A marca Eterna
Voltei ✝️
Aqui pra avisar que foram as duas mil palavras bem pensativas para mim e espero que gostem ❤️✨
Gostaria de lembrar também que Eternal está com Instagram e quem quiser estar acompanhando as postagens que faço por lá ❤️✝️
Boa leitura!
All the love, A.
———— R E L E A S E ————
Louis Tomlinson
— Você não conseguiu ver de quem se tratava? — Camila perguntou depois de me levarem para a sala.
No caso, o Justin teve que me ajudar a conter meu pânico depois do susto que levei com o ataque de seja lá quem fosse. Olhando para os meus amigos e para minha mãe, percebi que estava perdido na pergunta de Camila.
Olhei para baixo negando com a cabeça, em todo caso eu sabia que se tratava de alguma armadilha de Selena e a qualquer momento ela agiria novamente para enfraquecer a minha mente.
— Oh querido, temos que procurar um lugar seguro. Essa louca não vai nos deixar nunca! — mamãe vinha se sentar ao meu lado, massageando as costas para passar apoio.
“Ela vai sim, até que eu esteja morto!”, pensei em sobressalto, recebendo o olhar feio de Zayn.
Encolhi as minhas pernas, me perguntando que merda o Harry tinha que fazer ao sair pela floresta depois que Justin o pediu. Eu estava precisando da sua companhia. Necessitando do seu calor para poder me sentir seguro.
Neguei mentalmente qualquer coisa que me deixasse mais estressado, olhei para o lado vagando na conversa afora daqueles que me cercavam e arregalei os olhos ao ver Luke entrando na sala com os cabelos emaranhados pela chuva e o braço irritado como se tivesse levado uma queimadura. Seu olhar estava tão frio e distante desde a última vez que soube sobre a morte de Niall.
E se já não tínhamos uma conversa mesmo antes disso acontecer, agora não era diferente.
Mas o que me fez ter medo do que eu estava vendo, era a marca no seu braço bem exposta e quando ele percebeu que meu olhar espantado estava voltado para seu braço, ele escondeu embaixo da manga da sua jaqueta preta.
— O que houve por aqui? — ele perguntou, após se aproximar de todos e se quer me olhou nos olhos.
— Louis foi atacado! — Justin o respondeu.
— Voltaram a atacar a casa? — Luke caminhou até a poltrona do sofá ficando por lá.
Continuei o encarando a procura de uma resposta mas a minha mente estava tão bagunçada que eu não poderia me lembrar de nada daquele momento e além do mais, estava tudo escuro e isso de fato impediu de detalhes a parte de quem me atacou.
— E por que está machucado? — perguntei sem medo de ser julgado pelos meus questionamentos.
Ao mesmo tempo que eu gostaria de saber os motivos de Luke está sem olhar nos meus olhos. Eu conseguia sentir o medo e o segredo carregado atrás das suas pálpebras.
E quando fiz a pergunta para ele e todos presentes ousaram a encará-lo, Luke ergueu seus olhos azuis na minha direção, estavam mais sério do que a última vez.
— Que machucado? — ele perguntou de volta como se não entendesse o que eu estava falando.
Aquilo me deixou furioso a beça, não acreditava que Luke estava se fazendo de sonso.
— No seu braço. — apontei para o local falado — Que você escondeu quando entrou aqui dentro. Lembrou agora?
— Mas eu não estou machucado. — Luke negou com a cabeça — Está insinuando alguma coisa?
— Se você não tem nada a esconder, por que não mostra seus braços para todos?
Luke nos encarou incerto e percebeu que eu não era o único a ter uma dúvida sobre sua resposta recusada.
— Eu não vou cair nesse seu joguinho, Tomlinson. Se acha que eu fiz alguma coisa, está enganado! — ele se levantou da poltrona no mesmo momento em que me vi de pé e ao seu lado.
E por mais que uma vertigem estivesse presente na minha cabeça, eu precisaria arriscar para tirar minhas conclusões. Luke estava agindo estranho e se fosse ele quem me atacou, seria desmascarado diante de todos.
Usando a minha força sobrenatural, abri as janelas ao trazer o vento para dentro da cabana e movi meus dedos na direção do meu amigo, pressionando seu corpo contra a parede brutalmente.
— O que está fazendo, Tomlinson? — Luke perguntou tentando se mover mas eu o mantinha em seu lugar. — Me solte!
— Primeiro, eu tenho que ver o que tem escondido. — eu disse, torcendo para não estar errado em minhas conclusões.
