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Capítulo 48.2

Mio Raggio de Luce? — A voz distante vem acompanhada de toques suaves no meus rosto.

Abro os olhos, sorrindo ao sentir mais beijos de Matteo por todo meu rosto.

— Boa noite, amore mio.

— Noite? — Olho para a janela tentando olhar o céu, mas a cortina está fechada.

— Já são 19:00 horas. Vim te acordar para não nos atrasarmos.

— Não se atrasar para o quê?

— Surpresa — beija rapidamente meus lábios e sai, ignorando completamente meus protestos.

Suspiro e saio da cama, pensando rapidamente em todas as roupas que trouxe.

— Ele nem me disse que tipo de roupa vest... — minhas palavras morrem.

Em um dos cabides do closet tem um lindo vestido amarelo ouro pendurado. Ele é de alças finas, o decote é daquele moderno que parece que tem pano sobrando e fica caído de um jeito sexy.

— Acho que nunca toquei em um cetim tão macio — murmuro, acariciando o tecido.

Ao lado do vestido, em um pufe, tem um par de sandálias de salto douradas lindíssimas. Não sou muito adepta a sandálias de salto, por motivos óbvios, mas tenho algumas e sei usar. Ao lado do sapato tem uma pequena clucht dourada e levemente brilhosa.

Para onde será que Matteo vai me levar?

Tomo um banho rápido e no banheiro mesmo faço uma maquiagem leve. Fiz um curso de maquiagem no penúltimo verão antes da faculdade — por livre e espontânea pressão de Taylor — e descobri que não tenho a menor paciência para ficar horas e horas rebocando minha cara, portanto sempre acabo optando por um gloss rosinha e um rímel transparente. Mas hoje quero ficar perfeita, se Matteo escolheu aquele vestido quer dizer que a coisa vai ser alto nível, então vale a pena me pintar um pouquinho.

Opto por uma maquiagem suave, esfumando os olhos com um marrom suave e um pouco de dourado. Passo um blush suave nas bochechas e pinto meus lábios com o batom vermelho que havia comprado para enlouquecer Matteo.

Com o rosto pronto, o próximo passo é arrumar os cabelos. Uso um babyliss para deixar as ondas naturais ainda mais em evidência e divido no meio.

Coloco o vestido e os saltos, ficando impressionada com o que vejo no espelho. O cetim abraça minhas curvas suavemente, destacando cada uma delas. O vestido chega até metade da minha canela, possui uma fenda que vem até metade da coxa e com certeza vai expor muito minha perna direita quando eu estiver andando. O decote discreto destaca minhas laranjinhas, me fazendo sentir mais sexy do que em toda vida. As sandálias são o toque final, deixando meu micro bumbum empinado e até engana, dando a entender que tenho bunda.

Suspiro.

Eu tenho uma ótima autoestima e me acho muito bonita, mas hoje estou... Uau!

Super uau!

Coloco meu celular dentro da clucht dourada junto com o batom vermelho, penduro a corrente dourada no meu ombro e saio a procura do meu namorado.

Ele está na sala, as costas apoiada na grande parede de vidro, a mão esquerda dentro do bolso da calça preta e a direita deslizando pela tela do celular, onde os olhos estão fixos.

Ergue a cabeça percebendo minha aproximação. E seu olhar...

Caramba, seu olhar me faz sentir a mulher mais linda do planeta. Os olhos azuis descem do meu rosto até os pés, sobem de volta para o rosto e repetem o processo algumas vezes. Parece que seu cérebro deu uma travada.

— Matt?

Uau... — é o que sai da sua boca. — Você está... Uau! — Se aproxima, ainda me escaneado de cima abaixo. — Eu sabia que você ficaria linda, mas Uau! Sério, você está... — para um pouco, parecendo procurar a melhor palavra.

— Uau?! — Completo risonha.

— Sim, Uau! — Dou uma risadinha, colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha. — Desculpa, mas parece não existir palavra no mundo que descreva a perfeição que você está nesse momento.

Segura minha mão e me faz dar um pequeno giro.

Uau! — Repete, me arrancando uma risada muito sincera.

