O futuro rei da Noruécia. [EXTRA 1]
A reunião era sobre os problemas de saneamento na parte rural do país, meu pai estava escutando o conselheiro real dizer quais seriam as sugestões de melhoras, eu estava prestando atenção e pensando, como aquele homem era primário, eu faria algo muito melhor, inteligente e gastaria menos recurso e dinheiro.
Fiquei entediado então peguei a folha de papel a minha frente e escrevi uma proposta melhor, quando meu pai percebeu que eu não prestava atenção me chamou a atenção.
- Parece que a reunião não está lhe interessando Bruno – disse ele sério.
- Ela estava bem interessante, até o nosso ministro da agricultura mostrar esse planejamento primário – eu disse cruzando os braços.
- Acha que pode fazer melhor vossa alteza? – perguntou Boris o ministro da agricultura cheio de presunção e eu dei um sorrisinho metido.
- Eu já fiz! – eu respondi e vi meu pai sorri, Boris ficou pasmo me olhando incrédulo, eu me levantei e apresentei a minha proposta de melhoria, era um plano ousado, mas seria barato, eficiente e sustentável.
- Muito bom Bruno – disse meu pai cheio de orgulho.
- Fiz minha parte – eu disse entregando a ele meu plano por escrito na folha de esboço.
- Majestade meu plano é menos arriscado – disse Boris ao meu pai com olhar furioso.
- Ora vamos Boris, quanto tempo de planejamento você levou para elaborar sua proposta? – eu perguntei cheio de mim.
- Foram meses alteza – ele disse entredentes.
- Bom eu demorei uns dez minutos, poderia trabalhar no meu plano e aprimora-lo o que acha? – eu disse com presunção.
- Como desejar alteza – disse Boris e se retirou bravo.
Meu pai ainda falou mais algumas pautas e encerrou a reunião, eu estava de saída e queria descansar um pouco.
- Posso falar com você Bruno? – pediu meu pai e eu assenti, esperamos todos saírem e ele indicou para eu me sentar – Sei que você é muito inteligente meu filho, mas acha mesmo necessário ser tão arrogante? – disse meu pai.
- Não consigo evitar, eu não gosto de pessoas embromadoras – eu admiti.
- Sei bem disso e entendo você, mas não é assim que você ganhará o amor do povo e nem do parlamento – ele disse rindo.
- Desculpe papai, tentarei conter meu temperamento nas próximas reuniões, mas eu fico irritado com Boris, ele é um trapalhão, ele gosta de desviar dinheiro para a própria conta com essas obras estrondosas – eu explodi.
- Você tem provas disso? – perguntou meu pai.
- Infelizmente não, mas não vejo para onde metade desse orçamento vai, se não para o bolso dele – eu disse frustrado.
- Bruno, você precisa entender que ser rei nem sempre é fácil, as vezes temos que fingir que somos bobos – disse meu pai.
- Quando eu for o rei vou trocar toda essa corja de ladrões do parlamento – eu disse bravo.
- Sei que tem boas intenções, mas o parlamento fala mais alto que o rei muitas vezes, então não é fácil como parece – disse meu pai sabiamente.
- Veremos – eu disse e ele riu.
- Vá descansar Bruno, eu vou me deitar antes que sua mãe me mate – ele disse ao levantar-se.
- Deitar, sei – eu comentei e ele riu.
- Você entendeu, sua mãe é terrível – ele disse e eu rolei os olhos, mas ri.
- Não quero saber da vida sexualmente ativa de vocês dois – eu disse e ele deu um tapinha em meu braço.
- Até amanhã – ele disse antes de sumir corredor acima.
Balancei minha cabeça negativamente, meus pais realmente se amavam, lembro-me de crescer vendo os olhares que trocavam, no fundo eu até esperava sentir algo profundo por uma mulher como meu pai sentia por minha mãe, mas eu não sabia se seria possível.
As tradições da Noruécia é que o herdeiro real se casasse com uma noruesa de boa família e com raízes noruesas, eu estava com dezoito anos, eu iria cursar a universidade de port, na cidade de Port Kavelas, eu estudaria sobre engenharia e me tornaria um rei engenheiro, eu já tinha uma noção de administrar o país não precisava me especializar nisso, meus pais achavam que a probabilidade de me formar apaixonado seria grande.
