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Capítulo único

Heeey gente, só uma one para descontrair aqui huasuhsaus 

Também postada no Spirit em 04/02/2018

Boa leitura 👑

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Park Jimin

Papai sempre me dizia que eu deveria saber como me portar, que eu era o príncipe de um reino respeitado e deveria fazer por onde, mas como fazer uma criança entender o poder que havia no sangue que ela levava em suas veias? Como queriam que eu, mesmo sendo tão novinho, já entendesse todas aquelas regras e deveres que me cercavam? Fui apenas uma criança com a infância roubada rudemente.

As respostas corretas meus pais não tinham, podiam ser o nobre rei e a belíssima rainha, mas não nasceram com a sensatez necessária para me explicarem ou me tranquilizarem quanto ao que nós éramos. Desde muito novo eu vi riquezas e pessoas se curvando aos meus desejos, mas por muitas vezes eu apenas queria correr pelos campos floridos do castelo, andar a cavalo sem ter hora para voltar e ir me sujando de barro juntamente aos filhos dos cozinheiros, principalmente com um deles, aquele em especial, a quem eu considerava o meu grande amigo, talvez o único verdadeiro.

Seu nome era Jungkook, e ele sempre foi um menino simples e adorável, que nunca tinha me visto como "a sua alteza", mas sim somente como um amigo com quem ele dividia as brincadeiras e travessuras. Eu me sentia incrivelmente bem quando estava com Jungkook, ele não tinha grandes posses, não queria saber quantas línguas eu sabia falar ou se eu estava tocando violino corretamente, muito menos ligava para o fato de seus pés estarem descalços, ele era apenas uma criança inocente e alegre, que queria ter unicamente a minha companhia.

Os reis não queriam me ver brincando com o filho dos empregados, mas não proibiram, pois achavam que os súditos os veriam como reis humildes que não ligavam para aparências e ensinavam o jovem príncipe a dar valor as pessoas do reino... Que grande ilusão!

Quando estávamos sozinhos, eu recebia broncas pela minha forma de me comportar, brigavam comigo por ter sujado minha roupa cara com aquelas brincadeiras de "plebeus" ou por terem me visto rindo alto e correndo pelos corredores com meu amigo, fazendo o que qualquer criança faz, mas claro que na visão deles fazer esse tipo de coisa era tido como má educação, diziam também que aquilo não era coisa de alguém do nosso porte, que eu deveria me comportar bem, afinal além de um príncipe, eu também era um ômega.

Ah, ser um ômega! Talvez eu também nunca fosse entender o que a minha sociedade arcaica entendia como "ser ômega", porque a explicação: "seja doce, educado, cordial e submisso" não era para mim uma definição do que se tratava "ser um ômega", afinal havia em mim as três primeiras coisas, mas submissão seria algo que nunca teriam de minha pessoa, o que causava certo ódio em meus pais, a forma como eu sempre queria me impor contra suas ordens, mesmo que muitas vezes eu não fosse ouvido.

Na chegada da adolescência desejei me libertar um pouco daquelas amarras invisíveis que me prendiam ao castelo, por vezes me livrei das vestes de linho, seda e fios de ouro, para usar roupas simples de flanela e algodão, e assim me misturar aos aldeões e ver suas festas e comemorações, Jungkook era o meu guia nessas ocasiões e eu me sentia incrivelmente bem em estar com o meu povo. Sem riquezas ou regras me cercando, apenas pessoas bondosas e comidas simples, porém deliciosas.

Nas festas eu podia me sentir um adolescente normal, dançando e dizendo besteiras, sem me importar com olhares julgadores, até recebendo cortejos por algumas vezes, tanto que foi numa dessas vezes que dei o meu primeiro beijo. 

Um alfa bonito se aproximou e com um papo curto já tinha me tirado para dançar, Jungkook até tinha me pedido para tomar cuidado na época, dizendo que eu não devia confiar em qualquer um, pois alguns alfas da aldeia não eram confiáveis e poderiam tentar passar dos limites comigo, mas claro que eu sabia muito bem me defender, tive diversas aulas de luta e defesa pessoal por todos os meus anos de vida, sem contar a minha habilidade com espadas que sempre foi uma das melhores do reinado, porém apenas sorri e agradeci a preocupação de Jeon, ele sempre era cuidadoso comigo e eu apreciava isso.

Outros beijinhos e até simples toques acabaram acontecendo em outras festas que frequentei pela vila, sendo com meninos ou meninas, mas nunca havia passado disso, eu tinha um certo temor em mim que ia além do desejo de descobrir mais sobre o meu próprio corpo e prazer, meus pais diziam ser desonroso um príncipe ômega ser maculado antes do casamento, então mesmo que eu dissesse não querer seguir as regras deles, ainda sim parecia que eles iriam ver ou saber de tudo o que eu faria, por isso sempre tentava me conter.

