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Capítulo 4


O meu plano de passar despercebida nessa nova escola até conseguir me sentir à vontade e fazer amigos foi por água abaixo antes do segundo período do meu segundo dia.

Entrei na fila para pegar meu lanche, a comida parecia deliciosa e a sobremesa era gelatina de morango. Só que ao me virar para procurar por um lugar vazio acabei esbarrando em outra garota e ambas as nossas bandejas caíram no chão fazendo um barulho que todos no refeitório pararam para ouvir, e isso não foi tudo, a gelatina caiu na garota e manchou toda a sua blusa branca.

Não preciso dizer que quase morri de vergonha. Nunca quis tanto ter o poder de me teletransportar para outro lugar como naquela hora.

Pedi desculpas pela bagunça para a mulher que me olhou de cara feia e pedi desculpas para a garota, ela apenas murmurou algo e foi em direção ao banheiro.

Me senti mal e fui atrás dela. Quando entrei no banheiro a vi em frente ao espelho tentando limpar o máximo que conseguia da bagunça que eu tinha feito.

— Sinto muito mesmo. — Disse me aproximando.

Ela levantou o rosto e me deu um sorriso simpático.

— Tudo bem, a culpa foi minha também, eu estava olhando pra bunda do Gabe e não te vi. — Ela disse com naturalidade e eu soltei uma gargalhada.

— Eu me chamo Nina. — Me apresentei.

— Você é nova aqui, não é? Prazer, eu sou a Mia.

Mal sabia eu que ali tinha começado uma amizade pra vida toda.

***

Nós três trocamos olhares enquanto a música que vem do quarto de Cameron faz as paredes tremerem.

— Já chega! — Garrett diz jogando o guardanapo ao lado do prato.

— Chuchu. — Mamãe segura em seu braço e ele parece se acalmar imediatamente.

— Não posso admitir que ele te trate dessa maneira, não foi assim que eu o eduquei.

— Ele só precisa de um tempo para se acostumar com a ideia de ter uma madrasta.

Tomo um gole do meu suco fazendo cara feia. Eu acho que mamãe está sendo muito condescendente com esse garoto. Ele é um idiota.

— Ele está passando dos limites, faz quase uma semana que vocês se mudaram pra cá e a única palavra que ele disse para vocês duas foi oi.

— Nós devíamos passar mais tempo juntos, nos conhecer melhor. Nina, por que você não vai pedir pro seu irmão abaixar o volume e vir jantar conosco, hum?

Encaro minha mãe primeiramente surpresa e depois com raiva. Ela me dá aquele seu olhar de não estou pedindo, estou mandando que ela raramente usa.

— Tudo bem, mas ele não é meu irmão! Pare de falar isso.

É absurda a naturalidade com que a minha mãe está agindo.

Ela já se refere a Cameron como sendo meu irmão, daqui a pouco ela vai querer que eu chame Garrett de pai.

De jeito nenhum! Garrett está sendo bem legal comigo e tudo, mas eu já tenho um pai.

Subo as escadas e enquanto caminho pelo corredor onde se encontram o meu quarto, assim como o de Cameron e o de hóspedes, a musica fica insuportavelmente alta. Acho que é alguma banda de rock ou heavy metal, porque só ouço gritaria.

Bato na porta e cruzo os braços, tenho certeza que a minha cara é a mais desinteressada possível.

O que a gente não faz pelos nossos pais, penso.

Bato mais algumas vezes e nada. Começo a socar a porta com força e mesmo assim Cameron não a abre. Ou ele está me ignorando ou não me ouviu, mas também, com essa música ele não deve conseguir ouvir nem os próprios pensamentos.

Apenas querendo voltar para a sala e comer o meu jantar em paz, abro a porta do quarto de Cameron e dou um passo para dentro.

Um grande erro. Um enorme erro. Um erro absurdamente gigante.

Meu queixo cai e fico paralisada. Cameron está completamente nu.

Ele está sentado na beirada da sua cama apoiado em apenas um braço, seu rosto e seu peito musculoso brilham com suor. Seus olhos encaram sua ereção fixamente enquanto sua mão sobe e desce rapidamente.

