Capítulo 24
Seguro-me no braço de Brian tentando me equilibrar em um salto fino de 12cm com uma quantidade suspeita de álcool no corpo.
O casamento de Mia foi lindo. Tudo, desde a cerimônia até a festa foi perfeito.
Ela estava tão linda, parecia uma princesa. Seus olhos brilhavam e seu sorriso estava lá o tempo todo. Qualquer um conseguia ver o quão verdadeiramente feliz ela estava.
Uma parte egoísta de mim sentiu muita inveja quando eu vi o jeito que Peter a olhava. Eu sou uma péssima amiga, eu sei.
Mas eu juro que estou feliz por ela, Mia merece ser muito feliz, e um dia eu vou superar o fato que meus relacionamentos amorosos têm sido um fracasso.
— Está tarde, talvez nós devêssemos ir. — Brian diz.
— Do que você está falando? Ainda é cedo.
— Nina, os noivos já foram faz horas e quase não sobrou mais nenhum convidado. — Ele diz olhando para as poucas pessoas que ainda estão no salão.
— Estraga prazeres.
— Sinto muito, mas estou cansado e daqui umas horas tenho que dar uma entrevista.
— Tudo bem, mas vamos dançar mais uma música. Só mais uma, por favor.
— Tudo bem. — Ele diz fazendo uma careta de contrariado.
Pisamos na pista de dança quando começa "I know you care" na voz de Ellie Goulding.
Brian coloca timidamente suas mãos em minha cintura. Envolvo seu pescoço com meus braços e aproximo meu corpo do seu.
Nos movemos lentamente. A verdade é que não me sinto bem o suficiente para sair rodando por aí, então praticamente nem saímos do lugar.
— Acho que não deveria ter bebido tanto. — Digo e Brian ri.
— Você está bem, querida? Acha que vai passar mal?
— Não, mas acho melhor você me segurar ou eu vou cair de cara no chão.
— Não se preocupe, eu não vou te soltar. — Ele diz ao mesmo tempo em que me aperta mais junto ao seu corpo.
Sinto um arrepio ao sentir seu corpo todo pressionado contra o meu. Ele é grande e forte, quente e reconfortante.
Sinto sua respiração em minha orelha e fecho os olhos. Quando sinto seu nariz e então seus lábios em meu pescoço abro os olhos, mas por algum motivo não consigo me afastar.
Brian deposita um beijo carinho bem no local onde se pode sentir minha pulsação e eu suspiro. Aguardo seu próximo movimento, de repente consciente demais do meu próprio corpo, mas ele não faz mais nada.
Talvez seja melhor assim, Brian é um homem muito bonito, mas ele é meu amigo e eu estou bêbada o suficiente para fazer uma besteira da qual posso me arrepender amanhã. Um dos dois precisa ter juízo.
— Acho que podemos ir agora. — Digo e ele assente.
— Vou pegar sua bolsa e meu casaco, volto já. — Ele diz e caminha em direção a nossa mesa.
Meus olhos traidores acompanham seus movimentos.
Por Deus! Brian é sexy demais, tão confiante, tão forte, tão...tão homem.
Solto um suspiro desejoso e mordo os lábios. Já faz dois meses desde que eu estive com alguém e estou começando a ficar excitada com qualquer coisa.
Afasto os pensamentos pecaminosos que invadiram minha mente e quando Brian retorna seguro seu braço e caminhamos até o estacionamento.
Ao sair do salão uma brisa fria faz com que eu trema.
— Com frio?
— Ah não, tudo bem... — Começo a dizer, mas seu paletó já está ao redor dos meus ombros.
— Obrigada.
Brian abre a porta do carro e me ajuda a entrar. Atrapalho-me com o cinto de segurança, algo que tem a ver com a escuridão do estacionamento e meu nível de embriaguez, então ele se curva sobre mim e o prende no lugar.
— Prontinho.
Brian liga o aparelho de som e uma das músicas do seu último CD começa a tocar.
Olho para ele com um sorriso no canto dos lábios e ele dá de ombros.
— O que foi? Ouvi falar que é a melhor banda do país.
— Pretensioso. — Digo e ele ri.
O resto do caminho é feito em silêncio. Ao estacionarmos em frente ao meu prédio Brian sai do carro a abre a porta para mim, me ajudando a me equilibrar.
— Obrigada pela companhia. — Digo.
— Querendo se livrar de mim tão cedo? Vou acompanhar a senhorita até lá em cima, não acho que você tenha condições de subir aquelas escadas.
— Não estou tão bêbada assim. — Digo, mas é óbvio que estou.
— Vamos, linda. — Brian segura em minha cintura e eu me apoio nele.
