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Capítulo 22

Tomei banho, arrumei todas as minhas roupas, me despedi dos gêmeos, que dormiam, abracei meu vaso de cristal com lírios amarelos e sentei em minha cama, esperando o momento em que Brittany ou Matteo viria formalizar minha demissão.

Até esqueci de avisar para ele sobre a ligação da avó.

Passaram-se uma, duas, três, quatro horas e Brittany chegou, eu estava vestindo Alice, ela sorriu, beijou os sobrinhos, me perguntou como estavam e como eu estava e saiu.

Pensei que Matteo tivesse optado por falar tudo pessoalmente e esperei que ela voltasse me recriminando e informando sobre a demissão, porém nada aconteceu.

Passou um, dois, três, sete, quinze dias... E nada aconteceu, nada além do sumiço de Matteo, faz exatamente quinze dias que nos beijamos e desde então não o vi mais.

Ele ainda vem ver os filhos toda madrugada, mas apenas quando estou dormindo. Descobri isso através da babá eletrônica.

São quinze dias sem um vislumbre sequer dele, nem no horário que chega, nem no horário que sai. E, na verdade, eu nem o procurei, não tentei vê-lo, acho que também estou fugindo.

Beijá-lo foi uma atitude impulsiva que pode custar meu emprego. Ou meu coração.

Suspiro, encarando a caixa de mensagem da minha irmã.

Eu fui atrás dela no campus, mas ela tinha viajado com os amigos e não conseguimos conversar. Eu fiquei um pouco magoada e comecei a adiar nosso reencontro. Mas ela é minha melhor amiga, a única pessoa com quem gostaria de falar as respeito da confusão que meu chefe bonitão me causa.

— Pode entrar! — permito quando ouço batidas suaves na porta.

Desvio os olhos do celular para a porta e sento rapidamente ao ver Matteo.

Está sério, a máscara de indiferença já voltou para o lugar. No entanto, pesar da aparente indiferença, seu olhar é hesitante.

Em silêncio, senta na ponta da cama da cama, de costas para mim. Fito suas costas largas cobertas pelo terno preto.

— Veio finalmente me demitir? — Agoniada, quebro o silêncio após alguns minutos. — Minha mala tá pronta há quinze dias.

Ele permanece em silêncio. Engatinho pela cama, sentando ao seu lado. Empurro seu ombro com o meu, mas ele nem ao menos me olha.

— Sério, Matteo, o que veio fazer aqui?

— Conversar.

— Para conversar é preciso palavras — ele continua em silêncio e eu suspiro. — Suponho que queira conversar sobre o beijo.

Assente, ainda sem me olhar, e suspiro dramaticamente.

— Tudo bem, se você me der quinhentos mil dólares não te acuso de assédio.

Finalmente atraio seu olhar, mas ele está muito, muito, muito sério. Parece prestes a me esganar.

— Não brinca com isso, Analice, assédio sexual é algo muito grave.

— É verdade, me desculpa. Estou nervosa e quando fico assim falo mais besteira que o normal. Lembra que te chamei de pirulito de gelo na frente de todo mundo? Tava super nervosa.

Brinco com o tecido da minha calça.

— E fui eu que te beijei, né?! Se alguém fosse acusado de algo aqui seria eu, que te beijei sem seu consentimento. Me desculpa pela brincadeira idiota e pelo beijo.

— Você não me pediu consentimento, mas eu não te afastei, então não foi exatamente sem consentimento.

— Verdade, você retribuiu. Aliás, que pegada, hein...

— Não vai acontecer de novo — me interrompe.

— Não achei que iria.

Seus olhos descem para minha boca. Meu coração começa a bater descontrolado, engulo seco e lambo os lábios. O ar a nossa volta muda, respirar se torna mais difícil.

Seus olhos descem para minha boca e seu rosto se aproxima do meu. Meu corpo vibra em antecipação.

— Não podemos mais nos beijar — sussurra.

— Eu sei — respondo no mesmo tom.

Permanecemos assim por muitos segundos, os olhares intercalando entre os lábios e os olhos um dos outro, as respirações descompassadas e misturadas.

As pupilas de seus olhos dilatam um pouco mais.

Maledetta!

Sua mão grande segura minha nuca, puxando meu rosto em direção ao seu. Sua boca toma a minha com fome e desespero. O mesmo desespero latente em meu peito.

Puxo os cabelos da sua nuca com força, tentando extravasar de alguma maneira todo o desejo que cresce descontrolado dentro de mim.

