a ignorei para não ficar pior do que estava. E quando o silêncio pairou sobre nós, pedi por forças de todos os lados.

— E por que você não me enfrenta? — eu a desafiei. — Está com medo de lidar com os meus poderes e morrer, Selena?

— Eu não tenho medo de você.

— Prove que sua covardia não é maior que seu desejo de vingança. Ou todos os seus esforços vão mostrar o quão covarde pode ser e não uma bruxa de verdade como todos pensam que é!

Sua irritação estava visível, todos aqueles anjos rebeldes nos encaravam com desdém e a minha tentativa de desafiá-la na frente deles foi recebida com sucesso. Mais do que tudo, Selena não poderia mostrar receio para seus apoiadores naquela briga, sua parceira também esperava a sua reação do outro lado. E eu sentia nas minhas veias a preparação para aquela luta.

Selena gritou, jogando sua fumaça vermelha na minha direção e fazendo meu corpo sucumbir para trás e levar as paredes de pedra comigo. Meu corpo levitou por alguns segundos no ar, até sofrer o baque na camada de neve abaixo de mim, após a minha queda daquela altura, percebo o latejar nas minhas asas e ao olhar de relance para o lado, noto que duas pedras quebraram sobre ela.

“Que grande boca a minha”

Soltei um gemido de aflição, pretendendo ir para o lado quando Selena veio do alto, amortecendo sua queda com a pressão dos seus pés contra o chão. Seus lacaios e plateia, vieram assistir o espetáculo no jardim da morada. O gosto de ferro subiu minutos depois para a minha boca e tive de cuspir a quantidade de sangue nela.

— Viu, eu não tenho medo de você!

Resmungo baixinho sem conseguir me mover e enterro os meus dedos embaixo da camada de neve, sentindo-os congelarem até encontrar a terra fértil. Deixei com que ela continuasse com seu discurso sobre ser a melhor outra vez e fechei meus olhos imaginando os grãos pequenos se formarem embaixo do seu corpo, se repartindo para os lados densamente e acompanhando seus passos na minha direção. Apreciei os detalhes que eles tinham com suas pequenas ambiguidades naturais e em meu comando mental, abri meus olhos e fiz o mesmo com o chão, partindo o no meio e levando Selena. O seu grito estendeu em alto e bom som, e foi um momento de vantagem para mim, pois, consegui me levantar embora estivesse sentindo algumas dores.

Minhas asas não estavam calejadas por tempo, então eu teria de fazer tudo em terra firme. Procurei não me aproximar por ter a certeza de que ela voltaria. Os flocos de neve grudaram na ponta do meu nariz e pareciam agitados, notando a fumaça vermelha se alastrando para todos os lados e ficando escura. Dei alguns passos para trás, não sabendo o que aquilo poderia me causar. Selena ressurgia do buraco, com ódio em seu olhar, seu próximo ataque não foi muito eloquente pois eu consegui fugir, pulando para o lado.

Selena não poupou esforços, tentando de todas as formas me feri. Corri pelas lacunas e me escondo em uma delas para ganhar tempo e concentrei uma energia de fogo em minha palma, arremessando na sua direção sem prestar atenção em um alvo certo. Eu só precisava ganhar tempo o suficiente e conseguir tomar sua adaga. Eu precisava acabar com aquilo, mesmo que tivesse que morrer outra vez.

Era assustador levar aqueles pensamentos na minha vida real, eu nunca imaginei chegar tão longe como hoje. Com as costas na parede, eu olhei para o corredor adentro da morada sentindo vibrações ruins naquela direção, apoio a minha cabeça na lacuna odiando a ideia que tive. Apesar disso, eu não tinha escolha mesmo. Bati os meus pés no chão, causando um tremor com a ajuda da terra e corri o mais rápido que pude, conseguindo alcançar o outro lado. Os malditos degraus não foram o meu problema maior quando cheguei mas os alunos zumbis que a Selena teria transformado.

Eles desciam, erguendo a mão para me segurar e com as presas de fora, afim de me sucumbir naquela situação. Imaginando uma corrente de ar vindo do lado de fora e os empurrando para abrir um caminho. Passei por eles, aumentando os meus passos em cada degrau e parando próximo da janela que me deixava nítido a visão se Selena e os outros.

— Quem está fugindo agora, Louis?

Olhei para as minhas asas e sentindo um ar fresco sobre elas, fechei os olhos deixando a cura se fazer presente e me trazer o vigor de estar bem. As agitei para ter a certeza daquilo, me apoio entre as lacunas. Selena olhou para cima sorrindo e eu, me joguei do alto desviando da sua fumaça negra. O vento beijou meu rosto e me abraçou com severidade ao estar na sua frente, ergui a minha mão tocando no seu ombro.

— O que está fazendo? — ela me empurrou.

— Por que você é assim? Por que é tão ruim? — mantive meu corpo ereto.

