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Capítulo 24

- Ana? O que está fazendo aqui?

Encaro minha irmã. Ela usa um short de pijama e uma camiseta velha, os cabelos estão presos em um coque e alguns muitos fios estão soltos em volta do rosto.

- Precisamos conversar.

- Ana...

- Já faz mais de quatro meses, Taylor. Você está me evitando há mais de quatro meses. Eu te dei seu tempo, mas precisamos conversar.

Pressiona os lábios. Penso que vai tentar fugir de novo, mas ela apenas balança a cabeça e abre espaço, me permitindo entrar em seu dormitório.

Junto as sobrancelhas fitando a parte super rosa do quarto. Os lençóis, travesseiros, pôsteres, tudo é rosa.

- Minha colega de quarto é meio obcecada por rosa.

- Não me diga.

Sorrimos uma para outra.

Ela recolhe alguns livros, cadernos folhas e canetas, tirando da cama e colocando sobre a escrivaninha.

- Senta aí.

Olho em volta. Seu lado do quarto é um pouco mais bagunçado. Tem embalagens de snacks sobre sua escrivaninha, os lençóis estão embolados, alguns sapatos estão jogados em frente a sua cama e tem um sutiã pendurado na maçaneta do guarda roupas.

- Para de me julgar - pede, recolhendo o sutiã.

- É meio difícil.

Ela senta na escrivaninha, me olhando com atenção.

Solto um suspiro profundo.

- Nosso pai está doente, Taylor.

- Ele piorou?

- Ele tem câncer.

- Eu sei, Ana, fui eu quem te deu essa notícia.

Balanço levemente a cabeça.

- Ele tem dias bons e ruins. A quimioterapia acaba com ele, é difícil de assistir. Minha pessoa favorita no mundo está cada dia mais magra e abatida. Você sempre foi minha melhor amiga, mas ele era a minha pessoa, T. Eu amo Elyna, sempre amei, mas Barry e eu temos uma ligação que parece vir de outras vidas, se é que existem outras vidas. E apesar disso, eu tenho aberto mão de alguns finais de semana lá para que você possa vê-lo, porque você não parece mais suportar minha presença.

- Ana...

Ergo a mão.

- Me deixe falar. Nosso pai pode se recuperar, mas pode acabar não resistindo. Não sabemos por mais quanto tempo teremos ele, Taylor. Ele tem lutando bravamente contra o câncer, mas essa maldita doença é traiçoeira. Eu já vi vídeos sobre pessoas que tinham câncer tratável, mas que evoluiu ao invés de regredir e eles morreram. Se meu pai perder essa batalha, quero ter certeza que vivi tudo o que podia com ele e não quero abrir mão de nenhum momento por causa de você e suas questões.

- Ana... - tenta novamente, mas nego com a cabeça.

- Você faltou a ação de graças, ficou apenas duas horas lá no natal e não apareceu no ano novo. Nosso pai está doente, Taylor, não abra mão de viver tudo o que puder com ele. E não me faça abrir mão de mais nenhum momento com ele por você.

Abaixa a cabeça, fitando as próprias mãos.

- Desculpa - pede baixinho -, eu fiquei com vergonha.

- T, você é minha melhor amiga desde os seis anos, é minha irmã desde os dez. Eu te amo. Sempre estivemos uma ao lado da outra. Prometemos estar juntas na alegria e na tristeza, você lembra? Melhores amigas até a eternidade.

Vejo alguns lágrimas pingando em suas mãos e levanto, me ajoelhando a sua frente.

- Eu nunca te julguei por nada, Taylor, não começaria a fazer isso agora. Me desculpa se fiz você pensar que algo assim aconteceria. Você não precisa ter medo nem vergonha de contar nada para mim. Não para mim.

- Eu sei que posso confiar em você e sei que você é a única pessoa no mundo que jamais me julgaria. Mas você trabalha como babá desde os dezesseis anos, sempre foi a mais estudiosa e dedicada, largou tudo por causa do papai e fez tudo de maneira honesta.

- E por acaso você está fazendo algo desonesto?

- Não, mas é algo vergonhoso.

- E quem definiu isso?

- A sociedade. Você encheu a boca para contar para os nossos pais que tinha sido contratada, mas eu não posso fazer o mesmo. Não acho que os dois ficariam orgulhosos de contar pra qualquer pessoa que a filha deles é acompanhante de luxo.

- Vou ser sincera, Taylor, eu fiquei um pouco triste. Você é a pessoa mais inteligente que já conheci, queria te ver dominando e mudando o mundo, não acompanhando velhos nojentos em festas mas, se esse foi o meio que você achou de ajudar nossos pais, eu não vou te julgar.

