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III - Tortas e coroas

Menina ingênua

As palavras de Rumpel resoavam na cabeça de Regina desde sua última visita na qual o mesmo revelou seus planos contra o rei Leopoldo.

Ingênua.

Era isso que Regina era por cair feito uma patinha nos planos malignos de Rumpelstiltskin. Agora nada se poderia fazer a não ser servir de fantoche, pois ele carregava consigo seu coração e ela sentiu na pele como a dor de ter seu coração esmagado é insuportável.

Enquanto fitava o teto de seu quarto, Regina pensava que tudo poderia ser diferente se ela simplesmente tivesse recusado a oferta de Rumpel e fugisse por contra própria. Ou quem sabe tentar conversar com seus pais, já que ela nunca havia tocado no assunto com os mesmos.

Batidas na janela interromperam os pensamentos de Regina, e a mesma se levantou e dirigiu-se curiosa para a janela afim de ver do que se tratava. Um corvo batia freneticamente no vidro da janela, ela abriu e o animal passou pela mesma, pousando sobre o criado mudo, emitindo um som estridente.

A princesa aproximou do animal e viu um papel preso na pata do mesmo. Com cuidado, o apanhou e leu o conteúdo.

Quero que pegue aquelas deliciosas tortas que faz e vá a vila. Entregue para os necessitados e seja a boa samaritana que é.

R.G

Regina franziu o cenho se perguntando qual a razão disso, e também o que significava o G na assinatura de Rumpelstiltskin. Fez uma nota mental de perguntar sobre isso quando o visse.

A moça se dirigiu para a cozinha, afim de embalar as tortas para a viajem. Por conhecidencia, ou não, tinha acabado de preparar duas formas e estavam quentinhas.

Após embalar tudo seguiu em direção a vila e quando chegou lá, fez exatamente o que Rumpelstiltskin mandou e distribuiu as tortas com grandes sorrisos, espalhando sua gentileza.

Enquanto contava quantas fatias ainda haviam, pois já distribuira bastante, uma menininha sentada em uma escada lhe chamou atenção. Era muito linda, tinha os cabelos negros e a pele tão alva quanto a neve. Seus olhinhos castanhos estavam vermelhos, como se estivesse chorado e ela parecia triste.

Regina se compadeceu da garotinha e foi até ela.

ㅡ Aceita uma fatia de torta? ㅡ Perguntou estendendo um embrulho com um sorriso gentil fazendo a garotinha lhe encarar com aqueles olhos grandes e brilhantes.

ㅡ Papai diz que não posso aceitar nada de estranhos. ㅡ A pequena respondeu.

Regina sorriu orgulhosa pela resposta da menina e assentiu colocando a fatia de volta a cesta.

Se sentou do lado da garotinha, fazendo a mesma a olhar curiosa.

ㅡ Seu pai é um homem sábio. Mas me diga, onde ele está? ㅡ A menina rapidamente desviou o olhar. ㅡ O que faz sozinha aqui?

A menina hesitou por um tempo, questionando se deveria ou não contar. Olhou mais uma vez para a mulher que a encarava de uma maneira preocupada, do mesmo jeito que sua falecida mãe a olhava quando ela se machucava. Seus olhinhos se encheram de lágrimas novamente e ela piscou para afastá-las, mas em vão.

ㅡ Promete não contar para ninguém? ㅡ A menina perguntou com a voz falha enxugando seu rosto.

ㅡ Claro. ㅡ Regina respondeu em um tom meigo.

ㅡ Eu fugi de casa. Do meu pai. ㅡ Disse a pequena.

ㅡ Mas por que? ㅡ Regina perguntou confusa e se recordando que também fugira de casa.

A garotinha respirou fundo antes de continuar, fitando o chão ㅡ Papai quer se casar. Ele me falou isso agora a pouco. Ele disse que quer me dar uma mãe tão bondosa quanto a minha foi. Disse que eu mereço.

Um soluço escapou de sua garganta enquanto lembrava das palavras do pai, mesmo ele tendo a melhor das intenções, a garotinha não teve a reação esperada.

ㅡ Papai só quer o melhor para mim, eu sei. ㅡ Fungou ㅡ Mas eu não quero que ninguém ocupe o lugar da minha mãe. Isso é errado, não é? ㅡ Olhou para Regina que a encarava com um misto de pena e compreensão.

A garotinha novamente desviou os olhos para o chão enquanto lágrimas rolavam pelo seu rosto.

ㅡ Eu concordo com você. ㅡ Confessou fazendo a menina lhe encarar. ㅡ Existem pessoas que são insubstituíveis.

ㅡ Ela é. ㅡ A menina disse distraída, como se recordasse de algo.

ㅡ Ótimo, então tenha isso em mente. Sua mãe é insubstituível, certo? ㅡ A garotinha assentiu ㅡ Isso significa que ninguém poderá ocupar o lugar dela. Mesmo que seu pai se case com outra, ela sempre estará viva em seus pensamentos e coração. ㅡ A menina desviou os olhos para algum ponto vazio da parede de pedra a sua esquerda ㅡ Seu pai só quer o melhor para você, querida. Não o culpe por isso.