Aquilo é como um acidente na estrada, eu quero fechar os olhos e virar a cabeça para o outro lado, mas simplesmente não consigo para de olhar.

Um calor insuportável toma conta do meu corpo tão rápido que é como se ele sempre estivesse estado lá e só agora eu percebi.

Cameron percebe minha presença e levanta a cabeça. Sua mão para com os movimentos, mas continua lá, segurando aquela coisa enorme.

Ele abre o sorriso mais malicioso que eu já vi e sinto que aquilo faz algo comigo, sinto todo meu corpo se arrepiar de um jeito muito diferente.

Cameron se levanta e fica em pé, meus olhos não conseguem parar de percorrer seu corpo avidamente.

Sim, essa é a primeira vez que eu vejo um cara pelado de perto.

Sim, isso quer dizer que eu ainda sou virgem. Mas hey, não me julguem, cada um cuida da própria vida ok?

Cameron fica lá, parado e me olhando sem um pingo de vergonha na cara. Consigo retomar o controle do meu corpo e me viro rapidamente, fechando a porta e correndo em direção ao esconderijo mais próximo, que para minha sorte é meu próprio quarto.

Me tranco lá dentro e me apoio na porta. Tento não pensar no que acabei de ver, mas não consigo.

Sei que estou com tesão e não é isso que me irrita, o que me irrita é saber que Cameron consegue me deixar assim.

Aquele idiota arrogante é, infelizmente e para a minha total desgraça, exatamente o tipo de cara que me atrai. Fisicamente falando, porque eu não gosto de babacas.

Eu já havia notado os seus olhos verdes azulados e seus cabelos escuros é claro, meu cérebro havia registrado que ele era muito lindo, mas eu me recusava a pensar nele dessa forma por conta do grande babaca que Cameron tem sido, mas agora, depois dessa reação do meu corpo não tem como negar.

Cameron é muito gato...e gostoso. E bem dotado. Meu Deus, o tamanho do...

— Merda, Nina, sossegue a periquita! — Sussurro para mim mesma, com raiva.

Fecho os olhos e tento não pensar em Cameron pelado. Penso em outra coisa, qualquer coisa, e aos poucos o calor vai diminuindo.

Só depois de vários minutos me lembro que estão me esperando lá embaixo.

Saio correndo do quarto e ao chegar nas escadas, desço tranquilamente como se nada tivesse acontecido.

Minha postura vacila um pouco ao ver Cameron na mesa sentado no espaço ao lado do meu. Ele me olha com o mesmo sorriso malicioso que me deu em seu quarto e eu sinto o calor começando de novo.

Merda! Merda! Merda! Por que ele? Por que justo ele me deixa assim?

— Onde você estava? — Mamãe pergunta.

— Ann...no banheiro. — Respondo e hesitantemente me sento ao lado de Cameron. Ouço uma risadinha e fico com raiva.

Odeio quando zombam de mim.

Por debaixo da mesa chuto a canela de Cameron com toda a minha força.

— Ai! — Ele grita.

Garrett olha desconfiado para nós dois.

— Tudo bem aí? Meu filho idiota não está te incomodando, não é, Nina?

— Não, Garrett. — Respondo.

Eu incomodando ela? Foi essa diabinha que acabou de me chutar.

— Diabinha? — O olhar da minha mãe faísca. É só mexer comigo pra minha mãe virar um monstro.

— Cameron, peça desculpas para a Nina agora. — Garrett ordena e não consigo evitar, dou uma risadinha.

— Mas foi ela quem me...

— Agora mesmo!

— Desculpa. — Ele diz entre dentes, sem olhar na minha direção.

— Será que podemos jantar em paz agora? — Garrett reclama.

Um silêncio desconfortável toma conta da sala de jantar. Mamãe tenta puxar assunto com Cameron, não sei se eu a admiro pela tentativa de se aproximar dele ou se tenho raiva dela por fazer a situação ficar mais tensa, pois Cameron foi monossilábico em suas respostas e evidentemente não estava suportando aquilo tudo. Nem eu pra falar a verdade, vê-lo tratando minha mãe daquele jeito me deixou muito puta.

Foi só quando estávamos na sobremesa que Cameron quebrou o silêncio ao dizer:

— Vou precisar da minha moto na sexta.