— Agora é minha vez de te olhar — dou três passos cuidados para trás, analisando-o da cabeça aos pés como fez comigo e... Uau!

Matteo de terno é gostoso, Matteo de roupa informal é gostoso, Matteo de pijama é gostoso... Mas Matteo com um smoking completo está uma visão transcendental.

— Tem certeza absoluta que não fugiu do Olimpo?

— Tenho. Mas acho que você fugiu né, porque está a personificação de uma deusa grega. Afrodite com certeza teria inveja de você.

Sorrio meio envergonhada, mas ao mesmo tempo envaidecida pelo seu olhar tão intenso e desejoso.

— Parece que você reaprendeu como se forma frases — brinco.

Ele sorri, levemente envergonhado.

— Não é minha culpa se sua beleza deu pane no meu cérebro — estende o braço direito para mim. — Vamos?

Olho em volta.

— Mas e os gêmeos?

— Estão com as babás.

— COM QUEM? — Praticamente grito.

Matteo ergue as sobrancelhas, surpreso com minha reação.

— Como assim, estão com as babás?

— Por que você está me olhando como se eu tivesse te traído?

— Porque você deixou meus filhos sob a tutela de estranhas.

Ele segura meus ombros.

— Isso é ciúmes ou cuidado?

— Cuidado, óbvio — respondo rápido demais.

Ele ri.

— Você está com ciúme porque eles estão com outras babás?

Desvio os olhos.

— Não.

Ri ainda mais alto.

— Como você quer se demitir se fica com ciúmes de outras babás?

— Não é ciúmes, é cuidado — tiro suas mãos de mim, irritada.

— Okay, mamãe leoa, relaxe que seus filhotinhos estão muito bem cuidados, as babás são de minha confiança. Acha que eu deixaria meus filhos com qualquer pessoa?

Cruzo os braços com uma criança birrenta e o babaca ri.

Amore mio, eles não vão te amar menos só porque ficaram com outras babás essa noite. Você é a mãe deles agora e nenhuma outra pessoa vai ocupar esse espaço. Entendeu?

Suspiro, sabendo que ele tem razão.

— Só pra constar, isso é a TPM mexendo com minha cabeça, eu não sou uma pessoa ciumenta.

Ele não fala nada, apenas ri e me oferece novamente o braço. Dessa vez seguro e saímos em direção ao elevador. Entramos e fico de costas para as portas, apreciando nossa imagem no espelho.

— Somos um casal muito bonito.

— Somos — concorda.

— Topa tirar a foto clichê no espelho do elevador?

— Com você eu topo tudo.

Tiro o celular da clucht e nos posicionamos. Me apoio um pouco no seu peito e sorrio, tirando a primeira foto.

— Matt, você fica gostoso sério, mas pode sorrir por favor?

Assente e tiro uma novamente, dessa vez ele sorri, a primeira fica um pouco borrada mas a segunda fica ótima. Tiro mais uma quando ele beija meu pescoço.

— Nós somos um casalzão né — comento, babando nas fotos.

— Somos.

Sorrio, me inclinado levemente para o lado e roubando um beijo seu. Os saltos me deixaram dez centímetros mais alta e estou praticamente da altura de Matteo.

O elevador é privativo da cobertura e apenas os moradores dos dois apartamentos de lá tem acesso, por isso chegamos ao térreo sem paradas.

— Contratei um motorista particular para essa noite — explica conforme nos aproximamos de um carro preto.

Um rapaz simpático, na casa dos vinte e poucos anos, sorri para nós e abre a porta traseira. Agradeço e entro, sendo seguida por Matteo. Uns 30 minutos depois Matt pergunta se pode me vendar, estranho um pouco, mas aceito. Ele retira do bolso interno do terno uma venda de seda da mesma cor do vestido.

— Agora estou ainda mais curiosa. Não vai mesmo me dizer o que pretende? Não arrumou quarto vermelho da dor né? — Olho para a venda. — Ou quarto amarelo.

— Você bem que gostaria.

Mordo a boca, sorrindo.

— Você é uma safada, Genebra.

— Acostume-se com isso, Di Rienzo.

Sorri e me pede para virar, amarrando a venda bem firme.

— Está muito apertado?

— Não.

— Okay.

