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Sebastião saiu do asfalto e virou à direita. Seguiu viagem por uma intrincada estrada de terra ladeada por muita floresta. A estrada estava em péssimas condições e ele seguiu em baixa velocidade.
— Tem certeza que é por aqui? - Perguntou Simone.
— Sim. Eu já estive aqui antes. Da última vez a estrada não estava tão ruim.
— Até onde essa estrada vai dar? - Quis saber Felipe.
— Eu acho que vai até a fazenda abandonada lá em cima.
—Tem uma fazenda abandonada por aqui? - Perguntou Juliana.
— Tem lá em cima nas montanhas. Uma fazenda enorme com uma casa e um lago. As pessoas vão lá de vez em quando e usam a casa para trepar. Dizem que o lugar é assombrado e que algumas pessoas que foram lá nunca mais foram vistas.
— É claro que isso é um monte de besteira.- Disse Tiana.
— Não acredita em fantasmas Tiana?
— Ah, qual é? Fala sério!
— Eu não chegaria nem perto desse lugar.- Disse Darlene.
— Se vocês quiserem, podemos dar uma chegada lá. - Sugeriu Sebastião.
— Ah não.- Simone protestou.- Viemos aqui para acampar, não para visitarmos uma fazenda assombrada.
— Muito bem madame. Como queira.
Sebastião dirigiu por quase cinco quilômetros por sinuosas e apertadas curvas, em certo ponto encontraram um carro vindo em sentido oposto e tiveram que parar. Era sinal que a estrada não estava tão abandonada assim. Sebastião explicou que o lugar era usado por pessoas em busca de esportes radicais ou simplesmente em busca de um lugar sossegado para trepar, e ali você podia trepar à vontade sem sem incomodado.
Em certo ponto a estrada se bifurcava. Sebastião seguiu à esquerda e a estrada se tornou praticamente uma trilha que mal cabia a van. Se viesse outro carro em sentido contrário não dava para encostar, ele teria que voltar de ré até a bifurcação.
Juliana olhou para a estrada que seguia à direita e que possivelmente ia dar na fazenda "assombrada". Parecia sombria demais. Na verdade aquele lugar todo lhe parecia sombrio. Ela estremeceu e começou a se arrepender de ter vindo naquele passeio.
Simone se perguntou se Sebastião sabia mesmo aonde estava indo mas não disse nada. Provavelmente ele sabia a julgar pela maneira que estava dirigindo.
Ele seguiu por aquela trilha por quase dez minutos e na van só reinava o silêncio. O silêncio dominava também a floresta ao redor, era como se a floresta fosse um cemitério.
Sebastião finalmente parou a van.
— Chegamos pessoal.
— Finalmente! - Exclamou Simone.
— Cara. Esse lugar é longe pra burro!
Felipe abriu a porta e desceu para esticar as pernas. Os outros fizeram o mesmo.
— A cachoeira vai compensar a demora da viagem gente.- Disse Sebastião.
Eles se viram em uma grande clareira cercada de florestas por todos os lados. Da clareira saiam diversas trilhas que entravam na floresta e desapareciam de vista.
— Esse lugar parece um labirinto.- Disse Tiana.
— E é mesmo. - Sebastião acendeu um cigarro.
— E você sabe qual dessas trilhas vai dar na cachoeira? - Perguntou Darlene.
— Sei. Como eu disse já estive aqui antes. Além disso, tenho isso.
Sebastião exibiu um mapa.
Ele olhou para o relógio.
— Bem pessoal. Daqui na cachoeira é uma caminhada de cinco quilômetros e já é tarde.- Ele olhou para o céu.- E eu acho que vai chover. Acho melhor a gente ir andando.
— Bem cara. Você está no comando.
Eles pegaram todo o equipamento que haviam trazido. Sebastião fechou a van.
— Bem pessoal, me sigam e ficarão bem, me percam de vista e tomarão no cu.
Eles começaram a andar.
Passava das quatro da tarde.
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