Redireciona os olhos para as próprias mãos.

- Taylor? Sou eu. Sua melhor amiga. Sua irmã. Não te julgo por trabalhar como acompanhante.

- Mas não é só isso - engole swco. - Sabe quando o papai passou mal e foi internando? Pouco depois que você me viu na casa do seu chefe bonitão?

- Sim.

Limpa a garganta.

- Eu... Eu aceitei... - Engole seco. - Eu...

Seu olhar envergonhado traduz o que ela não consegue colocar em palavras.

- Você foi além? Fez mais do que acompanhar?

Assente, voltando a chorar.

- Ei, te machucaram?

- Não, mas eu fiquei com nojo e com vergonha. Eu... Eu nunca imaginei que faria algo assim, mas nosso pai tava hospitalizado e você e a mamãe desesperadas, eu precisava fazer algo. Eles podem pagar quase o triplo, dependendo do que eu topar fazer - dá de ombros. Lágrimas grossas rolam por suas bochechas, apertando meu coração. - Eu fiz o que achei necessário, é estranho porque eu me arrependo mas eu faria de novo. Faria qualquer coisa por vocês, mesmo que para isso sujasse minha alma.

- Taylor...

Balança a cabeça em negação.

- Eu fiz uma escolha, Ana, preciso lidar com as consequências.

- Foi apenas uma vez ou...?

- Não. Quer dizer... Eu ainda sou acompanhante, mas eu tenho me limitado a isso. A experiência foi... Foi horrível. Ele não me machucou nem nada, mas... Não quero fazer nada disso novamente. Foi a pior coisa que já fiz na vida.

-Eu sinto muito, T., Sinto muito que você tenha se sentido na obrigação de fazer isso - abraço ela com força.

- Não é culpa sua, eu escolhi aquilo.

Me afasto, enxugando as lágrimas do rosto dela.

- Não precisa fazer isso nunca mais. Não precisa se sujeitar a isso se não quiser, não precisa nem ser acompanhante. A gente dá um jeito. Meu salário acabou de triplicar e eu... Não sei, mas a gente vai dar um jeito.

- Não, eu... Eu consigo me manter nesse trabalho por um tempo. Se eu respeitar meus limites, eu consigo.

- Tem certeza? Eu consigo dar conta.

- Não, não posso deixar esse peso todo sobre você. Eu consigo.

- Mas...

Balança a cabeça em negação.

- Não, não vou mudar de ideia - limpa o rosto. - É difícil olhar para nossos pais com esse peso nas costas, mas vale a pena quando vejo a evolução do tratamento do papai. Eu dou conta, Ana. Por eles eu dou conta.

A voz e o olhar determinados deixam margem para discussão, então apenas assinto.

- Me desculpa por ter afastado você - sorrio, abraçando ela com força.

- Tudo bem, só não faz isso. Quatro meses sem falar com minha melhor amiga? Quase enlouqueci.

Sorri meio envergonhada.

- Não vou fazer mais isso.

- Acho bom, ou veio te dar uns tapas.

Sorri.

- Aliás, por que seu salário triplicou?

Sento na cama, olhando em volta novamente.

- Aqui é pequeno, né?

- Ana... Por que está mudando de assunto? Por que seu salário aumentou?

- A última babá saiu e Brittany não quer mais contratar outra agora. Serei babá de dois bebês, então ela triplicou meu salário.

Me analisa com atenção.

- Hm... É só isso mesmo?

Mordo a língua.

- Vamos, Ana, desembucha. Por que você ganhou um aumento?

- Eu falei a verdade. Ganhei o aumento por que vou ser babá de dois bebês, não tem nada a ver com o fato de eu estar pegando o meu chefe gostoso - arregalo os olhos, tapando a boca.

- VOCÊ O QUE?

- Nada. Eu nada. Não disse nada. Tá, eu disse. Não foi de propósito, mas eu tava louca pra te contar sobre isso.

- Você tá pegando seu chefe?

- Não me julga, ele é um gato. Um deus grego fugido do Olimpo.

- Sim. Além disso é rico, inteligente e um gênio dos negócios.

Ergo as sobrancelhas.

- O quê? Não sou cega. E você sabe que meu sonho é trabalhar na Alpha.

Salto da cama, animada.

- O que acha de eu pedir para o Matt te contratar? Soube que os estagiários ganham bem lá.

- Matt? Você chama ele de Matt?

Dou de ombros.

- Foi uma transição natural - sorrio. - Mas quando quero provocá-lo chamo de senhor Di Rienzo. Mas você não falou nada sobre o estágio.

Suspira e sorri.

- Não. Quero muito me inscrever pra o estágio lá, mas prefiro conseguir por mérito próprio, não por ser cunhada do CEO.

- Deixa de ser emocionada, Taylor. Ele não é seu cunhado, nem vai ser. Estamos apenas curtindo a química explosiva que temos.

- Como você curtia com o Ala armador?

Sorrio, lembrando do Ryle.

- É, tipo isso. A diferença é que não tenho a menor intenção de ir além dos beijos com ele.

- Mas você não foi além dos beijos com o Ryle.

- Quase fui né?! Mas você ligou, lembra?

Os olhos adquirem um pouco de tristeza.

- Sim, eu lembro.

Me jogo para trás, fitando o teto do seu dormitório.

- Acho que vou vender meu apartamento, assim você pode largar seu trabalho e se dedicar a sua carreira.

- O quê? Não, Ana, você não pode fazer isso. Se fizer isso papai vai se sentir culpado para sempre.

- Ele não precisa saber.

- Vai mentir pra ele?

- Não, apenas não vou contar. Não é como se ele me perguntasse como está o apartamento.

- Tá, e que explicação você vai dar quando voltar para Austin e não tiver um lugar para morar?

- Não preciso contar para ele que não tenho onde morar. Aliás, não vou voltar assim que o papai entrar em remissão. Posso continuar aqui por um tempo trabalhando para juntar uma grana e ir estudar. Na verdade, eu nem preciso voltar para lá, posso tentar uma universidade aqui na Califórnia mesmo, ou em algum estado vizinho.

Viro a cabeça para olhá-la quando sai da cadeira e senta ao lado da minha cabeça.

- Não pode fazer isso.

- Posso e vou.

- Ana, eu juro que estou bem. Acompanhar aqueles velhos é chato, mas posso lidar com isso. A agência me protege se eles tentarem algo mais.

- Agência? Aliás, como você entrou nisso?

- Minha colega de universidade comentou sobre seu trabalho e o quanto ganhava, eu me interessei porque estava trabalhando meio período em uma lanchonete, mas ganhava mal pra lidar com um chefe abusivo e clientes imbecis. E o uniforme era tão curto que eu parecia um fetiche ambulante. Não me orgulho de ser acompanhante, mas me visto bem, como bem e as vezes sirvo de psicóloga para uns velhos carentes e solitários. Não é tão ruim.

- Taylor, eu posso mesmo falar com Matt.

- Não. Já falei que prefiro conquistar isso por mérito próprio - aperta minha mão. - Irmã, eu tô bem. E prometo que vou parar de te evitar, também vou voltar a visitar nossos pais nos finais de semana, ao menos nos que eu não estiver surtando por causa dos trabalhos e provas.

Sorrimos uma para a outra e me inclino para abracá-la.

- Eu te amo, T.

- Também te amo. Agora me conta: o bonitão tem pegada?

- Ô se tem. Eu passaria a vida perdida naqueles lábios. Deus certamente estava muito inspirado quando desenhou aquele homem.

- Você está apaixonada, Analice Genebra?

- Claro que não! Sabe que, desde o Edmund, tudo o que não quero é me apaixonar.

- Tem certeza que não se apaixonou pelo Ryle?

- Tenho. E não vou me apaixonar por Matteo - afirmo sem certeza alguma. - Estamos apenas curtindo a química surreal que temos. Eu gosto de beijos e ele beija bem. Muuuito bem.

- Conta mais sobre isso.

Nos jogamos na cama como duas adolescentes bobas e passamos a tarde colocando o papo em dia. À noite, volto para a mansão mais leve e feliz.

Me surpreendo ao entrar no meu quarto e encontrar meu chefe bonitão deitado na minha cama.

- Oi, tá fazendo o que aqui?

- Queria saber como foi. Você tava nervosa quando saiu daqui de manhã, nunca tinha te visto assim.

Sua declaração aquece e acelera meu coração. Solto minha bolsa no chão e me jogo sobre ele. Trocamos um beijo rápido e deito em seus braços, contando como foi minha conversa com minha irmã.

Enquanto conversamos, percebo mais uma vez que posso facilmente acabar perdendo meu coração para ele. E não sei se isso seria algo ruim.

- Você vive feliz, não odeia nada não?

- Na verdade eu odeio algumas coisas, mas prefiro não focar nelas.

- Tá, cita uma.