Uns dez minutos depois descemos do carro, ele informa para o motorista que ligará quando estivermos saindo e começa a me guiar.

Solto um gritinho quando tropeço em alguma coisa, mas ele segura ainda mais firme meu braço e minha cintura.

— Calma, Amore Mio, estou te segurando.

Andamos mais um pouco e ele para.

— Fica aqui por favor. Não se mexa nem tire a venda.

— Tá.

Tira as mãos de mim devagar, então ouço seus passos se afastando. Consigo escutar sua voz falando algo com alguém, mas não entendo sobre o que falam. Poucos minutos depois ele retorna.

— Vamos? — Começa a me guiar e logo paramos novamente, mas ele não se afasta dessa vez.

Ouço um apito que parece de elevador e voltamos a andar.

— Estamos em um elevador? — Pergunto, sentindo a pequena pressão da subida.

— Estamos.

Suspiro, tentando adivinhar para onde ele está me levando.

Alguns minutos depois saímos do elevador e caminhamos um pouco antes de parar novamente. Segundos depois ouço mais um apito antes de entramos em um segundo elevador. Isso me deixa intrigada e penso rápido, arregalando os olhos escondidos pela faixa.

— Estamos no Empire?

Seu silêncio prolongado é resposta suficiente.

— Você disse que não me traria aqui hoje.

— Eu disse que não traria depois do almoço. Não falei nada sobre jantar.

Seu mau humor faz eu me encolher um pouco.

— Desculpa, estraguei a surpresa, não é?

Suspira, beijando a lateral da minha cabeça.

— Não, Amore mio, você não chegou nem perto de estragar a surpresa.

O elevador para e saímos. Andamos mais um pouco e ele para atrás de mim, retirando a venda devagar.

Meu queixo vai ao chão.

Estamos no observatório do 102° andar do Empire State. As luzes estão baixas e no centro do lugar tem uma mesa redonda com duas velas, o chão está coberto por pétalas de rosas e, fechando com chave de ouro, temos uma belíssima vista panorâmica da cidade de Nova York. A visão é de tirar o fôlego.

— O que achou? — Pergunta meio nervoso.

— Eu amei, Matt! Amei muito! — Me jogo em seus braços, roubando um beijo apaixonado. — Obrigado, a noite mal começou e já está sendo inesquecível.

Sorri, a satisfação brilhando nos olhos.

— Mas hoje é seu aniversário, o presente não deveria ser pra mim.

— Você é o meu presente Analice, o anjo que ressignificou essa data, então, todos os anos, pelos próximos quarenta ou cinquenta anos, vou te presentear para agradecer por ter entrado na minha vida.

— Não precisa agradecer por isso. E sua presença também foi muito importante para mim, Mi Amor.

Beijo-o de maneira casta e seguro sua mão, arrastando ele até as imensas janelas. Ele me abraça por trás, apoiando a lateral da cabeça na minha enquanto observamos a cidade.

— Foi aqui — solta do nada.

— O quê?

— Foi aqui que eu descobri que estava apaixonado por você — me viro em seus braços, surpresa. Ele sorri. — Você estava exatamente aqui com o rosto quase colado no vidro, de repente me olhou sorrindo e meu coração deu uma cambalhota. Foi naquele segundo. Naquele exato segundo, que eu percebi que estava perdidamente apaixonado. Claro que fiquei muitos meses em negação, mas eu sabia, no fundo do meu coração eu sabia, que tinha me apaixonado pela tata petulante. A garota mais irritante que já conheci.

Sorrio, os olhos cheios de lágrimas. Sem encontrar as palavras certas, aproximo minha boca da sua, iniciando um beijo lento, profundo e apaixonado. É um beijo tranquilo e carregado de amor.

— Eu te amo, Matt.

— Eu te amo mais, Analice.

Ficamos alguns minutos ali, nos braços um do outro. As testas unidas e os olhos presos um no outro. Os olhares expressando com melhor precisão as palavras que a boca não consegue encontrar.

Mas minha barriga inconveniente ronca, quebrando o momento bonito e emotivo.

— Vem, vamos comer.