Os olhos daquela bruxa se encheram, escorrendo algumas gotas pelas laterais quando ela as limpou:

— Quer saber mesmo? Sua família perfeita destruiu a minha vida quando eu era apenas uma criança feliz e tola. Você não se lembra porque não está na sua memória passada, mas eu me lembro de tudo e até mesmo como queimaram vivos os meus pais. Sem piedade, eu dormi com seus gritos na minha mente e chorando sozinha na minha escuridão. Minha mãe era uma boa mulher e escondia sua magia negra pra viver uma vida com os humanos mas seus pais acharam errado, culpando-a das mortes na cruz invertida de pessoas no vilarejo. — ela riu, negando com a cabeça. — Não era ela mas as bruxas de Salém, umas parentes idiotas da minha família que acabaram com aquelas pessoas. E mesmo dizendo a verdade, os sangue sugas dos seus pais os mataram.

“E eu cresci órfã, levando anos para encontrar um lugar que pudesse me salvar. E por culpa deles, homens nojentos abusaram do meu corpo, tiraram a minha bondade e me fizeram o que sou. Eu cresci suja mas com a minha vingança em mente porque a culpa toda foram daqueles que me deixaram sem amor, carinho e cuidados. Eu tive que sofrer e aprender magia negra para me livrar de aliciadores bêbados, até o dia em que você me achou naquela maldita noite em que iriam me matar viva.”

“Chegar nesse lugar, me deixou com nojo e todas as vezes que eu beijava seu irmão Justin, sentia vontade de vomitar. Então, por que não jogar uma maldição na filho herdeiro? Por que não acabar com aquela merda e me vingar dia após dia em que viesse a vida. Te matar se tornou tão viciante que eu não poderia parar, todas as vezes eu me saciava com a sua morte e hoje...”

Selena me encarou com um sorrisinho malicioso nos lábios.

— Eu me cansei de te matar, agora, o que eu mais quero é me livrar dessa sua cara feia e sonsa!

Fiquei atônito depois da sua revelação, eu não imaginava que sua raiva sobre mim se ligaria a uma hora jamais contatada. Selena estava carregada de mágoa e ódio. Conseguia sentir o quão presa ela ficaria naquilo, insatisfeita e fria.

— Surpreso? Pois não deveria, você faz parte disso tudo.

Em meu descuido, sinto a fumaça abaixou dos meus pés sugando a minha energia e me fazendo cair de joelhos. Selena foi ágil ao ficar atrás de mim e puxar a sua adaga do bolso. Gritei para que ela não fizesse aquilo e claro que não funcionou. A lâmina perfurou lentamente as minhas asas e ela usou sua vantagem ao arrancá-las se mim.

A dor foi agoniante, a medida que ela as puxou e me fez cair de bruços na neve. Observando as asas caindo ao meu lado, minhas costas estava ardendo e eu não sei como estava suportando aquela dor por não tê-las. Choraminguei, fraco internamente por ter sido golpeado daquela forma. Selena colocou seu salto contra as minhas costas e gargalhou.

— Diga adeus a tudo, Tomlinson!
Fechei meus olhos, me agonizando de dor e ardor. Pedindo por ajuda seja qual fosse pois me sentiria grato. Não queria morrer daquela forma, não queria acreditar que teria fracassado após ouvi-la.

Discedite!

A pressão contra o meu corpo ficou suave, a massa de ar densa levou Selena para longe e ao abrir meus olhos, vejo minha mãe com a mão erguida e atrás dela, estava Harry, Camila, Zayn, Liam, Luke, Niall, Amélia e Shawn, acompanhados deles outros vampiros do vilarejo que meu pai vivia. Meu coração estava aliviado por vê-los outra vez, até mesmo que minha melhor amiga ainda era a mesma.

Ao percorrer seu olhar sobre mim, Harry junto aos outros vieram na minha direção. Ele envolveu sua mão ao redor da minha cintura me colocando em seu colo, enquanto o resto da ajuda se juntava naquela guerra. Meu peito estava queimando do mesmo modo como minhas costas, e eu não queria pensar muito naquilo.

— Por que você sempre se arrisca? — Harry perguntou preocupado.

— Acho que é um feitio.

Meu namorado negou com a cabeça e atrás dele, percebi que Camila estava aflita e a minha mãe se juntou a mim.

— Eu vou ajudá-lo, querido.

Percebo a sua agitação ao pedir para Harry me virar de costas para ela.

— Obrigado por estar aqui. — disse a Camila, enquanto a quentura em minhas costas me fizeram escorrer as lágrimas.

— Nós vamos acabar com ela. Odeie saber que ela usou a minha imagem para te atrair. Mas saiba, Louis, que eu não penso aquilo de você.

— Gratidão.

Observei a minha família inteira, e em como os formigamentos se alastraram pelos meus braços quando mamãe sussurrava em latim. Gemi baixinho quando Harry pediu para que eu aguentasse firme, mas a escuridão que me vinha parecia incrivelmente agradável de abraçar. Contraindo meus músculos, fechei os olhos soltando um suspiro pelos lábios.

Continua...



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Que a magia se desfaça, na alma que não é habitada”¹

Espero que tenham gostado do penúltimo capitulo da História e o próximo será longo por se tratar do final.

O que acham que vai acontecer? O sentiram agora depois de ler?

Com amor, A.K.

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