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Capítulo Único.



"Rapunzel, Rapunzel... Jogue suas tranças. "

Essa era uma das frases que mais ouvia nos corredores da escola.

Tudo por que minha mãe havia feito uma promessa aos santos.

A promessa era dela, mas quem tinha que pagar? Eu.

E por isso eu sempre admirei as meninas com aqueles cortes de cabelos bem curtos, super modernos e fáceis de cuidar, mas que eu sabia que não poderia aderir tão cedo. Tudo por causa de uma coisa que não era minha.

No começo eu até gostava, achava que era especial por estar fazendo isso, de deixar o cabelo crescer, nunca mexer nele – cortar, pintar, alisar, modelar... – deixa-lo tão virgem quanto eu era... Tenho quase certeza que perderei a virgindade antes mesmo que o meu cabelo (Cômico, para não dizer Trágico).

Mas chega uma fase na vida da mulher que ela quer mais. Quer mudar seu estilo, mudar a cor, o tamanho, o corte, tudo. E foi nessa fase que entendi que não era especial coisa nenhuma, que não passava de uma cumpridora de promessa dos outros, (minha mãe, no caso). Não pense você que não me rebelei contra minha mãe, longe disso. Eu era a "Rapunzel Rebelde". Mudei meu guarda roupa inteiro, meus acessórios (maquiagem, brincos, colares, anéis...), meu quarto, enfim, tudo o que podia e o que não deveria, menos, é claro, meus cabelos.

Era até engraçado minha atual situação. Eu era conhecia como a "Branca de Neve Loira", minha pele era branca como a neve, com roupas estilo princesinha.

Mas agora minhas roupas eram todas escuras, largas, rasgadas, a maquiagem se resumia no preto, tinha braceletes com espinho, até coleira de espinho eu tinha, com brincos e piercing pelo corpo, bem estilo "Rebelde". É eu sei.

E adivinhem quando poderei ter livre arbítrio sobre meus cabelos? Não sabem? Pois é, também não faço ideia.

E vocês pensam que minha mãe liga para o que faço ou não?

Não, ela não liga, desde que "Não toque nos seus cabelos". Ela diz que já esperava por isso, aliás, ela estava esperando uma rebeldia de verdade – drogas, sexo e blábláblá. – Já que isso que eu fiz comigo não era considerado rebeldia. Não para a "Rainha da Rebeldia".

Minha vó contou que minha mãe já aderiu a vida hippie, a do rock, até o clássico passou por ela.

Devem estar se perguntando por que não corto e pronto, já que é o meu corpo, meu cabelo, minha vida.

Simples. Não tenho coragem. Não é bem a falta de coragem. Acho que pode ser a criação dentro da igreja, a noção que tenho da importância de uma promessa (mesmo não tendo sido feita por mim), ou o medo de ser "deserdada" pela minha família. Sei que nos dias de hoje isso é até meio sem noção, ou até clichê. Mas eu prezo minha família, o amor que temos, a nossa união, não me imagino sem eles ao meu lado. É, está aí a rebeldia em pessoa.

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Nas festas a fantasia que tinha, as pessoas da escola pediam minhas roupas. Motivo? Usar a fantasia da "Rapunzel Rebelde". Irônico, sarcástico, bullying... pode usar o nome que quiser. Eu nem ligo mais. Como disse minha mãe, já esperava por isso.

Na escola, os diferentes sempre sofriam. Ou você ficava igual a eles, ou virava alvo das chacotas. E o que seria mais diferente do que ser a pagadora de promessas?

Mas tinham momentos que eu sabia que o motivo da zoação quando vinham das garotas eram mais inveja do que qualquer coisa, pois eu tenho sorte do meu cabelo ser bom, forte e com um brilho natural. Ao contrário da maioria que precisava passar horas em salão para alisar, hidratar, pintar ou qualquer outra coisa. O que precisasse fazer com os meus, minha mãe sempre fazia. Disso eu não podia reclamar. Ela fez cursos para aprender e não deixar mais ninguém tocar neles, já que quando ela me levava, sempre queriam inovar, mesmo ela deixando claro que não era para mexer em nenhum centímetro sequer, somente fazer o que foi pedido.

Eu não fazia muita questão de fazer amizades na escola pois sabia que em geral, todos zombavam. Menos uma pessoa. Tom Ryder.

Talvez seja pelo fato dele também ser motivo da zoação... Ele conta que sempre pegaram no pé dele por não ser popular, por não querer ser na verdade, já que se quisesse, ele seria. Mas de uns tempos para cá, ele começou a ser chamado de "Príncipe Encantado".

Mas não por causa da sua beleza, o que não deixaria de ser um motivo óbvio, já ele parecia mesmo esses príncipes da Disney, mas por minha causa. Rapunzel, lembram? E naquela animação "Enrolados", lembram o nome do protagonista? Flynn Rider.

É, pois é... Coincidência? Não acreditamos muito nessas coisas. E foi a partir daí que começamos a ficar amigos. Estávamos sempre juntos, seja no intervalo entre uma aula e outra – já que tínhamos a maioria delas juntos – ou no recreio. Eu me sentia incomodada no começo, imagina começarem a deixar bilhetes endereçados a nós como se fossem escritos de um para o outro, ou colocarem músicas melosas ou pior, simularem gemidos e agarração sempre que estávamos no mesmo lugar. Mas parei de dar tanta atenção depois que vi ele rindo da situação, e ele me fez ver que quanto mais demonstrava estar incomodada mais atenção eles davam a isso tudo.


