Capítulo 38
VIKTOR ainda me mantinha presa entre seus braços musculosos, sua respiração pesada no meu pescoço ao mesmo tempo em que ele distribuía beijos carinhosos pelo meu ombro e costas.
Eu poderia facilmente ficar naquela posição pelo resto da minha vida.
Depois de passar praticamente a noite inteira fazendo amor, finalmente resolvemos descansar um pouco e deitamos na cama sem nem mesmo nos preocuparmos em vestir uma roupa para dormir.
Seria um verdadeiro pecado cobrir o seu corpo e todas as suas tatuagens.
E também seria um pecado cobrir o que havia da sua cintura para baixo.
— Amo o seu cheiro, amor. -A voz rouca me fez arrepiar e minhas entranhas se contorceram quando ele deslizou o nariz pela minha nuca.
— E eu amo você. -Repliquei me virando para ficar de frente para ele.
Minhas mãos foram parar quase que automaticamente nas suas costas e apertei os olhos ao sentir a pele irregular debaixo dos meus dedos.
— Elas ainda doem? -Sussurrei tentando não chorar ao lembrar do que Harvey revelou antes de morrer.
Eu ainda tinha pesadelos com esse dia.
Sonhava com Viktor sendo espancado pelo pai, com sua mãe apanhando e ele assistindo tudo sem poder fazer nada.
As imagens eram horríveis e por mais que ele dissesse que estava bem e que já tinha aprendido a lidar com toda essa merda, eu ainda sentia que aquilo afetava a sua mente.
— Não mais. -Viktor segurou meu queixo, capturando meus lábios com os dentes. — Às vezes até esqueço que elas existem.
Balancei a cabeça devagar.
Suas mãos apertaram minhas coxas e ele sorriu como se nada mais importasse.
Como se por fim estivesse em paz.
— Algum dia você vai me contar a sua versão do que aconteceu? -Apoiei meu queixo nos meus braços, ficando de bruços na cama.
Viktor me encarou com o cenho franzido, talvez pensando se deveria ou não me dizer o que eu queria saber e antes mesmo que ele abrisse a boca, eu sabia qual era a sua resposta.
— Me desculpe, Coelhinha, mas acho que você não precisa passar por mais um trauma. Sei que só quer saber mais sobre mim, sobre o que ele fez comigo e tentar entender meus motivos para ir embora, mas eu... -ele respirou fundo — eu realmente não quero que me veja com outros olhos. Com olhar de pena.
— Vik, sabe que eu jamais... -Fui silenciada com mais um beijo.
— Eu sei, amor. Eu sei. -Seus olhos se prenderam nos meus.
— É só que eu passei anos te culpando e depois de saber que você tentou se comunicar comigo, que tentou se explicar e me mandou várias correspondências, eu sinto que não fui justa com você. -Murmurei a última parte com a garganta apertada.
— Acredite em mim quando te digo que foi até bom você não ter recebido aquelas cartas.
Franzi meu cenho em confusão.
— Como assim?
— Eu as enviei em um momento em que estava muito bravo com tudo, com todos... e confesso que algumas delas não foram tão bonitas.
Minha garganta subiu e desceu quando engoli em seco com a confissão.
— Sentia tantas saudades de você e tanta raiva por não receber uma resposta que acho que passei dos limites algumas vezes. -Ele parecia realmente envergonhado.
— Mesmo assim quem sabe talvez eu teria entendido melhor as coisas se tivesse lido elas. Ainda não consigo compreender como elas não chegaram até mim. -Desabafei pensativa.
Um suspiro profundo preencheu o silêncio do quarto e me sentei na cama percebendo de repente como nada daquilo fazia sentido.
Pelo que o próprio Viktor disse, ele me mandou cartas durante um bom tempo e eu não vi nenhuma delas.
Com toda a confusão de Harvey e da perseguição atrás de mim, acabei esquecendo desse assunto, mas agora que ele tinha voltado à tona, eu iria até o final para obter respostas.
— Vou ligar para o correio. Talvez eles tenham enviado para o endereço errado ou minha mãe possua uma caixa postal e tenha esquecido de revisar...
— Alícia, deixe isso para lá, ok? De todas formas nós estamos juntos e isso é o que importa.
— Eu sei, Vik, mas se eu tivesse lido elas, a gente teria se reunido antes, nós dois teríamos...
