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Capítulo 15




Lawrence recostou as costas contra a parede da sala do necrotério. Ao adentrar o espaço, o primeiro impacto é uma sensação de frieza que paira no ar, como se a própria morte estivesse presente em cada canto da sala. Um ambiente sombrio e asséptico

O ambiente era fechado, uma sensação claustrofóbica era quase palpável. O cheiro de formol juntamente a produtos de limpeza era forte para as narinas sensíveis de Lawrence.

As paredes, pintadas em tons suaves de branco e cinza, refletiam a luz fria das lâmpadas fluorescentes embutidas no teto. Essa iluminação é intensa e impiedosa, lançando sombras nítidas sobre a mesa de metal polido que domina o centro do ambiente.

Com um girar de cabeça leve, a visão dele se expandiu, observando em uma das paredes, estão dispostos armários metálicos refrigerados, onde os corpos são armazenados até serem preparados para autópsia. Os compartimentos são numerados e identificados por etiquetas, cada um guardando o segredo de uma história de vida que chegou ao fim de maneira prematura e muitas vezes trágica.

A iluminação intensa e impiedosa embutida por cima da maca era utilizada de forma meticulosa para analisar o corpo em todos os detalhes. Infelizmente o corpo que jaz ali, é o corpo de uma das vítimas.

O médico patologista com mãos enluvadas analisava uma prancheta por sua mão, os sons das folhas sendo movidas para frente enquanto ele analisava todas as pesquisas importantes era quase que ensurdecedor dado a característica fechada do ambiente. Movendo o corpo ao redor de toda a maca quase que formando um círculo ao redor de partes de um corpo de uma pobre mulher.

Pelo menos estava coberto, Lawrence agradeceu mentalmente por isso!

— A autópsia em um corpo desmembrado é um processo extremamente delicado, é quase 90% de chance de não fazer descobertas tão aprofundada no caso, que não seja relacionada ao estado físico do corpo.

— Certo, o senhor está querendo dizer que é quase impossível descobrir algo que relacione a vítima ao criminoso é isso? — Octávia suspirou ao mover os pés para frente mesmo sem sair do lugar. Cruzando os braços seus olhos se encontraram com os de Lawrence. Para sua surpresa ele sorriu delicadamente. Seus lábios comprimidos sem mostrar os dentes foi uma visão fofa para Octávia, se desconsiderasse o local e a situação em que estavam.

Movendo as mãos ele sinalizou para Octávia que se mantivesse calma e escutasse atentamente o que o patologista tinha a dizer. Sorrindo internamente ele não pode evitar notar o quão engraçada e impaciente Octávia era.

— Nos exames externos eu e o legista utilizamos a oportunidade para encontrar lesões e cortes ou talvez alguma marca de identificação. No entanto obviamente o corpo se encontra completamente mutilado, e lesões e cortes são facilmente observada sem muita ligação. — Ele introduziu todo seu vasto conhecimento, Lawrence aproximou-se ainda tentando respirar de forma mais devagar na tentativa de evitar espirros indesejados.

— Então nada que seja de ajuda na identificação de um suspeito? — Octávia aproximou o ombro ao corpo de Lawrence enquanto negava de cabeça para ele, inconformada.

— Continuando — o patologistas pigarreou chamando atenção de Octávia para que ouvisse. Lawrence pousou a mão esquerda sobre o ombro direito dela em um aperto significativo para que ela se mantivesse quieta novamente. — Durante o processo de coleta de evidências foram encontrado fragmentos de vidros, o que nos leva a conclusão que talvez a arma utilizada possa ser algo de vidro pontiagudo, alguns furos na garganta foram encontrados como se essa mesma arma de vidro tivesse sido usada para furar essas partes. Mas novamente nada que ajude a identificar o perpetrador. Nas unhas da vítima localizamos tecido, fios finos como se ela tivesse segurado de forma firme algum tecido.

Lawrence de forma automática passou ligar todos os pontos importantes. Primeiro de tudo, os fragmentos de vidros já era uma ajuda pra identificar o processo de como o serial killer chega a de fato matar a vítima.