Me leva até a mesa, arrasta a cadeira e se afasta, indo até um carrinho que eu não tinha visto antes. Volta com dois cloches, colocando o deles a minha frente e o outro no seu lado da mesa.

Pigarreia.

— Outro dia você me falou que tinha vontade de se conectar um pouco mais com suas origens colombianas e pensei: Por que não começar pela comida?

Meus olhos voltam a se encher de lágrimas quando remove o cloche de inox.

— São empanadas colombianas?

As empanadas colombianas são pastéis fritos recheados com carne, frango, queijo ou batata, temperados com especiarias colombianas. Eu não lembro de quando comia isso, mas no diário minha mãe conta que costumava fazer pelo menos uma vez por mês desde que tinha dois anos e meio e comíamos juntas assistindo desenho. Em uma das páginas tinha a receita escrita.

— Sim, pedi para usarem a receita da sua família — jogo a cabeça para trás e respiro fundo, tentando conter as lágrimas. — Te deixei triste?

— Não, mi amor, você me deixou imensamente feliz. Estou emocionada.

Levanto e o abraço apertado.

— Obrigado.

— Tudo por você.

O cheiro gostoso chega no meu nariz e mais uma vez meu estômago enxerido estraga o momento.

— Vem, vamos comer antes que esse monstro enfurecido comece a te devorar de dentro para fora.

Rio, enxugando as lágrimas, e sento.

Ele remove a cloche do próprio prato e deixa no carrinho antes de voltar com duas taças de suco.

— Nenhum de nós dois consome álcool, então pedi para prepararem suco.

Balança a cabeça e solto um gemido, apreciando o sabor delicioso da massa e do frango bem temperado.

— Eu esqueci qual é o preço de comer ao seu lado — resmunga.

Abro os olhos, sorrindo diante do seu olhar esfomeado — spoiler: não é fome de comida.

— Deixa de ser safado e vai comer, Do Rienzo.

Termino a empanada e pego outra, gemo novamente ao sentir agora sabor de queijo.

— Droga, Analice, isso é tortura — a voz grave e excitada arrasta uma onda de arrepios pela minha pele.

Sorrindo, continuo a comer e gemer cada vez mais alto, brincando com o perigo.

— Se essa merda não tivesse câmeras te faria gritar meu nome colada naquele vidro com toda Nova York de testemunha — praticamente rosna. — Mas acho bom se preparar, você vai sentir meu toque na sua pele a semana toda depois de hoje.

Estremeço, excitada com a promessa.

— Vai finalmente abrir mão do controle, Mi amor?

Matteo tem uma pegada bruta, a mão meio pesada, e às vezes me deixa marcada por dias. Mas eu percebo que ele ainda é muito contido, parece estar sempre se segurando. Quando questionei sobre a resposta foi: não quero te machucar.

Quando perguntei se foi por causa dos abusos, ele confirmou que sim, às vezes ele ficava tão machucado que era difícil se mover ou se sentar, na cabeça dele, se liberar toda a força do seu desejo vai acabar me machucado, e talvez seja verdade, já fiquei com os braços ou coxas marcados por dias por causa do seu agarre firme. Mas, ainda assim, tenho feito de tudo para fazer ele desassociar o sexo da dor e, para conseguir isso, preciso fazê-lo liberar seu lado mais selvagem.

O que Matteo não percebe é que algumas das marcas que ele deixa são justamente por se esforçar tanto para se conter.

E, sendo sincera? Sou mesmo uma safada e estou louca para conhecer seu “pior” lado.

— Não. Mas você vai se arrepender mesmo assim.

Levanta e vai até o carrinho, voltando com o prato principal. Se chama Pargo Rojo, é basicamente um peixe frito com um pouco de salada e arroz de coco e está delicioso. De sobremesa temos Postre de Tres Leches: Um bolo de três leites embebido em uma mistura de leite condensado, leite evaporado e creme de leite, coberto com chantilly e frutas.

— Ana, vou fazer uma ligação rapidinho — concordo, bebendo o resto do suco.

De barriga cheia, e levemente estufada, levanto e vou até o vidro, mais uma vez babando na vista belíssima da cidade de Nova York.

— Ana? — Me viro, franzindo as sobrancelhas.

— Aconteceu algo? Está sério.