Pressiona com força meu corpo contra o seu, nos colando o máximo que consegue. O suspiro pesado que ele solta em meio ao beijo aumenta o rebuliço dentro de mim.

Ele me deita na cama, ficando sobre mim. Sua boca desce dos meus lábios para meu pescoço, quando ele suga levemente a pele ali, solto um suspiro meio gemido e isso parece despertá-lo.

Matteo salta para fora da cama como se tivesse levado um choque. Está com os lábios inchados, cabelos bagunçados e olhar atordoado. Seu peito sobe e desce com dificuldade.

— Nós não... Não podemos. Não podemos fazer isso.

Sento na cama, ajeitando a alça da minha blusa.

— Dessa vez foi você que me beijou.

— Eu sei, mas não vai mais acontecer. Não pode acontecer.

Me jogo para trás quando ele sai do quarto apressado.

— Deus, como foi que isso escalonou tão rápido?

Estou mordendo meu sanduíche de manteiga de amendoim quando Matteo entra na cozinha. Ele estaca na porta ao me ver.

Fica alguns segundos me olhando, antes de dar alguns passos hesitantes. Mas desiste, refazendo o caminho até a saída.

No entanto, ele não sai. Para na porta da cozinha e joga a cabeça para trás, fitando o teto por alguns segundos. Suspira com as mãos no quadril e sai.

Balanço a cabeça sorrindo.

Os beijos mexeram com ele tanto quanto mexeram comigo.

Mordo o sanduíche, na tentativa de esconder o sorriso, quando o vejo atravessando a porta da cozinha.

— Boa noite, senhorita Genebra.

A voz é fria, o olhar indiferente.

Meus ombros caem.

Parece que voltamos a estaca zero.

— Boa noite, Senhor Di Rienzo — faço questão de carregar no deboche.

— O deboche voltou?

— Se voltamos a estaca zero, então tudo será como no início.

Seus ombros descem ainda mais.

É impossível não notar sua postura cansada. Ele parece carregar o peso do mundo sobre os ombros.

— Por que você não me demitiu? — puxo assunto, tentando tirá-lo da concha.

Me olha com deboche e comemoro internamente, por ter vislumbres do homem por trás da armadura.

— Você quer ser demitida? Sabe que tirei prazer em fazer isso.

— Terá mesmo? — sorrio com deboche.

— Não tenha dúvidas.

— Você acredita nas suas palavras? Porque eu não acredito nem por um segundo.

— Acredito, Analice, te ter longe, é o melhor.

— Pra quem?

— Para nós dois.

Morde o próprio sanduíche, dando o assunto por encerrado.

Estou preparando o leite dos gêmeos quando gritinhos soam através do tablet, atraindo minha atenção. Tiro brevemente a panela do fogo e me aproximo do balcão, onde o aparelho está.

— Termina aí, vou lá antes que os gritos virem choro.

Sai com o sanduíche na mão e continuo o preparo da fórmula.

Não consigo deixar de lembrar do nosso beijo seis dias atrás. Ele tinha voltado a me ignorar, até hoje.

— Não acredito nisso, Matteo! — Reclamo ao encontrá-lo no chão do quarto com a filha e vários brinquedos em volta deles.

— O quê?

— Você deixou ela desperta. Agora só vai dormir sabe lá Deus que horas.

— Quer ir dormir? Vai. A filha é minha, eu cuido.

Meu coração erra uma batida.

Eu ouvi mesmo isso?

Esse é o mesmo homem que mal olhava para os filhos e dizia para não ficar com eles nos braços porque ia deixá-los manhosos?

Não posso evitar me derreter um pouco mais por ele. Sua versão pai é a mais apaixonante.

— Tô começando a acreditar mesmo que te abduziram e colocaram outro no lugar.

Ele sorri.

— Eles apenas extraem a melhor versão de mim — me olha com intensidade.

Parece querer falar algo com esse olhar.

Será que Brittany está certa?

Sempre achei que minha inconveniência o tirava da concha, que minhas tentativas de arrancar reações dele é que o traziam para fora. Mas talvez, consciente ou inconsciente, ele esteja me deixando entrar. Afinal, eu comecei a atazaná-lo quando percebi que conseguia tirar dele a máscara de indiferença.

Talvez seja um combo de tudo?

Bati tanto na porta que ele resolveu abrir?

Eu não sei.

Estou confusa. Dentro de mim está um caos. Sinto meu coração cada vez mais próximo da rendição.

Homem nenhum nunca me deixou assim, mas, por algum motivo, ele deixa. Certamente eu não sou a única fazendo progressos, mas meu plano era apenas tirá-lo da armadura, enquanto ele parece estar dando passos lentos, porém firmes, para dentro do meu coração.

