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Capítulo 69

Quando cheguei na cabana com Ansal o lugar estava lotado de gente, minha tia ao perceber os olhares curiosos dos homens, preferiu não entrar comigo, não era hora para dar explicações, ela ficou me esperando do lado de fora.

Kuana rapidamente me encontrou, me explicou por alto o que tinha acontecido e me pediu ajuda, para curar os homens. Como o lugar estava lotado, assim que eu terminava uma cura, chamava alguém para me levar até o próximo homem.

Fiquei horas dentro do lugar aplicando curas, ajudei Kuana a curar o forasteiro, quando sai do local ele já não tinha mais febre, seus maiores ferimentos eram causados por conta do clima castigante do deserto.

O homem se encontrava desidratado e com uma mordida na coxa da serpente, apesar dele ainda continuar dormindo, ele deveria acordar em breve. Raoni não estava na cabana, minha amiga tinha dito que o príncipe tinha ido resolver alguns assuntos com o rei sobre a entrega da mercadoria, já que o mesmo não estava muito machucado.

Quando voltei para o palácio eu estava exausta, ministrar curas nos soldados drenou de mais minhas energias. Ansal me acompanhava como um guarda costas, mas eu queria ficar um pouco sozinha, refletir sobre tudo que estava acontecendo.

Disse para minha tia que iria tomar um pouco de ar fresco no jardim, que queria ficar um tempo sozinha, ela não discutiu comigo, apenas me avisou que caso eu precisasse de algo, era para eu chama-la.

Ansal me deixou no jardim e então saiu, eu fiquei andando sem rumo pelo lugar, sentindo a brisa fresca da noite do deserto bater em meu rosto, trazendo o aroma das flores do jardim.

O meu breve passeio pelo jardim, no entanto foi interrompido, eu não o via, mas reconheci sua voz imediatamente quando ele chamou o meu nome. Eu me virei para trás em direção a sua voz e esperei ele vir até mim.

– Você realmente voltou então. – Raoni tinha se aproximado.

– Sim, meu caminho me trouxe de volta para cá.

– Entendo. – Sua voz saia com certo receio. – Trouxe consigo uma companhia bem... peculiar.

– Acho que não é todos os dias que um elfo, uma ninfa e uma mestiça vem visita-los.

– Com certeza não é.

– Você já os conheceu? – Estava com certo medo dele já ter falado com eles sem eu estar por perto, Raoni não é um dos melhores anfitriões para pessoas que ele não conhece, eu sei bem disso.

– Não, Kuana que me avisou quem eram caso eu os encontrasse.

Um silêncio recaiu sobre nós dois, ficar tão próxima dele novamente depois de tudo que aconteceu...

– Você realmente voltou. – Sua voz estava doce.

Sinto sua mão tocar no meu rosto, apesar de seu toque ser família, deu saber quem é o dono daquela carícia, não consigo evitar afastar meu rosto de sua mão.

Ser tocada por alguém, mesmo que esse alguém fosse um homem com quem me relacionei, ainda me trazia lembranças daquela noite maldita. A minha reação não passa despercebida por ele, que retira a mão imediatamente.

– Desculpe. – Sua voz é carregada de tristeza por ter sido rejeitado. – Eu não devia...

Não posso culpa-lo, ele não sabe o que me aconteceu e eu rejeitar seu carinho, para ele era a mesma coisa que rejeitá-lo.

– Raoni...

Eu queria explicar que o que aconteceu não era o que ele estava pensando, mas eu não consegui.

– Você não tem que explicar nada, você deixou bem claro que tudo entre nós tinha terminado quando você partiu, me avisou que talvez nunca mais nos víssemos, nunca me mandou uma carta – Sua voz era de mágoa, mas ele não me acusava, só falava o que tinha acontecido.

Eu fiquei em silêncio escutando o que ele tinha para falar.

– Acho que o recado foi claro, quando não quis mais se comunicar comigo. Eu que confundi as coisas quando te revi aqui, não esperava por isso. – Ele suspirar e limpa a garganta – Mas se você voltou deve ter um motivo, o que posso fazer para te ajudar.

Seu tom de voz tinha assumido a fachada de comandante, senti um aperto no meu coração por causar dor nele, não era essa a minha intenção, mas eu tinha prioridades e no momento, os sentimentos dele não eram uma delas.