Garrett levantou o olhar lentamente e disse seco:

— Você sabe muito bem que eu confisquei a sua moto depois do seu sumiço no fim de semana. Você só vai a ter de volta quando aprender a se comportar com o devido respeito diante da Carla e da Nina.

— Eu tenho um compromisso e preciso da minha moto. — Cameron diz claramente tentando controlar a raiva no seu tom.

— Eu sei aonde você quer ir, naquela festa na praia vizinha, não é? Pois tivesse pensado nisso antes de sumir e quase me matar de preocupação.

— Como se você se importasse. — Cameron desdenha e Garrett parece magoado.

— É claro que eu me importo, você é meu filho e eu te amo.

Um silêncio pesado se estabelece entre eles, sinto que Cameron se desarma, fica um pouco menos tenso ao ouvir as palavras do pai.

 —  Se você não vai devolver minha moto, então pelo menos me empresta o carro.

—  Você não vai nessa festa, é difícil de entender? 

Mamãe pigarreia e se mete na conversa.

— Chuchu, acho que é uma boa ideia você deixar o Cameron ir nessa festa. Ele e a Nina poderiam ir juntos, para se conhecerem um pouco melhor. — Mamãe diz e eu me engasgo com o último pedaço da minha sobremesa que eu tinha apenas colocado na boca.

— Nem morto! — Cameron recusa.

— Não, eu não quero ir, mãe. — Digo, olhando desesperada para ela.

— Mas você adora festas e praia, Nina.

— É, mas eu não quero ir com... — Olho para Cameron e ele olha pra mim, seu rosto mostra que ele gostou dessa ideia tanto quanto eu.

— Muito bem, então, você pode usar o meu carro para ir na festa, mas só se a Nina for com você. — Garrett diz decidido.

— Mas eu não quero ir! — Exclamo.

— Bem, já que a Nina não vai, você também não, Cameron.

— Isso não é justo!

— A vida não é justa, garoto.

— Mas...

— Sem mas, eu já me decidi. Ou a Nina vai com você, ou você não vai.

Cameron começa a bufar. Seu rosto fica vermelho de raiva e vejo uma pequena veia aparecer em seu pescoço.

Ele se levanta e sussurra algo, mas não consigo entender o que, e então vai para o andar de cima furioso.

***

Estou deitada em minha cama assistindo um filme na Netflix quando ouço alguém batendo na minha porta.

Pauso o filme e coloco meu notebook na cama.

Quando abro a porta me deparo com Cameron. O seu perfume invade o meu quarto e odeio ter que admitir isso, mas o seu cheiro é muito bom.

Seus cabelos ainda estão um pouco molhados, indicando que ele tomou banho há poucos minutos atrás. Aquela barba rala que ele usou a semana toda sumiu, seu rosto está liso e suas feições parecem mais jovens por causa disso.

Ele está usando uma calça jeans, uma camiseta azul e all star escuro. E de alguma forma, ele consegue parecer quente como o inferno.

Engulo em seco e me apoio na porta, cruzando os braços e tentando parecer menos intimidada com a sua presença do que realmente estou.

— O que você quer? — Pergunto.

Cameron olha para meu pijama e levanta as sobrancelhas.

— Você vai à festa vestida assim?

— Que festa? — Pergunto.

— A festa na praia, esqueceu?

Pra falar a verdade eu tinha esquecido sim. Depois daquela discussão no jantar eu me esqueci completamente sobre a festa, achei que Cameron iria mesmo seu pai o tendo proibido de ir sem mim, então não pensei mais sobre o assunto.

— Eu já disse que não vou.

— Mas eu quero ir.

— Isso é problema seu.

— Você sabe que meu pai disse que eu só posso ir se você for junto.

— E desde quando você faz o que o seu pai manda?

— Mas que merda, só vamos logo! — Ele diz, irritado.

— Eu não quero ir a lugar nenhum com você.

Cameron suspira e esfrega o rosto.

— Tudo bem, o que você quer em troca? — Ele pergunta.

— Em troca do que?

— Você é tapada, garota? Em troca de ir na festa comigo.

— Idiota, não fale comigo assim!

— Só diz logo o que você quer e vamos logo, estão me esperando.