— Por que está me olhando assim?

Balanço a cabeça em negação e me abaixo para pegar Alice, que engatinhou até mim.

Ela tira uma das mamadeiras da minha mão e puxa a tampa, enfiando na boca. Ainda estávamos em Nova York quando ela aprendeu a tomar o leite sozinha.

Mais ou menos meia hora depois Levy também acorda. Matteo e eu ficamos até três e meia da manhã com os dois.

Toda vez que coloco Levy no berço ele acorda e chora, até que eu o coloco no mesmo berço que a irmã. Ele se agarra a ela e dorme.

É muito bonitinho.

Matteo e eu sorrimos um para o outro, parados ao lado do berço.

— Existe berço maior para eles dormirem sempre juntos?

— Não sei. Mas, se não tiver, acho que algum lugar vende sob encomenda.

Ele sorri observando os filhos.

Quando volta a me olhar, o clima muda.

A leveza do momento familiar é substituída por uma tensão pesada, carregada de desejo. Meu coração acelera, a respiração descompassa, me sinto há um passo de me jogar em seus braços e devorar seus lábios com fome e desespero.

— Ana... — meu nome sai sussurrado em meio a sua respiração ruidosa.

— Matt...

Meu coração bate cada vez mais rápido.

— Nós não podemos...

Seus olhos descem para minha boca.

— Mas queremos.

Mordo levemente meu lábio inferior.

— Queremos — concorda, segundos antes de puxar minha cintura e colar minha boca á sua.

Minhas mãos sobem por seu peitoral coberto por uma camisa preta. Agarro seu ombro com a mão esquerda, a direita introduzo entre seus cabelos volumosos, que estão maiores que o normal.

 Seu suspiro em meio ao beijo me arranca um sorriso. Ele não faz ideia de como esse suspiro de apreciação mexe comigo.

Aperta minha cintura com mais força e me puxa contra si, parecendo tentar nos fundir. O beijo, que começou calmo, vai ganhando intensidade gradativamente. Só paramos quando o ar nos cobra atenção.

Não nos afastamos de imediato. Ele apoia sua testa contra a minha enquanto acaricio os cabelos proximos a sua nuca.

É tão bom e tão... íntimo.

— Sarai la mia totale rovina. (Você será minha ruína total.)

— Não faz isso. Mesmo se você me xingar em Italiano ainda vou achar super sensual e querer repetir o feito de Gordon.

Ele ri, pressionando um pouco mais seus dedos contra a pele da minha cintura.

— Achei que você faria algo do tipo. Sempre fazendo comentários e piadinhas inapropriadas, e eu nem vou mencionar as coisas que gritou na comemoração de dois meses dos gêmeos.

Mordo o lábio, sorrindo.

— Não é culpa minha se cada detalhe seu parece ter sido esculpido pelas mãos do próprio Deus. Eu tentei, mas não tem como não te querer. Você já se olhou no espelho?

Acaricia meu rosto, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— E você já se olhou no espelho? Você parece um anjo, Analice. Apesar de ter a personalidade de um furacão.

Sorrio, ele retribui.

— Sabe que não podemos fazer mais isso, não é? — pergunta, acariciando meu rosto.

— Por quê?

— Sou seu chefe.

— Se tem consentimento, não vejo problema.

— Sou doze anos mais velho que você.

— Dizem que quanto mais velho, melhor o vinho. Precisa me dar um motivo mais convincente, Chefinho.

Sorri de um jeito meio triste.

Sono distrutto, non voglio spezzarti. (Estou quebrado, não quero quebrar você.)

— Eu já disse que vou achar sexy mesmo que você estiver me xingando, não é? E você sabe que, mesmo sabendo de tudo isso, ainda vamos nos beijar mais vezes, não sabe?

— É, eu sei.

Junta nossos lábios outra vez. Dessa vez o beijo é calmo, apreciativo. Durante todo o tempo ele acaricia meu rosto enquanto eu brinco com os cabelos próximos a sua nuca.

Finaliza o beijo mordendo levemente meu lábio inferior.

— Boa noite, senhorita Genebra.

Deixa um selinho em meus lábios e sorri, antes de sair do quarto.

Confiro os gêmeos uma última vez e vou para o meu quarto. Me jogo na cama, sorrindo para as paredes.

Repasso na minha cabeça todos os beijos que trocamos até agora.

Um suspiro bobo escapa.

Droga!

— Acho mesmo que estou perdendo meu coração para ele.

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