Girei meus dedos para o lado e os abaixei, fazendo assim, a manga da blusa de Luke rasgar e revelar uma tatuagem de safira azul.
Merda!
Fiquei sem saber como reagir quando continuei mantendo seu corpo pressionado contra a parede.
— O que é isso? — pergunto com a voz escassa.
— É uma tatuagem como todos nós temos, não vê? — Luke Indagou ironicamente — E se te serve como informação, eu a recebi quando Niall me beijou e nele surgiu uma mesma na barriga, não falamos nada porque ele queria fazer surpresa. — meu amigo estava revoltado e sei que ele poderia voar no meu pescoço quando eu o deitasse. — Da pra me soltar? Ou você ainda acha que sou o maníaco que te atacou?
Niall e Luke tiveram um curto romance as escondidas, eu acabei estragando tudo isso e por isso Luke me odeia tanto. Por isso, não falava comigo desde a morte de Niall e acredito que depois de hoje, as coisas ficaram mais frias por aqui.
Me sinto horrível!
Minhas mãos ficaram mais fracas quando o deixei no chão novamente, dei um passo para trás depois de ver a ira em seus olhos. Tive que sussurrar um pedido de desculpas para ele mas não obtive resposta mas agradeci acima de tudo por Luke apenas chutar a mesa ao seu lado antes de sumir de nossa vista.
Se eu estava me sentindo a pior pessoa desse mundo, não era novidade para ninguém. Eu destruí um relacionamento depois de cometer a estupidez de ir atrás da casa da minha avó.
Fico me questionando se ainda preciso salvar a humanidade, porque se ela for depender da minha boa ação, acredito que está tudo perdido.
Girando o meu corpo, encaro a todos presentes sem conseguir formar as palavras exatas para explicar o estava acontecendo. A única coisa que eu estava tendo a maior certeza, era de que estava prestes a desmoronar na frente deles.
— Acho que ele vai me odiar por toda a eternidade. — depois de muito tempo em estado de choque, consigo formar as minhas primeiras palavras.
Um olhar coberto por compaixão da minha mão foi direcionado a mim e ainda em meu lugar, deixo com que ela se aproxime envolvendo sua mão ao redor do meu corpo.
— Não foi sua culpa. E o que acabou acontecendo foi o medo sendo maior que tudo, filho. — escuto a minha mãe beijando meu ombro.
— Lou, depois eu converso com o Luke. — Liam dizia sentado na cadeira. — Ele anda mesmo estranho esses dias e é bom saber que o motivo era aquele. Sou amigo dele faz algum tempo e garanto que essa raiva vai passar.
Lancei um olhar vago para Liam, torcendo para ele estar certo de suas palavras. Contudo, eu ainda me encontrava devastado por tanta carga sobre as minhas costas.
Fiquei algum tempo sendo confortado pela minha família nova. Justin disse que reforçaria mais a segurança da cabana até que tenhamos a certeza que não tem alguém aqui querendo me fazer mal. Liam, Shawn e Camila tentavam conversar comigo a todo tempo para que eu me distraísse, até mesmo Amelie que ficou calada em toda a conversa me deu conselhos — ainda não me esquecia do seu olhar furioso ao me ver com Camila. Cheguei a direcionar meu olhar para seu braço para ver se teria alguma marca mas sua blusa de ceda preta não me deixava com detalhes conclusivos.
E nesse meio tempo eu ainda me questionava por onde andava o Harry quando eu mais precisava. Tentei questionar Justin sobre seu “trabalho” mas ele disse que em breve Harry estaria aqui, sem dar muitos detalhes.
Aquilo me deixou ainda mais inquieto.
Que trabalho seria esse que era carregado de mistério entre aqueles dois?
Instantes depois após garantir que estava tudo bem comigo, caminhei pelo jardim aonde os anjos estavam com os olhos voltados para mim e que eu sabia que poderia estar seguro. Deixei com que meus pés me levassem até uma parte coberta pelo muro de copas de árvores da floresta e parei ali para observar o quão linda a natureza era.
Meus olhos estavam fixados nos movimentos de longa distância, o bater das asas dos pássaros que ainda viviam em Beaumont e os passos rasos de algum animal de quatro patas. Me concentrei somente naquele momento que se propagava paz no meu coração. Por um momento, eu deveria me concentrar em fazer o bem para mim.
Lembrando da primeira vez que percebi que poderia ouvir as coisas com nitidez e pelos conselhos de Zayn, eu me acostumaria futuramente.
