• Aah! A Primavera! •
Os meses de inverno passaram tão lentamente quanto tartarugas aleijadas. Na verdade acho que uma tartaruga sem duas pernas andaria mais rápido. O Fríada Ethelu se fez presente durante todas as horas de maneira irredutível como todos os anos, impedindo qualquer passagem.
Infelizmente, não posso calcular nem redimir todas as vidas ceifadas durante esses meses em que aqui estive presa. As notícias não são boas. Lá fora, o caos apenas aumenta, as bruxas avançaram cada vez mais, e isso resultou em um imenso território dominado.
É frustrante saber que enquanto estou aqui, o mundo está acabando diante de meu nariz, e que estou de mãos e pés atados.
Bem, estava.
Afinal como disse, os meses "passaram". Sim meus amigos, finalmente, a primavera chegou até nós. E antes que ela chegasse, já falei para que preparassem tudo pra chegada da estação que seria também data da nossa partida.
Me encontro agora em meu quarto acabando de me vestir. Estou tão retalhada, diversas cicatrizes pequeninas aqui e ali. Não que sejam realmente diversas, mas pra quem tinha apenas algumas vindas de brincadeiras de infância, ver todas as novas é algo diferente.
Alisei a enorme cicatriz em minha barriga, seguindo para a das costas que no caso é do mesmo golpe. A que estava diretamente em cima do local de meu coração sumiu e não faço ideia do motivo uma vez que não notei quando ela desapareceu. Duas quase mortes em menos de meio ano. Parece que se passaram séculos desde o dia da Grande Feira em Wallya.
Wallya. Não parei pra pensar nisso ainda...mas só sei que lá não ponho mais os pés. Mesmo que minha família se juntasse e fizesse um feitiço pra apagar a memória de todos, se é que isso é possível, eu jamais voltaria pra aquele lugar.
Na verdade não quero contato humano algum. Quanto mais longe deles melhor. Se bem que tenho certeza que minha mãe insistirá pra que volte a Illydia.
Mas isso é na suposição de que eu sobreviva. Enfim, termino de por minha roupa habitual, apenas o modelo já que as originais foram estraçalhadas e eu consegui uma moral com os elfos pra arranjar uma roupa nova. E não só isso como uma magia que proteje minha roupa toda que em sua maioria é feita couro, dando a ela uma resistência como se fosse uma armadura, sem alterar a maleabilidade.
Meu cabelo como sempre em uma trança embutida bem firme, botas, e uma capa cheia de bolsinhos escondidos.
Levo comigo meu arco longo, minhas adagas, facas de caça e de atirar, e uma aljava com flechas, devidamente identificadas como comuns ou abençoadas pra evitar deslizes fatais como antes.
Me olho no espelho uma última vez. A situação agora séria, trouxe de volta a sobriedade que carreguei durante todo esse tempo e ao meu ver tinha se esvaído.
Caminho por entre os corredores, rumo ao patio do palácio. Tudo vazio devido ao comparecimento de toda a população na saída dos batalhões. Saí do palácio e me juntei a meu grupo um pouco abaixo de onde Yedryn fazia seu discurso.
A primavera é sempre sinônimo de renovação, com ela vem inevitável a esperança de uma vida nova depois do rigoroso inverno, a esperança de que tudo ficará bem, o sentimento de vitória por ter resistido as intempéries da natureza.
Essa situação não poderia ser mais irônica.
Justo no início da estação rumarmos para a morte certa. Não estou sendo pessimista, mas em uma guerra sempre há baixas para os dois lados.
Enquanto as flores desabrocham com o nascer do sol, e as borboletas saem dos casulos e batem suas asas felizes, filhos se despedem dos pais, irmãs dos irmãos, mães de filhos e filhos de pais. Alguns deixando apenas a promessa jamais cumprida de retorno.
Não sabem o quanto isso me gera culpa. Eu quem estou retirando esses seres do seio familiar pros braços gélidos da morte.
– Com a palavra, vossa comandante, Samhara, Feiticeira das Terras do sul. - Yedryn termina seu discurso e me joga a bomba de surpresa.