Um dia qualquer, perguntei para ele o motivo de não ter ligado muito para essa zoação gratuita que sofríamos, e ele me disse que prefere estar relacionado a uma animação da Disney com uma outra protagonista do que com o Harry Potter...

No primeiro instante eu fiquei assim como vocês, sem entender nada. Mas depois eu liguei o nome à pessoa e lembrei que no segundo livro/filme da franquia existia o diário que pertencia a "Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado", Tom Riddle.

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Hoje era o baile de formatura e também o ultimo dia que estaríamos todos juntos. Depois disso, cada um iria para um lado. E em pensar que sentiria saudades de tudo aquilo...

Eu tinha acabado de sair do banheiro, depois de um banho relaxante quando encontrei um caixa em cima da minha cama. Fui até lá e vi um bilhete endereçado a mim, e ao abri-lo senti lágrimas descendo pelo meu rosto.

"Minha querida,

Este é um singelo presente para este dia tão importante na vida de uma adolescente.

Sei que seus dias não foram fáceis por conta de algo que não deverias carregar, mas que fizeste com amor, amor pela sua família.

Peço desculpas por ter colocado este fardo em cima de você sem ao menos ter dado o benefício da escolha. E agradeço a Deus pela filha que ele me deu. Não poderia ter escolhido filha melhor, não poderia estar mais feliz.

Aproveite ao máximo "Cinderela".

Sorrio com a menção de outra princesa, e o fato de ter que voltar para casa no mesmo horário que a Cinderela.

Termino de me arrumar e ouço conversas vindo da sala. Respirando fundo saio do quarto naquela direção, e ao aparecer vejo minha família extasiada. Tom estava usando um smoking branco que em qualquer outro teria ficado estranho, mas que nele ficou incrível e uma flor azul no bolso combinando com meu vestido, e pelo seu sorriso, ele sabia qual seria a cor muito antes de mim. Minha mãe vem em minha direção se segurando para não chorar. Antes de sair, tivemos que passar pela sessão de fotos – minha entrada, nosso encontro, poses, sorrisos, olhares, ...

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Já no baile, todos ficaram encantados com o casal, no caso nós, e nos divertimos muito mais do que esperava, seja dançando ou conversando. E para não perder o costume, fomos agraciados com a zoação do "casal Disney", mas desta vez não como Rapunzel e Flynn, mas como Cinderela e seu Príncipe. Por que? Acho que pelo fato da nossa vestimenta.

O que não esperavam, muito menos eu, foi o beijo de cinema que me pegou desprevenida. Em meio a brincadeiras e risadas, nossos olhos se encontraram e sem perceber estávamos tão próximos que eu conseguia sentir sua respiração em minha pele. Eu conseguia distinguir todas suas manias, costumes e olhares, mas não naquele momento. Tom estava me olhando de uma forma intensa, e eu conseguia ver um brilho a mais onde antes não existia. Nosso sorriso foi se extinguindo e senti que a distância entre nós estava diminuindo a cada segundo.

E a única coisa que lembro depois disso foi de sentir seus lábios macios nos meus em um beijo calmo. Sensações nunca antes sentidas começaram a nascer e não conseguia mais lembrar onde estava. Paramos quando precisávamos respirar e assim consegui ouvir o barulho que estava ao nosso redor. Todos estavam fazendo festa.

No começo fiquei sem graça e envergonhada com o fuzuê que fizeram depois do nosso beijo, mas fui me soltando depois de ver a naturalidade do Tom com tudo isso. Eu sentiria saudades disso tudo, da escola, das risadas, da zoação que depois de um tempo deixou de ser maliciosa, - com o passar dos anos fomos amadurecendo, mas como dizem "o show tem que continuar", - e não seria mais a mesma coisa se parassem do nada.

Mas tinha uma coisa que eu sabia que não precisaria sentir saudades, pois eu sabia que estaria ao meu lado, muito mais do que antes. Do meu primeiro amigo e agora primeiro namorado: Tom, meu "príncipe encantado".

Ah, e antes que eu me esqueça. Adivinhem?

Cortei o cabelo!

Depois da festa e formatura e de ter finalmente terminado o colégio, minha mãe me chamou para uma conversa e me explicou o motivo da promessa, e ao contrário do que imaginei, tinha sim haver comigo. Ela havia descoberto um tumor e com os remédios que teria de tomar, poderia não ter a chance de engravidar, e quando descobriu que já estava grávida, poderia sofrer um aborto ou até mesmo perder a própria vida. E os meus cabelos eram apenas uma das promessas.

Ela tinha prometido ao meu pai que me contaria somente quando acabasse a promessa, o que aconteceria depois do baile de formatura.

Depois do que minha mãe contou, minha vontade aumentou ainda mais e doei meus cabelos para uma instituição de câncer. Fiquei triste e me senti culpada por um tempo, pois eu queria tanto acabar com essa promessa que não pensei em nada e nem em ninguém, e nunca parei para pensar que poderia usar esta promessa que minha mãe fez para o bem, doando para aqueles que não poderiam ter.

FIM

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