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Capítulo 51

Kael tinha ido embora, fiquei sozinha com Zamir em algum lugar dentro da cidade élfica. Tudo que eu sabia era que estávamos perto da água, minha magia estava retornando aos poucos para mim, ainda estava bem fraca, mas a água, eu já conseguia sentir.

Fiquei sentada na cama, minha cabeça ainda latejava e meus olhos pareciam ter brasas, mesmo com o pano amarrado neles que aliviou um pouco a dor, a mesma não se foi por completo.

Recosto a cabeça na parede e fico pensando, onde eu estava com a cabeça, para tentar descobrir quem era meu pai sozinha. Me abraço e sinto um calafrio percorrer o meu corpo, quando flashes do que eu passei me vem a mente.

Tudo que eu queria no momento, era poder voltar no tempo e ter feito essa jornada de forma diferente. Senti lágrimas silenciosas escorrerem pelos meus olhos.

- Você precisa de algo Lia?

Escutar a voz de Zamir me fez retornar a minha dura realidade, eu estava presa num lugar, que não tinha a mínima ideia de onde era, um dos espiões que minha tia mais odeia era minha babá, e minha magia não estava cem por cento.

- Porque acatou a ordem de Kael?

Desvio o foco do assunto de mim, apesar de Kael ter sido gentil e atencioso, algo me dizia que ele estava omitindo informações de mim, que ele era muito mais do que deixava demonstrar.

- Kael é um velho amigo, estou acostumado com nossa troca de favores.

- Então quer dizer que sua missão, no caso ser minha babá, será cobrada?

- Exatamente, não pense que sou um elfo domesticado.

- Jamais pensaria isso de você.

- Falando nisso, pelo que entendi você já escutou falar de mim, mas eu não tenho a mínima ideia quem é você, então porque não colocamos tudo as claras, você me fala logo o que acha de mim e assim evitamos desentendimentos desnecessários.

Fico em silencio analisando o que o elfo disse, eu não tinha como ter raiva dele, desde que o conheci, ele só me ajudou, na verdade, tudo que sei de ruim sobre ele me foi contato, eu de fato nunca tive nada pessoalmente contra Zamir.

- Eu não tenho nada contra você elfo, tudo que sei são apenas histórias sobre você.

- Histórias? – Escuto uma certa empolgação em sua voz – Que tipo de histórias?

- Do tipo que você não irá gostar de escutar. – Ele gargalha, para a minha surpresa.

- Sabe ninfinha, minha fama é bem extensa, vamos fazer um acordo o que acha?

- Primeiro, não me chame nunca assim, e segundo, um acordo, com você? – Fico intrigada e ressabiada com sua proposta.

- Sim, teremos que passar um bom tempo juntos, e na maioria desse tempo vou ter que estar sóbrio, o que deixa o meu humor péssimo, então eis a minha proposta, você me conta uma história que sabe sobre mim e eu lhe digo o que realmente aconteceu, o que acha? Te garanto que a minha versão é bem mais interessante ninfinha.

Esse elfo metido me chamaria assim só para me irritar, não conseguia acreditar no que ele estava me propondo, mas a ideia de saber a verdade da própria fonte me deixou curiosa, além do mais, se conversássemos sobre ele, não precisaria lhe dar informações sobre mim, ou precisaria?

- Tenho uma proposta melhor orelhudo, lhe contarei as histórias, mas em troca quero que me responda algumas coisas sobre os elfos. – Escuto ele rir do apelido.

- Gostei do seu senso de humor, mas o que exatamente vai querer saber, pois nem tudo poderei lhe falar.

- Sou uma curiosa nata, não conheço muito a sua cultura, porque não começamos por ai?

- Olha só além de bonita também é inteligente, ok ninfinha, eu topo.

O elogio dele me fez ficar em alerta, meu rosto fica sério e minhas mãos tensionadas. Minha reação é automática depois do que passei, não consigo relaxar perto de alguém que me faça qualquer elogio que envolva meu corpo ou aparência.

- Desculpe Lia – Escuto a mudança no tom de voz dele – Não falei por mal.

Escuto seus passos vindo em minha direção e meu corpo já fica em alerta, ele para bem próximo de mim, sinto ele tocar em minhas mãos, minha reação é de puxá-las e de chutá-lo.

- Hey! Calma Lia! – Ele grita após eu acerta-lo.

- FIQUE LONGE DE MIM!

- Escute Lia – Seu tom de voz é calmo – Eu jamais, tocaria em alguém sem a permissão desse ser, acredite em mim.

- Eu não acredito em mais ninguém Zamir, fique longe, ou dá próxima vez não serei tão branda.

Escuto o elfo suspirar e se afastar, sei que ele pode estar querendo somente me ajudar, mas não confio em mais ninguém, pelo menos não em quem eu não conheço verdadeiramente.

- Precisamos discutir como vou lhe tirar daqui.

Acalmo meu coração que está acelerado e tento controlar minha respiração irregular.

- Qual é o seu plano?

