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Capítulo 30

— Pode brilhar, dia, o sol chegou! — Dou risada.

Alice se joga no chão engatinhando de pressa, ela ainda fica meio insegura de andar, já seu irmão praticamente corre em direção a voz da tia.

Pegos os dois nos braços, mas a bebê não gosta.

— Calma, Alie, minhas pernas são maiores que as suas, vamos chegar mais rápido lá.

Os gêmeos gritam de animação quando encontramos Brittany e Tim na sala principal. Os adultos praticamente saem no tapa para decidir quem vai pegar os bebês primeiros.

— Ei, calma vocês dois! Se não perceberam, são duas crianças. Sabem fazer conta? Cada um fica com um bebê, depois trocam.

— Eu sou a tia, tenho mais direitos.

— Eu sou o padrinho e melhor amigo do pai deles, também tenho direitos.

Reviro os olhos.

Entrego Alice para tia e Levy para o padrinho.

— Falando no meu melhor amigo, cadê ele?

Dou de ombros.

— Acho que tá no quarto. Na última vez que o vi ele estava gritando com alguém no telefone. Algo sobre bugs em uma linha de smartphones prestes a ser lançada. Nunca o vi tão bravo.

Nem tão distante.

Ele está me evitando desde que chegamos do restaurante. Nos vimos brevemente pela manhã e ele nem sequer me olhou, apenas falou para só incomodá-lo se algo grave acontecer com os filhos.

Eu sou meio doida, um tanto sem noção, mas percebi que ele realmente precisava fica sozinho para lamber suas feridas e estou respeitando isso. Por mais que esteja me mordendo de curiosidade para saber que droga aconteceu naquele restaurante para deixar seu olhar tão apavorado.

— Ele está trabalhando? — Tim bufa. — Achei que ele estava falando sério sobre as férias. Me encheu o saco com um monte de recomendações da empresa para chegar aqui e ficar trabalhando?

— Mas e as fotos dele no mar com meus sobrinhos?

— Foi antes de ontem. Ele não trabalhou todos os dias, na verdade, antes de hoje ele não trabalhou nem um dia. Sequer pegou no notebook ou no celular do trabalho.

— Não precisa fazer um relatório sobre mim, senhorita Genebra — o alvo do nosso assunto entra na sala. Postura altiva e impassível.

— Não se preocupe, senhor Di Rienzo, não fiz um relatório, apenas respondi as perguntas de uma irmã e um amigo preocupados.

É, senhoras e senhores, o deboche voltou.

Os gêmeos chamam por ele, mas seu olhar é duro, frio e indiferente. É Matteo Di Rienzo em sua pior versão.

Seja lá o que o aconteceu ontem no restaurante, trouxe de volta o pior dele. Ergueu seus muros dez vezes mais forte.

Ele passa direto por nós, deixando a filha chorosa para trás.

— Matt — Brittany chama com um tom bravo, no entanto, seguro seu braço, balançando a cabeça em negação.

— Me dá ela, Alie é apenas uma bebê, não merece passar por isso.

A menininha loira se aconchega em meus braços, com lágrimas nos olhos.

Não sei o que diabos aconteceu com Matteo, mas quero socar a cara dele por fazer minha princesinha inocente sofrer com sua rejeição.

— O que aconteceu? — Questiona aos sussurros.

Aponto com o queixo para as portas de vidro, ela tira Levy dos braços do padrinho e saímos para a área da piscina. Sentamos de frente uma para a outra em espreguiçadeiras próximas.

— Saímos para jantar em um restaurante ontem na cidade, depois do jantar ele saiu para ir ao banheiro e voltou com olhar assustado. Pagou a conta e praticamente arrastou os gêmeos e eu para fora. Depois disso ele mudou, se fechou dentro de si mesmo. Quando chegamos aqui ele se trancou no quarto sem falar nada, hoje de manhã nos esbarramos na cozinha e ele simplesmente falou que eu só deveria incomodá-lo se algo grave acontecesse com os gêmeos.

E quando perguntei se estava bem, apenas me implorou para manter distância — completo mentalmente.

Passa a mão pelo cabelo, sua frustração visível.

— Queria entender melhor meu irmão, queria poder ajudá-lo. Ele nunca te contou nada relevante?

