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Capítulo 21




O ambiente do galpão estava sobrecarregado, pois cada respiração era um esforço genuíno. Lawrence mantinha o olhar fixo, sua expressão marcada por exaustão, mas alimentada pela ansiedade de uma resposta. Que hospital era aquele? E por que tal conexão foi omitida até agora?

O perfilador ruivo, por sua vez, permanece atento, os olhos cravados em Octávia. Ele parecia empenhado em desvendar como a jornalista conectara as vítimas recentes ao caso de 1986. Mais do que isso, sua curiosidade residia em compreender qual elo da narrativa encaixaria nessa complexa teia de informações. Afinal, fora ele o primeiro a perceber a estranha ligação com o hospital psiquiátrico.

Não poderia ser mera coincidência o primeiro corpo ter sido desovado naquele local. Levando em conta a intricada dinâmica do caso e o modus operandi de Sombra, Ethan agora carregava a certeza de que aquilo não era apenas uma coincidência: era um aviso.

Lakeview Haven era um hospital psiquiátrico fundado na década de 1960... Espere um instante — Octávia interrompeu-se, enquanto buscava algo em sua bolsa. Com movimentos decididos, retirou alguns papéis e os entregou a Lawrence. — Confira essa matéria. Você entenderá melhor.

Havia frieza e objetividade em seu tom, um distanciamento calculado que a fez desviar o olhar logo após passar os documentos para ele.

Lawrence pegou os papéis, sua postura denotando cansaço. Encostou-se no encosto da cadeira, permitindo que a exaustão transparecesse. Ao tentar ler, as palavras simplesmente dançando em sua visão. Seus olhos pesavam como se cada piscada fosse um convite ao sono. Ele respirou fundo, fechou os olhos por um instante e engoliu em seco.

A jornalista atenta notou uma mudança sutil na postura dele.

— Você não acha melhor descansar, cara? — Jonas moveu-se, pousando as mãos sobre os ombros dos colegas em um gesto amigável.

— Estou bem — respondeu Lawrence, bocejando no meio da frase. Seus olhos semicerrados eram uma evidência clara do contrário. — Apenas cansado.

—  Prossiga, Octávia. — Ele cruzou os braços, sentindo a respiração pesar no peito, como se seu corpo estivesse cedendo ao cansaço apesar de sua determinação.

— O hospital sofreu um incêndio que foi comprovado em nenhum sobrevivente — retomou Octávia, sua voz retomando a firmeza de antes. — Durante minha pesquisa, encontrei uma lista de médicos que atuaram lá antes do incidente.

Os olhos de Ethan brilharam com expectativa, enquanto ele assimilava cada palavra.

— Isso é relevante. Podemos tentar contatar um desses médicos — sugeriu Jonas, inclinando-se para a frente, os cotovelos apoiados no topo da cadeira de Lawrence. — A questão é: como faremos isso sem levantar suspeitas de que estamos conectando o caso ao Sombra?

Octávia balançou a cabeça em negação, sua expressão frustrada. — Infelizmente, todos eles já estão mortos.

Ethan arqueou uma sobrancelha, contendo um sorriso de canto. Ele sabia disso.

— Nesse caso, permanecemos no mesmo ponto de partida — suspirou Jonas, abrindo os braços em sinal de desalento antes de cruzá-los novamente.

— Ainda não terminei — rebateu Octávia. Ela desceu da bancada e removeu outro papel da bolsa, distribuindo-o entre os colegas. Quando chegou a vez de Lawrence, tocou de leve em seu braço, despertando-o de um cochilo involuntário. Ele sobressaltou-se ao receber o documento, esforçando-se para manter os olhos abertos.

— Nem todos estão mortos. Existe uma exceção. — Jonas entonou sinceramente, surpreso.

— De fato. Essa médica vive sozinha, sem familiares. Seu filho morreu na mesma época do incêndio.— A ruiva completou enquanto Ethan não evitou a exclamação impressionado com esse detalhe que havia passado despercebido.

— Como assim na época do incêndio? — Dessa vez o perfilador se ergue da cadeira movendo em direção aos envelopes etiquetados com o nome Lakeview Haven.

— Ela saiu do hospital dois dias antes, por seu filho ter sido internado com caso de pneumonia grave. No dia seguinte ele faleceu, justamente no dia do incêndio.

Jonas ponderou, sua mente trabalhando nas implicações.

— É como se o destino tivesse escolhido poupá-la de uma forma cruel. Se tivesse permanecido no hospital, ela teria morrido, ou ambos, mãe e filho, poderiam ter compartilhado o mesmo fim.— Ele fixou o olhar em Octávia. — Imagino que você já tenha um plano para abordá-la.

— Claro! Essa é a vantagem de ser jornalista: somos insistentes. Posso usar a ligação dela com o hospital como gancho, dizendo que se trata de uma matéria sobre o impacto dos profissionais da área da saúde na sociedade.