Damos alguns passos, que ecoam pela madrugada silenciosa, e então um vulto surge das sombras detrás de uma pequena árvore.
Rapidamente Brian se coloca na minha frente, me protegendo.
— Nina. — O vulto me chama e então aparece embaixo da luz fraca do poste.
— Cam! — Sussurro seu nome com surpresa em minha voz.
— Oi. — Ele diz e então olha para Brian. — Você.
— Sim, eu. — Brian diz e posso sentir a tensão em seu corpo, ele continua me mantendo atrás do seu corpo, como se Cameron fosse me atacar a qualquer momento.
— Pelo jeito você não aprendeu a sua lição. — Cam diz de uma forma ameaçadora, olhando Brian com desprezo.
Brian, sem se deixar intimidar diz:
— Eu disse que iria ficar por perto se ela me quisesse, e acontece que ela quis.
Cameron lança um olhar mortal na direção de Brian, seu olhar se suaviza quando ele olha para mim.
— Precisamos conversar. — Cameron diz e eu não consigo parar de encara-lo.
Ele continua tão lindo. Pensar em todos os momentos que passamos juntos e todos os que poderíamos ter passado faz meu coração doer.
— Ela não tem nada para conversar com você. — Brian diz, raivoso.
— Isso não é da sua conta, vocalista.
— Isso é mais da minha conta do que você imagina.
Cameron olha para Brian com os olhos estreitos, desconfiados, então olha para mim novamente.
— Vocês dois estão juntos?
— Não! — Apresso-me em dizer. — Somos amigos.
— Nesse caso, cai fora, cara. — Cameron rosna.
— Não. — Digo e saio de trás de Brian. — Ele tem razão, Cam, não tenho nada para conversar com você. Vá embora.
— Por favor, Nina, me deixe...
— Ela disse não! — Brian eleva a voz e me puxa para perto de si, em um ato extremamente protetor.
— Não temos nada para conversar, mas talvez você e seu pai tenham, você deveria ligar para ele. — Digo e Cameron bufa desdenhoso.
— Sei que vocês dois tiveram problemas, mas acredite em mim, ele ficou devastado quando você se foi.
Brian me arrasta para dentro do prédio antes que Cameron possa dizer qualquer coisa e me ajuda a chegar em meu apartamento.
Entro, acendo as luzes, fecho a porta e viro-me para Brian.
Ele me alcança no momento certo, quando desmorono em lágrimas. Seus braços fortes me seguram e me puxam para seu peito.
— Shh, vai ficar tudo bem.
— É que, vê-lo me faz lembrar de toda a dor que eu senti, me faz lembrar do meu filho e...
— Eu sei, querida, eu sei. Estou aqui por você.
Seguro-me nele como se minha vida dependesse disso. Ver Cameron despertou tantas emoções.
Brian me conforta até que eu me acalme um pouco. Afasto a cabeça de seu peito e olho em seus olhos com a intenção de agradecê-lo por estar aqui por mim, mas o que vejo em seus olhos me silencia.
Percebo que nossas bocas estão perto demais uma da outra, nossas respirações se encontram e se misturam, seus braços me seguram de uma forma possessiva, mas carinhosa ao mesmo tempo.
Estou me sentindo tão carente, tão frágil, e ele é tão protetor, minha fortaleza, meu ponto seguro.
Levo minha boca até a sua e o beijo. Brian se retrai por um momento, mas então relaxa.
Nossos lábios se acariciam e eu gemo em sua boca. Levo minhas mãos até seu pescoço, seu paletó caindo no chão, o puxo para mais perto, mas Brian segura meus pulsos e se afasta.
— Não posso fazer isso, Nina. — Ele sussurra.
— Por que não? — Sussurro de volta.
— Porque você está bêbada e chateada, não quero me aproveitar de você.
— Já disse, não estou tão bêbada assim. — Digo e o puxo de novo para mim, grudando minha boca na sua com violência.
Lambo seus lábios e Brian geme, abrindo sua boca para mim. Ele me agarra com força e me gruda contra a porta. Sua língua dança com a minha em um ritmo erótico que me deixa ardendo.
Gemo necessitada e isso só faz com que ele fique mais rude, mais desesperado. Sua mão segura meu pescoço com força enquanto a outra levanta o vestido longo e puxa minha perna para sua cintura.
Sua mão viaja por minha coxa, apertando-a e incendiando minha pele.
Exponho meu pescoço para ele, que o ataca com beijos molhados e mordidas quentes.
Suas mãos deslizam até o zíper do vestido, ele o puxa para baixo e começa a me despir. Abaixo a perna que estava em sua cintura e o tecido cai aos meus pés.