— Não. Tudo que pude perceber na nossa convivência, foi que alguém quebrou profundamente seu irmão, Britt.

Assente, olhando para dentro da casa. Matteo parece estar discutindo com o melhor amigo.

— Eu demorei um pouco para perceber isso. Meu irmão sempre foi muito fechado, mas achei que era por ter perdido nossa mãe muito cedo e praticamente assumido minha criação, uma vez que meu pai, aparentemente, era alcoólatra. Mas, analisando bem tudo, acho que algo pior aconteceu, só não sei o que. Até tentei arrancar essa informação de Tim, porque tenho certeza que ele sabe de algo, mas aquele teimoso é extremamente leal ao meu irmão.

Coloca Levy no chão quando o bebê se contorce tentando descer e segura a mãozinha dele, impedindo que vá para longe.

— Achei que você seria a cura dele — murmura observando a briga na cozinha.

— Ninguém pode ser a cura de ninguém, Britt. Sim, nosso plano estava dando certo e ele estava mais aberto e receptivo, mas as feridas internas ainda estão sangrando e seja lá o que rolou naquele restaurante, o lembrou disso

Quando ele sai da cozinha bravo, suspiro.

— Ele parece ter feridas profundas na alma e precisa curá-las, mas não aceita isso e, infelizmente, ninguém além dele pode fazer essa escolha. Quando ele entender que traumas precisam ser curados, tudo será diferente.

Suspiro assistindo Tim ir atrás dele.

Eu queria poder fazer algo, queria poder arrasta-lo para a terapia e obriga-lo a tratar suas dores. Deus... Como eu queria colocá-lo em um potinho e protegê-lo do mundo. Queria arrancar do peito dele a dor que vi refletida em seus olhos hoje de manhã.

— Ana? Por que você tá chorando?

Passo a mão no rosto, fitando com surpresa meus dedos molhados.

Eu não sou uma pessoa chorona, não que eu reprima as lágrimas ou algo assim, apenas não costumo me desesperar diante das situações, tudo sempre tem um lado bom ou uma solução, eu me concentro neles. Em resumo, choro muito de alegria e emoção, mas quase nunca de tristeza.

Mas a dor de Matteo, a dor nos gelados olhos azuis, doeu em mim como se fosse minha própria dor e eu nem sei o que de fato aconteceu com ele. Não gosto de criar teorias sobre o que pode ter quebrado tanto ele, porque seu desespero no meio de alguns pesadelos indicam que foi algo cruel.

— Você se importa...? — Aponto para dentro de casa e ela nega, tirando a sobrinha dos meus braços.

Encontro Tim no segundo lance de escadas — estou subindo e ele descendo.

— Tudo bem, Ana? — Confirmo com um meneio de cabeça, tento continuar meu caminho mas ele segura meu braço. — O que aconteceu? — Pergunta em um sussurro. — Você tem alguma ideia do que pode tê-lo deixado assim? Faz alguns anos que não vejo Matt tão transtornado. Sabe se ele recebeu alguma ligação ou mensagem estranha?

— Ligação ou mensagem estranha? De quem?

Abre e fecha a boca.

— Não vem ao caso. Sabe de algo?

— Não vi nenhuma ligação nem mensagem, ele mal pegou no celular esses dias.

— Aconteceu algo entre... Vocês dois...? — Ergo as sobrancelhas. — Algum problema no romance de vocês?

Romance?

Matteo falou para ele sobre nosso envolvimento?

Não, acho que não. Matteo é muito reservado, mesmo com seu melhor amigo, a única pessoa que, aparentemente, sabe quais são seus demônios.

— Não tem romance, Timothy. E não, não vi mensagem nem ligação — paro um pouco —, a não ser que isso tenha acontecido quando ele foi no banheiro, porque depois ele voltou estranho, meio apavorado e nos trouxe embora. Hoje de manhã ele estava ainda mais estranho e com as mãos machucadas.

— Machucadas como?

— Como se ele tivesse socado alguma coisa repetidas vezes.

Seus ombros caem ainda mais, o olhar abatido.

— Ele também estava com uma blusa de mangas longas, percebi que ele só usa quando...

