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Capítulo 28

Caminho em direção a academia, guiado pelo som a música latina. As risadas dos meus filhos se misturam a música e entendo o porquê quando chego ao local.

Analice veste uma de suas saias super coloridas e um dos seus milhares tops de crochê. Cada mão segura um bebê enquanto ela dança de um jeito engraçado, arrancando risadas deles.

Alice é a primeira a me notar. Solta a mão da tata petulante e vem em minha direção, temerosa e desajeitada.

Ela deu seus primeiros passinhos ontem. Analice estava em uma chama de vídeo com minha irmã, quando virou o aparelho para minha filha ver a tia, a menina simplesmente andou com passos incertos em direção ao celular, gritando e sorrindo. Brittany surtou de felicidade e jurou adiantar seu vôo para chegar aqui amanhã de manhã.

Papa! Papa! — Grita animada, acelerando um pouco os passos. Está quase chegando a mim quando se desequilibra e cai.

Pego-a nos braços, beijando suas bochechas gorduchas e bronzeadas por causa da quantidade de sol que tem tomado.

— Oi, mia piccola ragazza, sentiu saudades do papà?

Papa beija minha bochecha, derretendo meu coração.

Papa — arregalo os olhos, ouvindo o garotinho chamar por mim pela primeira vez.

— Você me chamou de papai, Ragazzone?

O garotinho solta uma risada gostosa quando encho seu rosto e pescoço de beijos.

— A maresia desenrolou sua língua, foi Levy? Quatro dias aqui e você já tá na segunda palavra. — Analice brinca, se aproximando de nós. — É um garotinho muito esperto, não é? Dez meses e já fala duas palavras? Não acho que seja comum viu, Príncipe. Pelo que estudei, você só deveria falar sua segunda palavra daqui há um tempo.

Meu filho sorri, trocando meus braços pelos dela. Ele deixa bem claro que Analice é sua pessoa favorita.

Selo rapidamente meus lábios com os da loira.

Um día quiero que bailes una de estas canciones para . Sólo para . (Um dia quero que você fique dance uma dessas músicas para mim. Só para mim.)

Tendrás que ganártelo, guapo. (Você terá que merecer, bonitão.)

Se afasta com os olhos arregalados.

¡Dios mío, hablé español! (Meu Deus, eu falei espanhol!)

Arqueja, surpresa consigo mesma.

Me entrega meu filho e sai, visivelmente atordoada. Fito os gêmeos, que me olham curiosos.

— Acho que o papà tocou em um ponto fraco da tata petulante.

Analice some por toda a tarde. Sabendo que talvez ela precise de espaço, fico com meus filhos no quarto deles, interagindo e bagunçando. Mal vejo a hora passar até Levy choramingar de fome.

Desço com os dois, e alguns brinquedos, para a cozinha, deixando-os brincando no chão enquanto preparo o jantar deles. Para facilitar minha vida escolho algo prático: Brócolis cozido no vapor e filé mignon grelhado.

Depois do jantar brinco mais um pouco com eles. Estou tirando as roupas deles com certa dificuldade, pois os dois levam na brincadeira e ficam dando chutinhos, quando Analice aparece.

Ana! — Meu garotinho rendido corre desajeitado e pelado até a loira.

Ela se abaixa sorrindo, mas seu sorriso não ilumina o lugar como costuma acontecer.

— Desculpa ter sumido.

Abro um pequeno sorriso compreensivo.

Ela pega a toalha com azul com chifre de unicórnio e sai com o menininho pelado nos braços. Enrolo Alice na toalha lilás, também com chifre de unicórnio, entrego para ela o dinossauro de borracha e vou para quarto. Quando chego no meu banheiro Analice já está enchendo minha banheira.

Esqueci de comprar as banheiras deles, portanto, precisamos improvisar. O banho é longo e caótico, ao final Ana e eu saímos molhados como acontece todas as noites.

Levy dorme pouco depois e Analice avisa que vai me esperar na varanda. Minha piccola  me dá uma canseira, conversa bastante, me faz brincar um pouco, mas por fim cansa e dorme.

Meu quarto tem duas varandas, uma ampla de frente para o mar e ou menor, que é onde encontro Ana.  A varanda em que ela está é um pouco apertada, mas tem um sofá um sofá confortável, um jarro com flores e uma linda vista para a floresta que cerca boa parte da casa. Abro espaço, sentando no sofá e colocando a cabeça dela no meu colo, ela sorri para mim, se encolhendo um pouco mais debaixo da manta.