E infelizmente numa certa ocasião eles acabaram por descobrir minhas saidinhas escondidas e quase foi proibido de ter Jungkook próximo a mim, porém após muitos pedidos meus, eu consegui recuperar a companhia do meu melhor amigo, entretanto um tempo depois, talvez por pura vingança, na chegada dos meus dezoito anos e também passagem do primeiro cio, minha mão foi prometida ao príncipe alfa do reino vinculado ao nosso.

Ao receber essa notícia, eu chorei por dias a fio, odiando meu sangue real, minha casta e principalmente os meus pais, que não pensavam em minha felicidade, e sim em unir mais ainda os dois grandes reinos e trazer mais poder a ambos, porém uma prosperidade que nasceria a custa de dois jovens que seriam obrigados a desposar, sem chance de negar aquilo que seria imposto sobre eles.

Jungkook continuava ao meu lado como um fiel escudeiro, como eu costumava o chamar, nessa época ele já havia crescido bastante e se tornado um belo e forte alfa, e eu o admirava secretamente, pensando na felicidade que ele daria ao seu futuro companheiro ou companheira, me doía pensar que aquela pessoa não seria eu, porque ao meu ver, Jungkook e eu faríamos um lindo par, mas nossas distâncias hierarcas não nos queria juntos.

Era difícil para mim ver Jungkook sendo cortejado por tantos ômegas e betas, a forma como eles o olhavam enquanto Jeon cuidava de algum cavalo ou cortava a lenha para o castelo me incomodava, eu me sentia tão pequenininho vendo os sorrisos que ele retribuía aos que lhe jogavam cantadas, porque aos olhos de Jungkook, eu era apenas o seu melhor amigo e de certa forma o seu superior, algo entre a gente parecia tão impossível, isso me levava cada vez mais no para o interior de um poço fundo, tomado pela minha angústia.

Mamãe tinha sua dama de companhia e papai tinha os seus conselheiros, já eu tinha o Jungkook, que além do seu trabalho rotineiro no castelo, ajudando seus pais, ele também era o "companheiro diário do príncipe", tinha que fazer coisas como trazer minhas refeições, arrumar minhas roupas, fazer atividades comigo e por vezes até me ajudar no banho, normalmente esse último era feito para mim apenas por empregados ômegas, mas eu preferia que Jungkook o fizesse, não havia malícia em meu pedido, eu apenas me sentia inteiramente confortável com ele.

E foi num desses banhos, enquanto meu corpo estava mergulhado na água morna, Jungkook esfregava meus cabelos e uma outra empregada trazia mais água numa bacia de madeira, que minha pergunta surgiu, eu questionei Jungkook sobre casamento, família e até filhos. Suas respostas foram o que eu esperava mas não o que eu queria ouvir, ele desejava o mais clichê possível para aquela época, se casar com uma jovem e bela camponesa, ter cerca de três filhos e morar no centro do comércio no reino. Não que não fosse planos sublimes, mas machucou meus sentimentos ao perceber que eu não estava incluído de forma alguma em seus pensamentos para o futuro.

Eu não sabia mais ser tão controlado com meus desejos, eram tantos anos guardando minhas vontades apenas para agradar os outros que soltei naquele instante o que eu sentia, declarei tudo aquilo que eu guardei por tantos anos, falei ao Jungkook o quanto eu gostava dele e que não esperava ser correspondido, apenas queria que ele soubesse de minha paixão.

Para a minha surpresa, aquele alfa alto e forte se tornou frágil em minha frente, quando me abraçou sem se importar com meu corpo molhado, e declarou o que sentia por mim.

Nunca estive tão alegre e pleno quanto naquela noite, eu era correspondido e parecia que num piscar de olhos eu acordaria descobrindo que aquilo foi apenas um sonho, porém não, era tão real quanto os meus sentimentos por aquele alfa doce.

Por fim tomei a iniciativa entre a gente mais um vez, em trazer Jungkook para o nosso primeiro beijo. Ele estava tão tímido e sem jeito, era adorável, eu senti ali que o meu lobo havia escolhido Jungkook para o resto de nossas vidas, e felizmente o lobo dele sentiu o mesmo ao sentir nossos lábios juntos pela primeira vez.

A partir daquele momento um sorriso parecia sempre estar presente em meus lábios, até mesmo quando meus pais eram severos daquele jeito antiquado deles e eu ia atrás de Jungkook para me consolar e poder desabafar, ele era minha saída daquele mundo de uma riqueza infinita porém uma felicidade falsa, eu não precisava de um milhão de presentes e itens valiosos para ser feliz, a minha alegria estava naquele plebeu de pouco estudo e sem grandes fortunas, mas que podia me dar algo que meus pais não eram capazes: a alegria verdadeira.