Estou pronta para dizer que não quero nada e bater a porta na cara dele, mas então penso que posso tirar proveito disso.

Começo a pensar no que poderia pedir para Cameron e a resposta me parece óbvia.

— Eu quero que você pare de tratar a minha mãe como se ela fosse invisível. Ela está triste porque você está sendo um babaca com ela e ninguém mexe com a minha mãe.

— Tadinha dela. — Ele zomba e eu perco a paciência.

— Qual é a sua, hein? Eu sei o que você pensa sobre ela, mas posso te garantir que nem a minha mãe e nem eu estamos atrás do dinheiro do seu pai. Minha mãe não é interesseira!

— Você acha que é por causa disso que eu não gosto dela? Eu sei que ela não quer o dinheiro do meu pai. — Ele dá um sorriso de escárnio.

— Então por que você a odeia? — Acabo falando mais alto do que deveria, quase gritando, mas é que esse garoto me tira do sério.

— Por que eles se amam, caralho! Eu odeio ver meu pai apaixonado, odeio ver ele se esquecendo da minha mãe. Ela morreu há quatro anos e ele já trouxe outra mulher para a casa onde eles viveram juntos! — Ele explode. Seu grito faz com que eu recue um pouco, mas faz também com que a raiva que eu estava sentindo vá embora. Pelo menos por enquanto.

Cameron me olha como se estivesse arrependido do que me disse e eu não consigo evitar e o olho com pena.

Não sabia que sua mãe havia morrido, achei que seus pais fossem divorciados igual aos meus.

— Sinto muito, não sabia que sua mãe havia morrido. — Digo.

— Eu não quero a sua pena, Nina. — Ele diz com desdém. — Eu só quero ir nessa merda de festa, pode ser?

— Você vai parar de ser um babaca com a minha mãe?

— Eu...eu vou tentar ser mais educado, ok? É tudo o que posso prometer.

— Tudo bem, eu vou então. Espere aqui, preciso me trocar. — Digo fechando a porta do quarto, mas então a abro novamente e pergunto:

— O que devo vestir pra uma festa na praia?

— Veste qualquer coisa, ninguém vai olhar pra você mesmo.

— Grosso! — Digo com raiva e bato a porta na sua cara.

***

Depois de dar aquela revirada básica nas minhas roupas, decidi vestir um shorts soltinho com um top justo que deixa minha barriga à mostra.

Faço um rabo de cavalo soltinho e confortável e começo a passar um pouco de maquiagem quando ouço batidas na porta.

— Vamos logo! — Escuto a voz abafada de Cameron.

Reviro os olhos e grito em resposta:

— Só um minuto!

Continuo me maquiando e Cameron esmurra a porta.

— Quer andar rápido com isso? Não tenho o dia todo!

— Só um minuto! — Grito e começo a passar o batom.

— Nina! — Mais batidas na porta.

— Só.Um.Minuto! — Grito, já sem paciência e então a porta se abre abruptamente e Cameron entra no meu quarto.

— Mas que merda, por que quando as garotas dizem só um minuto sempre demora... — Ele para de falar do nada e apenas me olha.

— Calma, meu Deus, já estou quase pronta. — Viro-me para o espelho, mas sinto que seus olhos ainda estão em mim.

Termino de passar o batom e caminho até a porta.

— Estou pronta, não precisa ficar todo irritado.

Paro na porta quando percebo que ele ainda está parado no lugar.

— Você não estava todo cheio de pressa? Então vamos logo! — Digo, mas ele apenas se vira e continua me olhando.

Seus olhos percorrem o meu corpo e ele contrai o maxilar.

— Podemos ir agora? — Pergunto com um sorrisinho nos lábios.

É bom saber que eu também posso o afetar como ele me afeta. Não que eu pretenda usar isso de alguma forma, mas confesso que me faz sentir bem.

— Vamos de uma vez. — Ele diz meio rabugento e passa por mim como um furacão.

***

A tal festa estava acontecendo na praia vizinha a vinte minutos de distância da nossa casa.

Foram vinte minutos no carro com Cameron em um silêncio constrangedor.

Quando chegamos muita gente já estava lá e Cameron me culpou pelo atraso.