De certo modo, ele estava certo.
Solto um suspiro longo após meus pensamentos passados voltarem e toco no pingente do infinito no meu pescoço. Sentindo saudades de Harry por perto e do seu abraço fraterno. Eu não sei por onde ele andava nessa floresta mas torcia para que ele não demorasse mais tempo.
Com meus olhos trêmulos por causa das lágrimas, deixo uma luz forte nas minhas costas abrirem as asas que me pertenciam. Em seguida, com os pulmões abertos levanto voo, podendo planar no ar sentindo aquele vento gelado suprir meu rosto.
“Até quando vai continuar se achando herói garoto?”
As palavras de Selena me vinham a mente depois que o silêncio na minha memória se restaurou. Meu coração acelerou pelo medo da sua pergunta feita na casa da vovó Constance.
“Sabe qual é o problema dos mocinhos, Louis?”
“Os mocinho são fracos e sempre perdem! Porque acham que sempre vão vencer!”
As lágrimas escorriam pelo meu rosto em excesso mas alguma coisa me segurava pela costa, mantendo minhas asas batendo e minhas mãos começam a se mover para o lado, trazendo junto de si uma ventania densa para me cercar. E tudo aumentou quando a imagem de Niall morto em minha frente veio, as chamas se acenderam pelo meu corpo deixando um escudo de proteção maior em minha frente. E quando eu comecei a soluçar, com medo de não aguentar tanta pressão, sinto-me ganhando força através dos meus braços trazendo a água por debaixo das raízes para o alto, junto as pedras de terra ao meu redor.
Eu parecia estar conduzindo minha orquestra principal depois de muito tempo e me senti completamente entregue ao momento.
E como se eu fosse uma criança com seus mais incríveis brinquedos, deixei tudo voltar a maresia leve em seu devido lugar. Quando abri meus olhos senti como se estivesse fazendo mágica e de certo modo, aquela foi a melhor terapia que eu poderia ter feito comigo mesmo.
— Você está pronto para ir. — ouço uma voz masculina do auto de uma árvore.
Acabo tremendo o corpo pelo susto que acabei levando, olhando para o lado, vi Groove sorrindo para mim.
— Você quer me matar muito antes de eu conseguir algo, não é? — o encarei sério.
E como um bom arcanjo que me treinou, ele riu do meu comentário.
— Eu te elogio e ganho esse comentário em troca? — ele voo em minha direção. — Estou magoado.
— Como se você ficasse mesmo. — cruzei os braços e olhei em seus olhos. — Você também deveria ser um piadista antes de se tornar Arcanjo porque o que acabou de me dizer foi muito engraçado.
— Entendo sua ironia para querer acobertar sua insegurança sobre si mesmo mas garanto que uma das coisas que não posso fazer é mentir para um filho de Deus. — seu olhar estava sério e tenue após suas palavras ditas.
Olhei para baixo sem ter a certeza de que eu poderia estar pronto ou de admitir para mim mesmo o que ele acabou de dizer.
— Você sabe que eu fui atacado hoje e fiquei traumatizado com isso. — engulo em seco — Criei a paranóia de que um amigo nosso foi quem fez isso. Eu....
— Não diga mentiras para si mesmo para querer acreditar que o fez foi real, Louis. — o arcanjo tocou no meu ombro. — Mentiras são a pior coisa que o ser da terra poderia querer acreditar ser a realidade de suas vidas. O seu caminho é outro que te leva a verdade. — seus dedos quentes percorrem meu anti-braço — E você sabe que a sua verdade corre em suas veias. As respostas certas virão no fim desse ciclo.
Meu coração acelerou após o que ele me disse.
— Você acha mesmo?
— Louis, você recebeu um chamado e esse momento de angústia também veio preparado na sua história. Você vai vencer e mesmo que o mal exista. — Groove sorriu envolvendo-me em seu abraço longo. — E foi uma honra compartilhar mais uma fase da sua vida!
— Eu sou emotivo! — me afastei dele, fungando como uma criança. — Obrigado mas você não pode ir com a gente?
Groove negou com a cabeça.
— Meu caminho vem até aqui, agora seu caminho final será com outras etapas. — ele olhou para o meu peito. — A eternidade sempre será sua marca, Louis, jamais se esqueça disso.
Toquei na jóia que Harry havia me presenteado e prometi a mim mesmo acreditar no que um Arcanjo me dizia.
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