— Nós estamos juntos agora. -Ele encostou a sua testa na minha. — Eu te amo e desejo que possamos viver nossas vidas daqui para frente. Não interessa o que aconteceu no passado, você voltou para mim e eu vou estar sempre agradecido por ter você comigo.
Meus olhos se encheram de lágrimas e concordei envergonhada.
Não deveria ficar apertando o dedo na sua ferida, trazendo lembranças ruins para o presente, sendo que tudo aquilo já estava enterrado.
Mas ao mesmo tempo eu sentia que algo faltava para completar aquele quebra-cabeças, para me permitir descansar e poder aproveitar os meus dias ao lado do homem que eu amava.
Além do mais, eu era uma detetive, porra, e sempre buscaria até encontrar respostas.
— Me desculpe, amor. -Pedi com os olhos fechados. — É só que eu ainda me sinto tão culpada por não ter ido atrás, por não procurar saber se você estava bem, droga, por não saber se você estava vivo... -engasguei com as minhas próprias palavras — e me sinto idiota por ficar tocando nessa mesma tecla uma e outra vez, mas é que você desapareceu do nada e eu fiquei tão chateada quando percebi que você nem mesmo se despediu de mim.
À essa altura meu rosto estava banhado em lágrimas ao lembrar de como me senti quando encontrei a sua mansão vazia naquele dia lúgubre.
Contudo, eu não sentia mais raiva dele. Não depois de entender os seus motivos.
— Você não tem culpa de nada, meu bem. Tudo o que eu fiz, todas as merdas que falei ou que cheguei a cometer, foram e são unicamente responsabilidade minha. No entanto, eu gostaria que soubesse algo.
— O quê?
— Eu me despedi sim de você.
— C-como assim?
— Antes de ir embora, fui até a sua casa e deixei uma carta com a sua mãe. -Apertei minhas pálpebras com força puxando uma longa respiração. — Ainda era bem cedo e quando toquei na porta, foi ela quem me atendeu. Lhe expliquei que precisava me mudar para a Alemanha naquele mesmo dia e pedi que ela te entregasse a carta. Ela não parecia muito animada, mas mesmo assim me prometeu que faria o que eu pedi.
— Porra. -Grunhi me levantando em um pulo. — Não acredito que ela fez isso comigo. -Meu peito doía pelo sentimento de traição e minha vontade era de gritar.
Viktor parecia tão confundido que por alguns segundos eu só consegui rir da sua expressão, o que o deixou ainda mais perdido.
— Agora tudo faz sentido. -Resmunguei para mim mesma. — Ela nunca me deixava revisar a caixa de correspondências, sendo que antes de você ir embora, eu era praticamente a única a recolher tudo. E depois de que você partiu, mamãe pareceu ficar com raiva, mas ao mesmo tempo havia algo mais no seu olhar, algo como... culpa e arrependimento. Ela sabia muito bem o que fazia. Como não percebi antes?
Corri até a escrivaninha e antes de ser impedida pelo meu noivo, peguei meu celular e disquei o seu número com os dedos trêmulos.
Meu coração martelava contra o meu peito durante os segundos que pareceram uma eternidade antes dela finalmente atender o telefone.
— Oi filha, que bom que ligou, como você está? -Respirei fundo ao ouvir sua voz animada do outro lado da linha.
— Por que você não me entregou as cartas que ele me mandou? -Soltei de uma vez.
Viktor observava a cena balançando a cabeça para os lados, mas sem se envolver.
Ele não seria nem louco de se meter.
O silêncio que seguiu foi o suficiente para deixar claro que mamãe sabia muito bem do que eu estava falando.
Como ela pôde fazer isso comigo? Como ela teve coragem de impedir minha comunicação com o meu melhor amigo, com a pessoa que eu amava com todas as minhas forças?
— Então ele te contou sobre elas. -Sua resposta não me surpreendeu, mas mesmo assim fiquei chateada.
— Na verdade eu juntei os pauzinhos. Viktor não teve nada a ver com essa descoberta.
— Filha você não entenderia...
