Capítulo 26 - Parte I
VIKTOR voltou a se sentar em uma cadeira, ficando em silêncio enquanto eu continuava conversando com Susanna.
— Aconteceu alguma coisa? Rico está bem? -Perguntei sem deixar de olhar para o cara que fazia meu mundo inteiro girar.
Era incrível o fato de que apenas ele fosse capaz disso.
Cada célula do meu corpo pertencia a Viktor Schultz e eu não me envergonhava nem um pouco em admitir que estava louca por ele.
Chacoalhei a cabeça colocando o telefone no viva-voz para poder me vestir ao mesmo tempo em que falava e Viktor levantou uma sobrancelha como quem dizia "tem certeza que quer que eu escute tudo?", no entanto, apenas dei de ombros sem me importar com o que ele chegasse a ouvir.
Não havia nada entre eu e Susanna que fosse um segredo de estado, de todos modos.
— Está tudo bem com a gente, amiga. -Suspirei aliviada. — Liguei para saber se você está bem.
— Como assim, Susanna?
— Hoje enquanto estava no trabalho, eu escutei Harvey falando algo sobre Viktor ser um psicopata e para ser sincera eu fiquei com medo.
Engasguei baixinho ao ver como Viktor fazia uma careta engraçada.
— Amiga, escuta... -Eu tentava vestir uma blusa enquanto falava, quase caindo ao me aventurar a fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
— Não, Ali, me deixa falar primeiro, por favor.
— Ok.
— Eu sei que você é uma mulher adulta, que consegue se cuidar sozinha e tudo mais, mas às vezes deve lembrar que não é invencível. Eu também confio na sua palavra, só que se esse cara estiver te tratando mal ou te mantendo aí contra a sua vontade, por favor, me faça saber que eu dou um jeito de te tirar daí.
Fiquei séria subitamente, me arrependendo por ser tão idiota.
Viktor franziu o cenho antes de se levantar e caminhar até o meu lado, pegando o celular de cima da escrivaninha com uma atitude quase ofendida.
Tentei impedir que ele chegasse até o aparelho, no entanto, meus esforços foram em vão e só me restou aceitar a derrota.
— Olá, Susanna, é um prazer finalmente poder falar com você. -Ele falou sério.
Meus olhos se apertaram fortemente e minhas bochechas ficaram quentes, provavelmente vermelhas da vergonha que eu sentia naquele momento.
Indo contra a minha vontade, Viktor fez questão de tirar o viva-voz e levar o celular até o ouvido para que eu não escutasse nada.
Os dois conversaram por alguns minutos que mais pareceram horas e em todo momento, seu olhar azulado não desviou do meu, fazendo o meu estômago se contorcer em ansiedade.
Depois de garantir que eu estava bem, que Susanna não precisava se preocupar e deixar bem claro que ele havia escutado nossa conversa sobre seus atributos, Viktor até sugeriu um encontro para que ela visse com seus próprios olhos que eu ainda me encontrava em uma peça só.
Eu já estava quase derretendo apenas por escutá-lo falar com tanta certeza sobre nós dois e como ele estava cuidando de mim, mas o que mais me tocou profundamente, foi a última frase que ele disse olhando direto nos meus olhos arregalados antes de se despedir e encerrar a ligação.
— Não precisa agradecer, Susanna. E só para que saiba, eu faria tudo de novo sem pensar duas vezes.
Porra.
Será que aquilo era real? Ou tudo não passava de um sonho e eu acordaria no meu apartamento com a cara amassada e o outro lado da minha cama vazio?
De qualquer jeito, se tudo fosse mesmo produto da minha imaginação, eu iria aproveitar ao máximo.
Me aproximei puxando seu corpo para um abraço, inspirando fundo para sentir seu perfume delicioso.
— Obrigada.
Era tão bom ver que ele e Susanna, duas das pessoas que eu mais amava na vida, poderiam se dar bem.
Isso me tranquilizava e me fazia feliz.
Me fazia desejar que os dois se encontrassem, que fossem amigos e pudéssemos compartilhar momentos tranquilos sem nos preocuparmos com mais nada.
Deus, então essa era a sensação?
Era assim que uma pessoa apaixonada pensava?
