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Capítulo 32

POR VIKTOR

— É BOM vocês terem um motivo bem convincente para me fazer vir até aqui, caso contrário estão despedidos. -Rosnei encarando os dois seguranças que só faltavam mijar nas calças de medo.

Eu não deveria estar no meu escritório com aquele par de bolas murchas e sim na minha casa conversando com Alícia e fazendo-a entender como sentia a sua falta.

Ela tinha ido falar comigo.

Ela tinha me beijado.

E eu não conseguia parar de pensar nisso.

Esfreguei a testa mais uma vez.

Desde o momento em que cheguei no cassino, uma vontade insana de voltar para os braços da garota que eu amava.

Porque ficar longe dela era como uma tortura e por mais que eu soubesse que tinha que cumprir com minhas obrigações, estar ali parecia tão inquietante, tão fora de lugar.

Algo estava estranho, eu podia sentir.

Tyron se sentou em uma das cadeiras vazias com os braços cruzados e a cabeça inclinada observando como os caras trocavam olhares suspeitos.

Respirei fundo enquanto servia uma taça de vinho quase quebrando o cristal com meus próprios dedos imaginando que eram os pescoços dos dois babacas.

O loiro, Jack, Jake ou qualquer merda parecida, deu um passo à frente e começou a falar ao perceber que eu estava perdendo a paciência.

— S-sinto muito, chefe, mas o idiota conseguiu escapar. Nós não sabemos o que aconteceu. E-ele disse que não tinha feito nada de errado e que se quiséssemos, podíamos te chamar para confirmar.

Levantei uma sobrancelha.

— Por que eu tenho a impressão de que você sabe muito bem o que houve, mas não vai me dizer? -O sabor adocicado do vinho branco fez minha pele se arrepiar quando eu bebi mais um gole com a calma de um predador prestes a dar o bote.

Aquela mesma sensação de que eu não devia estar ali chicoteou no meu peito e esfreguei o lugar disfarçadamente antes de me virar.

O homem que, à essa altura, suava como um pecador em dia de confessionário, coçou a nuca sem parar de olhar para o colega.

— É o seguinte. -Dei alguns passos até parar na sua frente. — Você tem cinco segundos para me explicar porquê fizeram todo aquele escarcéu para que eu viesse até o cassino para chegar aqui e não encontrar mais ninguém e nenhuma confusão como me disseram pelo telefone. -Meus dedos seguraram a gola do seu uniforme, trazendo-o para tão perto que eu pude sentir o seu hálito asqueroso.

Enruguei o nariz.

— E-eu juro, chefe! Ele estava aqui até pouco tempo atrás, ele...

Eu podia ver o medo estampado no seu olhar, as íris ficando cada vez mais dilatadas, mas eu também podia ver algo mais.

Um sentimento de fúria, pânico e... traição.

De repente, como se peças de um quebra cabeças finalmente se encaixassem, eu comecei a entender tudo.

Alícia.

Não. Isso não podia estar acontecendo.

Soltei seu corpo empurrando-o para trás ao perceber que tinha sido feito de idiota.

Aquela cena ridícula não passava de uma maldita distração.

Como não notei antes?

— Tyron, ligue para a mansão agora e peça para falar com Bertha enquanto eu tento me comunicar com Alícia. -Rosnei sem deixar de prestar atenção em cada movimento dos caras ao nosso lado.

Disquei seu número pelo telefone fixo, mas ela não atendeu.

Tentei de novo e nada.

Todas as ligações caíram na caixa postal.

Puta merda.

O segurança fez o que eu pedi rapidamente e me passou o aparelho assim que atenderam a ligação.

— Viktor querido, esqueceu algo em casa? -A voz do outro lado parecia tranquila e por alguns segundos eu acreditei que só estava sendo paranóico.

Depois de ficar sabendo que a cabeça de Alícia tinha sido colocada como prêmio por aqueles malditos da Red Demons, passei a me preocupar o dobro com a sua segurança.

E mesmo estando brigados eu não deixei de investigar quem estava por trás de toda aquela merda, porque por mais que ela não quisesse mais ficar comigo, eu faria de tudo para ajudá-la a provar a sua inocência.

Eu faria qualquer coisa por Alícia.

— Pode me fazer um favor? -Pedi com a voz entrecortada.

— Claro...

— Vá até o dormitório de Alícia e veja se ela está lá. Não me importo se ela ficar brava...

Bertha suspirou do outro lado da linha.

— Está tudo bem? -Neguei com a cabeça mesmo sabendo que ela não poderia me ver.

— Só faça o que eu te pedi, por favor.

— O-ok...

Esperei enquanto ela andava até os dormitórios, meu coração quase pulando para fora da garganta naquela demora interminável.

Eu podia escutar seus sapatos afundando nas pedras que adornavam o caminho até a ala dos funcionários e rezava para escutar a voz de Alícia quando ela chegasse.

Mesmo que fossem gritos, xingamentos, qualquer coisa servia.

Eu precisava saber que ela estava bem.

O barulho da porta sendo aberta me fez prender a respiração e apertei as pálpebras instintivamente.

O miado de Chess me arrancou um sorrisinho involuntário, mas isso não foi suficiente para me tranquilizar.

Mesmo assim tentei me distrair para não acabar ficando maluco.

A gata tinha se transformado em uma companhia agradável e eu sentia falta dela tanto quanto da sua dona.

Lembranças das primeiras vezes que ela foi dormir comigo invadiram a minha mente e eu fui levado para o passado desejando voltar no tempo para experimentar aquela sensação novamente.

No entanto, Bertha exclamou algumas palavras em alemão e fiquei em alerta outra vez.

— Bertha, está aí? O que houve? -Grunhi.

— Alícia não está no quarto dela, Viktor. Suas malas estão feitas pela metade, mas não a encontro em lugar nenhum... Seu celular também não está.

Caralho.

— Vá até o estacionamento por favor. -Sibilei respirando profundamente.

Bertha parecia tão preocupada quanto eu conforme andava até o galpão onde guardávamos os carros e motos.

Ela parecia ter entendido perfeitamente onde eu queria chegar e no momento em que ouvi seu praguejo baixo, foi como se um punhal tivesse sido enfiado lentamente no meu peito.

— A moto dela não está aqui, meu amor. -Ela sussurrou com a voz trêmula.

— Peça para revisarem as câmeras de segurança e enviarem as imagens para o celular de Tyron. Estou indo direto para a mansão, não deixe ninguém sair nem entrar.

Encerrei a ligação antes de jogar o aparelho na parede vendo como ele se partiu em mil pedacinhos.

— Se algo acontecer com ela, vocês são homens mortos. -Ameacei.

Por mim eu mataria os dois ali mesmo.

Fecharia meus dedos nos seus pescoços nojentos e veria como eles ficavam sem ar.

Eu não precisava ser um gênio para entender qual tinha sido a jogada.

Eles me queriam fora da mansão para que pudessem fazer ela sair.

E eu caí como um maldito patinho.

Meu sangue ferveu rapidamente e penteei os cabelos com os dedos várias vezes.

A fúria dentro de mim era tão grande que demorei alguns minutos para notar Tyron falando ao telefone.

— Chefe, acabaram de ligar do Golden Dreams avisando que viram Alícia entrando, também disseram que detectaram atividades suspeitas na sua antiga casa.

Mas que merda era essa?

— Porra! -Gritei esmurrando a parede a apenas centímetros do rosto de um dos idiotas que arregalou tanto os olhos que a expressão assustada até seria engraçada se a situação fosse outra. — Vocês irão sair daqui, achar o imbecil que pensou que poderia brincar comigo e dizer a ele que não adianta tentar se esconder de mim. Eu vou persegui-lo até o fim dos tempos se for preciso e quando encontrá-lo, farei questão de tirar a vida dele lentamente, de ver até a última gota de sangue deixar seu corpo.

A ameaça pareceu finalmente fazê-los entender que eu estava falando sério e os dois saíram correndo do escritório tropeçando nos próprios pés ao passar pela porta.

— Tyron, pegue duas armas carregadas e uma caixa de munição extra, te espero no estacionamento.

Ele balançou a cabeça indo até o depósito enquanto eu entrava no elevador.

Conforme eu descia, meu estômago não parava de revirar pensando na possibilidade de Alícia estar...

— Droga de garota teimosa! -Rosnei para mim mesmo. — Por que não veio até mim por ajuda, caralho!

Soquei o espelho do elevador sem dar a mínima para meus dedos cortados pelo vidro.

A dor que eu sentia não se comparava em nada com o medo de perdê-la mais uma vez.

Logo agora que ela queria conversar, colocar as cartas sobre a mesa e resolver de uma vez nossos atritos.

Ou o karma realmente era uma vadia ou eu era um filho da puta muito azarado.

— Aqui estou chefe. -Tyron apareceu minutos depois com o que pedi, chaves do carro e um semblante tão sombrio que eu ficaria com medo se ele não estivesse do meu lado. — Ela vai estar bem, tenho certeza de que tudo não passa de uma confusão e quando a encontrarmos, vou fazer questão de dar um sermão naquela cabeça maluca.

Concordei engolindo em seco.

Ele teria que esperar a sua vez, porque eu seria o primeiro em tentar colocar juízo naquela garota.

Entramos no SUV em um silêncio carregado de preocupação e durante todo o caminho até a minha velha casa eu pedi que por uma vez, as coisas dessem certo para mim. Que Alícia não estivesse em perigo e que tudo não passasse de uma confusão, como Tyron afirmava.

Como eu pude ser tão burro?

Como não percebi que tudo não passava de uma armadilha?

Os Rds estavam muito quietos, muito... ausentes.

Eu deveria ter previsto que tramavam algo.

Deveria ter...

— Você não tem culpa de nada, Viktor. Pare de tentar achar uma forma de se punir. -Tyron sussurrou como se pudesse ler meus pensamentos.

Nos conhecíamos a tanto tempo que ele sabia como me interpretar e provavelmente tinha percebido como eu estava a ponto de surtar.

— Eu tinha que protegê-la, era a minha missão e eu falhei. -Encostei a cabeça no banco respirando profundamente.

— Não havia maneira de prever que ela iria sair da mansão, cara. E pelo visto ninguém percebeu, já que não fomos avisados antes.

— Ou talvez não tenham avisado de propósito. -Refleti.

Será que algum deles tinha se infiltrado entre meus empregados?

— De qualquer forma você sabe que Alícia é uma policial. Ela sabe se defender.

Concordei sério..

Ela podia literalmente chutar o traseiro de qualquer um e eu estava mais do que orgulhoso disso.

Minha coelhinha também podia ser uma leoa quando necessário.

Mas isso não significava que ela era invencível.

E se houvessem vários deles? E se eles fizessem algo com ela?

— Quando chegarmos, estacione algumas ruas mais para baixo e terminamos o caminho a pé para não chamar a atenção de quem quer que esteja na porra da minha casa. -Indiquei revisando a arma para ver se estava tudo certo.

O pente contava com todas as balas e retirei o seguro do gatilho.

Faziam alguns meses que eu não disparava, mas eu sabia muito bem como fazê-lo.

Não demorou muito para que a guarita de entrada do condomínio aparecesse no nosso campo de visão e mostrei minha identidade para ser liberado.

O guarda informou que Alícia estava ali há pelo menos trinta minutos e apertei as pálpebras tentando não sair correndo atrás dela.

— Obrigado por avisar, kevin. -O homem fez um sinal com a cabeça antes de abrir a cancela.

Diminuímos a velocidade ao cruzar a entrada e assim como foi pedido, paramos em uma rua paralela à da minha casa.

Desci do carro em um pulo, retirei o paletó ficando só de camisa e enfiei a arma na minha cintura.

Tyron fez praticamente o mesmo, arregaçando as mangas da camisa branca e caminhamos lado a lado até chegar primeiro na propriedade dos Medina que ficava ao lado da minha.

Faziam tantos anos que eu não pisava naquele lugar que meu corpo se estremeceu só de ver a casa onde passei praticamente toda a minha infância e adolescência.

O lugar onde vivi um verdadeiro inferno.

Eu tinha tentado manter todas aquelas memórias trancadas dentro do mais profundo do meu subconsciente e consegui até aquele momento.

As imagens de Alicia e eu brincando, lendo, passando tardes naquele balanço pipocaram por trás dos meus olhos e sacudi a cabeça para me concentrar.

Por que aqui? -Pensei com o cenho franzido.

Nada fazia sentido.

Mesmo assim, continuamos nosso trajeto, a concentração e nervosismo dominando nossos sistemas e cobrindo nossos olhos com um pano vermelho.

Tyron também gostava muito da Alícia e naquele momento eu finalmente entendi que o que ele sentia não tinha nada a ver com o que eu pensava.

Ele tinha apreço pela minha garota. Como se ela fosse uma irmã.

E eu estava agradecido por isso.

Por saber que ela não ficaria sozinha mesmo se nós não continuássemos juntos.

Conforme nos aproximávamos da minha casa, vozes abafadas podiam ser ouvidas fazendo todo o meu corpo se eriçar em alerta.

Tyron me encarou pronto para obedecer qualquer ordem que eu desse.

Ele sabia que não deveria agir a não ser que eu mandasse, então me apressei em terminar logo com aquela merda e poder levar Alícia para nossa casa.

— Eu vou entrar pela parte de trás já que conheço cada cômodo como a palma da minha mão e você fará uma ronda pelo perímetro para ver se não há um membro da RD escondido por aí. Se encontrar algum, atire para matar. -Sussurrei com a voz firme e Tyron concordou se afastando rapidamente.

Tentei não fazer barulho enquanto caminhava até a enorme porta que dava acesso à dispensa e girei a maçaneta estranhando encontrá-la destrancada.

Eu sempre enviava alguém para verificar se tudo estava fechado e evitar que ladrões entrassem para roubar as merdas que eu mantinha lá dentro por apego à uma época que eu queria apagar da minha mente.

E tinha certeza de que todas as portas ficavam trancadas.

— Mas que merda é essa? -Entrei com cuidado, pisando passo por passo e me desesperando ao escutar Alícia gemendo em algum lugar.

Ela ainda estava viva, isso era bom, mas o que me causou um pânico real, foi não poder vê-la.

Me desesperava não saber como ela estava, se tinham machucado-a ou feito algo pior.

— Por favor, que ela esteja bem. -Repeti a frase como um mantra conforme me aproximava sorrateiramente.

Alícia estava tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe que meu coração pulava desenfreado dentro do peito.

Depois de sair da despensa, cruzei um corredor estreito até chegar na cozinha desviando de todos os objetos espalhados de qualquer jeito.

As luzes estavam apagadas certamente para não chamar a atenção dos vizinhos, no entanto, uma claridade tênue podia ser vista proveniente da sala, então caminhei até parar atrás de uma porta em péssimo estado de conservação.

Depois que fui morar na Alemanha, não me preocupei em fazer a manutenção daquela merda.

Para mim não fazia nem diferença se ela caísse aos pedaços.

Ali eu só tinha sofrido e estava pouco me fodendo para o estado da residência em si.

Talvez tenha sido por isso que não consegui vendê-la no final das contas.

Os móveis estavam na mesma posição de antes, até os pratos e talheres que seriam usados no jantar naquele dia ainda decoravam a mesa cheia de pó e teias de aranha.

Tudo aquilo parecia uma cena de filme de terror e fechei os olhos por alguns minutos para voltar a me concentrar no que eu tinha ido fazer ali e não deixar que as memórias me atrapalhasse.

Eu precisava estar alerta.

Precisava encontrá-la.

Sem Alícia eu seria reduzido a uma enorme poça de... nada.

Ela era a garota que eu amava desde que tinha consciência de mim mesmo e meu corpo inteiro tremia de medo.

Eu me sentia como anos atrás ao tentar proteger a minha mãe e falhado.

Eu não iria falhar dessa vez.

Respirei fundo e ergui a cabeça, meus dedos apertando o gatilho com tanta certeza que eu podia até mesmo sentir um calor dentro de mim, como se estivesse sendo guiado até ela.

Quando percebi que as vozes pareciam estar mais perto, estiquei os braços na frente do meu peito, ficando na posição de ataque antes de finalmente entrar na sala sem imaginar que daria de cara com a pior cena da minha vida. 

NOTA DO AUTOR

Segundoouuuu com cap cedinho pra vcs surtarem desde já 
kkkkkkkkkkk
Dependendo de como for, pode ser que saia outro cap hoje ainda
MAS NÃO É CERTEZAAAA
Então não se iludam hahahahaha
Espero que tenham gostado, 
Não se esqueçam de votar e comentar!
Tenham uma ótima semana ;)

Amo vcs 🥰
Bjinhossss BF🖤🖤🖤

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