— Eu quero saber, mãe. Quero que me diga o que deu na sua cabeça para me privar dele. Para me fazer pensar que ele não estava nem aí para mim, que tinha me esquecido tão rápido quanto o dia pode virar noite! -Gritei apertando minha garganta para tentar desfazer aquele nó que se formava rapidamente. — Eu mereço saber porquê minha própria mãe me enganou desse jeito! -Continuei quando ela não teve coragem de dizer nada.
— Eu só queria te proteger, caramba! Você era apenas uma criança, Alícia! E embora eu esteja feliz por vocês dois, naquele momento eu fiquei com medo de que ele fosse te machucar... e-eu li cada uma daquelas cartas, filha! E sabia que se você as lesse também, ficaria destruída, então eu... -Ela se calou subitamente.
— O quê você fez com elas? -Indaguei temendo o pior.
— Me desculpe, meu amor...
— O quê você fez, mãe?
— Eu queimei elas.
— Não minta para mim! -Gritei socando a parede na minha frente.
— Sinto muito, bebê... mas essa é a verdade. Eu precisava me certificar de que você não as encontraria, não podia correr esse risco.
As lágrimas escorriam como uma enxurrada pelo meu rosto e eu estava a ponto de começar a literalmente gritar como uma maluca.
Viktor ao ver como eu ficava cada vez mais alterada, tirou o telefone das minhas mãos e começou a conversar com a minha mãe enquanto eu chorava desconsoladamente no chão, sem nem lembrar em que momento eu tinha ido parar ali.
A voz dele ficou distante conforme o ar escapava dos meus pulmões e engatinhei até me encostar em uma das cômodas, meu corpo balançando para frente e para trás.
Podia parecer ridículo da minha parte, mas caramba, as coisas teriam sido tão diferentes se eu tivesse lido aquelas malditas cartas.
Quem sabe a gente não tivesse ficado junto antes... ou talvez eu não teria passado tanto tempo odiando-o e pensando que ele era um babaca.
Minha própria mãe tinha mentido na minha cara durante mais de quinze anos.
— Ei, não faça isso... -Viktor segurou meu queixo levantando minha cabeça com cuidado. — Ela só quis te proteger, amor. Não a culpe por não querer te ver sofrendo.
— Ela me enganou, Vik. Mentiu para mim.
— Eu sei, meu anjo, mas isso realmente faz diferença agora? O tempo já passou e infelizmente não podemos mudar o passado, então para quê ficar brava?
— Mas nós dois poderíamos ter ficado juntos antes, nós...
— Eu estou aqui agora, não estou? Estou com você. Sempre estive. -Viktor se sentou ao meu lado, passando seus braços sobre os meus ombros e me puxando para mais perto de si. — Por favor, converse com ela.
Ele estendeu a mão com o celular para que eu pegasse e fiz o que ele pediu levando o aparelho até a minha orelha.
— Filha, eu sei que não agi da melhor maneira e não fui sincera, mas eu não me arrependo de ter feito o que eu fiz, porque também sei que você teria sofrido ainda mais com aquelas cartas. Viktor sabe que eu não queria prejudicá-lo e quero que saiba que eu sinto muito. Eu e seu pai, nós te amamos infinitamente e quando estiver mais calma, gostaria de ir até a mansão para conversar com você e seu namorado.
— Noivo. -Sussurrei.
— O quê disse?
— Viktor me pediu em casamento, nós estamos noivos.
De repente uma comoção tomou conta do outro lado da chamada e não consegui evitar sorrir quando meu pai arrebatou o telefone da minha mãe que provavelmente estaria quase desmaiando.
— Meu amor, é isso mesmo que eu ouvi? Você vai se casar?
— Sim, papai. -Suspirei ainda sem parar de chorar.
— Oh por Deus, minha bebê vai se casar! Isso é maravilhoso, amor!
— Obrigada pai, hã... será que posso falar com mamãe novamente?
— Oh, ok, filha! Mas antes disso, saiba que eu te amo e estou muito feliz por você.
Mais lágrimas foram derramadas enquanto eu me recompunha para conversar como uma adulta.
— Aqui estou, filha. -Coloquei o celular no viva-voz para poder falar tranquilamente.
— Mãe eu... eu ainda estou um pouco irritada por conta das cartas, mas... Deus, como é difícil... -soltei lentamente a respiração que estava presa sem nem mesmo perceber — eu te entendo.
O suspiro aliviado me fez chorar outra vez.
— Sinto muito por ser tão impulsiva, por não te deixar se explicar em um início.
— E eu sinto muito por ter mentido, minha filha. Eu e seu pai te amamos tanto, quero dizer, nós amamos vocês dois.
Viktor me encarou com os olhos cintilando por conta das lágrimas não derramadas e abracei seu corpo, apertando-o contra o meu.
— Nós também amamos vocês. Por favor, não demorem a voltar, tenho muita coisa para contar.
— Sobre isso, querida... -Mamãe ficou séria de repente e um sentimento estranho me invadiu, fazendo toda a minha pele se arrepiar como se estivesse experimentando algum tipo de premonição. — Nós meio que também temos algo para te contar.
Respirei fundo, as mãos de Viktor me segurando como se ele fosse minha tábua de salvação.
— Seu pai e eu viemos para essa cidade para ver uma casa e não à trabalho. Estamos morando aqui há alguns meses. -Arregalei os olhos.
— P-por quê não me disseram antes?
— Porque no início não tínhamos certeza de que ficaríamos aqui, então todas aquelas coisas aconteceram com você e Viktor nos disse para não voltarmos... acabou que fizemos uma oferta e o dono decidiu aceitá-la, pelo que compramos a casa e aproveitamos para ficar por aqui enquanto vocês resolviam todo esse assunto.
— E-eu não entendo... por que não querem mais morar aqui?
— Seu pai está cansado, querida. Ele queria mudar de ares, acordar ao som do mar e poder passear tranquilo sem as complicações do trabalho. Considere essa decisão como uma espécie de aposentadoria.
— Eu... droga, eu fico feliz por vocês. -Murmurei mesmo sabendo que aquilo não era verdade.
Quero dizer, eu estava sim feliz pelos dois, mas também com medo, afinal de contas eu não poderia mais vê-los sempre que quisesse ou correr para os seus braços em algum final de semana.
— Nós não estamos muito longe, meu amor, vocês podem vir a qualquer momento.
— Tudo bem. Vocês merecem mesmo descansar. -Disse baixinho.
— Tem mais uma coisa, Alícia.
— Mais?
— Sim... hã... nós também vendemos quarenta por cento da empresa, deixando sessenta por cento no seu nome, de modo que você é a sócia majoritária.
— O quê?
— Isso mesmo que ouviu, você é a nova dona, mas não precisa se preocupar, temos pessoas encarregadas de tudo, de modo que só precisará assinar papéis de vez em quando e resolver uma ou outra burocracia.
— O-ok. -Engoli em seco, meu corpo inteiro tremendo.
Era tanta coisa para lidar que por pouco eu não cai de bunda no chão.
— Nossa casa também está sendo vendida e assim que os documentos ficarem prontos, iremos visitar vocês, está bem? Precisamos planejar o casamento, enviar convites e tudo mais. -Me tranquilizei pouco a pouco ao escutar a sua animação.
— Viktor e eu decidimos fazer algo pequeno, mas eu prometo que vou deixá-la se encarregar de tudo porque sei que ama mandar nas pessoas. -Brinquei ao som das suas risadas.
— Muito bem, meu amor. Agora vá descansar e amanhã eu vou te ligar outra vez para conversarmos mais um pouco, tudo bem?
Balancei a cabeça, mesmo sabendo que ela não poderia me ver.
— E Alícia?
— Hum?
— Eu... eu guardei uma delas.
— Não estou entendendo, mãe.
— Ainda tenho a primeira carta que Viktor te deixou.
Senti um zunido dentro da minha cabeça e meu mundo girou levemente ao escutar o que ela acabava de falar.
— Oh por Deus, onde ela está?
— No nosso quarto, dentro da gaveta de uma das escrivaninhas. Quando Viktor foi até a nossa casa para se despedir, ele a deixou comigo e eu prometi que te entregaria. Confesso que eu pensava em jogá-la fora também, mas algo dentro de mim me impediu de fazer isso, então eu a abri e depois de ler o que ele tinha escrito entendi que embora aquele não fosse o momento certo para que você lesse aquelas palavras, você teria o direito de ler algum dia e acho que chegou a hora.
— Obrigada, mãe. -Sorri baixinho. Pelo menos eu finalmente saberia o que ele me disse antes de partir.