Eu não me sentia tão otimista assim, eu tinha um sério problema com arrogância, eu sabia que era arrogante, eu sabia que era inteligente e como minha mãe sempre ensinara "modéstia é para pessoas feias", eu tinha completa ciência de que eu era um rapaz bonito, as garotas no palácio apenas confirmavam isso. Como não poderia ser arrogante?
Caminhei em direção ao meu quarto e antes de entrar eu vi algo mexer-se nas sombras, fui até a sombra e me surpreendi com o que vi.
- Liz? Lizzy? – eu chamei chocado e ele virou-se para mim arfando.
Elizabeth estava beijando um guarda do palácio, ela me olhou assustada com o flagra, ela soltou a farda do guarda, ele murmurou algo para ela e saiu, ela me olhou em desafio.
- O que quer? – ela perguntou colocando suas mãos na cintura. Ela tinha acabado de completar dezesseis anos e ela parecia bem ciente do efeito que tinha sobre os homens.
- Não sei se seria certo você sair beijando os guardas por aí – eu disse erguendo a sobrancelha.
- Fica na sua, eu não lhe devo satisfações – ela disse de forma selvagem.
- Tanto faz, só quero que lembre-se que depois de amanhã eu não estarei mais no palácio eu posso não ser a pessoa quem vai pegar você beijando os guardas – eu disse dando de ombros.
- Não sou estupida – ela respondeu jogando seus cabelos longos e escuros para trás.
- Você quem sabe, até amanhã, irmãzinha – eu disse com ironia e ela não respondeu, apenas deu as costas e sumiu nas sombras do palácio.
Entrei em meu quarto, eu não estava disposto a perder meu tempo pensando na Elizabeth, ela era uma garota maluca e muito impulsiva.
Olhei para meu quarto, a maior parte de minhas coisas haviam sido encaixotadas, e minhas malas estavam prontas, claro que o país sabia que eu estudaria no campus, a segurança estava pronta e eu estudaria com Satrine, a filha dos meus tios de consideração, Vegan e Hugo.
Satrine seria a esposa ideal para mim, ela era filha do primeiro ministro, que era primo do meu pai e descendia de uma longa linhagem real e noruesa, sua avó paterna havia sido irmã da minha avó paterna. Mas Satrine acima de tudo cresceu comigo, ela era minha amiga e eu simplesmente não conseguia imaginá-la de outra forma.
Deitei em minha cama e logo peguei no sono sem me preocupar com nada, acordei pela manhã e me arrumei para a viagem. Desci as escadas com minha bagagem de mão, meus pais aguardavam na entrada do palácio, mamãe com seus cabelos vermelhos, eu suspeitava que ela os pintava porque ela não tinha um fio branco ainda. Meu pai sorriu para mim e me abraçou.
- Não esquece, antes de aceitar qualquer plano de bosta, me manda quero analisar me recuso a deixar que o senhor assine propostas estupidas – eu disse a ele e ele riu.
- Pode deixar Bruno, nada será aceito sem sua supervisão minuciosa – ele disse rindo, e eu sorri satisfeito.
- Ai filho nem acredito que finalmente estou me livrando de você, quer dizer que você está indo para a faculdade – ela brincou e eu a abracei.
- Verdade mamãe, vou encher a cara no campus e comer muito bem – eu brinquei e ele apertou minha bochecha rindo.
- Esse é meu filho! – ela exclamou e meu pai rolou os olhos, nós dois rimos em nossa brincadeira pessoal.
- Nada de se expor na mídia – advertiu meu pai.
- Pode deixar papai, eu só vou dançar pelado em um bar público – eu disse com sarcasmo e minha mãe gargalhou.
- Não vá pegar um resfriado no processo – disse minha mãe rindo.
- Pode deixar, agora por favor não sejam como aqueles pais que parecem que estão enviando o filho para a guerra eu volto nas férias – eu disse sorrindo, eles me puxaram para seus braços em um abraço de família.
- Ai que gracinha, o bebê está indo para a faculdade – escutei Elizabeth dizer com ironia.
- E a bebezinha está morrendo de inveja – eu disse com sarcasmo para ela com um sorrisinho presunçoso.
- Por que eu teria inveja de você? – ela perguntou com sarcasmo e me abraçou.
- Porque eu sou bonito e gostoso – eu brinquei e ela riu.
- Somos bonitos e gostosos – ela disse rindo.
- Vocês foram muito bem feitos – disse minha mãe com um quê de malicia na voz, eu soltei Elizabeth e a olhei rolando os olhos.