Eu poderia ter nascido em berço de ouro — literalmente — e ser um príncipe criando num castelo, mas só tive o meu conto de fadas se dando início quando meu namoro com Jungkook se iniciou, o que eu sentia por ele era tão intenso que chegava a parecer que não caberia em mim, mas era aquilo que eu queria, até a sensação do romance proibido nos era cativante, procurar cantinhos para nos escondermos e tentar trocar selares quando ninguém estava olhando era arriscado e isso fazia a gente se viciar na adrenalina que era manter uma relação secreta.

Não posso deixar de citar aquele sótão onde algumas armaduras e escudos do exército do reino eram guardados, o nosso local favorito para ser usado como esconderijo, tanto que foi nesse lugar, numa noite de lua e poucas estrelas, que me entreguei ao meu alfa pela primeira vez, não parece ser o ambiente mais romântico e confortável, mas soubemos deixar aconchegante e para mim foi tudo perfeito, tinha Jungkook ali zelando por mim, então não podia ser menos que uma lembrança linda que sempre enche meus olhos.

Foi bom finalmente me sentir dono do meu próprio nariz e das minhas decisões, ter a minha primeira vez ali com o rapaz que eu amava, indo contra os tabus dos meus pais e sociedade, eu me via como um adulto enfim e queria agir como tal, amando meu namorado e tendo relações com ele mesmo que não houvesse uma aliança em nossos dedos, porque aquilo era apenas carinho e amor.

Nós já não éramos um casal convencional mesmo, tenho que admitir que agíamos de um modo um tanto diferente dos demais pares formados por um alfa e um ômega pelo reino, Jungkook não era um alfa grosseiro e ambicioso como eu via a grande maioria ser, ele nunca se impunha sobre mim e me respeitava cordialmente, eu também não era ômega de abaixar a cabeça ou me submeter as vontades de todos, algo que era visto por meus pais conservadores como "inaceitável", porém com certeza não me veriam acatar qualquer ordem como se eu não tivesse voz própria. E eu até poderia ser o príncipe paparicado ali, mas o manhoso da nossa relação era o Jeon, não que eu esteja reclamando, amava o dar carinhos e mimos.

Infelizmente não poderíamos brincar de casinha para o resto de nossas vidas, mais de dois anos tinham se passado e o dia do meu noivado com o príncipe do outro reino logo chegaria, e Jungkook e eu tínhamos nossos planos, eu não poderia mais viver aquela vida, fingir que era feliz enquanto meu interior ruía em desespero, estava cansado de ser o príncipe perfeitinho aos olhos dos outros, eu queria ser livre ao lado do homem que eu amava, mesmo que para isso eu tivesse que renegar o meu nome e abandonar o meu reino.

A noite do noivado chegou enfim, conheci o meu noivo naquela manhã e não consegui sequer fingir um sorriso, o baile que meus pais organizaram para chamar atenção para a união dos dois reinos foi realizado ainda no mesmo dia e tive que encenar as minhas melhores expressões de alegria, enquanto o meu "noivo" se provava um grande nojento, que nem disfarçava suas olhadas para o meu corpo, era asqueroso, mas eu tinha que me manter forte e fingir não notar, também tentando fazer Jungkook se acalmar apenas o mandado olhares, ele servia os drinques na mesa dos membros da corte, então era difícil não ouvir as palavras do príncipe babacão e suas investidas invasivas demais para o meu gosto.

Felizmente a parte do cortejo que o alfa deveria me fazer passou rápido e logo o ponto alto do baile chegou, que era quando nós dois tomaríamos o centro do salão e iniciaríamos uma valsa, e enquanto eu dançava com ele e todos nos observavam, meus olhos estavam em Jungkook, que me admirava em meio aquela multidão, com um pequeno sorriso nos lábios... Seria naquela noite que nos fugiríamos.

Quando minha mão direita segurou a de Jungkook e a esquerda a alça de uma maleta onde algumas roupas minhas foram guardadas, eu não olhei para trás, apenas subi num cavalo juntamente ao meu alfa e futuro marido e tomamos o nosso caminho, eu deixei para trás a minha herança e o meu trono, mas adquiri finalmente a minha inteira liberdade.

Nos casamos pouco tempo depois, no verão daquele ano. Foi uma cerimônia pequenininha, sem grandes luxos, porém tão bela quanto o canto dos pássaros que vieram saldar nossa união, e menos de dois anos depois fui abençoado com a chegada de nosso primeiro descendente, a nossa pequena menina que veio para preencher nossos dias com mais brilho. E por fim, alguns anos depois, vieram os gêmeos para completar nossa família, eu havia encontrado a minha paz enfim.

Jungkook nunca colocou uma coroa sobre minha cabeça, nunca pode me dar um anel de diamante, nunca me presenteou com itens caríssimos e nossa casa era bem simples e pequena, mas ele sempre me deu algo muito maior e mais valioso que tudo isso, me deu o seu apoio e o seu amor. 

~♥~

Espero que tenham gostado, agradeço por lerem e até uma próxima ^^

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