Seus dedos acariciaram minha bochecha arrumando uma porção de cabelo atrás da minha orelha me trazendo de volta.
— Eu faria qualquer coisa para te ver bem, liebe. Jamais duvide disso.
Não foi o jeito que ele sussurrou aquelas palavras no meu ouvido nem a forma em que suas íris se prenderam às minhas que me fez suspirar emocionada.
Não.
O que fez meus olhos se encherem de lágrimas foi a sinceridade com a qual ele disse aquela frase com toda a certeza do mundo.
Foi o jeito que seus lábios pousaram nos meus como se estivesse selando uma promessa ou como suas mãos apertaram minha cintura atraindo meu corpo para mais perto do seu.
Porque como ele havia dito dias antes, quando se tratava de nós dois, tudo não era suficiente.
— Gostaria tanto que você tivesse me procurado antes... não faz ideia de como eu passei anos te esperando. -Confessei baixinho deixando escapar uma lágrima que foi seca pelo seu polegar antes mesmo de chegar até o meu queixo.
— Eu sei, amor. Eu fui um idiota por demorar tanto, mas estou aqui agora. -Recebi um beijo suave na testa. — Eu estou aqui.
Minha cabeça subiu e desceu em concordância acreditando que daquela vez seria assim.
Que Viktor e eu ficaríamos juntos e ninguém poderia mais nos separar.
Abracei sua cintura encostando a bochecha no seu peitoral e permanecemos em silêncio por vários minutos, nossos corpos se movendo lentamente, dançando uma música que só existia dentro das nossas mentes apaixonadas.
— Está com fome?
Ele perguntou depois de um tempo e acenei ao escutar meu estômago roncando com apenas a menção da palavra.
— Sim... não comi nada desde que saí mais cedo.
Viktor bufou descontente e dei de ombros tentando restar importância ao fato de que eu tinha saído sem a sua permissão.
— Vamos, vou preparar algo para você.
Como já estava tarde, Bertha provavelmente dormia e apenas o pessoal da segurança executava suas rondas, então procuramos não fazer muito barulho para não acordar ninguém.
Ao chegar na cozinha, fui praticamente obrigada a sentar em uma das cadeiras enquanto observava o homem musculoso pensando no que cozinhar com o cenho franzido e os braços cruzados em concentração.
Aquela cena era tão sensual que precisei apertar minhas pernas com força para não deixar transparecer o tesão que eu sentia.
Viktor abriu a geladeira minutos depois e colocou uma tigela com frutas frescas cortadas, outra com mel, cereais e uma pequena jarra com iogurte grego em cima da mesa à nossa frente.
— Está muito tarde para fazer algo pesado, mas prometo que da próxima vez eu cozinho algo mais elaborado. -Eu sorri revirando os olhos.
— Começo a pensar que você não sabe cozinhar e só está me enganando para tentar me conquistar.
Provoquei antes de pegar um pedaço de morango com o garfinho para petiscos, passá-lo no mel e levá-lo até a língua lentamente.
Seu olhar atento me acompanhou a cada passo e no momento em que inclinei a cabeça mastigando a fruta ácida e ao mesmo tempo doce, suas pupilas ficaram tão dilatadas que quase não era possível ver o azul que eu amava.
Pensei que ele ficaria bravo e trataria de realmente cozinhar um prato, no entanto, quando achei que as coisas não poderiam melhorar, Viktor se sentou em uma cadeira bem na frente da minha, espetou outro pedaço de morango, passou no mel da mesma maneira que eu havia feito e o aproximou até os meus lábios em um pedido implícito para que eu abrisse a boca.
Caralho, aquilo era tensão sexual demais.
Era Viktor demais.
E ao mesmo tempo parecia não ser suficiente.
Lambi seu dedo quando já não havia mais nada que morder.
— Porra, você é tão linda. -O sussurro sôfrego enviou uma onda de calor diretamente para o meio das minhas pernas me obrigando a respirar fundo para não atacá-lo ali mesmo sob o risco de sermos vistos por qualquer um.
Enquanto eu debatia comigo mesma sobre o quão louca era a ideia, uma gota de mel acabou escorrendo até o meu queixo e ele deslizou a língua pela minha pele, limpando-a ao mesmo tempo em que me beijava de um jeito tão quente quase derreti ali mesmo.
De repente a temperatura da cozinha pareceu subir tanto que uma gota de suor escorregou na minha coluna fazendo todo meu corpo se arrepiar.
— Viktor... -Gemi apertando as pálpebras com força.
— O quê foi, coelhinha?
Ele perguntou com aquele seu sorrisinho rouco se afastando sorrateiramente, as costas apoiadas no encosto da cadeira, as pernas levemente abertas, o braço em cima da mesa e a cabeça escorada nos dedos tatuados e adornados com vários anéis de prata, alguns com uma caveira e outros mais simples, mas com figuras abstratas.
— Idiota. -Grunhi.
Fazia anos que eu não via essa sua atitude brincalhona e serena.
Quando éramos adolescentes Viktor amava me provocar.
E naquela época eu pensava que ele fazia isso para me irritar, no entanto, sentada ali na sua frente, como se uma venda fosse retirada dos meus olhos, eu percebi que ele gostava da perseguição.
Gostava de uma revanche e de me ver reagir a ele.
Como se tivesse que se certificar de que ainda tinha poder sobre mim.
E do mesmo jeito que eu agia anos atrás, como se aquele espírito juvenil me possuísse novamente, me endireitei na minha própria cadeira me preparando para a minha doce vingança.
— Sabe, -tirei o roupão deixando-o cair no chão com elegância — eu também sei jogar esse jogo. -Levantei a blusa do pijama, revelando meus seios nus, os mamilos intumescidos pela sensação de domínio que fazia minhas entranhas vibrarem de emoção.
— Por acaso ficou maluca? Alguém pode entrar a qualquer momento e... -Ele tentou se abaixar para pegar as roupas, mas foi impedido pelo meu pé que o empurrou de volta para cima.
— Hum... isso torna tudo ainda mais interessante, não acha?
Deslizei a perna entre as suas, dando uma atenção especial para a sua virilha sorrindo ao ver o quão excitado ele ficava.
— É-é sério, liebe... -ele engoliu em seco, os olhos fechados e a boca entreaberta respirando com dificuldade — se te virem assim, vou ser obrigado a mostrar um lado meu que não quero que veja.
Foi a minha vez de ofegar.
Se ele soubesse como era extremamente excitante vê-lo irritado.
— E o que você faria se Ty ou outro dos seus seguranças entrassem nesse exato momento? -Fiquei de pé, me sentando no seu colo em seguida. — Se eles me encontrassem assim, praticamente nua.
Meus braços foram parar no seu pescoço, enquanto suas mãos cobriram meus seios, apertando-os e massageando-os voluptuosamente contradizendo o que ele acabava de falar.
— Primeiro, eu os mandaria darem o fora daqui. -Seus dedos apertaram meus mamilos com malícia e fui obrigada a apoiar a cabeça no seu pescoço como se ela pesasse mil toneladas.
— O quê mais? -Sussurrei no seu ouvido me deliciando com a sua pele arrepiada.
— Então eu daria uma surra em quem se atrevesse a olhar para o que é meu. -Viktor capturou um mamilo entre os dentes, chupando-os com vontade.
— Mas não pode fazer isso... -suspirei ao sentir sua mão descendo até onde nossas intimidades se encontravam através do tecido fino dos pijamas. — Não seria justo com eles.
— Estou pouco me fodendo para isso.
Ele arrastou a minha bermuda juntamente com a calcinha para o lado e enfiou um dedo e logo outro na minha fenda espalhando toda a minha excitação em mim mesma.
— Tão molhada para mim.
Acenei enquanto cavalgava nos seus dedos perseguindo a explosão que me deixava sem ar cada maldita vez.
— E você, está duro para mim? -Mordi sua orelha, nossos corpos sacudindo com a sua risada divertida.
— Sempre estou, amor.
NOTA DO AUTOR
Helloooo amores!
Sentiram saudades?
Não pude postar sexta pq não estava me sentindo
mto bem e não consegui acabar o capítulo...
Como puderam ver, esse foi divido em 2 partes e a
segunda será postada amanhã.
Espero que tenham gostado,
Não se esqueçam de votar e comentar.
Uma ótima semana a todos.
Amo vcs 🥰
Bjinhosss BF❤️❤️❤️
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