— Parece simples demais. Ela deve estar exausta de responder perguntas sobre isso. Provavelmente fugirá assim que ouvir a palavra "hospital" — interveio Lawrence, sua voz firme, despertando todos ao redor que imaginavam que ele ainda estava dormindo.

Octávia retrucou, sua voz compartilhada de sarcasmo:

— Tem alguma ideia melhor, investigador ? Ou prefere apresentar e dizer que estamos investigando um caso de serial killer? Você decide. — Ela extravasou as mãos em rendição, seu tom permeado de ironia. A jornalista viu os olhos de Lawrence se abrir devagar cravando no seu rosto de uma forma fixa.

Por um instante, os olhos de Lawrence encontraram os dela. O olhar intenso e enigmático parecia atravessá-la, como se ele enxergasse cada segredo que ela guardava. Octávia sentiu um arrepio percorrendo sua espinha, uma inquietação incontrolável que a fez desviar o olhar, mas não antes que suas mãos começassem a suar e seu rosto corasse. Era a vergonha, o medo de ter sido descoberta, Lawrence jamais olhou pra ela daquela forma, era assustador, mas também tentador.

Ethan interrompeu o momento de tensão:

— Ainda acho que a abordagem de Octávia é a mais sensata. É discreto o suficiente para não levantar suspeitas.

Octávia assentiu, evitando o olhar de Lawrence novamente.

No entanto apenas Octávia rompeu o momento, enquanto isso, o tailandês estava perdido em memórias antigas porém agora bem claras.

Algo dentro dele despertou, como um lampejo o que era totalmente confuso se tornou claramente óbvio. Era como abrir brechas em si mesmo, descobrindo algo que sempre esteve lá, mas nunca havia notado, ou talvez aceitado.

— Assim está decidido. Octávia tentará entrar em contato com um médico, enquanto Lawrence continuará investigando o inquilino que fez o retrato de Nora e Sombra. Ele pode ter mais informações cruciais sobre aquela noite — concluiu Jonas, encerrando a discussão.

Lawrence seguiu seu caminho à saída direção ao portão de entrada, Octávia seguiu logo atrás enquanto Jonas aproveitou o momento a sós com Ethan.

— Então é isso? Você não sabia da existência dessa senhora.— Jonas observou os olhos assustados do perfilador.

— Não, e isso está me deixando louco, ela é mais astuta do que parece, trará informações muito valiosas para nós.

— Sim, agora algo me deixou bem receoso, se esse inquilino tiver visto o rosto.. você sabe, será que ele não viu algo mais? Não acha que deveríamos fazer algo? Caso contrário não conseguirá seguir seu plano.— O policial baixou o tom de voz ao passo que observava a entrada do galpão constatando que ambos já haviam saído.

— E nós vamos fazer algo.






Do lado de fora do galpão, Lawrence se lembrou de que havia vindo de carona com Jonas. Sua caminhada cessou abruptamente enquanto ele passava as mãos pelos cabelos, bagunçando-os de leve. O topete negro e sedoso já começava a incomodá-lo. Fazia pouco tempo desde o último corte, mas as mechas já pendiam para o lado, pesadas pelo volume e textura lisa.

Octávia passou ao largo, mantendo-se em silêncio. Seus passos firmes refletiram a determinação de evitar qualquer encontro de olhares com ele. Caminhou apressada até o carro, como se a distância entre eles pudesse desligar a tensão que pairava entre eles.

— Gosta de segredos, Octávia? Mistérios? — A voz dele alcançou antes que ela pudesse abrir a porta. — Isso combina com você, sabia? É como se sua vida estivesse trancada com cadeado.

A jornalista congelou com a mão na maçaneta. O arrepio que percorreu seu corpo a fez hesitar, mas, após um breve instante de luta interna, ela se virou lentamente para encará-lo. Manteve uma distância que julgava segura, mas sua postura era de cautela.

— O que está insinuando, senhor? — Sua voz carregava uma formalidade proposital, uma tentativa de mascarar o nervosismo.

— Nada além de um comentário despretensioso — respondeu ele, aproximando-se com passos lentos e calculados. Seus olhos examinam cada traço dela, como se pudesse desvendar os segredos que tanto se esforçavam por esconder. — E, a propósito, não estamos mais no início dessa parceria. Toda essa formalidade é desnecessária.

— Não se trata de início ou fim — replicou ela, mantendo o tom firme, embora sentisse o coração acelerar. — Você ainda é mais velho, e a formalidade demonstra apenas respeito... e, talvez, a distância necessária.

Sem esperar pela resposta, Octávia girou sobre os calcanhares, abriu a porta do carro e entrou apressadamente.

— Eu até ofereceria carona, mas já sei que está bem acompanhado — disse, engatando a marcha e acelerando antes mesmo de concluir a frase. Fugir de Lawrence parecia vital naquele momento, mas ainda do que escape de seu próprio passado.

Lawrence permaneceu imóvel por alguns segundos, o olhar fixo no carro que se afastou. Um sorriso amargo curvou seus lábios antes de desaparecer, substituído por uma expressão sombria, quase impenetrável. O peito levemente apertado devido as recordações recentes.

— Fuja enquanto pode — murmurou entre dentes, quase como um aviso, embora a frase parecesse direcionada a si mesmo. — Seus segredos não ficarão ocultos para sempre.

— E então? Vamos? — Jonas surgiu às suas costas, tocando-lhe levemente o ombro.

Lawrence respirou fundo, afastando os pensamentos.

— Sim, vamos.


A noite era fria e levemente agitada, constatou o homem ao observar a paisagem através da janela do edifício. Casais caminhavam pelas ruas, visivelmente afetadas pelo álcool, enquanto o trânsito, incomum para o bairro de Pilsen, mantinha-se mais intenso do que o habitual. Um contraste curioso para a calmaria que normalmente imperava ali.

Ele lançou um olhar ao caderno pousado ao seu lado e esboçou um sorriso. Movendo os dedos de forma inquieta, tocava a ponta de cada um deles como se traçasse uma melodia silenciosa. Seu corpo, repleto de energia, o impelia a caminhar pelo apartamento, espreitar a rua, ou mesmo abrir a geladeira sem qualquer propósito claro, apenas para abrir o interior vazio do eletrodoméstico.

Após alguns passos incertos, cedeu à compulsão e tomou o caderno em mãos, rabiscando com traços rápidos a paisagem que via pela janela.

— Hum, hum, hum... — murmurou, interrompendo os movimentos do lápis ao perceber algo peculiar.

Do outro lado da rua, quase oculto pela penumbra, um casal discutia acaloradamente antes de desaparecer do seu campo de visão. Ele se inclinou na direção da janela, buscando captar mais detalhes, mas os dois já estavam fora de seu alcance. Soltando o caderno sobre o sofá, empurrou o vidro para abrir uma janela, permitindo que a brisa gélida da noite invadisse a sala sem cerimônia.

Inspirando profundamente o ar noturno, um detalhe intrigante capturou sua atenção: próximo à esquina, entre as sombras laterais de uma casa, destacava-se uma figura imóvel. A silhueta, envolta por um capuz negro, parecia observá-lo fixamente. Uma onda súbita de motivação o percorreu, e ele, em um gesto quase infantil, acenou para o desconhecido com um sorriso amplo.

Retomando o caderno, desenhou rapidamente a cena que presenciara. Com o lápis deslizando habilmente pelo papel, recriava a casa, a rua, e a silhueta enigmática oculta nas sombras. Seus lábios curvaram-se em um sorriso eufórico enquanto gargalhava de forma nervosa, quase descontrolada.

Contudo, ao erguer os olhos novamente para a janela minutos mais tarde, percebeu que a figura desapareceu.

Frustrado e feito por uma curiosidade quase insana, projetou metade do corpo para fora da janela, seus olhos varrendo a rua em busca do estranho. Naquele momento, estava tão absorto que sequer escutou o nível rangido da porta sendo aberta.

O encapuzado havia adentrado o apartamento de forma furtiva, seus passos calculados e silenciosos como os de um predador. Ao avistar sua presa inclinada perigosamente para fora da janela. O momento foi perfeito.

Deslizando pela sala, cada movimento era preciso, quase ritualístico. Sua respiração controlada não permitia que algum som escapasse. Aproximou-se até que finalmente ficou ao alcance do homem distraído.

— Você cometeu o erro...— O corpo do homem sobre a janela em um sobressalto pendeu para a frente com o susto. Com o coração acelerado o inquilino se prendeu sobre a janela lutando na tentativa de evitar a queda.— Que ninguém jamais ousou cometer. E agora, pagará por isso. — Segurando o homem pela camisa, James viu a expressão assustada do homem bem a sua frente.

James inclinado-se para a frente girando o corpo do inquilino e o prendendo de frente a janela. Ao passo que o inquilino debatia aos prantos como uma criança assustada. As palavras de James transbordando ironia e crueldade ele disse:

— Não se preocupe. Você terá o descanso que merece...

Com um gesto firme, James empurrou o corpo do homem à frente, janela abaixo, ouvindo o grito desesperado que se prolongou até ser interrompido pelo impacto distante.

Por alguns instantes, Sombra se mantém parado, observando o vazio além da janela. Lentamente, voltou-se para o interior do apartamento e pegou o caderno sobre o sofá. A página desenhada, com a imagem da figura encapuzada, foi arrancada e dobrada cuidadosamente. Ele sorriu.

Caminhando para a saída, deixou o local com passos decididos, satisfeito por ter eliminado mais uma ameaça em seu jogo insano.




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