O tecido nas unhas da vítima o fez imaginar que talvez uma luta corpo a corpo possa ter feito a vítima acumular tecidos nas unhas. Ou quem sabe tenha lutado pra não ter suas roupas arrancadas de si. Vítimas de agressões passam a se debater na expectativa de fugir.

— Ao realizar ressonância magnética e tomografia descobrimos novamente fragmentos de vidros e uma parte do crânio foi afetada, ao que parece com algum objeto de vidro pontiagudo. Um impacto também foi identificado na região dos pulmões e dada a situação, aparentemente os pulmões de todas as vítimas são afetados primeiro, o que as levam ficarem inconsciente rapidamente devido o pulmão perfurado.

— Meu Deus! Me sinto num livro de terror — Octávia massageou os braços ao sentir os pelos de seu corpo se eriçarem. — Isso tudo é muito assustador, Lawrence.— Ela o encarou, os olhos assustados e suplicantes.

— Eu avisei que seria necessário um estômago forte pra adentrar um necrotério, mas eu desisto de tentar alerta-la, é como falar com uma parede sempre.— Lawrence cutucou o ombro dela, enquanto ela meneou o ombro de forma impaciente.— Continue doutor, não der ouvido a comentários aleatórios como esses.

— Tudo bem — Grunhindo o doutor retirou o tecido que até o momento cobria o corpo. Com o susto, Octávia cobriu os olhos sem acreditar que estava presenciando parte de um corpo.

— A pele da vítima não estava em bom estado o suficiente para nos ajudar a encontrar quem sabe DNA ou impressões digitais. Como pode ver — O doutor gesticulou a parte da perna para Lawrence que analisou o estado da pele da vítima. A pele arroxeada e completamente escamada, impossibilitava ainda mais a identificação do indivíduo responsável. — O estado avançado de decomposição, tudo isso afeta completamente as descobertas.

Lawrence suspirou retirando as mãos de Octávia dos olhos dela logo que o doutor voltou a cobrir o corpo.

— A forma perfeita de cometer crimes e passar despercebido por tantos anos. Isso me faz pensar que ele não é apenas astuto e estuda todos os detalhes, mas talvez tenha algum conhecimento da medicina. O fato de ele acertar partes vitais como o pulmão pra fazer com que a vítima tenha uma morte lenta e dolorosa me faz pensar nessa possibilidade. Além de desmembrar o corpo por partes.

Movendo o óculos para cima, num gesto involuntário o doutor concordou de cabeça com Lawrence.

— É uma grande possibilidade sim, não estamos falando de um caso comum, ou se estuda anos para tal ato, ou ele tem noção básica da medicina.


  À medida que, Lawrence e Octávia se aproximavam do destino, o ruído do motor do carro diminuía, substituído pelo som suave dos pneus deslizando sobre o asfalto. O veículo deslizou sem esforço para uma parada suave, a suspensão cedendo levemente sob o peso do carro. Uma brisa suave atravessou as janelas entreabertas, carregando o aroma fresco e frio daquela tarde.

Lawrence  desligou o motor com um clique distinto, e um silêncio tranquilo se instalou no interior do carro. Mas esse silêncio tranquilo durou meros segundos até que Octávia se reconfortou no banco inquieta.

O som do seu corpo contra o banco despertou a atenção de Lawrence que a observava confuso com o temperamento estressado da colega.

— Às vezes você me assusta com essas mudanças repentinas de humor.— Ele sorriu levemente fixando os olhos a frente pelo pára-brisa vislumbrou o cenário do Daley Plaza, no coração financeiro de Chicago.

  Com uma atmosfera urbana e movimentada, o Daley plaza oferece uma variedade de cenários desde cafés ao ar livre até áreas de estar públicas.

Lawrence desceu do carro fechando a porta logo em seguida, ao dar a volta no carro ele abriu a porta para Octávia que o encarava de forma peculiar.

— Em que sentido você quis dizer que eu o assusto com meu humor?— De forma direta ela o encarou de frente. O vento soprando contra os dois, Lawrence foi atingido pelo cheiro adocicado do perfume dela.