Tomo um pouco de leite, pensando nisso.

- Odeio ser mulher. Odeio cólicas, odeio a pressão estética, apesar de eu ser padrão, mas odeio principalmente andar na rua e ter aqueles homens me olhando como se fosse um... um... um x-tudo com muito bacon, molho e batata frita.

Dá risada, ergo as sobrancelhas.

- Desculpa, não estou rindo do que você falou. É realmente algo horrível que eu, felizmente, jamais irei compreender. A risada foi porque pensei que fosse falar um "pedaço de carne" ao invés de "x-tudo". Me desculpa por rir.

- Tudo bem. E eu ia mesmo falar isso, mas lembrei que realmente somos um pedaço de carne, só que não tão gostosa quanto a do boi. Eu acho, nunca provei né.

Ri novamente.

Não importa quantas vezes eu ouça esse som, sempre surte o mesmo efeito em mim. Sempre acelera meu coração e faz as borboletas rodopiarem em meu estômago.

- Eu adoro o jeito que sua cabeça funciona.

- E eu adoro seu sorriso. Você tem um lindo sorriso, Matteo, deveria mostrá-lo com mais frequência ao mundo.

Suspira, fitando a bancada.

- É que não tenho muitos motivos para sorrir.

Franzo a testa.

- Não? Tem certeza? Por que se aquelas crianças lindas dormindo lá em cima não são motivo o suficiente para sorrir o dia inteiro, eu sinceramente não sei o que pode te fazer feliz.

Reflete um pouco, concordando por fim.

- Você está certa, meus filhos são a melhor coisa que poderia acontecer em minha vida fodida. Meu medo de ser um péssimo pai me tornou um péssimo pai.

- Você não é um péssimo pai, Matt. Na verdade é um pai incrível, apesar de claramente não se dar conta disso.

Lava o copo e o prato que sujou. Vem até mim, beijando levemente meus lábios.

- Obrigada.

- Não foi nada, sempre que quiser conversar tomando leite no meio da noite, estarei por aqui.

Sorri de lado.

- Ah, obrigada pela conversa também, mas não era por isso que agradecia.

Junto as sobrancelhas.

- Então era pelo quê?

- Por estar em nossas vidas e por cuidar tão bem dos gêmeos.

- Apenas faço o meu trabalho.

- Não, você faz muito mais e sabe disso.

Me dá um selinho e sai.

Fico ainda um tempo na cozinha organizado nossa pequena bagunça pensativa. Subo distraída e paro ao ver a porta do quarto dos gêmeos entreaberta. Matteo está sentado na poltrona de amamentação, mantendo a filha de pé em seu colo.

- ... é, eu também acho uma ótima ideia - comenta, sorrindo para a bebê.

- O que é uma ótima ideia?

Seus olhos arregalados me deixam levemente desconfiada e infinitamente mais curiosa.

- É... l'idea è...

- Eu não entendo italiano - observo-o bem. - Por que você ficou nervoso? O que andou falando pra sua filha?

- Falei que... Que...

- Que?

- Que é uma ótima ideia levar ela e Levy para tomarem o primeiro banho de mar.

Cerro os olhos.

- É realmente uma ótima ideia. Mas seu nervosismo foi estranho. É só isso mesmo?

- , cos'altro sarebbe? (Sim, o que mais seria?)

- Matt, o que falei sobre você falar italiano enquanto estiver com um dos seus filhos nós braço?

Ri, beijando as bochechas gorduchas da filha antes de colocá-la no chão. Seguara os braços da garotinha, ajudando-a a dar alguns passinhos.

- Ansioso para ter essa garotinha correndo pela casa?

- Não - me olha desolado. - Me deixa desesperado perceber quão rápido estão crescendo. Peguei ela nos braços pela primeira vez ontem e hoje ela já parece pronta para caminhar sozinha. Amanhã vai ser o quê? Namorados?

- Amanhã não, só daqui há uns dezesseis anos.

Seus olhos ficam atormentados.

Sorrindo, me abaixo ao seu lado.

- Para de surtar, Matt. Ela nem fez nove meses ainda, vai ser sua garotinha por muitos anos.

- Espero que sim.

Abraço ele de lado e apoio minha cabeça em sem ombro, juntos assistimos a imensa bagunça que uma garotinha de quase nove meses consegue fazer.

_______________

A conversa entre as duas demorou? Demorou! Mas finalmente aconteceu. Confesso que nos meus planos elas se resolveriam antes, mas a história escolheu seu próprio rumo e eu apenas segui o ritmo.

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