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Capítulo 53

Dias se passaram desde que cheguei aqui, eu tentava me manter ocupado na maior parte do tempo. Não ter o que fazer me deixava entediado e pensando em coisas que não deveria.

Todo dia eu pegava a adaga e checava para ver onde a Lia estava, sua posição mudava, ela estava se movendo e eu ficava cada vez mais nervoso, pois não sabia onde ela se encontrava e não podia ir ao seu encontro, eu estava preso nessa cabana até Ansal ou Letéia voltarem.

A ninfa foi convocada a ir para a clareia onde aqueles monstros nos atacaram, esculpo um pedaço de madeira para me distrair, afinal não podia sair de dentro da cabana ou poderia correr o risco de morrer afogado.

Conforme o tempo se passava, um dos meus confortos era ver que a adaga ainda reagia a magia, isso era um sinal que meu raio e sol ainda estava vivo, pelo menos era o que eu falava para mim mesmo.

Eu estava quase dormindo quando Letéia abriu a porta num chute, a ninfa estava imunda, seu rosto coberto por terra e sangue, seus cabelos desgrenhados e seu rosto tinha olheiras de quem não dormia a dias.

- A você ainda está vivo, ótimo, vou me lavar e depois precisamos conversar.

Da mesma forma repentina que entrou ela saiu, eu não ousei ir do lado de fora e segui-la, para saber mais do que ela estava dizendo. Meu senso de sobrevivência berrava para eu ficar quieto e esperar por ela.

A chegada da ninfa me despertou, me levantei e fui fazer um chá com algumas folhas de hortelã que ainda tinham na cabana, assim que o chá ficou pronto, a ninfa entrou novamente pela porta.

Sua aparência voltou a ser quase a mesma, suas roupas limpas praticamente transparentes exibindo seu corpo, seus cabelos molhados, mas em seu rosto, as marcas do cansaço não conseguiram ser escondidas.

- Chá? – Pergunto para ela que assente com a cabeça.

Leteia se acomoda na cadeira de madeira junto da pequena mesa de que tem na sala.

- Como foi seus dias aqui?

- Entediantes, não se tinha muito o que fazer e nem com quem conversar, como foi a missão?

- Cansativa, odeio ficar tanto tempo longe da água, meu humor não fica dos melhores, além do mais, tivemos que enfrentar mais daquelas criaturas.

- Mais raruks foram para lá?

- Sim – Ela suspira – Foram dias cansativos.

O olhar da ninfa se perde, tenho o pressentimento que ela não está falando tudo que a incomoda.

- E você está assim só por causa deles?

- Humano, você não tem noção mesmo de como aquela fenda é valiosa, não é?

Fico em silêncio, eu realmente não sabia o verdadeiro significado da fenda e o porque atacaram ali.

- Aquela fenda liga a um plano mágico, nesse plano é onde se concentra a essência de toda a magia do nosso mundo, não é qualquer um que é autorizado a entrar, e caso você vá parar lá sem permissão, bem, digamos que você não retorna.

- Se é tão perigosa assim, parece que a mesma sabe se cuidar, então porque vocês têm que protege-la.

- Por mais que a fenda tenha suas defesas, ela não é impenetrável, existem inimigos que buscam a essência da verdadeira magia, quem a possuir, terá poderes que poderão acabar com nosso mundo, por isso a protegemos.

- E vocês nunca pensaram em pegar esse poder para si?

- Nós aprendemos a respeitar tudo nesse mundo, pra que ter mais do que é nos dado, se o que temos é o suficiente, a ambição humana não é uma característica que você encontrará nas ninfas, nós fomos criadas através dessa magia e por isso somos gratas a ela, nunca se esqueça, assim como a magia pode fornecer coisas incríveis, também pode causar muita dor a quem ousar desafia-la.

Fico pensando nas palavras de Letéia, todos esses costumes eram novos para mim, e com todas as informações que vou descobrindo, vou tendo mais certeza de que é isso que a rainha e o rei querem para si.

- Letéia, quando Ansal virá me buscar e me levar para ver a Lia.

Vejo que a ninfa trinca o maxilar e seu corpo fica tenso, um arrepio de mal pressentimento invade o meu corpo.