— Te amo, meu amor e desejo de todo o meu coração que vocês sejam felizes.
— Também te amo, mamãe.
— Eu sei disso bobinha, -soltei uma risadinha chorosa, mamãe sabia como mudar o clima de qualquer situação — agora diga a Viktor que confiamos nele para te proteger e que se ele sair da linha com você, irei pessoalmente puxar a sua orelha. -Levantei uma sobrancelha me contendo para não cair na risada com a expressão assustada do meu noivo que podia literalmente arrancar o dedo de um cara, mas estava com medo da minha mãe.
— Pode deixar, se ele sair da linha comigo eu mesma vou me certificar de castigá-lo. Até mais, mãe.
— Até mais, amor.
Encerrei a ligação e deixei o celular ao meu lado sob o olhar atento do homem que me deixava sem ar.
— Vai mesmo me castigar se eu te irritar? -Ele perguntou colando os lábios no meu pescoço.
Passei uma perna de cada lado da sua cintura, me sentando no seu colo e segurei seu rosto com ambas mãos.
— Oh, pode ter certeza de que farei isso. E você não vai gostar nadinha do castigo.
— Nesse caso é melhor eu não correr nenhum risco.
Seus dedos apertaram minha bunda, me levantando junto com ele e em questão de segundos estávamos dentro do banheiro para mais um banho demorado, onde eu esfregaria cada centímetro do seu corpo, me certificando de dar uma atenção especial para uma parte que eu amava e depois ele faria o mesmo comigo, me levando para o céu com dedos, língua e principalmente com o seu pau.
Ficar sabendo sobre as cartas foi algo que me abalou um pouco, mas depois de vários minutos eu entendi que mamãe realmente não fez por maldade.
Ela só queria proteger a filha de uma possível decepção, mesmo sem fazer ideia de que eu iria me decepcionar de qualquer jeito.
E como o próprio Viktor disse, talvez tenha sido melhor assim, afinal de contas, de uma forma ou de outra, eu aprendi a viver por minha conta, conheci pessoas incríveis e graças a elas eu pude superar a dor de um coração partido.
De todas formas, já era tempo de perdoar e esquecer ou esquecer e perdoar. O que vier primeiro ou o mais conveniente. - Pensei sorrindo.
Aquela bendita história nos perseguiria para sempre e eu amava saber que ela tinha sido responsável por me unir com alguém que eu amava e respeitava profundamente.
E embora Viktor tenha sido uma parte importante da minha infância e adolescência, eu não sei se teria chegado onde cheguei se tivesse continuado em contato com ele.
A única coisa que me deixava tranquila, era o fato de que de uma forma ou de outra, nossos caminhos voltaram a se cruzar, por mais sinistra que fosse a situação.
O homem que eu sempre quis finalmente estava comigo e isso era suficiente para mim.
— Eu te amo, Viktor. Obrigada por me salvar, por estar sempre ao meu lado e principalmente por acreditar em mim quando eu mesma duvidei dos meus princípios. -Sussurrei encarando a imensidão azul do seu olhar.
— Eu jamais desconfiei da sua inocência, Alícia. E sempre vou ficar do seu lado, não importa o que aconteça.
— Mesmo sabendo que eu posso ser bem louca de vez em quando? -Meus dedos brincaram com o seu pau, subindo e descendo devagar.
— Somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca. -Ele sussurrou a frase, levantando minha perna e me penetrando com cuidado. — E sobretudo, eu sou louco por você, minha Coelhinha.
NOTA DA AUTORA
Ahhhhhhhhhh mdssss eu não tô acreditando
q chegamos a mais um final feliz meu Deusssssss!!
Como sempre, obrigada por me acompanharem nessa jornada,
eu sempre vou ser grata a vcs, pq como já devem ter percebido,
escrever é a minha maneira de não surtar e saber que tenho pessoas que
tiram o seu tempo para ler as abobrinhas q eu posto é tão reconfortante que
me dá vontade de chorar!
Espero que tenham gostado dessa história tanto qto eu amei escrever ela.
E não se preocupem, esse é o capítulo final, mas sempre temos alguns
bônus pra deixar vcs com gostinho de quero mais hahahah
Tenham todas um ótimo final de semana,
E não se esqueçam:
Amo vcs🥰
bjinhosssss BF ❤️❤️❤️
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