— Seus perfumes são sempre muito doces, tem algum motivo específico por optar sempre pelo mesmo aspecto?— Abrindo a boca completamente confusa ela o encarou perdida no assunto.

— Quem tá falando de perfume Lawrence? E os seus são sempre amadeirados, tem algum motivo pra isso?— Ele a encarou fixamente, um sorriso composto de lado.

— Quer dizer que anda sentindo meu cheiro?— Ele caminhou mais dois passos à frente fixando os olhos sobre ela.

— Há não se ache tanto, não foi um elogio, gosto de perfumes refrescantes não pesados como os seus.— Movendo as mãos contra o peito ele fingiu um tremido de mãos nervosos.

— Espera, você está dizendo que sou fedido?— Octávia gargalhou.

Foi automático e incontrolável, os olhos comprimidos quase fechados enquanto as mãos cobriam seus lábios. A gargalhada entoada e divertida surtiu efeito sobre Lawrence que logo se rendeu ao riso também.

— Não sei como chegamos nesse assunto, mas sinceramente estou assustada e fedida, só consigo sentir o cheiro do necrotério. Vou tomar um banho demorado de pelo menos 20 minutos.

— Não precisa desperdiçar tanta água assim, não sei se 20 ou 30 minutos seria o suficiente pra tirar seu cheiro fedido.— Lawrence sentou-se em um dos bancos espalhados na área pública.

— Não lhe dou direito de me insultar dessa forma — ela franziu o cenho indignada.

— Você disse que eu era fedido primeiro.

— Pelo amor de Deus! Vamos mudar de assunto, as investigações são mais importantes.— Ela alertou ao gesticular com as mãos de forma convencida.

— A minha vida é uma investigação, sorrir um pouco e sair da monotonia é bom Octávia, deveria experimentar isso.— Ele cruzou as pernas, com a mão direita ele rodeou o bico discreto que fazia com seus lábios aquele momento. Enquanto inalava o ar arborizado da praça.

— Tem razão!— Ela passou as mãos contra a roupa como se lutasse para retirar sujeira.— Eu preciso voltar, se descobrirem que você está me adicionando nas investigações sem poder, talvez eu seja afetada totalmente.

Octávia percebeu a mudança repentina na expressão de Lawrence que antes parecia tão leve e extrovertido, agora os olhos vagos desfocados e as sobrancelhas rígidas no rosto denotando estranhamente preocupação. Ela sentiu a culpa recair sobre ela, estava tirando os únicos segundos que ele tem pra espairecer um pouco durante o dia.

Lawrence evitou comentar sobre o assunto, mas sabia que ele seria o mais afetado se descobrissem até onde foi capaz de adicionar Octávia. Principalmente Kim Mi-young sua verdadeira parceira no caso. Ele sabia que sua cabeça rolaria se descobrissem o envolvimento da jornalista.

Pelas ruas de Roscoe Village, Octávia perambulava. Logo ao fim da rua estaria em casa. O cheiro inusitado de mistura de comidas acomodou sobre suas narinas. Enquanto ela passava por frente a casas modernas.

Ela manteve a caminhada objetiva, os olhos vagueavam pela rua sem focar em algo específico. Até que um som de uma porta de um carro foi ouvido a duzentos metros de distância.

Octávia ficou assustada ao observar que sua irmã saía de um carro preto desconhecido. Por proteção Octávia observou minuciosamente o veiculo percebendo ser um Ford Mustang preto, enquanto ele sumia de seu campo de visão.

— Olívia?— Octávia apressou os passos, quando a irmã mais nova reconheceu a voz e encontrou a irmã logo ali não pode evitar a careta azeda.

— O que que é?— Cruzando os braços, Olívia observou a irmã mais velha aproximar correndo.

— Com quem você veio?— Octávia pressionou os joelhos enquanto curvava o corpo puxando a respiração devido o esforço na corrida para alcançar a irmã. Os olhos de Octávia tremiam, o peito ardia, mesmo o esforço sendo pequeno.

— Um colega, mas não lhe devo satisfação. Vamos entrar já está tarde.— Olívia tomou a frente adentrando a casa no modelo americano com jardim bem a frente da casa.