Não havia música, na verdade a festa era apenas um bando de pessoas conversando, bebendo e rindo. Parecia legal, mas eu não conhecia ninguém ali além de Cameron e por algum motivo, não me senti à vontade para tentar começar uma conversa com alguém.

Cameron me deixou sozinha na primeira oportunidade e foi ficar com seus amigos.

Umas três vezes tentei me aproximar de um grupinho de pessoas para tentar ouvir o que eles estavam falando para quem sabe me enfiar no meio da conversa, mas acabei ficando sozinha por quase uma hora antes de me cansar e decidir voltar para casa.

Quando Cameron me viu me aproximando dele e dos seus amigos me lançou um olhar de alerta, mas continuei mesmo assim.

Parei na sua frente e disse:

— Estou indo pra casa.

Me virei e caminhei para longe dele. Com certeza eu conseguiria arrumar um jeito de voltar para casa, não precisava dele.

Andei apenas alguns passos antes de sentir Cameron me segurar pelo braço.

— Você não pode ir embora.

— Claro que posso.

— Se você for eu vou ter que ir também.

— Isso não é problema meu.

— A gente fez um trato. — Ele diz com o maxilar tenso de raiva.

Eu até que gosto de saber que eu o deixo com raiva. Ele merece.

— Eu não quero ficar aqui sozinha enquanto você se diverte com seus amigos. Você sabe que eu não conheço ninguém aqui.

Cruzo os braços e sei que devo estar parecendo uma daquelas criancinhas emburradas, mas realmente não é legal ser excluída.

Cameron revira os olhos e parece pensar por um momento.

— Tudo bem, você pode vir ficar comigo e com os meus amigos. Só não me faça passar vergonha.

Cameron e eu caminhamos juntos de volta para o seu grupo de amigos. Meio de má vontade ele me apresenta.

— Pessoal, essa é a Nina, ela é...ela é a filha da nova namorada do meu velho.

Todos me cumprimentam simpáticos, o que me faz me sentir bem melhor.

Os três amigos e a namorada de um deles me incluem na roda com muito mais boa vontade que Cameron.

Eles retomam a conversa e algo estranho acontece. Cameron se transforma em outra pessoa.

Ele parece mais relaxado, ele brinca, ri e sorri e eu não consigo parar de olhar para seu sorriso, é tão lindo, tão sexy e fofo ao mesmo tempo.

Então a versão mal humorada e ranzinza de Cameron é reservada apenas para seu pai, minha mãe e eu. É estranho ver ele assim, mas tenho que admitir que eu gosto, ele fica muito mais lindo quando sorri e não está sendo um babaca.

Merda, olha só o que você está pensando, Nina. Pare de olhar pra ele! Pare!

Olho para os lados e tento não pensar em como eu realmente acho Cameron lindo, na verdade, o garoto mais lindo que eu já vi.

Tento pensar sobre qualquer outra coisa. Penso sobre a atividade que eu tenho que entregar na segunda, penso sobre o livro que tenho que ler para quinta, até mesmo cantarolo em minha cabeça aquela música da Smash Roses.

— Você está com frio?

— Hum?

— Frio? — Um dos amigos de Cameron me pergunta, apontando para meus braços que abraçam meu corpo.

Nem havia percebido que estava passando frio. Bem, não frio exatamente. Aqui sempre é quente, mas a brisa gelada incomoda um pouco às vezes.

— É esse ventinho gelado, mas não tem problema. — Digo.

— Aqui, fique com isso. — Ele diz, tirando sua jaqueta.

— Ah não, não precisa. — Recuso, mas ele a tira mesmo assim e envolve seus braços em mim para coloca-la em meus ombros.

O tecido é fino, mas a sensação é boa e me protege do ar gelado, então agradeço.

— Obrigada.

— Sem problemas. — Ele diz e permanece perto demais por mais alguns segundos, então se afasta e sorri pra mim. Sorrio de volta e ele volta a prestar atenção nos amigos.

Sinto alguém me observando. É Cameron. Ele me encara intensamente e não parece muito feliz. Ele olha para a jaqueta em meus ombros e faz uma careta, mas então seu amigo fala algo engraçado e ele ri.

E o som da sua risada me provoca mais arrepios do que o vento gelado que sopra pela praia. 

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