Os dias estavam mais silenciosos do que de costume, Carlos já não conversava mais tanto quanto antes, Isis tinha as tardes ocupadas tentando resgatar a sua memória com Bryan e retomando os estudos e mesmo as que ficavam no quarto não tinham animação para conversar, as vezes, individualmente, todos fugiam em sua forma animaga para poder perambular pela floresta e pensar um pouco.

- Espero que depois das férias tudo volte ao normal! - confessa Laís - A diretora me deu permissão para passar na casa dos Carson para visitar a família de Alicia, vou aproveitar para ir na casa dos Damasio também, nunca fui ao túmulo de Bernardo desde então.

- Nem acredito que Helen está indo embora, acho que só vou ver ela de novo depois que me formar ou, talvez, nas férias de inverno. - diz Diana choramingando.

- Depois disso vocês casam e ficam juntas até enjoar da cara uma da outra. - diz Emily piscando para Diana.

- Vou fazer isso mesmo! - concorda Diana, chateada com o tom de ironia, fechando a sua mala.

 Eles se arrumaram mais cedo para poderem fugir para fora do castelo antes que a bagunça começasse, os sete se sentaram na escadaria da escola, admirando o rio.

- Dá pra acreditar que ano que vem é o nosso último ano? - pergunta Laís, Nicolas estende a mão para apertar a dela.

- Tudo está acabando. - diz Ravi - Nem parece que a primeira vez que entramos aqui tínhamos onze anos, parece que estamos aqui desde sempre!

- Eu não quero ir embora, vou vir aqui e morar na caverna para sempre! - Emily diz solenemente.

- Será se algum dia nós vamos voltar? Vai ser tão estranho caminhar por esses corredores sem ser um aluno. - Diana diz, Laís abaixa a cabeça, triste.

- Eu vou morrer de saudades. - confessa Laís - Mas tudo que é bom um dia acaba, mas nós podemos recomeçar de novo.

- Espero que seja ainda melhor! - torce Isis - Pelo ao menos eu vou me lembrar do que vai vir daqui pra frente.

- Suas piadas de esquecimento já saturaram Isis. - diz Carlos e os demais riem.

- É a única coisa que eu sei que aconteceu. - ela diz dando de ombros e ele sorri.

- Acho que vão abrir o fervedouro, nós vamos ou não? - pergunta Carlos se levantando, todos o seguem atravessando a ponte dourada e indo em direção ao fervedouro.