Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

14


QUATORZE


            Ela se espreguiçava na cama, tentando criar coragem para levantar, quando um Mínimos bateu na porta e entrou.

– O que aconteceu? – perguntou, de mau humor. Ninguém entrava nos aposentos dela sem permissão, do jeito que a pequena criatura tinha acabado de fazer. Algo devia estar terrivelmente errado e ela estava sem paciência para lidar com problemas.

– Dois cavalos sumiram.

– E daí? – A Rainha sentou, cerrando os olhos e encarando o Mínimos. – Não temos gente para lidar com isso?!

– É que... Duas pessoas faltaram ao trabalho hoje.

– São sete horas, eles devem estar atrasados! – bufou irritada.

– É a Melinda e o Max. – Aprumou a postura, prevendo confusões maiores.

Olhou de lado, tentando ligar os pontos: Melinda ameaçando-a, dois cavalos desaparecidos, depois ela e o amigo faltam ao trabalho. Poderiam ser apenas grandes coincidências. Ela colocou os pés para fora da cama e ia se levantar, quando viu. A gavetinha de sua cômoda estava entreaberta. Ficou parada, de olhos arregalados, com medo de abri-la e confirmar seu temor. Rapidamente, para não perder a coragem, abriu-a e viu o vazio.

Não! – Olhou para o Mínimos com os olhos fumegantes. – Prepare minha carruagem! E mande os Máximos atrás deles, antes que cheguem ao Vale das Trevas! Rápido!

Enquanto o gordinho corria porta afora, ela foi se vestir, também às pressas. Mal podia acreditar no que havia acontecido, mas se a Melinda estava com o mapa, só havia uma explicação: ela estava indo atrás do seu coração. Não sabia o que faria com ele, mas precisava impedi-la!

Chegou na vila dez minutos depois, seu tempo recorde. O grupo de Máximos soldados tinha saído atrás dos dois fujões e, apesar do sol ter acabado de nascer, as pessoas já estavam naquela costumeira fila. Ela foi direto para onde o Johnny estava e parou. Então ajoelhou-se, a fim de ficar da altura do menino.

– Aonde o Max e a Melinda foram? – O garoto deu de ombros e ela insistiu. – Eu já sei que eles foram atrás do meu coração, Johnny, e os Máximos foram atrás deles.

– Você vai matar eles?

Por Deus, não! – respondeu horrorizada. Quem o menino achava que ela era? – Eles estão correndo perigo, Johnny. Meu coração está num lugar tão longe que nem mesmo eu consigo chegar até lá! Além disso, a Terra dos Sem-Coração é cercada de perigos, algumas pessoas já desapareceram por aquelas bandas, outras até morreram.

– Mentira. – O menino não ia ceder tão fácil. Ainda bem que ela era insistente.

– É verdade, querido. Não foi na nossa época, mas nos reinados anteriores. – Ele estava com as sobrancelhas franzidas, talvez ela estivesse conseguindo balançar a confiança dele... – O que você acha que a Melinda vai fazer se achar meu coração? Para quê tanto esforço?

– Ela não vai te matar. – Então eles realmente estavam indo atrás do coração dela.

– Claro que não, isso é impossível! – Johnny fez uma careta e a Rainha percebeu que o garoto não sabia da vantagem de ser rainha. – O coração de uma Rainha é congelado, sabe o que isso significa? – Ele balançou a cabeça. – Significa que ele é inquebrável.

– A Melinda não quer esmagar seu coração.

– E o que ela quer? – Ela achava que o garoto ia responder, porém aparentemente não tinha conseguido ludibriá-lo tão bem quanto imaginou:

– Não faço ideia. – E dessa vez o Johnny adotou uma postura firme. Ela não ia mais conseguir arrancar informações dele.

Levantou-se e caminhou até a carruagem, preocupada. Sentou-se no banco e um Mínimos parou na porta, aguardando as ordens. Ela disse, desanimada, de dentro do veículo:

– Vamos para o castelo. Espero que os Máximos os alcancem antes do Vale...

A criaturinha fechou a porta e eles partiram.


❄ ❄ ❄


– Aquele é o Vale das Trevas? Parece mais quatro montanhas! – falo, apontando para um paredão à nossa frente.

Estamos a alguns metros dele, então paramos. Como íamos atravessar as montanhas? Escalando? É impossível!

– O que vamos fazer? – pergunto, olhando para os lados.

– Pega o mapa. – Puxo o pedaço de papel e o entrego assim que o Max aproxima o cavalo dele do meu. – Não tem como dar a volta na montanha, demoraria muito tempo! E teríamos que adentrar um pedaço da Floresta dos Esquilos, o que não é uma boa ideia. É muito fácil se perder nessa floresta.

