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Capítulo 36


Adentrei o salão real quase cuspindo fogo pela boca, tinha passado minhas últimas horas tendo que alojar aqueles monstros. O rei estava conversando com Lara, assim que me viram pararam de falar.

Fui em sua direção com passos firmes, a noite em claro, as ordens absurdas e os Raruks em nosso quintal, era de mais para mim. Lara viu em meu rosto que eu estava transtornado.

- Como o senhor pode hospedar aqueles monstros?! – Minha voz estava elevada.

- Primeiro de tudo se acalme comandante, lembre-se com que está falando.

Ao ver que não concertei a forma que me dirigi a ele, o rei fechou a face, Lara rapidamente interveio.

- Meu caro pai, tenho certeza que Ron está estressado com tantas pessoas para abrigar.

- Aquilo não são pessoas Lara.

- Tens razão meu jovem, eles não são homens, são muito mais que isso, eles são a razão de ganharmos a guerra.

- O senhor só pode estar louco de se juntar aqueles monstros!

- Todos cometemos loucuras, mas se elas nos fazerem ganhar a guerra, serão chamadas de genialidades.

Olhei incrédulo para o rei a minha frente. Darius era um homem alto, com cabelos grisalhos e algumas cicatrizes pelo braço e uma em seu rosto, que cortava toda a sua bochecha direita.

Sentia meu sangue ferver, os absurdos que ele dizia e pensava iriam nos levar a morte, se não fosse pelo povo da floresta, seria pelos seres que ele chama de aliado. Fechei minha mão na lateral do meu corpo, estava prestes a avançar sobre ele, quando Lara apoia uma de suas mãos em meu peito.

- Meu caro pai, acho que Ron está cansado, vou acompanha-lo até seus aposentos, acho sensato nosso comandante geral descansar, para poder instruir bem nosso exército.

Minha reação não passou despercebida do rei, ele estreitou os olhos para mim.

- É uma excelente ideia minha filha, acho que nosso comandante precisa esfriar a cabeça, afinal, não queremos ninguém com medo de nossos aliados.

Lara praticamente me empurrou para fora da sala do trono, eu tremia da cabeça aos pés de raiva, meu rosto estava em chamas e tudo que eu queria fazer era gritar de frustração. Assim que chegamos no meu quarto, Lara fechou a porta atrás de nós dois.

- O que foi aquilo Ron?

- Seu pai está louco em confiar nessas bestas.

- Sei que eles podem não ter a melhor aparência, mas parecem estar do nosso lado.

- Do nosso lado? – Ri sarcasticamente – Esses monstros só conhecem o lado deles Lara, assim que tiverem uma oportunidade acabaram conosco.

A princesa fechou o rosto.

- Você está sendo preconceituoso Ron, eles podem nos ajudar a ter finalmente a paz, a acabar com essa guerra de uma vez por todas.

- E a que custo faremos isso, afinal de contas Lara, o que seu pai tanto quer naquela floresta?

Ela ficou calada me olhando, eu tinha perdido a paciência, precisa gritar e se tivesse que ser com ela, para colocar algum juízo em sua cabeça, que fosse.

- O povo da floresta jamais nos atacou, se não fosse por seu pai, não existiria guerra.

- Se não fosse por meu pai defender a fronteira, eles já teriam invadido nossas terras.

- E como você sabe? Se nunca paramos de ataca-los. Isso é errado Lara, tem que haver outra solução.

- Você sabe que não tem.

- Sei? Como sei, se nunca tentamos outra coisa, será que para você cometer genocídio de não uma, mas duas raças é a melhor solução?

Eu andava inquieto no meu quarto, sempre que falava não conseguia manter meus braços grudados em meu corpo.

- Você está cansado, melhor descansar e conversarmos quando tiver mais calmo.

Ela se dirigiu para a porta, mas antes que saísse eu a segurei por um dos pulsos e olhei bem em seus olhos.

- Você sabe que tudo que falei aqui é verdade, não mudarei de ideia quando estiver mais calmo. Algo de muito errado esta acontecendo Lara, e se não ficarmos do lado certo dessa batalha, consequências catastróficas poderão ocorrer.

Soltei seu braço e a deixei ir embora, fui tomar um banho para me acalmar e em seguida, me joguei em minha cama. Precisava estar descansado para colocar o meu plano em ação, se os humanos não sabiam quem era a rainha, os raruks com certeza sabia.

Passei a próxima semana entre as tropas, quando os soldados que foram enviados para treinar com os raruks se exibiam na arena, quase não os reconheci lutar. Eles tinham melhorado muito suas habilidades.

De longe fiquei observando as bestas, percebi que eles se dividiam em classes, os de maior classe ficavam no centro de seu acampamento e usavam uma faixa vermelha, na ombreira de seu uniforme.

Os raruks a minha frente eram bem diferentes do que eu tinha encontrado no rio, eles tinham diversos tamanhos, alguns eram até bem magros, enquanto outros, tinham quase dois metros de altura e eram puro musculo.

Reparei que existiam algumas fêmeas entre eles, essas eram tão horrendas quanto os machos. O que as diferenciavam, era que elas tinham uma trança, enquanto que os machos usavam as cabeças raspadas.

Suas armaduras eram feitas de couro, suas armas eram estranhas, as espadas possuíam lâminas serrilhadas, assim como seus machados tinham as pontas avermelhadas como se fossem sangue.

Fiquei tentando escutar alguma conversa sobre a rainha, durante toda essa semana que eles estavam em Dakar, mas as bestas tinham um dialeto próprio e raramente falavam em minha língua.

Minha relação com Lara tinha ficado abalada, sempre que nos encontrávamos discutíamos. Ela achava que o que o pai fazia era o correto, que eu estava de implicância com os novos aliados.

Eu não podia contar para ela como sabia na pele, como aqueles monstros poderiam ser fatais e maldosos, se contasse, seria como assinar a minha sentença, afinal, eu estava fugindo do recrutamento.

Já era tarde da noite, estava passando pela sala do trono, quando escutei algumas vozes vindas dela. A porta estava fechada, me aproximei de vagar e colei meu ouvido na madeira. Era o rei que estava ali dentro, mas ele não estava sozinho, uma voz feminina o respondia.

- Pensei que não viria ao meu encontro antes do grande dia.

- Darius, você é muito impaciente, lhe disse que enviaria minhas tropas e que assim que fosse possível lhe encontraria.

- Você irá participar do ataque a floresta?

- De certa forma sim, mas lembre-se majestade, esse ataque é somente para destruirmos a barreira, seria imprudência adentrar a floresta com tamanho exército.

- Mas com nossos números conseguiríamos derrotar aqueles malditos de uma vez.

- Não seja tolo, a floresta é território deles, você entraria as cegas e seria derrotado, além do mais, para conseguir o que tanto desejamos, um grupo pequeno é mais indicado, enquanto que o resto do exército distrai eles do nosso real objetivo.

- Posso ver o porque recebestes esse nome rainha.

Meu coração estava na boca, atrás daquela porta estava a rainha sombria, a mulher que venho tentado descobrir o que quer que fosse. Escutar o real plano deles me fez temer, se esse exército gigantesco era apenas uma distração, o que será que eles realmente buscavam.

Escutei passos vindo na minha direção e sai rapidamente de onde estava, minhas pernas estavam meio bambas. Minha intuição falava que eu estava do lado errado, eu precisava dar um jeito de avisar a alguém sobre o verdadeiro plano.

Fui para o meu quarto, coloquei algumas mudas de roupa, armas, mapas e comida em uma mochila, vesti uma capa preta com capuz e desci até a cozinha, que para a minha sorte, estava vazia aquela hora da madrugada.

Levantei a tampa de um alçapão escondido na dispensa e me pus a correr no túnel que levava para fora do palácio. Eu precisava chegar a floresta antes deles, precisava avisar a Lia, afinal, assim que o sol nascesse, as tropas marchariam em direção a floresta e aí já seria tarde de mais.

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