— Inferno, não vou conseguir parar agora. — Brian rosna, seus olhos famintos percorrendo cada centímetro do meu corpo.
— Bom, porque eu não quero que você pare. — Digo e pulo em seu colo, envolvendo sua cintura com minhas coxas e seu pescoço com meus braços. Suas mãos me dão apoio e eu ataco sua boca.
Hoje só quero esquecer. Esquecer de Cameron, esquecer de Patrick, esquecer de toda a dor e sofrimento que os dois me causaram.
Brian me leva até meu quarto e me coloca na cama. Ele se afasta e começa a tirar sua roupa.
Jogo meus sapatos de salto para longe e pego uma camisinha na gaveta do criado-mudo.
Meus olhos retornam para Brian a tempo de vê-lo tirando sua boxer.
Seu membro salta duro e pronto, me fazendo latejar de desejo.
Ele sobe na cama e se deita sobre mim, seu corpo quente me cobrindo por inteiro.
Seus beijos fazem caminho da minha boca até meus seios, quando ele prende um mamilo entre os dentes e então chupa, gemo e arranho suas costas.
Depois de provocar ambos os seios ao ponto deles estarem supersensíveis, Brian se move para baixo e eu quase morro de antecipação ao ver sua boca se aproximando da minha intimidade.
Ao sentir sua língua grito com a sensação maravilhosa. Brian me lambe e chupa como se o meu gosto fosse o seu sabor preferido.
Gemidos animalescos ecoam do seu peito e ele segura minhas coxas com força.
— Brian... — Gemo, já sem fôlego. — Vou gozar.
Ele não se afasta, muito pelo contrário, ele parece se afundar mais em minha intimidade, sedento por mim. Ele me olha no fundo dos meus olhos e não desvia o olhar enquanto sua língua me acaricia violentamente e eu finalmente gozo com um grito silencioso.
Ele não se afasta mesmo quando tento tirar sua boca de mim, ele continua lambendo meu clitóris sensível até que eu ache que vou entrar em combustão.
Quando os tremores passam, Brian se afasta e minhas pernas escorregam pelo colchão, fracas demais.
— Meu.Deus.Do.Céu. — Digo sentindo a moleza pós-orgasmo tomar conta de mim.
Brian pega a camisinha e a desenrola em seu membro, agora tão duro que deve estar doendo.
Ele se abaixa e me beija, me roubando o fôlego de novo.
Ao sentir sua ereção em minha entrada, tento relaxar e espero por sua invasão.
Ele me penetra lentamente, me dando tempo para me acostumar com seu tamanho.
Seus movimentos são lentos no começo, mas logo ele se levanta, expondo seu tronco forte e seu peito liso, e segura em minha cintura.
Seus movimentos se tornam frenéticos e ele me penetra com rapidez e força.
Agarro-me aos lençóis e gemo, meus seios balançando violentamente.
Por um momento acho que o homem que está aqui dividindo esse momento comigo não é Brian. Não pode ser ele.
Aquele cara doce e gentil não pode ser o mesmo cara que está me penetrando com tanta violência e luxúria. É como se Brian tivesse se transformado em outra pessoa, em um animal selvagem cego pelo desejo.
Outro orgasmo chega rapidamente e quando ele explode, eu juro, vejo estrelas.
***
Acordo sentindo-me meu corpo todo relaxado. Sorrio e espreguiço-me, bocejando ruidosamente.
Então de repente me lembro de tudo o que aconteceu e sinto um frio na barriga.
Olho para o lado, mas estou sozinha na cama de casal. Levanto-me e não me movo, tentando identificar qualquer som no banheiro ou na cozinha.
Quando não ouço nada me levanto e visto o roupão de seda que sempre deixo pendurado na cadeira da minha penteadeira.
Caminho com cautela e quando percebo que estou sozinha em casa respiro aliviada.
Percebo a mesa arrumada para o café da manhã com pão, um bolo de padaria, manteiga e geleia. Percebo também um bilhete, pego e o leio.
"Bom dia, querida! Infelizmente tenho que ir para a entrevista que eu te falei, mas passei na padaria e comprei algumas coisas para o seu café da manhã. Acho que você vai estar morrendo de fome depois do que fizemos.
Te ligo assim que estiver livre.
P.s. A noite de ontem foi uma das melhores da minha vida.
B."
— Oh merda, isso não deveria ter acontecido!
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Então, vocês concordam com a Nina, isso não deveria ter acontecido?
E agora, a Nina só aumentou a confusão toda, será que Brian sente algo por ela ou foi apenas desejo o que aconteceu entre esses dois?
Será que a Nina vai magoar o Brian de novo?
Não se esqueçam de votar e comentar, ajuda muito :)
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