Alinho a postura, retomo minha expressão mais mortífera, o que não foi difícil já que a lancei diretamente pro Lord Elfo, e subi a seu lado com as mãos as costas.
– Não vou saudá-los, pois não acredito que seja momento pra isso. Não quero dizer palavras inspiradoras, por crer que seria muita hipocrisia de minha parte. Peço-lhes sinceras desculpas por estas despedidas, que todos sabemos que muitas serão eternos adeus. Mas não vim a esta cidade com o intuito de trazer a morte, e sim de tentar salvar vidas. - faço uma pausa pra verificar se minhas palavras estão sendo assimiladas.
– Creio que todos saibam da situação atual em todo o mundo. O exército de Agnes vem avançando e com ele almas retornam ao paraíso antes de seu tempo. Devemos fazer com que isso pare. É chegada a hora de revidar! E impedir que esta carnificina continue!
Brados de incentivo são ouvidos e ergo as mãos pedindo silêncio.
– Sei que nada que disser amenizará a dor das mães e dos familiares que aqui ficam. Mas apenas lamentar a própria impotência não mudará nada. Os únicos capazes de mudar algo, são aqueles com coragem de abandonar qualquer coisa! Sem suportar algum risco, como esperam alcançar um objetivo?! Por isso digo a vocês colegas que já lutaram a meu lado, que assim como eu, ofereçam seus corações! Os ofereçam a causa! A suas famílias! Pois nós, nós lutamos por aqueles que amamos, lutamos pra mantê-los em segurança, e pra isso, é necessários que nos entreguemos de corpo e alma!! PELA VIDA!!
– PELA VIDA!! - Todos gritam em coro, bradando agitados. Até mesmo parentes tristes se encheram de coragem, e não sei se fico contente ou ainda mais culpada por isso. Como disse a eles, não queria inspirar ninguém.
Lançei um sorriso irônico a Yedryn que me encarou odioso. É Milord não foi dessa vez que conseguiu me por em uma saia justa.
Retornei pra junto do meu grupo que me encarou surpreso. Dou de ombros e aguardamos o elfo mor finalizar.
Não tenho sinal de Jason a alguns dias. Desde o início do inverno ele tem se afastado, cada vez mais, apesar de estar sempre por perto, mas de uma maneira diferente, mais distante. Um lado meu agradece, o outro sente falta. E sinceramente, já não sei o que sinto.
Sei que ele está por ai no meio da multidão e sei que ele vai junto então não tenho com que me preocupar.
– Bem caros cidadãos, durante minha ausência, a Segunda no Comando Geral de Trynie, Lady Fydria, assume meu cargo. E caso não retorne da batalha, será ela a assumir oficialmente meu cargo como Lady Elfo das Montanhas. Fiquem na paz, que lutaremos para manter.
Uma linda elfo loira se curva ligeiramente também com as mãos as costas do canto direito da parte alta do pátio onde Yedryn está. Ela parece ter formação militar, seu rosto e porte impõem respeito e força. Ao contrário do Lord atual. Sorrio com o pensamento.
– Se eu desse com essa comandante em batalha, não sei se ficaria encantado ou com medo. - Lucian sussurra pra nós três e somos obrigados e segurar o riso.
– Não sei o que você sentiria, mas com certeza lançaria todo seu charme pra cima da "donzela" se bem te conheço. - faço aspas com os dedos e todos rimos.
– Isso seria ciúmes? - debocha.
– Ciúmes eu tenho do meu arco. - abraço a arma em frente ao corpo.
– Quer dizer que sou menos importante que um arco? - se faz de ofendido.
– É claro - ele ergue as duas sobrancelhas - que não seu bobo. Vocês são mais importantes - ele abre um sorriso satisfeito. - Desculpa Hilary, eu te amo mais, sem dúvida. - sussurro pro arco ao qual ainda estou abraçada.
– Vou fingir que não ouvi isso. - Lucian resmunga emburrado.
– Não sei como o cabeça de fogo está no comado e não ela. - Ellyna muda de assunto.
– Você só esqueceu que também está com cabeça de fogo Elly não pode falar muita coisa.
– Credo Samhara, está do lado de quem afinal? -Dou de ombros e não respondo.
– Ele está no poder por questões hereditárias. É o primogênito. Lady Fydria é irmã mais nova de Yedryn. E sinceramente os papéis deveriam ser invertidos. O Lord só teve que manter as coisas como já estavam, ou seja, como seu pai já havia deixado. Seu único feito foi a barreira protetora, e mesmo assim correm boatos de que a ideia veio de Fydria. Duvido que conseguisse erguer o reino caso entrasse em crise.
Meu tio explica e assentimos retomando a postura. Logo o exército começou a se deslocar e seguimos com ele. Pela hierarquia eu deveria ir na frente ao lado de Yedryn, ele como Lord das tropas e eu como a regente de toda a situação, mas uma guerra já é desagradável o suficiente pra eu ter que aturar o ruivo durante todo o caminho, então permaneci junto aos soldados e com meu grupo. De certa forma, acho que passa uma imagem melhor de mim pra eles.
O destino agora é direto no foco do problema. Iremos atrás de Morgana em seu covil. No caso claro que uma mensagem desafiante será enviada, mas duvido que podendo ter o inimigo em seu próprio campo de batalha, ela saia de sua proteção onde tem vantagem. Infelizmente, é o único jeito de a enfrentarmos, indo até ela.
O plano original é um feitiço de banimento, que será realizado em conjunto pelos bruxos brancos, onde ela será enviada pra outra dimensão, uma em específico que serve especialmente como prisão.
Sem a líder, o exército perde coragem e fica desmotivado. Não sabemos de mais ninguém com influência, ou poder dentro da magia maligna capaz de mobilizar seus atuantes novamente, já que a rainha e a escudeira estarão fora do páreo.
Dentro de algumas horas, todos ultrapasamos os túneis e rapidamente decemos as montanhas, uma vez que toda a vegetação é manipulada pra nossa passagem. Cheguei aqui no outono, e saio na primavera, e não poderia ser em melhor hora, ainda mais vendo raízes e galhos se movendo pra abrir caminho, em uma dança sincronizada e harmoniosa com nossos passos.
Com a licença das plantas, os raios de sol adentram brilhantes e cintilantes em meio ao verde das folhas e o colorido das flores recém desabrochadas que deixam seus variados perfumes contagiarem os olfatos junto do cheiro da terra úmida. Ao menos aqueles que não voltarem, terão este último vislumbre magnífico do lar.
Ao chegarmos no pé da montanha, a outra parte do nosso batalhão nos espera. Os lobos, mais de vinte alcatéias enormes, se encontram unidas, isso sem falar nas alcatéias menores e nos pequenos grupos isolados com lobos que desertaram de seus lares. Todos unidos em um único grupo. Os dois Lords lupinos que ficaram responsáveis por essa união se postam a frente, Maxuel, e Graystone. Vou a frente para o reconhecimento de líderes.
– Saudações feiticeira. Como conversado, todos aqui estamos. Infelizmente chegamos tarde em algumas alcatéias irmãs, sendo antecedidos pelo inimigo. Mas em sua maioria, nos unimos em causa. - Maxuel me cumprimenta. Seus olhos sempre me deixam em estado de alerta, sempre assemelho essa sua diplomacia a uma víbora, não tenho o mínimo de confiança nele. - Lord Yedryn. - acena com cabeça para o elfo que retribui.
– Ótimo. Fico feliz com a conquista dessa união. Cada um de vocês é importante e necessário. Lord Graystone. - aceno com a cabeça para o segundo Lord que também devolve com uma leve curvatura.
– Então, temos aqui todo o nosso lado? - questiona Graystone.
– Não Brendan, não temos. - o ruivo responde e volto o olhar questionador para meu tio que sem voz move os lábios dizendo " é o primeiro nome dele". - A minha outra parte nisto tudo ainda está pra chegar. Nos encontraremos no caminho.
Yedryn já havia nos contado isso. Ainda temos mais elfos pra chegar. Estamos com os soldados de Trynie apenas, e os contatos dele são muitos.
– Bem, então não temos mais o que fazer aqui admirando a vista. Vamos embora. - após eu terminar de dizer, as duas massas se unem em uma só.
Apenas com a presença se todos, poderemos de fato fazer uma formação e planos de estratégia de batalha.
Agora em campo livre, todos montamos e seguimos caminhos, os lobos também vieram a galope, afinal se transformar com frequência custaria bastante energia.
A localização do covil de Mégara era algo que ninguém sabia até então. Mas como já disse antes, estou lidando com o ser mais informado de todo o mundo, esse ponto não posso tirar do ruivo irritante. Ele com certeza tem todo o tipo de segredos úteis e não foi a toa que fomos atrás. Não, não era apenas por eles serem os elfos mais próximos, mas por terem também a maior influência e informação entre a raça.
O local de combate é a última parte com vegetação antes do Deserto de Nifh. Na verdade esqueleto de vegetação, como disse antes, onde há magia sombria, não há vida. O lugar ao que parece é intricado demais, e cheio de espinhos venenosos, fatais a apenas um arranhão. Ótimo pra manter curiosos longe. Segundo o elfo, basta passar essa proteção e se tem um campo livre, bem amplo onde acontecerá a batalha. Ao fundo, o covil, e depois do covil o Deserto de Nifh.
Fazemos uma pausa pro almoço das tropas, depois de comer decido caminhar um pouco pra mover as pernas, já estou a tempo demais montada em Devan, é bom circular por um momento.
– Samhara.
– O que foi? - respondo sem olhar pra trás.
– Precisamos conversar. Sabe disso.
– Não, não precisamos.
– Estamos indo pra uma guerra Sam! Posso não estar vivo pra voltar de lá e não quero correr esse risco sem estar tudo bem entre nós.
Queria dizer que isso não me afetou, mas só essa ideia foi suficiente para um nó se instalar em minha garganta. Continuo calada. Ao passarmos perto de uma árvore, ele coloca uma mão em cada lado de meu corpo me prendendo entre ele e o tronco.
– Eu dei a você o que pediu. Durante todo o inverno eu estive afastado. Será que não foi o suficiente pra você? Eu respeitei seu tempo, seus sentimentos, e acho que está na hora de você ter um pouco de consideração com os meus. - O empurro com força pra longe.
– Se era só isso, com licença, tenho que voltar pros meus soldados.
Respondo me virando de costas. Ele me pega pelo braço, me puxa e vira pra ele segurando meus pulsos.
Dou uma rasteira e com um movimento de pulso me desvencilho indo a suas costas e imobilizando seus braços.
– Vejo que andou treinando Marrenta.
Ele se impulsiona pra frente de um jeito que me joga por cima dos seus ombros, de costas no chão.
– Mas ainda não o suficiente pra me superar. - completa. - tem que apertar mais a enlace.
Dou uma cabeçada que acerta seu nariz devido a posição contrária dos rostos, com um movimento rápido me levanto e dou um chute.
Ele ampara com as duas mãos, mas giro o corpo num segundo chute, que acerta, e acabo me amparando com as duas mãos ao chão, enquanto uma perna ainda está presa por ele, ao passo que massageia a têmpora no local do chute com uma mão que larga da minha outra perna.
– Você chutou mesmo minha cabeça? Precisava disso? Vai latejar um bom tempo graças a você.
– Espero que doa já que não podemos nos nocautear.
Tento chutá-lo pra largar minha perna, mas ele aumenta a força com que me segura, e logo solta o velho sorriso ladino e me puxa pra si. Acabamos colados com minhas pernas em sua cintura. Ambos no chão.
– Como foi que chegamos aqui mesmo? - pergunta ofegante.
– Não sei, mas vai acabar.
Da frente me desloco pra suas costas no tempo de uma respiração e consigo um mata leão. E firme o suficiente como ele mesmo disse que deveria ser.
– Acho - digo ofegante - que treinei o suficiente.
Largo seu pescoço e me levanto estendendo a mão. Ele aceita, mas ao invés de se levantar, me puxa novamente pra si.
Seus olhos encontram os meus, os dois ofegantes e cansados. A proximidade mesclando nossas respirações.
Engulo em seco e umedeço os lábios. O movimento faz seus olhos descerem pra minha boca, e os meus seguem o mesmo percurso. Era pras respirações já terem regulado, mas a situação apenas as fez se confundirem ainda mais.
Quando finalmente pareço sair do estado de transe e tento me mover, ele me segura firme pela cintura e acaba com o minúsculo espaço entre nós.
Como descrever? Apenas... Sincronia perfeita. Não existe um movimento errado, um deslize sequer. Meu corpo responde ao dele e vice-versa, como se treinados pra isso. Nossos lábios se movimentam ávidos um pelo outro enquanto meus braços rodeiam seu pescoço e suas mãos a minha cintura.
Parece uma tremenda bobagem e pode até ser, mas é diferente de tudo que já vivi, é desnorteante, o simples toque me arrepia, e o perfume que vem dele é inebriante. E é apenas um beijo. Não necessariamente um.
E sinceramente, é como se eu precisasse disso. Precisasse não, preciso. E posso sentir o mesmo de volta. Acho que parecemos dois loucos desesperados um pelo outro, mas quem liga?
Ajeito minhas pernas em volta de seu quadril onde já estavam, sua mão esquerda desce pra minha coxa e a outra aperta mais forte minha cintura. O ar tratamos de recuperar em pequenas brechas, e logo levo uma mão a seu cabelo buscando profundidade. Com que eu estava irritada mesmo?
A falta máxima de fôlego finalmente nos vence, e ele encosta sua testa na minha.
- Você não sabe a quanto tempo eu queria ter feito isso.
- Pois deveria ter feito. - respondo ofegante.
– Uma promessa... - começa. - O último pedido de meu avô antes de morrer, foi que não envolvesse você em nossos problemas. Ele me fez jurar que não contaria, não queria que eles mirassem você também.
Abro os olhos até então fechados e vejo que os dele ainda estão.
– Eles quem?
– A minha alcatéia. Ela me caça desde pequeno. Não aceitaram que eu desertasse. Me acharam naquela noite, foram eles que mataram meu avô. O encontrei ferido quando voltei pra casa e me disse pra que fugisse. Me fez jurar que não te envolveria, por ser perigoso, me fez jurar que ficaria longe de você, pra te proteger. Então eu tive que me fingir de morto pra eles não me farejarem.
Uma lágrima rolou de seus olhos ainda fechados.
– Mas como poderia ficar longe da pessoa mais importante da minha vida? - ele ri irônico e abre os olhos - é impossível. Quando vi que você era uma bruxa, eu quis te contar a verdade. Mas eu estava dividido, era o último pedido de quem foi um pai pra mim, feito em seu último suspiro. Então levei assim até que você foi sequestrada, eu não aguentei, tive que fazer algo. Mas assumo que devia ter dito antes, Samhara me perdoe. Perdão por tudo que te fiz passar e-eu não queria...
– Shhh - limpo a lágrima de seu rosto. - Eu quem peço desculpas, eu quem fui injusta e ignorante. Não lhe deixei explicar e arrumei briga por um motivo tão idiota. Todos me disseram que estava errada inclusive minha própria consciência, mas o orgulho era muito. Perdão Jason. Mil perdões. Em vez de aproveitar cada segundo da sua volta apenas te afastei de mim.
Ele segura meu rosto sem afastar nossas testas e tornamos a fechar os olhos. Não precisamos dizer nada. Nada mais sobre isso, nada mais sobre o momento.
Declarações nunca se fizeram necessárias entre nós. Afinal, não tem por que declarar algo que ambos sabem, sentem, e vivem.
☆♤☆
A música do início é oficialmente a música do nosso casal espero que gostem
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