- Assim que anoitecer iremos navegar rio abaixo, ele nos levará para fora do território élfico e de lá, seguiremos o caminho a pé até a fronteira ninfica.

- Um elfo chegar tão perto da fronteira num momento de guerra como este, não é muito seguro.

- Eu sei disso, mas eu sei me cuidar e não vou te deixar sozinha na floresta, além do mais, ficou preocupada comigo? – Escuto o tom zombeteiro dele.

- Por mim, quanto mais perto você chegar da fronteira melhor. E você não precisa, enviarei uma mensagem para uma amiga, pedirei que me encontre na floresta e ela me levará para casa, assim seu trabalho de babá será mais curto.

- Pode ser, mas você só poderá enviar a mensagem quando sairmos do reino, pois qualquer mensagem enviada daqui pode ser interceptada pelos vigias mágicos.

Concordo com a cabeça e volto a me deitar na cama, meu corpo ainda estava exausto, desde que sai do meu reino, a primeira vez que consegui dormir sem pesadelos, foi quando Kael me trouxe para este lugar, por algum motivo me sentia segura com ele.

Me acomodo na cama e deixo que meu cansaço, me embale num escuro vazio. Não sei quanto tempo se passa, mas acordo gritando e com mãos fortes me segurando, alguém fala comigo, mas meu desespero é tanto, que não entendo.

- LIA! SE ACALME, VOCÊ ESTÁ SEGURA.

Zamir berrava comigo para eu parar de me debater, quando desperto e fico mais calma, ele solta os meus ombros e se afasta.

- Desculpe, foi um pesadelo. – Passo minhas mãos pelo meu rosto.

- Eu sei, eu também tenho os meus.

- Com o que você sonha?

- Muitas coisas ninfa, muitas coisas, mas agora que você despertou coma esse pão, já está quase na hora de sairmos para pegarmos o barco.

Zamir me passa um pão com queijo e um copo de leite, eu os aceito de bom grado, sei que deveria desconfiar que talvez ele fosse me envenenar, mas algo me dizia que ele não tinha essa intenção.

Assim que terminei de comer, Zamir me ajudou a descer as escadas do lugar que estávamos, ele era agora o meu elfo guia, eu tinha que confiar nele para me locomover naquele lugar que eu não conhecia, por isso, apoiei minha mão em seu ombro e fomos em direção ao barco.

Zamir pede para eu esperar abaixada atrás de alguma coisa, ele demorar para voltar, mas quando o faz está apressado, me fazendo ir cada vez mais rápido. Chegamos numa espécie de cais, escuto a água bater na plataforma de madeira que range sobre nossos pés, ele me ajuda a subir no barco, me sendo perto de um dos mastros, enquanto o escuto andar de um lado para o outro.

Em pouco tempo estamos navegando, sentir a proximidade com a água me faz sorrir. Desde que fui capturada meus poderes foram retirados de mim, então não resisto e estico uma das minhas mãos.

Não ligo por ter o elfo como plateia, eu precisava senti-la de novo, eu precisava ficar inteira, por isso, convoco a água, não demorou muito para um punhado de água vir na minha direção e dançar pelas minhas mãos e braços.

- Mas o que é isso? – Zamir falava surpreso.

- Esse elfo, é meu verdadeiro elemento – Eu sorria.

- Você é uma náiade?

Alarguei mais ainda meu sorriso e fiquei brincando com a água.

- Mas como? Você não pode ser uma náiade e ter controlado o fogo tão bem, é impossível, são elementos contraditórios.

Eu fico em silêncio e continuo a me entreter com a água em minhas mãos.

- Combinamos que você me responderia a perguntas e eu lhe contaria histórias e não ao contrário lembra?

Ele fica calado, sabe que não irei lhe dizer o que quer saber.

- Pelo menos esse seu dom, irá facilitar a nossa viagem.

- Ainda sinto meu elemento muito fraco, não sei se poderei ser útil.

- Isso é normal pelo que você passou, depois que descansar verá que sua conexão ficará cada vez mais forte.

Um sorriso sincero se espalhou pelo meu rosto com o que ele falou, fiquei manipulando o elemento com uma das mãos e com a outra, desfiz o nó do tecido em meus olhos, levei minha água até eles, numa tentativa de tentar curar o que foi me tirado.

Sentia a água agir em meus olhos, abafando cada brasa que estava presente em minha pele. Quando tudo parou de arder e senti que tinha conseguido me restaurar, abri meus olhos, mas minha visão não voltou.

Eu não sentia mais dor física, o machucado tinha se cicatrizado, mas a cicatriz permaneceu e com ela, a minha falta de visão, então desde a primeira vez que eu fiquei sem ela, eu chorei.

Lágrimas eram derramadas não pela dor física, mas sim pela dor do que ficou marcado em mim. Senti uma mão em meu ombro, eu não consegui me afastar de seu toque, eu precisava de conforto e por isso, deixei que Zamir me cedesse o seu ombro para eu chorar.

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