– Sem falar dos pequenos demônios que moram ali – murmuro, cerrando os olhos ao me lembrar do ataque que sofri. Acho que vou odiar esquilos pelo resto da minha vida! – E se fôssemos pelo lado oposto?

– Não sei, vai demorar muito para dar a volta! Que merda de montanha, tinha que estar bem no meio do caminho?!

Nós estamos parados ali faz alguns minutos sem saber o que fazer e a Meia-Noite começa a se inquietar, quando eu observo:

– Por que o nome é Vale das Trevas se o que vemos são montanhas?!

– Porque a pessoa que o nomeou não estudou geografia.

– Estou falando sério, Max, eu acho que... – Paro de falar abruptamente. – Ouviu isso?

– O quê?

– Um uivo.

– É o vento. Diga, o que você acha?

– Talvez tenha... De novo, não é o vento! – Max começa a reclamar da minha demora em falar, quando eu olho para trás e vejo um movimento ao longe. – Olha!

Droga! DROGA! Cavalga, Melinda, rápido! – Eu obedeço imediatamente. Estamos indo em disparada rumo às montanhas e eu grito, tentando ser ouvida:

O que está acontecendo?

São Máximos soldados! Vieram para nos levar de volta ao castelo!

A Meia-Noite corre como nunca e, pela primeira vez, eu penso que posso realmente cair dela. Olho para trás e vejo pequenas sombras se movendo rapidamente ao longe. São pequenas demais para serem Máximos. À medida que nos aproximamos do paredão, vou conseguindo enxergar uma fenda no meio de duas montanhas. Não é muito grande, mas parece que dá para atravessar numa espécie de túnel.

Porém, quando chegamos mais perto da fenda, a Meia-Noite para de repente e eu voo longe, me esborrachando na neve. Levantando com dificuldade enquanto sinto meu ombro latejar, olho de lado e percebo que o Max também está caído, pois o cavalo dele também parou.

– O que deu nesse bicho?! – Ele esbraveja, se levantando com dificuldade.

Os cavalos estão agitados e relinchando muito. Viro-me para o lado oposto e vejo uma placa.

– "Vale das Trevas: Cuidado com os monstros interiores." Ai, meu Deus, Max! Eu não vou entrar aí, não! Já leu essa plaquinha?

– Prefere ser levada de volta ao castelo, e ficar aqui para sempre?

Volto a olhar para os nossos cavalos, que não se aproximam de nós. É como se eles estivessem evitando chegar perto do Vale. Sinto que não devo entrar, mas também não posso recuar agora, estaria desperdiçando minha melhor chance. Talvez a única também. Ouço outro uivo e percebo uma matilha correndo em nossa direção.

– Lobos?!

– Cachorros farejadores! Para dentro do Vale, agora! – Max ordena e eu me lembro do lampião.

Eu não entro aí sem luz!

Ajoelho-me enquanto tiro o objeto da minha mochila o mais rápido que posso e pego os fósforos. Ele não discorda, porque acho que também não quer adentrar na completa escuridão. A fenda é terrivelmente escura e a placa só nos assustou mais. Minhas mãos tremem e o vento apaga todos os quatro fósforos que risquei. Os latidos estão cada vez mais perto e eu estou novamente com medo de entrar em colapso por excesso de adrenalina!

Passa isso para cá! – Max toma a caixa de fósforos e começa a riscar. Uma, duas, três tentativas e nada.

Rápido! – Os cachorros estão a poucos metros de nós e eu já sinto os dentes deles cravando em minha garganta!

Na quarta tentativa, Max consegue acender o lampião e se levanta, me puxando junto. Corremos alguns passos, quando o cachorro mais próximo de nós para. Ele está a centímetros e rosna com os pelos eriçados. Também paramos e os demais cachorros ficam ao lado do primeiro, latindo raivosamente para nós.

– Por que não nos atacam? – pergunto trêmula.

– Olha. – Viro-me na direção onde o Max apontou e percebo que cruzamos a fronteira da placa. Nós estamos atrás dela e há uma linha imaginária, como uma parede invisível entre nós e os cachorros.

Estamos como que no comecinho da fenda e podemos ver os cavalos com os Máximos se aproximando. Talvez cachorros e cavalos tenham um sexto sentido que os impeça de ultrapassar certo limite, mas duvido que os Máximos parem ao ver a plaquinha.

– Vamos. – Eu digo, puxando o Max.

Nós começamos a adentrar o Vale correndo, mas logo somos forçados a diminuir a velocidade. As trevas são tão densas que o lampião mal ilumina nossos rostos e eu agarro o braço do Max, um pouco arrependida de ter entrado nessa. Eu só espero que os monstros interiores estejam dormindo, ou nem existam, porque não acho que eles serão bonitos de se ver...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro