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Calmaria



Apenas uma semana longe da nova expedição, o meu time estava mais empenhado do que nunca. Treinávamos sempre que possível simulando situações reais que poderiam acontecer, mais uma vez iriamos usar a formação de Erwin o que significava que teríamos inúmeros esquadrões separados. Não havia maneira de acompanhar todos eles, portanto fomos separados nos grupos mais importantes.

Cada membro estaria sozinho e cuidando de um esquadrão inteiro, era uma responsabilidade tremenda.

Conforme andávamos pelos corredores e encontrávamos outros soldados, sabíamos que de alguma forma eles contavam conosco para evitar que alguma tragédia pudesse acontecer e era uma pressão absolutamente esmagadora.

No treino girei o meu pescoço tentando me livrar da tensão acumulada ali, assim que Dante e Greta voltaram para o ponto de partida bati duas palmas chamando a atenção do grupo.

— Não preciso de muito para saber o que se passa na cabeça de vocês, até porque os meus pensamentos não estão tão diferentes. — troquei o peso de perna e continuei — Estar sozinho, com mais vidas do que podemos contar dependendo de nós, atuando numa nova função pela primeira vez. É assustador, não tem como não ser.

Os integrantes estavam alinhados numa formação de meia-lua, escutando com atenção as palavras que tinha para lhes dizer.

— Porém digo o seguinte, eu confio em vocês. Todos vocês. — fiz questão de olhar nos olhos de cada um, inclusive Vance que ainda não falava comigo direito — Quem está no comando sabe ser a primeira vez. Um soldado não vai para expedição pronto para morrer, todos eles precisam lutar por suas próprias vidas em primeiro lugar.

— Não somos salvadores, não vamos impedir mortes de acontecer. Nosso papel é evitar a perda de soldados por falhas, de equipamento ou humanas.

Mais uma vez o silêncio.

— Tirem a tarde de folga, descansem, durmam faça o que quiserem — disse por fim — Vamos nos encontrar amanhã de manhã com Erwin para saber quais esquadrões fomos designados. A próxima semana acompanharemos cada equipe para nos familiarizarmos.

— Não teremos mais treino? — Renee questionou levantando a mão.

— Decidiremos após ver as escalas, todos acham necessário esses encontros continuarem?

Todos votaram sendo decidido que gostariam de manter os encontros — Vou alinhar e aviso vocês, estão dispensados.

O esquadrão então se dissipou sem dar outra palavra, cada um seguindo um caminho comentando o que fariam naquela tarde de tempo livre. Sorri e acompanhei até que suas costas sumissem para dentro do quartel, daria algum tempo sozinha para mim também.

Meus pés sabiam o caminho antes mesmo de precisar raciocinar. Atrás do quartel depois de uma fileira de árvores havia uma pequena campina onde passava os dias de ócio com Raika, conversando bobagens. Minha amiga havia plantado flores por ali e dizia sempre ser algo como seu jardim secreto.

Ainda que minha amiga não estivesse ali para manter os cuidados as flores cresceram forte, a grama verde e fofa. Raios de sol caiam diretamente sobre o local iluminando o que parecia um cenário fictício, havia uma única árvore ali. Baixa de galhos retorcidos e folhas arredondadas, na base de suas raízes distorcidas havia uma pedra grande que Arlo fizera questão de arrumar.

Com o túmulo de Raika era longe não podíamos visitar sempre, aquele local foi o jeito que achamos para a manter perto.

Tirei o equipamento me livrando das tiras de couro, ajustei o capuz na cabeça e me deitei no chão com a nuca numa raiz alta vendo o céu azul colorir os espaços entre os ramos marrons e verdes. Uma brisa quente soprou e foi como se levasse todas as preocupações que tinha junto dela.

Não sei quanto tempo se passou quando ouvi passos se aproximando, não precisava de uma confirmação visual para saber ser Arlo. Até porque ele já se aproximou reclamando.

— Perdi o meu lugar favorito, droga. Você não devia estar treinando?

— Dei folga pro meu time.

Respirei fundo e cruzei as pernas, poucos segundos depois senti um peso na minha barriga e quando olhei para baixo o homem parecia mais do que confortável em me fazer de travesseiro. Revirei os olhos e voltei a olhar pra cima.

— Acha que Levi vai me espancar também se nos vir assim? — questionou em voz alta — Na verdade, ele devia, não estou muito a fim de ir à próxima expedição mesmo.

— Se quiser uma passagem pro hospital eu mesma posso te enviar — rebati. Arlo riu e suspirou alto.

— Quem diria... No fim você arrumou um namorado e eu continuo solteiro, isso é algo inimaginável.

— Você não estava saindo com aquela garota da enfermaria?

— Ela queria me levar para conhecer os pais dela, mas não senti que nossa relação ia tão para frente. Preferi acabar.

