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DOZE

A brisa do mar e a companhia de Baek fizeram Akemi sentir-se em paz. Após o almoço, eles sentaram na proa do barco e ficaram alguns minutos em silêncio, apenas curtindo a companhia um do outro. Foi inevitável lembrar como os momentos de silêncio ao lado de Haroki eram desconfortáveis, como se algo estivesse fora do lugar. Porém, tudo parecia certo ali. Akemi podia perceber a cumplicidade entre os dois. Sentiu a mão do garoto acariciando sua coxa e pousou a mão sobre a dele. Baekhyun sorriu e ela retribuiu.

— Por que você está aqui? — ele quebrou o silêncio com uma pergunta um tanto curiosa. — Digo, por que você não se sentiu desconfortável comigo, já que sou praticamente um estranho?

De certa forma, ele estava repetindo o que a garota dissera no jantar, na noite anterior, quando afirmou que não se entregava fácil. Akemi limpou a garganta. Não esperava aquela pergunta.

— Porque você não é estranho pra mim. Eu que sou pra você — respondeu ela.

— Acho que você não seria uma estranha para mim nem se tivéssemos cruzado só uma vez na vida, numa rua qualquer. Bastaria notar o seu olhar. Sinto que ele suga meus pensamentos e assim você fica a par de tudo o que está acontecendo — ele apontou para a cabeça dela. — E você só finge que não sabe.

— Você nunca saberá — Akemi brincou e piscou para ele. — Eu gosto de você. Bastante. Não é difícil gostar do seu jeito, muito menos da sua aparência — afirmou, olhando-o de cima a baixo.

— Olha aí. Você é toda misteriosa e do nada fala uma coisa dessas. Mais um pouquinho e eu fico louco — disse ele, beliscando o braço da garota.

— Eu não sou — ela gesticulou aspas com os dedos — misteriosa. Gosto de você e valorizo isso, acho péssimo viver com a culpa do "e se...", "poderia ter sido de tal forma..." e tal. Acho revigorante ser direta, objetiva e prática; dizer para as pessoas de que gosto que preciso delas, que são importantes para mim. Usar e abusar de frases como "me beija agora", "eu te amo", "você é especial". Algum dia, posso me envolver em um acidente, levar um tiro ou qualquer coisa do tipo. E o mesmo pode acontecer com a pessoa que eu amo. Seria terrível ter que conviver com palavras que não foram ditas e com beijos que não foram dados, não é? Nós não sabemos de nada, não sabemos como as coisas podem mudar se deixarmos o orgulho de lado. Nunca sabemos quando tudo pode dar errado — desabafou ela, fazendo o rapaz encará-la boquiaberto.

Baekhyun não pensou duas vezes ao colar seus lábios nos de Akemi. Ele estava extasiado pelas palavras da garota e surpreso. Ela era incrível, e ele sentiu-se sortudo por estar ao seu lado naquele momento. As línguas se encontraram e os arrepios tornaram-se constantes, fazendo com que ela levasse as mãos aos cabelos dele e o puxasse para mais perto. Ao terminar o beijo mais uma vez com selinhos, Akemi ficou um pouco apoiada no ombro de Baek, observando as tatuagens do rapaz. A enorme bússola tatuada no antebraço poderia facilmente completar a sua, que era um contorno minimalista dos continentes. Ela sorriu.

— Nossas tatuagens ficam tão legais juntas... — compartilhou o pensamento com ele.

Baekhyun devolveu o olhar para o antebraço da garota e sorriu. O brilho do sol que refletia no mar estava pedindo um registro. O rapaz pegou seu celular e tirou uma foto das mãos entrelaçadas deles, de forma que as tatuagens e uma pontinha do mar aparecessem. Depois, tirou uma só de Akemi, que estava apoiada em seu ombro, de olhos fechados. Gentil, ele deu um beijo na testa da garota. Há muito tempo não se sentia tão completo. Tudo estava alinhado. E ele, apaixonado.

O sol já estava dando lugar à lua e os dois continuavam conversando sobre tudo e sobre nada. O assunto fluía com naturalidade, falaram da diferença entre comida japonesa e coreana, famosos, países que queriam conhecer e até sobre pais controladores. Quando Akemi lembrou que estava voltando para Tóquio na manhã seguinte, ele respirou fundo e o silêncio tomou conta. Mesmo mantendo contanto, ela sabia que seria diferente - talvez não fosse dar nada além de uma amizade. Busan era um lugar mágico, o resto significava rotina.

— Não vou deixar você ficar me acompanhando pela internet de novo, não. Não é o que eu quero — afirmou ele; as palavras aquecendo o coração da garota.

— Nem gosto de pensar na saudade que isso tudo vai deixar. Ontem já foi tenso... — confessou ela.

— A saudade define a certeza — assegurou ele, olhando com carinho para Akemi. Percebeu que ela havia esboçado um sorriso.

— Temos que ir, eu acho. Está ficando tarde e preciso arrumar minhas malas.... — disse ela baixinho. Não queria se despedir.

Baekhyun beijou rapidamente a mão dela, fazendo-a corar. Ela sentiu-se melhor.