Suspira.

— Por que você está nervoso?

Pigarreia.

— Porque agora vou fazer algo que desejo desde que você elogiou minha bunda e perguntou como era a vista lá do Olimpo.

Sorrio, lembrando da primeira vez que nos vimos, ele, no entanto, não retribui o sorriso.

— Analice Moon Genebra, você está demitida.

Demoro alguns segundos para processar as palavras.

— Eu o quê?

— Está demitida.

Junto as sobrancelhas.

— Que brincadeira é essa, Matt?

De alguma maneira, seu rosto fica ainda mais sério. Coloca as mãos nos bolsos e dá de ombros.

— Não é brincadeira. Apenas acho que você não se encaixa mais no papel de babá.

— É, estou te falando isso há semanas mas você se recusou a aceitar minha demissão. Pra quê? Pra você mesmo fazer isso?

— Não tem o que explicar, estou te demitido e ponto.

— Que merda é essa, Matteo? — Pergunto entre os dentes, começando a ficar irritada. Mas lembro da sua mudança nos Hamptons meses atrás e me aproximo, preocupada. — Aconteceu algumas coisa? Algo parecido com o que aconteceu no Cittanueva? Sobre o que era a ligação que você fez?

Desvia os olhos.

— Não aconteceu nada, apenas acho que você não se encaixa no papel de babá.

Respiro fundo.

Mi amor, nesse segundo estou me segurando muito para não atirar minha sandália na sua cabeça. Pode por favor me explicar que merda é essa antes que use a TPM como desculpa para furar seu olho com meu salto?

Antes que possa falar qualquer coisa, o elevador se abre e os gêmeos saem correndo.

— Não corram! — Repreendemos.

Levy para, mas Alice continua. Matteo se apressa até a filha, pegando-a no colo, pega também o filho e começa a caminhar até o elevador.

— Você vai embora?

— Não — responde simplesmente, me deixando mais irritada.

— Matt, explica alguma coisa — peço com a voz embargada.

Malditos hormônios!

Ele para, coloca os gêmeos no chão e ordena que fiquem ali. Vem até mim, segura minha mão e me leva até o centro da janela.

— Desculpa, estou fazendo  tudo errado — suspira. — Fica aqui, por favor.

Volta novamente até os filhos, se abaixa e conversa baixinho com eles. Entrega algo para Alie e sussurra algo para Levy, o bebê assente.

— Vão lá, mas sem correr.

Os dois vem até mim. Levy me chama com a mão gordinha e me abaixo, ficando na altura deles. Levy olha para o pai, que faz um sinal positivo com a cabeça. Antes que eu possa tentar entender, Alice estende a mão, mostrando um anel na palma gordinha.

— O que é isso, meu amor?

Maman — Levy chama e olha para o pai, que agora está mais próximo de nós. Matteo balança a cabeça sorrindo e Levy me olha. — Maman casa papa.

Paraliso, fitando o bebê de olhos arregalados.

— O que você disse, meu amor?

Maman casa papa.

Olho para Matteo, em choque.

Ele sorri e dá de ombros. As mãos no bolso e a postura casual quase escondem seu nervosismo.

— Eu entendi errado?

Sorri, negando com a cabeça.

— A nonna me deu esse anel na nossa primeira visita, em outubro. Sendo bem sincero, eu achei que iria guardar esse anel por muito tempo até sentir que estávamos prontos para o próximo passo. Mas dois dias depois, no batizado dos gêmeos, nós quatro ali juntos em um momento tão importante, eu percebi que estava pronto para isso. Quando voltamos para casa comecei a pensar quando e onde fazer isso. Eu pensei e planejei muito, tinha que ser perfeito. Claro que nem por um segundo desconfiei que te irritaria, mas para mim ainda parece perfeito.

Me ajuda a ficar de pé e se ajoelha a minha frente, pegando o anel da filha.

— Analice, você é uma mulher incrível, determinada e apaixonante. Entrou na minha vida no um pequeno furacão, mas em vez de bagunçar, você colocou tudo no lugar. Sem nem perceber, me apaixonei por tudo em você: seu caos; seu desastre; sua falta de filtro... — ri. — Eu nem tive chance de resistir a você, de uma hora para a outra já estava de joelhos aos seus pés, ansiando pela próxima interação, rindo apenas de lembrar de você. Eu te amo com todo o meu ser e sequer consigo imaginar minha vida sem você, por isso...