  Quando as duas adentraram a sala, os pais a recepcionaram com largos sorriso porem desconfiados. Octávia e Olívia franziram o cenho ao pensar que estavam interrompendo algo.

— Porque estão nos olhando assim?— O homem alto e corpulento moveu o pano de prato do lado direito para o esquerdo do ombro.

  O avental sujo e com respingos de comida chamou a atenção das filhas. A mãe se aproximou carregando uma expressão confusa. Nas mãos segurando um prato de macarronada.

— Aconteceu alguma coisa?— A mulher de aparência de cinquenta anos com cabelos castanhos cacheados e volumosos observou a cena do pai encarando as filhas.

— Nada demais, achamos que estávamos atrapalhando o momento pombinho de vocês dois.— A mãe gargalhou e o marido a acompanhou.

— Elas acham que porque somos velhos precisamos ser ranzinzas. Até parece que não cozinhamos juntos não é?— Ela observou as filhas esboçando um sorriso divertido.— Conta pra elas a vez que você teve uma luxação na sua patela enquanto me ajudava na cozinha.— A mãe aproximou da mesa depositando o prato de macarronada bem no centro. Ela se aproximou do marido.

— Há tem esse ocorrido, a gente tinha meses de casados quando minha patela simplesmente saiu do lugar quando fui segurar o pote de temperos pra sua mãe. Ela sempre baixinha como vocês duas não alcançava a prateleira de cima.— As filhas cruzaram os braços enquanto ouvia aquela história dos pais pela milésima vez.

— Pai, não precisa negar que a mamãe o acertou com uma vassourada.— Olívia abraçou o pai enquanto gesticulava sorrindo.

— Você sabe que não sou capaz disso!— A mãe depositou as mãos na cintura incrédula com o comentário da filha mais nova.

— Mãe, reconheça, somos suas filhas. Temos o seu temperamento.— Octávia depositou um beijo na testa da mãe enquanto os quatro compartilhavam uma gargalhada.

— Porque ninguém nunca acredita na nossa história?— O pai encarou a esposa enquanto se aproximava retirando o respingo de molho do rosto dela.

— Porque não faz sentido ocorrer uma luxação de patela quando não ocorre um esforço físico grande para isso. Não esqueça que serei a enfermeira da família, tenho conhecimento disso.— Olívia ergueu o rosto convencida enquanto o pai depositava um beijo em sua bochecha.

— Mas foi o que aconteceu, o esforço dele foi só de usar os joelhos pra segurar o pote de tempero. Juramos que foi assim que aconteceu.— A mãe reforçou suplicante a história enquanto as filhas negavam com a cabeça.

Um minuto de silêncio se instalou enquanto os quatro encaravam um ao outro. Olívia aproveitou a situação para dar uma notícia inesperada.

— Pai, mãe — Ela acenou com a cabeça enquanto encarava um a um bem a sua frente.— Eu tô conhecendo um cara, ele me deu carona.

  Octávia assustou-se rapidamente com a notícia. Então não era apenas um colega? Eu sabia!

— Quem seria esse rapaz?— O pai incomodado a encarou.

— O conheci recentemente, não é nada demais, só estou compartilhando com vocês para que não sejam pegos de surpresa se caso a relação progredir. Vocês precisam saber antes não é mesmo?

  Os pais a abraçaram enquanto os três seguiam direção a mesa.

— Só tenha juízo, não faça nada que se arrependa depois, lembre-se do que ocorreu com sua irmã.

Octávia não pode evitar a sensação estranha com aquela notícia. Amava a sua irmã mais do que tudo, e o fato de saber que ela está se aproximando de um desconhecido a preocupava. Dada as circunstâncias da cidade, relembrando da existência de um criminoso a solta sua preocupação era ainda maior.

Ela sentia uma ligação muito forte com Olívia e sabia que precisava protegê-la a todo custo. Precisava fazer isso, era como uma forma de se desculpar por não ter sido uma boa mãe quando teve a oportunidade.

Independente de como a irmã reagisse, ela estaria de olhos abertos e conheceria o sujeito o mais rápido possível, era seu dever de irmã mais velha.


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