4
— Vamos para a minha casa, até você conseguir juntar o dinheiro para alugar uma. Eu só não tenho comida, conforme eu avisei pelo cristal ontem. — ele puxa uma esfera negra do tamanho da palma da sua mão do bolso e balança, mostrando-a.
— Não se preocupe, eu trouxe pão para nós por uma semana e um pouco de carne de peixe defumada.
Eles pegam todas as bolsas e vão em direção a uma placa enorme de madeira que diz; Vila dos Mineiros. Depois seguem entrando no vilarejo. Algumas crianças que brincavam próximo dali, não gostaram do jeito antissocial de Ramikan, que em momento algum parou de ler desde que chegou. Os garotos o olham de cara feia, o tempo todo cochichando e apontando.
— Ramikan. — diz o Luan. — Vai brincar garoto.
— Estou lendo tio, depois eu vou.
— Filho, que livro é esse que a sua amiga Yasmin deu para você? — ela pega da mão dele. — Isso deve ser uma copia do Livro das Sombras do pai dela. Galddir foi um grande bruxo.
— Meu sobrinho, magia é coisa de gente rica. Nós que somos pobres não temos tempo para praticar, é melhor ir aprendendo uma profissão para ajudar a sua mãe em casa.
— Claro, o que eu puder aprender eu irei sim. Mas sempre vou arrumar um tempo para praticar magia, é o que eu mais gosto de fazer.
— Nós chegamos. As casas daqui são muito pequenas, mas ainda é melhor do que ficar na rua. — todas as casas do vilarejo são iguais, são parecidas com uma redoma e são feitas de areia derretida, com um revestimento branco.
— Meu filho, a mamãe vai ter que ir conhecer o chefe da mina, e com certeza hoje ele vai me testar o dia todo para ver se eu aguento o trabalho. Eu gostaria muito que você fosse brincar com as crianças, fazer amizades, conversar um pouco e depois você termina de ler o seu livro.
— Está bem mãe, eu vou. — ele guarda o livro dentro de uma das bolsas e sai.
— Ramikan, quando voltar para casa a copia da chave estará aqui, não esqueça. — Luan, mostra-lhe o jarro de barro cheio de cogumelos enormes.
— Ok tio. Tchau mãe.
— Tchau meu filho, divirta-se e fique longe de confusão. Qualquer coisa que acontecer venha para casa na mesma hora.
— Minha mãe nunca conseguiu compreender que eu não sou uma pessoa comum, existe algo de diferente em mim. As coisas que as crianças fazem, eu não gosto de fazer e o pior,
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro