1° ano - XV
Os alunos entraram desconfiados na sala da diretora, com a sua varinha ela fez mais cadeiras aparecerem a sua frente e fez um gesto para que eles se sentassem.
Ela tinha em sua mão uma taça de vidro com uma bebida amarelada e pegajosa, apesar de não ter uma aparência muito boa, Akira sorria a cada gole.
- Vocês devem estar se perguntando porque eu os chamei aqui novamente. - diz a diretora, deixando a sua taça de lado e apoiando o queixo com as mãos - Eu estava pensando sobre o assunto e resolvi que vocês devem ter aulas particulares comigo devido a raridade mágica de vocês...
- Por causa das nossas varinhas raras. - deduz Isis, a diretora assente.
- Sim Isis, mas as varinhas escolhem os bruxos, tem algo diferente em cada um de vocês que vocês precisam aprender a controlar. - conclui a diretora - Marcarei essa aula todas as sextas, após o último horário, na sala próxima ao lado.
A professora fitou os nove, desafiando algum a reclamar ou fazer alguma pergunta, mas todos concordaram com as ordens da diretora.
- Obrigada crianças, podem voltar para os seus afazeres.
***
Estudo dos trouxas é uma aula opcional do currículo dos estudantes de Castelo Bruxo, por ser nascida trouxa Laís escolheu não estuda-la, diferente de Bernardo, que não perde nenhuma aula.
Após deixar os seus amigos na sala de estudo dos trouxas, Laís seguiu sozinha pelos corredores, voltando para a sua comunal.
Assim que Laís vira a primeira curva do corredor dá de cara com quatro dos cinco do grupo da prima de Ravi, estava faltando apenas Beatrice, que por ser mais velha, provavelmente estava em alguma aula.
- Olha só se não é a sangue-ruim. - provoca Priscila, cruzando os braços.
Laís tentou ignora-las e passar por elas, visto que a última vez que ela reagiu não tiveram boas consequências, mas Josué impediu a sua passagem.
- Você achou mesmo que nós íamos deixar barato o que você fez com Amelia? - pergunta Josué, Laís respirou fundo, nervosa.
- Me deixa ir pra minha comunal em paz. - ela pede - Vocês não cansam?
- O que foi? Tá com medinho Illary? - pergunta Priscila, Laís ri com escarnio e aponta a varinha para ela.
- Só nos seus sonhos! - responde Laís.
- Expelliarmus! - grita Benício, a varinha voou da mão de Laís, que olhou para as mãos vazias, desconcertada, Priscila sorri orgulhosa.
- Estupefaça! - grita Priscila, antes que Laís pudesse reagir ela foi atirada para longe, sua visão se tornou escura e ela ficou imóvel.
Assim que Laís caiu no chão Nicolas apareceu, ele arregalou os olhos apavorado quando a viu no chão.
- O que vocês fizeram? - ele grita, se abaixando e puxando Laís para perto - Onde está a varinha dela?
- Nicolas, fique quieto! - ralha Priscila, Nicolas aponta a varinha para ela.
- Onde está a varinha dela? - ele pergunta pausadamente.
Priscila tinha sangue nos olhos, ela pegou a varinha e entregou para o garoto.
- Você deveria parar de andar com pessoas como ela, Nicolas. - aconselha Priscila - Você tem potencial para ser melhor do que isso.
- Priscila, dá pra você parar de falar merda? - ele diz irritado, segurando o rosto de Laís - O que você fez com ela?
- Eu não fiz nada, lixo já fica nesse estado normalmente. - ela responde, debochadamente.
Nicolas se levanta colocando a varinha na garganta de Priscila que ri.
- Ah Nicolas, você me enoja. - ela diz, encarando-o.
- Silencio. - ele sussurra, Priscila abre a boca para falar, porém nenhum som era emitido, Nicolas sorri em satisfação - Some Priscila, caso você queira que eu não conte nada para a diretora.
O rosto dela estava inteiramente vermelho, mas mesmo assim ela virou as costas e saiu do corredor junto com as suas amigas, Nicolas voltou a sua atenção para Laís, apontando a varinha para ela.
Nicolas apontou a varinha para ela e desejou que ela flutuasse, indo com ela até a enfermaria, sem se importar o que as outras pessoas estavam pensando e se estavam pensando como ele havia conjurado aquele feitiço.
Laís ficou sem reação por um tempo, após os cuidados da medibruxa, porém, após seus sentidos voltarem, Nicolas a abraçou apertado, aliviado.
- Alguém de fora vendo essa cena deve estar achando isso muito estranho. - sussurra Laís, Nicolas ri, se afastando, porém ainda fitando os seus olhos.
- Que bom que você está bem. - ele diz sorrindo, porém a sua expressão se torna séria - Você está bem?
- Eu estou bem. - Laís ri - Obrigada, Nick.
Nicolas sorri envergonhado, a medibruxa retornou, dando um pedaço de chocolate para Laís.
– Você já pode ir, se estiver se sentindo melhor. - disse a senhora, Laís sorri e Nicolas a ajuda a levantar.
- Eu fiquei com medo de não conseguir te ajudar. - Nicolas confessa, passando a mão envergonhado pelo cabelo.
- Mas você conseguiu. - ela diz, colocando a mão no ombro dele - Estamos kits agora.
Ele ri, lembrando-se do dia em que ela e as outras garotas ajudaram-no com o problema no rio, em seguida estremecendo com a lembrança da visão das Iaras.
- Vamos para a comunal. - ele diz, pegando automaticamente na mão de Laís, que ruboriza - Lá eu tenho um pouquinho mais de certeza que você estará segura.
- Você está agindo feito o meu pai! - ela exclama, acompanhando-o, ele ri.
- Não posso mais preocupar-me com a sua segurança, srta. Illary? - pergunta Nicolas, levando a mão livre ao peito, fingindo indignação.
- Claro que pode! É uma honra tê-lo como meu guarda-costas, sr. Estevao! - Laís diz.
Os dois voltaram de mãos dadas para a comunal, onde aguardaram o fim da aula para encontrarem com os outros colegas.
***
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