Resmunga um monte de palavrões, alguns que eu nunca nem ouvi, e corre de volta para os andar de cima. Aparentemente ele também sabe sobre os banhos longos que resultam em Matteo com a pele machucada.

Deus...

Espero que minhas desconfianças a respeito disso estejam erradas. É cruel demais.

Ouço a discussão entre meu chefe e seu melhor amigo quando me aproximo do quarto que estou usando, uma das suítes juniores que fica ao lado da suíte dele. Ele grita em italiano, sim, ele grita. Já vi Matteo alterado muitas vezes, mas nunca gritando desse jeito.

Tim responde no mesmo idioma e no mesmo tom. A gritaria segue por longos minutos, mas não entendo nada — com exceção dos palavrões gritados nos dois idiomas.

— VOCÊ É UM COVARDE, MATTEO DI RIENZO! UM MALDITO COVARDE QUE PREFERE AFASTAR E MAGOAR AS PESSOAS QUE TE AMAM, DO QUE ENFRENTAR SEUS DEMÔNIOS. CRESÇA, MATTEO! CRESÇA!

Uma pausa breve acontece e o tom de Tim baixa, mas ainda posso ouvir suas palavras seguintes.

— Eu sei que você passou por coisas mais duras e dolorosas do que uma criança pode suportar, mas você é um homem adulto agora, tem que agir como tal. Você tem a mim, a sua irmã e dois filhos incríveis, além daquela garota maravilhosa que, por algum motivo inconcebível para mim nesse momento, se interessou por você. Então pare de se esconder atrás dessa maldita armadura, pare de usar suas dores como escudo e cresça! Vá curar suas feridas para parar de afastar e magoar quem te ama.

Um breve silêncio ocorre antes que uma porta seja batida com violência.

— MAS QUE INFERNO! — O grito agoniado expressa toda a frustração de Tim.

Breves minutos depois, batidas ecoam na porta do meu quarto. Tim está com os olhos transtornados, cabelos revoltos e postura cansada, bem diferente do homem que encontrei minutos atrás lá na escada.

— Ele foi embora. — Arregalo os olhos. O homem a minha frente solta um suspiro cansado. — Vou avisar a Britt.

— Daqui à pouco eu desço pra olhar os bebês.

Assente e sai.

Espero ele descer as escadas e entro no quarto de Matteo. Meus olhos vagueiam por todos os lados, encontrando lembranças nossas em todo lugar. Me arrasto pela cama, acariciando os lençóis escuros.

— Como foi que aqueles dias incríveis viraram esse caos? — Sussurro, abraçando o travesseiro com o cheiro gostoso do perfume dele.

Fecho meus olhos e lembro da dor, do desespero que vi em seus olhos ontem. Lembro de como implorou para que eu mantivesse distância e do beijo de despedida.

Fungo um pouco, sofrendo por uma dor que não é minha e que nem sei qual a origem. Quando uma lágrima solitária molha meu rosto, faço uma prece:

— Por favor, Deus, ajuda aquele estúpido a entender que que precisa de ajuda.

Esses dois estão se pegando.

Meus olhos acompanham Tim e Britt se movimentando pela cozinha. Os toques e trocas de olhares são íntimos e carregados de paixão. Eles parecem orbitar em volta um do outro.

Quando se esbarram e sorriem igual idiotas apaixonados, tenho certeza de que já esqueceram minha presença e a dos gêmeos.

— Ai meu Deus! Era ele que te mantinha acordada nas madrugadas durante suas viagens falsas — exclamo, incapaz de me conter.

Os dois viram para mim. Britt com os olhos arregalados e Tim com cara de assustado.

Dou uma risadinha.

— Acho que Matt vai pirar um pouquinho.

— Não vai, porque ele não vai saber — vem até mim com olhos desesperados. — Ele não pode saber, Ana.

— Eita, por que esse desespero? Ele surtaria um pouquinho, mas acho que não reagiria mal. Ele admira muito Tim, não acho que odiaria tê-lo como cunhado. Além disso, ele sabe que você tinha uma quedinha pelo amigo dele na adolescência.

— Você tinha? — Pergunta surpreso.

— Como não ter? Você sempre foi um gato.

Os dois voltam a preparar o café da manhã, trocando elogios e olhares apaixonados.

Não consigo evitar sentir um pouco de inveja.

Poucos dias atrás Matteo e eu estávamos nessa cozinha preparando as refeições juntos, alimentando os gêmeos, trocando olhares e elogios.

Parecíamos... Uma família.

Confesso que, às vezes, por uns poucos segundos, me permiti fingir que éramos de fato uma família. Pensei...  Desejei, que pudéssemos ser.

Ter minha própria família sempre foi um dos meus maiores sonhos, afinal amo crianças, mas era algo que planejava para o futuro, na minha lista de prioridades sempre era o último item. Tenho apenas vinte anos e muita coisa para viver e construir antes de pensar em me casar e ser mãe.

Mas a rotina gostosa que Matteo e eu construímos desde o período em Nova York, e principalmente após nosso primeiro beijo, me iludiu, me fez desejar ter uma família. Ter eles como minha família.

É loucura, eu sei.

Mas foi impossível não me permitir sonhar quando tinha aquele homem me olhando com tanto carinho. Me pedindo beijos de bom dia e boa noite, me recebendo toda vez que eu voltava das folgas e passando madrugadas comigo e os gêmeos.

Ele se abriu para mim e eu entreguei meu coração para ele.

Um chorinho manhoso e um toque na minha perna me fazem olhar para baixo. Com os olhos repletos de lágrimas e um biquinho fofo, a menininha loira estica os bracinhos para mim.

Pego-a nos braços e ela deita a cabecinha no meu ombro, apertando os bracinhos rechonchudos em volta do meu pescoço.

Acaricio os volumosos cabelos loiros, pensando nas maneiras mais hediondas de matar o pai dela por fazê-la sofrer assim.

Alie anda manhosa e chorosa porque está com saudades do pai. Já vi isso acontecer antes, em duas vezes que ele viajou, mas saber que ele a está fazendo sofrer por ser um grande babaca me deixa com raiva. Não consigo pensar nas dores e cicatrizes que ele tem, só consigo imaginar as maneiras mais cruéis de fazê-lo sofrer, assim como ele está fazendo com minha princesinha.

Durante as viagens ele ao menos fazia chamadas de vídeo para falar com os filhos, mas nesses três dias desde que foi embora, sequer mandou mensagem perguntando como estão.

Depois que ele se foi, Britt não quis ir embora, alegou que ela e os sobrinhos mereciam essas mini férias, portanto, vamos ficar até amanhã.

Chamo Levy, que brinca um pouco a frente com um tecladinho chato, e seguro a mãozinha dele, saindo com os dois para a área da piscina. Deito com os dois em uma espreguiçadeira, o sol da manhã tocando minhas pernas com suavidade.

Os gêmeos e eu ficamos longos minutos aqui, até Tim avisar que o café da manhã está pronto.

 A comida parece apetitosa, especialmente as panquecas, mas não sinto fome. Engulo um pouco da panqueca, apenas para não fazer desfeita, e subo para meu quarto com os gêmeos.

Papa! — Alice levanta a cabeça agitada quando passamos pelo quarto dele.

— Não, meu amor, o papai não está aí.

Papa — pede com um biquinho, esticando os bracinhos para a porta do quarto.

— Ele não tá aí, Alie. Papai foi embora.

Seu biquinho anuncia o choro.

Resignada, abro a porta com certa dificuldade, pois estou segurando os dois, e entro, mostrando o quarto vazio.

Papa? — Agora é Levy que olha em volta, esperando encontrá-lo.

Os olhares desolados e questionadores dos dois apertam meu coração.

Quando finalmente de acalmam deixo os dois brincando, pego o celular e mando uma mensagem para ele.

Simples e curta.

Você é um imbecil.

 
A mensagem é visualizada minutos após o envio, mas ele não responde nada.

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Hey, peoples!!!

Como estão?

Hoje gostaria de conversar com meus leitores fantasmas, aqueles queridos que votam em todos os capítulos (obrigado por isso ❤️) mas não comentam nada. Falem comigo, digam-me o que estão achando. Estou sempre aberta a críticas construtivas.

Ao leitores comentantes (finjam que essa palavra existe) obrigado também ❤️ vocês me incentivam a continuar.

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