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• Esclarescendo poderes (e sentimentos)•

Já se passaram quatro dias desde nossa saída de Hednar, e até agora, tudo corre bem. Avançamos bastante, infelizmente passando por algumas vilas completamente destruídas, e vendo com nossos próprios olhos muita coisa diferente.

As plantas perto desses locais estavam murchas, escurecidas, o solo arenoso ou muito seco. Aos poucos os arredores dessas vilas estão falecendo. Mas felizmente são apenas os arredores, por enquanto. Quanto mais ataques são feitos, mais essa doença se espalha.

Passamos agora pelos Planaltos de Syun, onde tantas batalhas já foram travadas. Não mágicas, humanas. Esta terra é manchada de sangue até seu nível mais profundo. Aqui foi campo de batalha por séculos, devido a ganância pelas terras vizinhas passada de geração a geração de ambos os lados. Dois reinos fortes e grandes, que queriam mais poder. E acabaram se destruindo.

Hoje esse lugar é infértil, nada cresce aqui além de gramíneas. Estas terras amaldiçoadas preferiram perder toda sua riqueza, a ter de suportar o medo de novamente carregar centenas de corpos sobre sua superfície.

– Sam, tenho boas notícias! - Tio Ray aparece ao meu lado.

– Pois então diga logo oras. - respondo impaciente.

– Temos uma visita. E ela não vem sozinha.

– Diga logo quem é tio, não tenho paciência pra suspenses. - digo já irritada. – Espere um momento então que direi para pararmos.

Me dirigi pra perto de Yedryn e dei a ordem de pausa aproveitando já estarmos ao pôr do sol. Voltando pra perto de meu tio fiz sinal pra que falasse.

Ele murmurou algumas palavras inaudíveis e uma luz alva surgiu em suas mãos, então as direcionou para o chão e tracejou um círculo com algumas runas por dentro.

- Atros k'tut Opon tut Setro, Ue kaniê i tarok, folk kuni voluá berus donê.

( Através do tempo e Espaço, eu convoco um portal, pela minha vontade seja feito.)

Meu tio diz não mais alto que um sussurro e as runas no chão brilham em resposta. Uma leve ondulação se fez no ar acima do círculo, mas apenas perceptível caso prestasse bastante atenção. O que acho que todos estavam fazendo.

– Acho que se lembra de sua tia Cassandra.

Uma jovem e bela mulher surgiu da ondulação. Quando digo bela, é realmente bela. Minha tia Cassandra é da família de meu pai. Híbrida de Bruxa das Trevas com Bruxo Branco, seus cabelos negros ébano esvoaçavam com o vento, junto de suas vestes que se abriam do meio da coxa pra baixo. Os olhos rubros que são seu diferencial me encontram e ela abre seu sorriso esplêndido de dentes perfeitos. Sobre seu físico, apenas digo que ela poderia colocar qualquer monarca a seus pés, sem nem pensar em usar magia.

Uma de minhas tias preferidas. Vive viajando e sempre tem histórias fantásticas a contar. Não faz questão nenhuma de passar despercebida ou de se camuflar como humana. Em seus vinte e cinco anos de vida, já viveu mais que muita gente.

– Cassandra! Há anos que não te vejo! - me aproximo.

– Mia Bella! Três anos se não me engano. - Ela me puxa pra um abraço apertado.

Ela é a "tia" mais nova que tenho e sempre que aparece me trata como uma irmã mais nova e eu sempre a tive em alta conta, também a tratando como a irmã mais velha que nunca tive.

– Mudando de assunto, uau! Como você está linda! Aposto que faz bastante sucesso. - me lança o olhar cúmplice que trocamos a tanto tempo e retribuo.

Ela sempre foi a presença feminina mais próxima de mim, pena que sempre esteve tão longe.

– Não mais que você Cas, como sempre esplêndida. Deixemos isso de lado por hora, meu tio disse que estava acompanhada.

– Ah sim. - ela se vira pra ele - está pronto Raymond? A ligação já está feita.

– Sim Cassandra. - ele estende a mão pra ela, que aceita, e juntos tornam a evocar a luz.

– Melhor protegerem os olhos todos vocês. - ela diz em alto e bom som.

O círculo volta a brilhar, e a luz que irradeia dele e das mãos de meus familiares se intensifica, causando um flash imenso que me obriga a fechar os olhos.

Quando os abro novamente, a mesma quantidade de lobos e elfos juntos, corresponde a mesma de bruxas que simplesmente apareceram no campo.

Dos mais diversos tipos, dos mais variados recantos do mundo. Algumas trazem pinturas no corpo, outras elegantes e belos vestidos. Consigo identificar nativas das terras gélidas do norte, e outras vindas de outros cantos mais desérticos.

– Quando Aliss me contou da situação e vi minha irmãzinha metida no meio disto tudo, não pude deixar de contribuir e comparecer. Demorei todo o inverno, mas consegui reunir todos os meus contatos. - ela abriu um sorriso satisfeito e me encarou contente.

– Cas isso é... incrível!- eu realmente estou de queixo caído. Até agora não havia tido notícia alguma sobre a aliança bruxa - Isso quer dizer que vai seguir conosco?

– É claro que sim! Jamais te deixaria sozinha nessa.

– Acho que já podemos nos recolher. Amanhã prosseguiremos assim que o sol nascer. Bom descanso a todos. - elevo a voz pra que alcance a tropa.

Aos poucos as barracas foram se levantando e fogueiras foram acesas. A noite fresca da primavera caiu serena e a lua subiu aos céus encantadoramente prateada. Meu grupo sentou em roda, preparando a própria refeição como sempre fazemos nós quatro, agora seis.

– Então, vocês estão esperando mais alguém?

– Mais elfos estão pra chegar Cas. Eles são a última parte do contigente que falta. E espero que não demorem muito mais - alonguei as pernas.

– Por curiosidade, como convenceu Yedryn? Já lidei com o tipo antes e sei que é um cretino. - ela faz uma cara desgostosa ao mencionar o elfo.

– Uma linda dívida de gratidão que ele tem comigo. Precisou de um incentivo a mais pra ele pagar, mas em geral é isso. - dou um sorriso vitorioso e ela me acompanha.

– Essa é minha garota. Você não quebrou nenhum osso dele quebrou? Pelo que eu te conheço seus incentivos geralmente são um pouquinho agressivos. E adoraria que a resposta fosse sim.

– Pouquinho? Ela quase me rasgou com uma faca quando nos conhecemos. - Lucian retruca.

– Isso é porque você não convive com ela a seis anos. Um urso é menos agressivo que a Samhara. E isso desarmada.

– Quer dizer que os dois lobos se uniram contra mim é isso? Que bonito - cruzo os braços e os encaro - As únicas coisas que quebrei dele foram a moral e o respeito com seus próprios súditos. Se é que ele tinha. - respondo Cassandra e acabamos todos por rir.

– Bem, de você eu me lembro Jason, e espero já poder te chamar de cunhado. Mas ele eu nunca vi - aponta pro garoto lobo.

– Também é um prazer te rever Cassandra. - Jason responde e sorri.

– Lucian, essa é Cassandra minha irmã mais velha postiça. Cassandra, esse é Lucian, o lobo mais abusado que você vai conhecer. Pronto estão apresentados. - reviro os olhos ignorando o primeiro comentário da língua afiada de Cas.

– Prazer. - dizem em uníssono.

– Não ligue pros comentários da Sam, ela me ama. - Lucian retruca e passa um dos braços sobre meus ombros.

– Não disse que era um abusado?

– E ela ali, quietinha no canto. Quem é?

– Sou Ellyna, Samhara me salvou de um sequestro indo pras montanhas. Desde então a acompanho. - sorri tímida.

– Interessante... - Cassandra analisa. - Enfim. Está tudo muito bom, mas tenho uns preparativos a fazer. Com sua licença.

Ela se levanta desejando boa noite e vai pra sua barraca. Logo acabamos também, e seguimos cada um seu rumo. Acabo indo de encontro a ela.

– Cassandra? - chamo na entrada da tenda.

– Entre Mia Bella! - Passo a entrada e a encontro folheando um grimório.

– Relembrando feitiços?

– Se vou lutar quero estar bem preparada. O que te trás aqui irmãzinha?

– Preciso tirar algumas dúvidas. Acho que você pode me ajudar. - Ela faz sinal pra que me aproxime e sentamos as duas sobre as almofadas.

– E seria sobre...?

– Meus poderes. Durante uma batalha contra vampiros eu meio que sofri uma transformação. Fui descoberta, tive que fugir e não tive tempo de falar com ninguém pra saber o que era. Contando com essa primeira me tranformei três vezes.

– Você é uma híbrida certo? - confirmo com a cabeça. - magia branca, com elementar. Me deixe advinhar, durante essa transformação sua magia aumenta e você muda fisicamente?

– Exato.

Ela pegou minhas mãos, fechou os olhos, e de repente seus cabelos negros se tornaram púrpuras, e também levitaram como se estivessem embaixo d'água. Ela abriu os olhos e a parte branca ao redor de sua íris naturalmente vermelha, estava  completamente negra. Ela me olha e sorri.

– Não se preocupe. São apenas os Poderes de Kyendra. Todos os híbridos a possuem, e é facilmente controlável. - ela volta a fechar os olhos, e sua aparência retorna ao normal.

– E o que são esses poderes?

– Aghata não te explicou? Mas o que aquela bruxa andou lhe ensinando todo esse tempo? - reclama irritada. - bem, vamos lá.

– A Transformação é um poder que amplia nossa capacidade mágica. Nossa magia é infinita, mas nossos corpos não são capazes de suportar a totalidade dela. Kyendra foi a primeira híbrida a existir entre os bruxos, e descobriu essa habilidade. Ela nos concede a capacidade necessária de suportar toda a extensão de nossos poderes, e de utilizar os dois lados que nós híbridos possuímos, a magia vinda do lado paterno e do materno.

Eu já sabia que híbridos apenas podiam utilizar um lado da magia de sua árvore genealógica, afinal desde que nascemos um lado se aflora mais que outro, e aos poucos apenas aquele passa a se desenvolver.

Exemplo, o lado que desenvolvi foi o materno, o elementar, mas se lembram da habilidade de transmutação? Então, ela vem da magia branca do meu lado paterno, mas não tenho mais acesso a magia branca do que essa habilidade mínima.

– Cada bruxa ou bruxo, a desenvolve em uma situação de emoções muito fortes. A maioria consegue em casos de extrema alegria. Alguns de tristeza, outros de dor, até mesmo uma surpresa muito grande, boa ou ruim, pode despertar o poder, contanto que seja intenso.

– Por que a sua é diferente fisicamente da minha? - questiono.

– Por conta das emoções. Se você a desenvolve por alegria, você tem uma aparência, seus cabelos podem ficar loiros, e seus olhos cor de rosa. Mas se você a desenvolve por dor, bem provável que seus fios se tornem cinza e seus olhos completamente brancos.

– Qual seu sentimento? - pergunto.

– Está mais pra pecado - ri sarcástica- Luxúria. Como foi o seu despertar? Me refiro a situação.

Faço o relato do momento em questão, e do das outras duas vezes que usei o poder, contando exatamente os detalhes e como me sentia. Ela ouviu atentamente e me observava aflita.

– Escute Mia Bella. Os seus poderes se deram pela raiva. Não é rara, muitas se transformam assim, mas infelizmente ela não é um poder seguro.

– Como assim?

– Ela é incontrolável, e por isso altamente perigosa. Isso acontece por que quando ativada pela raiva, quem toma conta, é seu mais brutal e agressivo instinto. E ele é impossível de conter. Eu já vi grandes desgraças causadas por esse poder, aqueles que o possuem se tornam completamente irracionais quando o utilizam, a ponto de ir contra os próprios entes queridos. - ela olha pro chão com pesar.

– Não Cas, eu não consigo usá-la a hora que quero, mas voltar ao normal sim. - contraponho.

– Por enquanto. E pelo que me contou, a cada uma delas sua racionalidade se comprometeu um pouco mais, você até podia estar no controle Samhara, mas sabe que estava sendo influenciada por ele. Você passou por isso três vezes. E com alterações, foi um número pequeno, mas quanto mais se transformar, mais esse instinto tomará conta. Até que você fique incógnita, e só volte ao controle quando se destranformar. E até lá, muita coisa pode acontecer.

Ela me olha apreensiva.

– Temo por você Sam. Até agora, você foi movida a esse poder pela raiva. Temo caso um dia seu impulsor deixe de ser a ira, pra se tornar o ódio. Só os deuses sabem quantas catástrofes poderíam acontecer caso isso ocorresse. Mas não se aflinja, muitos desenvolvem técnicas pra evitar os poderes de Kyendra exatamente por possuírem o mesmo tipo que a sua, meditação, feitiços, encantamentos de amuletos, é algo que pode ser impedido. E eu estarei com você pra lhe ajudar. - Ela me puxa pra um abraço apertado e retribuo.

Saí da tenda e resolvi caminhar um pouco pelo planalto. O ar fresco da noite me enchia os pulmões e respirei fundo tentando digerir tudo que Cassandra me disse.

Tia Aghata sempre focou em treinamento físico, ensinando a manusear armas humanas pra nossa própria defesa.

Meus poderes, sempre os desenvolvi sozinha, o que talvez tenha feito com que o avanço fosse lento. A verdade, é que vivíamos uma vida que não era nossa. Vivíamos como humanos, e não somos eles. Eu sou uma bruxa, e deveria viver como tal.

Tudo que minha irmã postiça disse é verdade, a cada vez que usei o poder, mais inclinada a brutalidade eu fiquei, e se tornou mais difícil de resistir e permanecer no controle, apesar de facilmente voltar ao normal assim que quis.

– Sem sono?

– Apenas pensando, e você? - Respondo e Jason senta ao meu lado me puxando pra si. Me encosto a ele.

– Sabe que durmo tarde. Em que tanto pensa?

– Acabo de saber que sou uma ameaça ambulante. Não é lá muito confortável.

– Agora que descobriu? Eu já sabia disso. Eu e mais meio mundo. - ele retruca divertido.

– Bobo. Estou falando sério. Mas sei lá, estava pensando também em quando tudo acabar sabe, eu não vou voltar a Wallya. Muito menos a Illydia ou qualquer lugar humano pra viver como algo que não sou e com seres que não gosto. Essa é quem realmente sou Jason, sou uma feiticeira, não quero ter que me esconder, nem me disfarçar.

Ele me aperta mais contra si e deixa um beijo no topo de minha cabeça.

– Então o que vai fazer? Pensando em seguir com Cassandra? Afinal ela não tem paradeiro certo, e com ela você jamais seria algo diferente do que é.

– Adoraria, mas não. Cassandra tem a vida dela e eu me sentiria uma intrusa invadindo sua privacidade.

– Não acho. Na verdade tenho quase certeza que ela vai lhe propor algo assim, ela te adora, e sempre vi o descontentamento dela quando você dizia o que sua tia estava lhe ensinando. Nunca entendi por não saber que vocês eram bruxos, mas agora faz todo sentido.

– É, ela acabou de xingar minha tia por isso agora a pouco - acabo rindo - Mas se ela fizesse isso, seria uma proposta apenas pra mim Jason.

– Eu sei Marrenta, sei muito bem que não poderia te seguir caso fosse. Mas se for isso que quer, se for isso que vai te fazer feliz, só digo que vá em frente e siga seu coração.

– Você não entendeu ainda? - me viro pra ele - Não tem como eu ser feliz sem você seu idiota. Todas aquelas semanas antes do inverno formaram o tempo mais triste da minha vida - enlaço meus braços em seu pescoço - Sem você a paisagem mais bonita se torna cinza aos meus olhos. Não importa as maravilhas que Cassandra me mostrasse, nada faria sentido, se não tivesse você lá.

Acabo por unir nossos lábios em um beijo doce. É sempre extasiante a sensação, e não tenho pressa nenhuma de nos separar. Um arrepio me percorreu a espinha e senti as tão comentadas borboletas voando no estômago.

– Foi a melhor coisa que escutei em todo esse tempo - nos separamos pela falta de ar. - por que eu quero você comigo pra sempre Samhara. Por que você é a minha luz. Por que eu te amo Marrenta, te amo com todas as minhas forças.

Ouvir isso é meio assustador. Saber disso, é uma coisa, escutar, é completamente diferente.

– Uma coisa que toda essa confusão me fez descobrir, é que eu também te amo Jason, te amo muito e cada vez mais e o único jeito de eu ser feliz, é com você do meu lado. - encaro seus olhos que tanto me desarmam.

Ele segura meu rosto e acaba com a pouca distância entre nós, selando o momento com outro beijo suave.

– Jason, eu tenho medo. Eu não sei se vou conseguir me controlar. E não consigo nem cogitar a ideia de um dia perder a razão e te fazer mal. Eu jamais me perdoaria.

– Quantas vezes eu vou ter que repetir pra você marrenta?- ele olha fundo em meus olhos - Eu nunca vou deixar você cair. Quando você perder o controle, eu estarei lá pra te devolver, e se você se perder, eu vou estar lá pra te encontrar.

– Promete?

– Juro. Se você é uma ameaça, esse é um risco que vale a pena correr.

Posso te afirmar com convicção, que isso foi como se o mundo inteiro sorrisse, o luar se intensificasse, e o ar ficasse mais leve. Com toda certeza possível, eu estava nas mãos dele, sempre estive, e não tenho dúvidas, de que sempre estarei.

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