- O que foi?

- Nesses dias que fiquei fora não fiquei somente na guarda da fenda, Ansal não quer que você saiba, acha que pode fazer alguma besteira, mas eu discordo, acho que você já passou por muita coisa e tem o direito de saber.

- Saber do que?

- Durante o teste três ninfas entraram na floresta, uma delas era a Lia, uma retornou, a outra não se saiu muito bem e sucumbiu as consequências do teste, mas Lia....

- O que tem a Lia? – Sentia meu coração acelerar em meu peito.

- Não temos sinal dela, Ansal montou um grupo de buscar após ver que a prova já deveria ter acabado, eu estava nele, mas não conseguimos achar nada, ela desapareceu, e com a guerra que se desenrola em nossos portões...

- Não, ela está viva.

Me levanto bruscamente e vou pegar a adaga encantada, a trago correndo para Letéia ver que ela ainda brilhava, contei que a direção da adaga mudou durante esses dias.

A ninfa me arrastou para o lado de fora e mandou eu não soltar a adaga, ela traçou um círculo na areia ao pé do lago e me colocou dentro, ficou olhando para a lua que brilhava alto no céu e depois, para a direção que a adaga indicava.

Letéia soltou um grito de frustração alto e falou algo, que eu julguei ser um xingamento. Ela respirou fundo umas três vezes e então se aproximou de mim, o que estava acontecendo afinal?

- Você disse que a adaga mudou de direção correto?

- Sim. – Estou desconfiado do que possa estar acontecendo, por isso estreito meus olhos para a ninfa.

- Me mostre exatamente as direções que ela mostrou para você esses dias.

- O que está acontecendo Letéia?

- O que está acontecendo é que tua amiga é igualzinha a mãe dela e faz as coisas sem pensar, agora me mostre as direções rapaz.

Suspiro fundo e indico a primeira direção para ela.

- Quando cheguei aqui a adaga apontava para cá.

- Ok, aí se encontra a floresta do teste, onde fica a fenda, para onde ela apontou depois.

- Depois ela foi descendo no sentido horário e ficou um tempo aqui.

- Esse é o caminho para se sair do reino ninfico, ela voltou para a floresta, e depois.

- Depois a adaga ficou um tempo parada mais a sudeste.

- O reino humano? O que diabos ela foi fazer lá?

- Ela voltou para o meu reino então?

- Pela direção que está me apontando sim, mas ela não se encontra mais lá, desde quando a adaga está apontando nessa direção de hoje?

- Quando ela saiu do reino humano foi direto para essa direção, está assim desde então.

Letéia passa as mãos pelo rosto cansado e checa novamente a posição da lua com a da adaga.

- Letéia, para onde Lia foi?

- Sua amiga está no reino dos elfos, por isso não a encontramos aqui.

- O que ela foi fazer lá?

- Essa é uma ótima pergunta jovem Ron, preciso avisar Ansal urgentemente.

- Lia corre perigo?

- Mais do que você imagina.

- Precisamos ir resgata-la então, o que estamos esperando.

Meu pressentimento então estava certo, algo estava errado com minha amiga. Já não segurava mais a adaga, andava de um lado para o outro nervoso e passava uma das mãos por meu cabelo.

- Primeiro, você não irá ao reino élfico, segundo, não podemos invadir o reino deles assim, não sabemos o que aconteceu, se ela foi capturada ou se está lá infiltrada e as duas opções são possíveis. Se invadirmos e ela tiver disfarçada, a colocaremos em risco.

- Mas se ela tiver sido capturada estaremos a condenando a morte.

A ninfa estava séria, e sua respiração pesada.

- Ela não é uma menina indefesa humano, é uma situação delicada, por isso, irei enviar uma mensagem para Ansal, vamos aguardar um posicionamento dela.

- E cadê ela afinal?

- Está tendo que apagar alguns incêndios no palácio.

Letéia se aproxima de mim e coloca uma das mãos apoiadas em meu ombro. O sol começava a nascer no horizonte, formando uma paisagem linda dos primeiros raios solares batendo nas águas do lago.

- Venha, se sente na areia, já me juntarei a você.