A menina assentiu envergonhada por se abrir com uma pessoa que acabara de conhecer, mas que emanava confiança.

ㅡ Qual o seu nome? ㅡ  A menina perguntou.

ㅡ Regina. E o seu? ㅡ Regina respondeu e perguntou interessada.

ㅡ Você não é daqui, não é? ㅡ A pequena perguntou.

Regina franziu o cenho, pois além da garotinha não responder sua pergunta, fez uma indagação inesperada. ㅡ Como sabe?

ㅡ Oras, simples. Você não me conhece. ㅡ Soltou uma curta risadinha ㅡ Meu nome é Branca de Neve.

E essa última declaração foi como um soco no estômago de Regina. Mais uma vez a voz fina de Rumpelstiltskin resoou em sua cabeça.

Você irá matá-la

Como seria capaz de tirar a vida de um ser tão indefeso? E ela era tão linda...

ㅡ Branca? ㅡ Uma voz grave chamou atenção das duas que olharam na direção da voz. Um homem estava parado enfrente a escadaria com uma expressão atordoada. ㅡ Branca, minha filha! Não sabe como lhe procurei!

Branca de Neve se levantou rapidamente ㅡ Desculpe papai. ㅡ pediu envergonhada por sua fuga.

Regina encarou o loiro a sua frente, poderia facilmente se misturar com os demais habitantes, se não fosse pelo objeto dourado sob sua cabeça. Ele tinha um sorriso de alívio enquanto falava algo para sua filha que ouvia atentamente.

O rei Leopoldo parecia ser uma pessoa boa. Que se preocupava demasiado com sua filha, como todo pai.

Como um homem desses foi se meter com Rumpelstiltskin?

E então, os olhos azuis do rei voaram até Regina que até então só observava a cena de pai e filha. Franziu levemente o cenho ao notar que em nenhum momento ela não fez nenhuma reverência, ou agiu como se estivesse diante de uma santidade. E isso o agradou, pois apesar de tudo, Leopoldo era um ser humano como qualquer um. E foi a primeira vez desde que assumiu o trono, que encontrou alguém que o fez sentir como o homem que é.

E pela primeira vez também, se sentiu um pouco constrangido diante da moça, pois fazia muito tempo, que uma mulher não o olhava assim, como se tentasse desvendá-lo.

O que Leopoldo não sabia, era que Regina só estava o olhando dessa maneira, pois queria descobrir o que esse homem fez de tão ruim para atrair a fúria de Rumpelstiltskin.

ㅡ Querida, não vai me apresentar a moça? ㅡ Leopoldo perguntou com um tom gentil.

ㅡ Oh, perdão. Acabei me esquecendo. ㅡ Se aproximou da moça ㅡ Essa é Regina, ela estava distribuindo tortas por aí. ㅡ comentou de um jeito divertido.

ㅡ Tortas?

ㅡ Oh sim, tenho uma macieira em casa e isso me rende muitas tortas. Como moro sozinha, quis distribuir para os necessitados. ㅡ Regina comentou saindo de seu transe.

ㅡ É uma atitude nobre de sua parte. ㅡ Leopoldo comentou olhando encantado para a moça a sua frente.

ㅡ Aceita uma fatia? ㅡ A moça perguntou, deixando o rei mais encantado pelo seu sorriso gentil.

ㅡ Eu adoraria. ㅡ Disse totalmente hipnotizado pela jovem.

Regina retirou um embrulho da cesta e estendeu na direção do loiro. Suas íris cor de céu tinham um brilho intenso, enquanto analisava a jovem.

Leopoldo pegou o embrulho sem quebrar o contato visual dos dois.

ㅡ Obrigado. ㅡ Sorriu.

Regina desviou os olhos um pouco sem jeito. Estava claro que o rei estava mais que interessado nela e isso a desconcertava um pouco, por causa das verdadeiras intenções da princesa com o rei.

ㅡ Bom, eu acho que vou indo. ㅡ Regina comentou depois de um tempo de silêncio.

ㅡ Oh, claro, Permita-me acompanhá-la.

ㅡ Não é necessário, majestade, mas obrigada. ㅡ Respondeu Regina.

ㅡ Eu insisto. Deixe-me acompanhá-la. Está ficando tarde, não é seguro uma moça como você andar sozinha por aí.

Regina ponderou um pouco, mas cedeu, pois era realmente isso que ela precisava. Se aproximar do rei.

ㅡ Está bem. Já que insiste, majestade. ㅡ Disse meio sem jeito.

ㅡ Guarda Jones? ㅡ Leopoldo chamou um dos guardas que estava em seu encalço. ㅡ Leve a princesa de volta ao castelo. ㅡ Apontou para o outro guarda ㅡ E você, venha comigo.