Para a surpresa de ambos, a melancolia passou e o caminho até o hotel foi alegre. Ele fez questão de puxar assunto durante todo o trajeto, sem da espaço para Akemi sentir-se angustiada com a despedida iminente. Ela nunca desejou tanto que fosse alguns anos mais velha e pudesse ficar ali, vivendo no paraíso por mais tempo.

Quando chegaram nos degraus da entrada do hotel, Akemi ficou encarando o local, sem coragem de ser virar para o rapaz. Encará-lo para se despedir era uma tortura. Ele colocou as mãos nos ombros dela e foi virando-a para si, lentamente. Baekhyun encarou aqueles olhos pretos e intensos e beijou a testa de Akemi.

— Só não te peço em namoro nesse exato momento porque preciso da opinião da empresa e também porque sou desses chatos que quer conhecer a família e conquistá-la também — afirmou ele, fazendo-a arregalar os olhos.

Num gesto desesperado, Akemi envolveu o rapaz em um abraço e enterrou a cabeça no pescoço dele. O perfume que ele usava já tinha ficado impregnado na roupas dela na noite anterior, e agora ficaria nessas também. A impressão que teve foi de que aquele abraço poderia curar qualquer insegurança que ela tinha em relação aos homens. Além de corresponder, Baekhyun colocou as mãos nos cabelos dela e começou a acariciar os fios lentamente, fazendo daquele momento um dos mais especiais da vida de Akemi. Ela deu um suspiro.

— Não quero te soltar — confessou, baixinho. Não estava com medo de mostrar ao rapaz sua outra face, a Akemi mais desarmada e menos desconfiada.

— Você não precisa... — respondeu ele.

Ela abriu os olhos e mexeu a cabeça bem pouco, apenas para conseguir beijar de leve o pescoço dele. Baekhyun sentiu sucessivos arrepios e soltou um gemido. Quando resolveu desenterrar a cabeça do pescoço do rapaz, beijou-o antes que ele pudesse reclamar. Akemi pressionou com força seus lábios contra os dele e logo pediu passagem para suas línguas se encontrarem. Baekhyun levou as mãos à cintura dela e a puxou para mais perto, fazendo-a parar o beijo para recuperar o fôlego. Ele colou novamente seus lábios nos dela e Akemi se pendurou no pescoço de Baek, ficando na ponta dos pés. Era incrível como eles se encaixavam perfeitamente, mesmo com a diferença considerável de altura. E não era mais frio na barriga o que sentia, mas, sim, uma nevasca, tamanho o efeito que ele tinha sobre ela.

— Você está dificultando essa despedida... — reclamou a garota, quase sem voz, após mais um selinho nele.

— Você também — devolveu. — Amanhã me avisa assim que chegar em Tóquio, ok? — pediu ele, encarando-a.

— Uhum — concordou Akemi.

— Quero que vá no nosso próximo show no Japão — falou ele, sorrindo. — É sério, posso arranjar uma entrada VIP pra você entrar no nosso camarim. O que acha?

— É um convite bem chantageador. Até lá... — começou ela, mas foi interrompida.

— ... eu estarei, além de apaixonado, com saudades. — As palavras do rapaz foram inesperadas. Akemi sorriu involutariamente.

— Ambos estaremos — completou ela. — Obrigada por esses dois dias. Há muito tempo eu não me sentia tão... completa? — Ela sugeriu e fez uma pausa antes de continuar: — É, completa. Obrigada de verdade, Baek.

— Nada é por acaso, linda. A sua companhia me revigorou e me trouxe muita paz. A gente se vê no Japão, né?

— Por favor — ela se inclinou para beijá-lo pela última vez... naquela noite.

Akemi abriu a porta do quarto e foi direto até a sacada. Sentiria muita falta daqueles dias mágicos. Percebeu que havia aprendido muito mais em um fim de semana do que em muitos anos, e evitou ao máximo se perguntar o que, de fato, era aquilo tudo. Não queria acordar daquele sonho e muito menos voltar à realidade.

Enquanto arrumava suas coisas, ouviu o celular apitar. Ah, não, depois eu respondo todo mundo..., pensou. Mas era uma notificação do Instagram. Uma foto que Baek havia postado! Céus, ela nem ao menos tinha visto que ele já a seguia. Em meio a milhares de notificações informando que os seguidores da garota estavam aumentando vertiginosamente devido à marcação de seu perfil na foto, ela conseguiu abrir a imagem.

As tatuagens do antebraço dele e dela estavam em primeiro plano e, ao fundo, a imensidão do mar. Akemi já estava sentindo uma saudade sufocante do rapaz. Quando leu a legenda, o sentimento triplicou.

Nunca sabemos quando tudo pode dar errado. Feliz aniversário <3

Ela leu e releu a legenda mais de dez vezes. Sorriu de orelha a orelha e sentiu-se estranhamente feliz e em paz. Pela primeira vez, Akemi sentia que o amor não era apenas uma emoção, mas, sim, algo que a tomava completamente, sem deixar espaços para qualquer sentimento destrutivo. Amor era, finalmente, sinônimo de certeza.


⎧✍⎭

The end.


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