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Capítulo 16

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ANO 2

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- Já estou com saudades de casa, porque ninguém me avisou que o segundo ano é tão difícil? - reclama Helena, Eliza ri.

- Espere para ver os próximos! - diz Eliza, sentando-se ao lado de Leo no sofá da caverna.

- Acharei todos difíceis, e vou reclamar em todos. - Helena conclui - Se Castelo Bruxo não pedisse que nós estudássemos seria o melhor lugar do mundo.

- Eu ainda acho Castelo Bruxo o melhor lugar do mundo. - Jolie e Eliza dizem, quase ao mesmo tempo.

- Eu prefiro aqui do que a minha casa. - diz Niall - Eu passei o Natal todo pensando em o que eu quero ser quando me formar e cheguei a conclusão de que me tornar um professor não seria nada mal, pelo contrário, seria muito bom. - ele diz, em seguida estremece - Também fiquei pensando sobre o baile, isso tem me deixado nervoso.

- Vai dar tudo certo Niall. - tranquiliza Helena, sentando-se ao lado dele e passando a mão por suas costas carinhosamente - Eu tenho certeza que você vai achar alguém muito legal para ir com você no baile, não é difícil gostar de você.

 Niall sorri, ficando vermelho, Leo ri.

- Você fica vermelho com muita facilidade né? - ele comenta e Helena sorri, Niall fica ainda mais vermelho e em seguida ele ri.

- Pretendo melhorar a minha timidez. - ele diz solenemente, sentindo a pele queimar.

- Tendo amigos como nós você vai passar tanta vergonha que vai se acostumar com ela. - diz Jolie, sentando-se no chão aos pés de Leo. 

- Eu amo a companhia de vocês mas eu tenho que ir para o teste de quadribol. - diz Eliza se levantando - E eu ainda nem escolhi minha vassoura, meu padrinho disse que se eu passar ele vai me dar uma de presente.

- Eu chamo de mimada. - ironiza Jolie.

- Eu chamo de inveja. - responde Eliza, em seguida ela sorri e acena - Vejo vocês lá!

***

 Como imaginado Eliza conseguiu sua posição como artilheira da comunal Sul, ficando satisfeitíssima com o seu uniforme em tons de azul e prata, o que fez, pela primeira vez, ela ficar feliz por ser da sul e não da oeste, pois ela tinha achado o tom de vermelho do uniforme um tanto feio.

 A primeira coisa que ela fez foi ir escrever uma carta para sua mãe e seu padrinho, os demais retornaram para suas comunais, exceto Helena e Leo, ambos resolveram ir para a biblioteca.

- A minha tia vive dizendo que aqui tem livros incríveis e que ela deixou alguns deles cheios de anotações para outras pessoas, quero muito achar um livro que foi lido por ela. - diz Helena, em seguida acrescenta em um tom mais baixo, como se estivesse contando um segredo - Tudo bem que eu demoro um monte para conseguir ler um livro, mas isso é o de menos.

- E pelo o que você diz da sua tia ela lê muitos livros, arrisco a dizer que ela já leu os livros da biblioteca inteira! - Leo diz rindo e ela o acompanha.

- Eu falo tanto dela assim? - ela pergunta e ele faz uma expressão negativa.

- Até que não, mas tudo que você fala é significativo, então é uma informação fácil de guardar. - ele diz, em seguida suspira - Acho muito legal a relação deles de transformarem uma amizade em família, espero que nós sejamos assim como eles.

- Eu também. - diz Helena olhando para ele, o mesmo sorri.

- Seus olhos ficam um pouco azuis as vezes, sabia? - ele diz e Helena franze a testa rindo.

- Sério? Que estranho. - ela diz, sorrindo - Talvez seja a luz, ou talvez você esteja ficando louco.

- Acho a segunda opção mais provável. - ele diz abrindo a porta da biblioteca para ela.

 A grande biblioteca estava vazia, nem mesmo a bibliotecária estava lá. Helena foi em direção a prateleira de livros não didáticos, enquanto Leo revirava os livros didáticos, porém que não são de cunho escolar.

- Você ainda não me disse o que você está procurando. - ela diz, a sua voz ecoou pela biblioteca.

- É que você fala tanto que não me dá espaço para falar. - ele responde e em seguida ri.

- Que idiota! - ela diz, também rindo, enquanto folheava um livro - Vai, me responde.

- Estou procurando um livro sobre varinhas, um específico, que meu avô escreveu e vendeu para escola. - ele explica e Helena sorri, pegando um dos livros e indo até o balcão.

- Que legal, quer ajuda? - ela pergunta, fez um curto tempo de silêncio e ele reapareceu, com um livro verde folha na mão.

- Ele também fala sobre o fenômeno das varinhas raras da sua família. - ele diz e ela sorri.

- Você lê e depois me conta tudo com detalhes. - ela pede e ele assente, piscando para ela.

- Combinado. 

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