Suspira, visivelmente nervoso.

— Por isso, aqui, com a cidade de Nova York e nossos filhos de testemunha, eu te pergunto: você está pronta para se tornar minhas esposa? Porque eu estou mais do que pronto para ser seu marido. Talvez te irrite sem querer algumas vezes pelos próximos quarenta ou cinquenta anos, mas prometo me esforçar para te fazer sorrir todos os dias. Prometo tentar ser sol, quando você for chuva, prometo tentar ser luz quando tudo for escuridão,  prometo sempre te lembrar que você pode florescer mesmo em meio a dor.  Então... Analice Moon Genebra, Mio raggio de Luce, você quer casar comigo?

Fungo, não contando as lágrimas.

— Sim! ¡Dios mio! Sim. Com certeza, sim! Para sempre, sim!

Desliza o anel pelo meu dedo, beijando-o em seguida. Levanta sorrindo e enlaça minha cintura, unindo nossas bocas  O beijo é apaixonado, sedento, ardente e quase indecente.

Por um segundo até esquecido a presença dos nossos bebês.

Maman — me afasto, quando sinto um puxão na minha perna e rio.

— Oi, meu garotinho ciumento.

Pego ele nos braços e Levy pega a filha.

— Eu achei que sem eles o pedido não ficaria perfeito — Matteo explica, acariciando os cabelos da filha.

— Realmente, não seria — beijo a bochecha do meu menino. — Qualquer pedido seria especial, mas ter eles aqui torna ainda mais. Sem eles não teríamos nos encontrado, não é?!

— E eu seria o cara mais azarado do universo.

— E eu seria a garota mais azarada do universo.

Viro, voltando a olhar para a cidade. Passa o braço livre pelo meu ombro e deito minha cabeça contra a sua. Esse momento, nós dois abraçados, nossos filhos em nossos braços, é perfeito e eu gostaria muito que fosse eternizado porque me sinto a garota mais sortuda do mundo nesse momento.

— Sou o homem mais sortudo do mundo por ter encontrado você — comenta de repente.

— Sou mais sortuda do que você, porque encontrei o amor em um combo. Um combo perfeito.

Estico a minha mão, observando a linda aliança que parece uma florzinha.

— Meu Deus, eu vou casar!

Exclamo quase gritando, arrancando uma risada do meu noivo

— Sim, vai.

— E eu vou ganhar uma cunhada — Britt grita atrás de nós.

Viro surpresa, encontrando-a com uma câmera parada em frente ao elevador com Tim ao seu lado.

— O que estão fazendo aqui? Pensei que tinham ido para Los Angeles.

— Não, foi tudo parte do plano de Matteo. Ele precisa de babás para os gêmeos.

— Foram vocês? — Alívio me consome quando ela confirma, Matt percebe e ri.

— Viu, mamãe ciumenta? Seus filhotinhos não estavam com nenhuma estranha.

— Era cuidado, não ciúmes — resmungo.

— Sim, claro, perdoe o engano.

— Então, eu tirei algumas fotos do pedido, mas gostaria de tirar mais algumas para deixar registrado — ergue um pouco a câmera e concordamos.

Tiramos muitas fotos com Matt de joelhos a minha frente, fotos na mesa de jantar e fotos com os gêmeos.

Alice e Levy vão embora com os padrinhos e Matt me leva de volta para o apartamento.

— Temos a noite só para nós dois — anuncia quando entramos.

— É?


— É.
Solto um gritinho quando ele me joga na cama, agarra a barra do meu vestido e começa a rasga-lo através da fenda.

— Por que fez isso? Ele era lindo.

— Compro outro pra você depois, agora é hora de cumprir aquela promessa.


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Como prometido, aqui está a segunda parte capítulo, e teve pedido de casamento!

Eu sei que o pedido foi um pouquinho caótico e definitivamente não foi assim que imaginei, mas foi assim que Matt e Analice quiseram e, sinceramente, acho que combina com eles.

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