A ninfa pega um punhado de água sussurra algo dentro dele e então faz com que essa água vire vapor e desapareça. Essa era a forma dela enviar uma mensagem a tia de Lia.

- Teremos que esperar agora, por isso, me conte um pouco sobre vocês dois, como se conheceram, gosto de histórias de romance..

- Primeiro – Eu ri – Não se tem nenhum romance – Ela arqueou uma sobrancelha - Bom, nós crescemos juntos num pequeno vilarejo, depois que minha mãe morreu, meio que a mãe de Lia me adotou, desde que me lembro sempre estivemos juntos.

- E como se separaram?

- Eu tinha recebido uma carta de convocatória para ir para o exército e neste mesmo momento, a mãe da Lia foi assassinada pelo Raruk. Nós fugimos, eu da convocação e ela do assassino que a perseguia.

- Você deve ama-la bastante para se arriscar assim, contra um monstro que claramente nenhum dos dois poderia derrotar na época.

- Nós não sabíamos contra o que estávamos lutando, não até chegarmos no rio Bravo, o maldito nos encurralou, fomos atravessar a ponte e então ela se rompeu. Me lembro de cairmos na água gelada, eu estava paralisado por causa do veneno dele, em algum momento perdi a consciência.

- E o que aconteceu depois.

- Eu acordei na beira do rio, minha cabeça sangrava, estava numa parte mais calma, eu me levantei e procurei por ela, gritava o seu nome, mas não tive resposta.

Sou levado pelos meus pensamentos aquela época que pensava que tinha perdido tudo.

- Eu estava perto da cidade de Gerda, me hospedei numa taverna, trabalhei para o dono para pagar minha estadia, eu ainda tinha um tempo para acha-la antes dos guardas da convocação virem atrás de mim.

- E você não a achou pelo visto.

- Não, eu ia todos os dias para perto do lugar onde tinha acordado, procurei incessantemente por toda aquela parte da floresta, pela cidade, vai que ela tivesse perdido a memória, mas a cada dia que se passava e eu não a encontrava, mais o pensamento de que ela não tinha sobrevivido se apossava de mim.

Senti minha garganta falhar com essas últimas palavras, meu peito se apertou e as próximas palavras foram difíceis de serem pronunciadas.

- Meu prazo tinha acabado, os soldados vieram buscar quem não tinha se apresentado, fui levado a força para Dakar, mas nada naquele momento me importava muito, meu raio de sol tinha ido embora e eu não pude fazer nada para impedir, na verdade, até me culpava por não termos atravessado a ponte logo da primeira vez que vimos.

- Você não teve culpa.

- Tive, ela estava tentando me proteger quando caímos no rio – Não contive mais as lágrimas – Passei três anos da minha vida achando que ela estava morta e então do nada descubro que não está, preciso encontra-la, preciso protege-la, preciso dizer que eu ...

Minha voz falhou na minha garganta, o ar faltava e meus olhos queimavam com as lágrimas que derramava.

- Você vai vê-la de novo, tenha calma, mas não adianta você se colocar em perigo desnecessário, seja esperto e tente não agir por impulso por causa dos seus sentimentos.

- Você não entende, não sabe o quanto preciso vê-la, não sabe o quanto ela é importante para mim.

Letéia da um sorriso para mim.

- Sabe jovem, soube que você é noivo da princesa de Dakar.

A olho confuso o que isso tem haver com o que estamos falando.

- E o que tem isso?

Ela se levanta e se caminha para dentro da água do lago, mas antes de submergi completamente me olha novamente.

- Desde que você chegou nunca o escutei falar de sua noiva, não está preocupado com ela.

Me sinto um pouco culpado por ter esquecido de Lara, mas ela estava segura e não precisa de mim no momento.

- Ela está segura em Dakar, não tenho com o que me preocupar.

- Mas nunca a citou para mim, não está com saudades? Nem preocupado, afinal, estamos em guerra, ou será que só outra lhe vem à cabeça?

- Do que você está falando, Lara sabe se cuidar.

- Estou falando humano, que sei muito bem o que você sente pela herdeira e o que ela significa para você.

- Claro que sabe eu amo a Lara.

- Tem certeza de que é essa a herdeira que ama verdadeiramente?

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