– Durante a minha jornada acabei perdendo a minha visão, por isso a faixa.

– O que aconteceu?

– Fui capturada pelos elfos da torre cinzenta, eles me torturaram por informações e eu resisti, mas acabei perdendo minha visão nesse processo.

– Sinto muito, mas o que nós podemos fazer?

Eu contei para ele tudo que passei desde que saí de Matmata, de como tinha descoberto que Ansal era minha tia, de quem era a minha mãe realmente, sobre os testes que fiz no reino ninfico e como tinha me tornado o último membro da ordem.

Raoni escutava tudo atentamente, as vezes fazia uma pergunta ou outra para saber mais detalhes, mas me deixava contar o que tinha me acontecido. Lhe disse que tinha ido atrás do meu pai, e que no caminho tinha sido capturada pelo exército de Dakar, mas não entrei em detalhes do que aconteceu, apenas lhe falei que coloquei fogo no acampamento, o que me exauriu e fez com que os elfos me capturassem.

Lhe expliquei que Zamir tinha me salvado junto de outro elfo da torre, que eu precisava dele por perto para realizar o ritual, mas que ele era um espião e tinha suas ordens de descobrir quem eu realmente era.

Raoni não gostou de saber quem Zamir era e qual era o propósito dele ali, ficou desconfortável com a situação, eu entendia, ele estava pensando na proteção de seu povo, mas lhe assegurei que o elfo era inofensivo para eles, pois não tinha interesse nenhum em Matmata.

Falei para Raoni que a melhor forma de o tratar seria como um hóspede, que se o tornasse um inimigo, ele realmente viraria um, lhe avisei que ele não ia gostar de ter os elfos como inimigos, ainda mais um inimigo como Zamir.

O príncipe ficou meio relutante, mas no final concordou comigo, ele disse que confiava em mim e que por isso não faria nada em relação a Zamir, mas me avisou que ficaria de olho no elfo, eu não esperava menos dele.

Raoni gostou de saber mais sobre minha tia e as ninfas, principalmente depois que contei que a mulher da lenda, era uma ninfa que pertencia a ordem e Ansal a tinha conhecido.

Conforme íamos conversando, o clima entre nós dois ia ficando mais leve, como se aquela estranheza do início aos poucos fosse sumindo. Raoni me contou sobre o que aconteceu no deserto, nesse tempo que fiquei fora.

Descobri que as relações com os outros reinos estavam abaladas, que alguns estavam com medo de negociarem com Matmata por causa dos ataques, com receio de terem suas caravanas atacadas também.

Perguntei para Raoni se ele sabia quem estava fazendo aquilo, o príncipe me avisou que desconfiava de um reino que não tinha boas relações com Matmata, que o rei deste lugar tinha ficado bem ofendido, quando Kuana recusou o pedido de casamento de seu filho.

Raoni achava que era uma retaliação a humilhação que seu filho passou, quando pediu a mão da princesa na frente de todo o reino e a mesma a negou, mas que ele não tinha provas contra eles, pelo menos não ainda.

Ficamos conversando por horas caminhando no jardim, até o momento que abri minha boca num grande bocejo, o tempo na cabana estava cobrando o seu preço.

– Acho que a estou entediando com minhas histórias. – Ele fala num tom brincalhão, o que me faz sorrir.

– Não, você jamais me entedia, mas acabei me exaurindo por ajudar sua irmã na cabana.

– Obrigado por ajuda-la, meus homens são gratos por isso.

– Eu gosto de ajudar os outros.

– Bem, mas eu não quero mais te cansar, vamos, eu te acompanho até seu quarto.

Instintivamente, eu estico o meu braço para coloca-lo no ombro de quem está comigo para me guiar, mas tinha esquecido de como Raoni era alto, que acabo tocando em seu braço enfaixado.

– O que aconteceu? – Não consigo evitar de perguntar.

– Quando fomos salvar o forasteiro, acabei me machucando, não foi nada de mais, só um corte.

– Se quiser posso cura-lo para você.

– Não precisa, você já se cansou de mais hoje, além do mais, carregar algumas cicatrizes tem seu charme.

Com o príncipe me guiando, fui em direção ao meu quarto, prometi a ele que no dia seguinte o apresentaria para minha tia, já que agora já estava tarde. Nós nos despedimos com um breve "boa noite" e eu entrei no meu quarto.

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