Arlo não era feio, pelo contrário, nos corredores era um conhecimento comum que ele tinha um punhado de admiradoras na tropa e fora dela também. Contudo, seu coração vivia em um estado complicado.

— Ainda gosta da Raika?

Ouvi um suspiro profundo — Gostar talvez seja uma palavra muito forte, mas ela era diferente. Não consigo parar de procurar semelhanças entre aquela baixinha e outras garotas.

Depois que ela faleceu meu amigo me contou o sentimento que nutria em segredo, nunca pensou que a perderia então também não se preocupou em falar para a eterna romancista as lamúrias de seu coração. No fim, a história deles acabou antes mesmo de começar deixando para trás páginas em branco repletas de incertezas.

— Às vezes me pergunto o que poderia ter acontecido se eu falasse — comentou e riu em seguida — Geralmente esses pensamentos acabam com Rai gritando ser mentira e tacando algum livro de capa dura em mim.

A cena que minha mente pintou me fez rir junto dele — Provavelmente seria assim mesmo, você sempre a irritava por conta disso, mas acredito que depois ela ficaria vermelha e pediria para você provar ser verdade.

— Ainda tem dúvidas? — Arlo girou a cabeça para me olhar nos olhos — No fim seria um dos melhores dias da minha vida, mas nunca existiu. Não quero me prender a algo que nunca existiu só que não consigo parar de pensar em como teria sido.

— Caótico — respondi — No mínimo. Ela era esperta, talvez soubesse no fundo.

O que recebi em resposta foi um resmungo, e assim o assunto finalizou e ficamos apenas aproveitando a companhia um do outro fazendo absolutamente nada. Olhando o sol brilhando no céu azul sendo acariciados pelo vento morno que soprava preguiçoso.

— [Nome]. — subitamente Arlo me chamou.

— O que é?

Ele deu uma pausa antes de continuar — Sua barriga está roncando.

Imediatamente a minha mão em punho acertou seu peito com força, ele se virou rindo enquanto se protegia dos meus ataques — Vou falar pro Levi que está pulando refeições de novo.

— Claro porque agora ele é seu melhor amigo não é? Panaca. — bati em suas costas — E eu não estou pulando refeições ainda é horário de almoço, inclusive acho que podemos voltar imediatamente.

Havia um brilho zombeteiro em seu olhar quando se levantou — Ou isso, ou está com medo dele realmente te achar e enfiar um pedaço de frango na sua boca.

— Honestamente eu não sei porquê conto as coisas para você. — o empurrei pro lado e me levantei pegando o equipamento na mão — Francamente Arlo.

— Sou seu melhor amigo, simples assim.

O empurrei com o pé antes de andar de volta para o quartel, claro que com uma série de piadinhas me seguindo durante todo o percurso. Deixamos o equipamento no seu devido lugar e seguimos para o refeitório.

Claro que Levi estava justamente caminho, encostado contra a parede de braços cruzados cabeça baixa e olhos sérios, aparentemente esperando algo, ou alguém. Quando nos viu passando pelo arco se afastou e esperou que nos aproximássemos.

— Onde estava? Seu esquadrão já passou por aqui há muito tempo.

— Tentando assassinar Arlo, ele deu sorte dessa vez. — respondi lançando um olhar afiado ao meu amigo.

— Ela pulou o almoço, então estava sem força para conseguir. — o homem abriu um sorriso vitorioso e pela sensação que senti na minha nuca, alguém não estava contente com aquela informação.

Virei lentamente para ter os olhos afiados de Levi me encarando e antes que ele pudesse falar qualquer coisa expliquei. — É mentira, terminamos o treino cedo acabei cochilando na campina e agora estou aqui para me alimentar apropriadamente. Arlo está só sendo um pé no saco como sempre.

— Obrigado — ele bagunçou meus cabelos e entrou no refeitório rindo.

— Posso matar ele? — questionei em voz alta levantando a mão e arrumando os fios desalinhados.

— Acabaria se arrependendo — me respondeu. Levi ergueu a mão segurando uma mecha de cabelo que havia escapado entre o dedo indicador e o polegar o levando para trás onde era seu lugar.

— Talvez depois de alguns dias.

Ele não voltou a me responder, mas deu um sorriso fraco com a minha resposta. Em seguida apenas segurou na tira do uniforme e me puxou em direção a uma mesa.

Sabia que era seu modo de se preocupar, já que ele mesmo não era tão experiente com a questão de sentimentos, ter certeza que fisicamente eu estava saudável era o ápice da sua demostração de carinho.

Para mim era mais que o suficiente.








N/a: Obrigada por ler até aqui!

Eu participei de um podcast na última quinta-feira comentando um pouco sobre fanfics se vocês quiserem ver é esse aqui :) (eu vou colocar em todas as fanfics então me desculpem se já viram kakaka)

https://youtu.be/qXAyvZxviDY

Até a próxima, Xx!

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