ㅡ Papai, virá antes do sol se pôr, não é? ㅡ Branca perguntou fazendo Regina se amolecer com tamanha doçura da princesa.

ㅡ Claro, minha princesa. Estarei em casa antes do pôr do sol. ㅡ O loiro garantiu e lhe entregou o embrulho que Regina havia dado.

Leopoldo virou-se para Regina e ela poderia ter jurado ver um brilho carinhoso naquelas duas jóias azuis. Juntos, os três indivíduos seguiram pelas ruas a caminho das casas.

ㅡ Mora muito longe? ㅡ O rei perguntou depois de longos minutos de silêncio, enquanto andavam.

ㅡ Na verdade, moro na floresta. ㅡ Regina disse sem jeito.

ㅡ Na floresta? ㅡ Leopoldo perguntou franzindo as sobrancelhas.

ㅡ Sim majestade. Em uma cabana afastada do vilarejo. E exatamente por isso não queria arrastá-lo para cá.

ㅡ Oras, isso não é problema. ㅡ Disse calmamente. ㅡ Mora sozinha? E seus pais? ㅡ O rei perguntou e na hora percebeu que fez a pergunta errada, pois a expressão da jovem a sua frente mudou totalmente para dura. Ela ficou tensa e Leopoldo pode a ver apertar a alça da cesta que carregava.

Rapidamente, desviou os olhos sentindo-se envergonhado. Ele nem se quer a conhecia, não tinha o direito de fazer essas perguntas, mesmo sendo o rei.

ㅡ Oh, perdão. Eu não quis.. ㅡ começou dizer, mas foi cortado por Regina.

ㅡ Não se preocupe, majestade. Está tudo bem, eu imaginei que perguntaria algo assim. ㅡ Disse com uma voz calma.

Houve um silêncio constrangedor por um tempo, onde cada um com seus pensamentos enquanto caminhavam pela trilha que Regina havia descoberto, que liga a floresta ao vilarejo.

Regina não sabia o que dizer, pois por mais que esperava esse questionamento, não sabia o que responder. Não poderia contar a verdade sobre como fugiu de casa, pois estaria morta. E Regina nunca foi boa mentirosa.

Já Leopoldo, pensava no que dizer para tentar apaziguar a situação. Ele acabou de conhecer a moça, não tinha o direito de fazer tais perguntas.

ㅡ Eu fugi de casa. ㅡ A voz de Regina interrompeu os pensamentos do loiro, que a olhou com curiosidade. ㅡ Meus pais? Bem... É uma longa história, mas resumindo, eles queriam me obrigar a fazer algo que não queria. Então eu fugi.

Várias alternativas se passaram pela mente de Leopoldo. O que eles poderiam obriga-la fazer? Talvez, um casamento arranjado?

ㅡ De onde é? ㅡ O rei perguntou interessado.

Regina soltou uma risada nervosa. ㅡ Não acreditaria se dissesse. ㅡ Deu uma pausa pensando no que responderia. ㅡ De um lugar bem distante, Majestade.

O rei franziu de leve as sombrancelhas, pois ainda estava um pouco confuso sobre de onde ela era. Regina era um mistério a ser desvendado.

Logo, chegaram em frente a um casebre, que o rei deduziu ser a casa de Regina, pois a mesma parou encarando a construção velha.

ㅡ Sei que deve estar curioso, majestade. Meu passado é algo doloroso que não gosto de falar. ㅡ A moça falou ainda fitando a casa. ㅡ O que posso lhe dizer, é que eu fugi. Não tinha e nem tenho ninguém, e por isso estou aqui. Em um lugar que nem sabia que existia, no meio de uma floresta conversando com um rei.

Regina, pela primeira vez desabafou com alguém. Ela excluiu boa parte da história, mas ainda sim, nessas poucas palavras pôde expressar todo o descontentamento que estava sentindo.

ㅡ Sinto muito... ㅡ O rei tentou dizer, mas Regina rapidamente o cortou.

ㅡ Não. Não sinta. Não contei isto, para que sentisse pena de mim, ou me desse algum conforto.ㅡ Disse seriamente.

Leopoldo assentiu. Ambos se despediram e Regina estava pronta para fazer uma reverência, mas o rei a interrompeu segurando seus pulsos com delicadeza.

ㅡ Majestade? ㅡ Regina perguntou se perguntando se fez algo errado, por mais que o rei a encarava de uma maneira tão carinhosa, ela ainda duvidava que havia feito algo de errado.

ㅡ Leopoldo. ㅡ Disse o loiro fazendo a expressão de Regina se tornar confusa. ㅡ Chame-me de Leopoldo, por favor.

ㅡ Oh, claro. Perdão, como quiser.

O rei finalmente soltou os pulsos da jovem. ㅡ E sem reverências também.

Regina assentiu. Ambos se despediram e Regina seguiu porta a dentro se perguntando como as coisas seriam a partir de agora. Algo em seu íntimo a dizia que a partir desse dia, muita coisa iria mudar.

E mudou.

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