— Como você está?

Permanece em silêncio por alguns minutos. Suspira pesadamente e senta, cobrindo nós dois com a manta. Passo meu braço por seu ombro, puxando-a para junto de mim e ela deita a cabeça em meu ombro.

— Eu não falava espanhol há dezesseis anos — inicia —, desde que minha mãe morreu. Eu entendo espanhol, eu penso em espanhol, mas fazia dezesseis anos que eu não conseguia verbalizar nenhuma palavra nesse idioma. El idioma favorito de mi madre. Nem quando fiz terapia não consegui desbloquear. Mas foi tão natural te responder.

Funga um pouco.

— Quando minha mãe foi assassinada pelo meu pai, eu tinha apenas quatro anos. Eu não deveria lembrar de nada, afinal era muito pequena. Mas eu lembro. Lembro de tudo. Eu lembro do meu pai falando que me amava mais que tudo no mundo antes de me trancar no quarto e pedir para eu não sair de lá em hipótese alguma. Lembro que algum tempo depois minha mãe chegou, eles brigaram e ela... ela gritava em espanhol enquanto ele arrastava ela para o quarto dos dois.

As lágrimas descem sem controle por seu rosto.

— Quando estava nervosa ou agitada ela sempre oscilava entre os dois idiomas, apesar de ter vivido a maior parte da vida aqui nos Estados Unidos, minha mãe sempre foi muito ligada as suas origens colombianas por causa da minha avó. Ele... ele abusou dela, Matt. Eu li os diários dela, eles eram apaixonados e tinham um casamento quase perfeito, até meu pai sofrer um acidente de moto e ficar viciado em analgésicos. A vida dele saiu dos eixos, ele perdeu o emprego e um pouco da sanidade. Passou a misturar álcool e analgésico e a trair minha mãe. Ela era louca por ele, completamente apaixonada, mas... Mas no meio do caos o sentimento se perdeu um pouco. Ela... Ela se apaixonou por outra pessoa.

Se impertiga, limpando o rosto.

— Mas ela nunca traiu ele. Lily era a pessoa mais doce e leal do mundo. Se manteve fiel a ele diante de tudo isso. Mas ele acusou ela de traição e abusou dela. Ele era o mundo dela, Matt, apesar de tudo ele era o mundo dela e seus últimos momentos de vida ele abusou dela, acusou ela de coisas horríveis e enfiou uma bala na cabeça dela. Eu ouvi tudo. Ouvi os gritos de desespero em espanhol, ouvi o tiro. Os tiros, os dois tiros. Porque depois de atirar nela ele atirou na própria cabeça.

Soluça, escondendo a cabeça em meu peito. Acaricio suas costas, lamentando que ela tenha passado por tudo isso.

Após muitos minutos ela volta a falar, sem tirar o rosto do meu peito.

— Eu tinha uma mesinha de madeira no quarto, com duas cadeirinhas, pareciam aquela no quarto dos gêmeos na mansão. Arrastei até a porta, abri e fui até o quarto deles. Os dois estavam... — volta a soluçar. — Estavam mortos ao lado da cama. Mal entrei lá e Elyna e Barry chegaram, eles eram nossos vizinhos. Barry arrombou a porta da sala e me arrancou de lá. A polícia não demorou a chegar, assim como a imprensa. Me levaram para a delegacia e me fizeram contar a mesma história várias vezes. Eu era tão pequena e estava tão assustada, em algum momento acabei decidindo não falar mais nada. Não queria ficar repetindo aquilo. Então fiquei em silêncio por dois anos.

— Foi adotada por Barry e Elyna logo após... Após isso?

A curiosidade é genuína, li o dossiê apenas até a informação de como seus pais morreram, em seguida o queimei.

— Não, Carmem e Fred, pais da minha mãe eram vivos e me acolheram e fui morar com eles em San Pedro. Cerca de dois meses depois meu avô morreu de tristeza pela morte da filha. Quando eu tinha nove anos fui passar o final de semana com minha avó, no sábado de manhã a encontrei morta. Estava assistindo TV quando seu coração simplesmente parou. A afilhada da minha avó era freira e lecionava no colégio católico, onde eu já estudava, minha avó já sabia dos problemas no coração e, apesar de não gostar de mim, não quis me deixar desamparada me deixando sob a tutela da irmã Juana. O seguro de vida dos meus pais eram bons, então ela deixou uma boa quantia para custear meus estudos.

Levanta inquieta, olhando para o céu.

— Alguns meses após a morte da minha avó, Taylor acabou contando para os pais que eu estava órfã. Além de vizinhos eles também eram amigos de meus pais, então decidiram me adotar. Não foi fácil, irmã Juana não queria abrir mão da missão que sua madrinha deixou, mas Elyna a convenceu argumentando que eu passaria a maior parte do tempo no internato, sob os olhos dela. Então eles me adotaram. Um ano depois eu já os chamava de pai e mãe. Por isso eu faço tudo por eles. Os dois me acolheram e amaram como nem minha avó fez. Por algum tempo me faltou amor, até eles aparecerem.

Ainda fitando o céu, toca o colar em seu pescoço.

— Nem todas as pessoas que eu amo estão comigo, mas todas as que estão me amam. Me sinto sortuda por isso.

Levanto, tocando sua tatuagem. Inicia no alto de suas costas com um lírio, abaixo, descendo pela linha da sua coluna, tem as fases da lua, iniciando na lua minguante, passando por todas as fases e terminando novamente na lua minguante. Abaixo tem um outro lírio, dessa vez de cabeça para baixo, e abaixo dele está escrito:  Lily Williams. Eu sei que esse é seu sobrenome de nascimento, Genebra é o sobrenome que ela escolheu usar quando foi adotada. É o sobrenome de Elyna e Barry.

Está coberta pela blusa, mas analisei e apreciei essa tatuagem todas as vezes que a vi de biquíni — tanto aqui quanto na mansão.

Assente, deitando sua cabeça contra meu peitoral. Abraço seu corpo.

— Sinto muito ter tocado em um ponto sensível, não deveria ter falado em espanhol com você.

Se vira entre meus braços, abrindo um pequeno sorriso.

— Na verdade, eu agradeço por isso. De alguma forma você desbloqueou meu espanhol. Tenho que ligar para a doutora Wheelan e avisar que você foi mais eficiente que a terapia.

Rio.

— Fala isso para o Tim.

Seu rosto se fecha.

— Matt, eu estou brincando. A terapia é muito útil e me ajudou em muita coisa, mas eu não estava pronta e nem disposta a falar sobre meus pais, por isso essa ferida se manteve aberta. Terapia é importante pata curar as feridas internas, aquelas que sangram constantemente longe dos olhos nus.

— Não quero falar sobre isso. Vamos dormir? Está tarde.

— Um dia você vai precisar fazer isso, Matt, por você e por todas as pessoas que te cercam e te amam.

— Vamos dormir? — Chamo novamente, não querendo falar sobre isso.

Por experiência própria sei que terapia não ajuda em merda nenhuma.

— Posso... Posso dormir com você hoje? Só dormir. Eu não... Eu não quero ficar sozinha, não enquanto as velhas feridas estão sangrando.

Deixo um selinho em seus lábios antes de me abaixar e pegá-la nos braços.

— O que está fazendo, Matt?

— Cuidando de você para voltar a brilhar.

Deito-a no meio da cama Queen Size, arranco minha camisa e subo na cama.

— Não — balança o dedo e me empurra.

— Não?

Nega com a cabeça.

— Tira a calça. Você não adora dormir de cueca e ficar de exibindo pela mansão? Pois vai se exibir só pra mim agora.

Ergo as sobrancelhas.

— Até sofrendo você é tarada?

— Vai me ajudar a melhorar mais rápido — sua voz manhosa me faz rir.

— É?

— Sim. Por favor, Chefinho.

Seu pedido ecoa diretamente entre minhas pernas.

— Não.

Deito ao seu lado. Ela aconchega seu corpo no meu, me abraçando e colocando suas pernas entre as minhas.

— Boa noite, Chefinho.

— Boa noite, tata petulante.

A sensação de tê-la em meus braços é tão boa que me iludo, achando que terei uma boa noite de sono.

Mas os fantasmas de Analice se juntam aos meus, me condicionando a uma das noites mais infernais da minha vida.

_____________

Como podem ver, Ana também tem seus próprios demônios, mas lida com tudo isso a sua própria maneira. Mais para frente, ela vai contar um pouco mais a Matteo como foi lidar com tudo isso e as escolhas que ela fez.

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