- Mãe! Por favor – reclamou Elizabeth.
- Bom é minha hora, até breve família – eu disse me virando para sair e ir atrás de meu destino, eles ficaram reunidos na porta do palácio olhando-me partir, quando entrei no carro vi que Elizabeth estava abraçada ao meu pai, minha mãe sorria para mim, acenei para eles e parti.
Encontrei com Satrine no aeroporto, ela sorriu para mim e acenou para eu ir até ela. Satrine tinha longos cabelos louros e olhos azuis, ela se parecia muito com sua mãe Vegan.
- Eu estou super, mega, ultra, power empolgada – ela disse animada e eu ri de seu entusiasmo.
- Eu não sei o que estou sentindo sobre a faculdade – eu disse sem emoção.
- Ai como você é mole Bru, vamos lá será divertido, vamos á várias festas, conheceremos várias pessoas diferentes e tudo mais – ela disse empolgada enquanto aguardávamos nosso voo.
- Qual é Sat, estamos acostumados a festas e conhecer pessoas – eu disse rolando os olhos.
- Bruno, o que você tem de lerdo, tem de lerdo mesmo! Gente jovem, pessoas da nossa idade, serão festas de pessoas jovens com música divertida e todo resto, será que as garotas mostram os peitos de verdade? – ela fez a pergunta mais para ela do que para mim.
- Eu vou gostar de ver – eu disse rindo.
- Será que eu teria coragem de mostrar os peitos? – ela perguntou e eu olhei para ela incrédulo.
- O que você tem na cabeça Sat?
- Quero extravasar um pouco Bru, quero perder totalmente o controle – ela disse, então chamaram para o embarque de nosso voo.
- Você não precisa dessas coisas Sat – eu disse a ela quando nós nos sentamos.
- Preciso de que? – ela perguntou, provavelmente havia dispersado.
- Encher a cara, perder o controle, mostrar os peitos essas coisas – eu disse.
- Você ia gostar de ver meus peitos? – ela perguntou sorrindo com expectativa.
- Eu? Não sei, não seria grande novidade eu já os vi – eu disse sentindo minhas bochechas esquentarem, mas dando de ombros.
- Não é justo! Eu tinha doze anos, isso não conta! – ela reclamou e fez beicinho.
- É cresceram um pouco depois daquele dia – eu disse olhando descaradamente para os peitos dela agora.
- Cresceram bastante, agora para de olhar antes que me deixe constrangida – ela disse rindo.
Eu ri também e olhei para fora, que conversa mais maluca essa. Passamos o restante da viagem conversando animadamente, nossos pais haviam alugado uma casa onde eu e ela moraríamos, a casa tinha dois quartos, cozinha, sala e era bem grande até, eu não quis nada muito exuberante, queria viver uma vida normal por alguns dias e viver com Satrine era algo bem normal para mim.
Satrine por mais desmiolada que fosse, estava cursando direito, ela era apaixonada por todas as leis e gostava de encontrar brechas nelas para serem burladas. As semanas se passaram e estávamos indo muito bem, até Satrine interessar-se em sair com um sujeito, eu fiquei muito bravo, era a primeira vez que me importava com isso.
Ela se arrumou para um encontro e passou em meu quarto para mostrar sua roupa.
- O que acha? – ela perguntou dando uma voltinha, ela usava um jeans e uma blusinha clara.
- Acho que deveria colocar um casaco – eu disse bravo.
- Bru o que há de errado? – ela perguntou sentando-se no canto da minha cama.
- Não tem nada de errado – eu disse voltando minha atenção para meus cálculos, eu estava com um projeto que meu pai havia mandado, estava analisando a viabilidade.
- Não seja ridículo, eu conheço você e sei que não está nada bem – ela disse me olhando com curiosidade.
- Olha Sat, por mim você não saí com esse babaca – eu disse bravo.
- Por que não? – ela perguntou ofendida.
- Não é obvio? Ele é um babaca – eu respondi e ela fechou a cara.
- Você é um imbecil – ela levantou-se e saiu do meu quarto, eu a segui.
- Não deveria falar comigo assim – eu disse indo atrás dela.
- Por que? Só porque você será o rei? Foda-se! – ela disse colocando a bolsa no ombro.
- A é assim então? – eu disse bravo cruzando os braços.
- É! – ela exclamou teimosamente.
- Então tá! – eu disse.
- Ótimo! – ela disse.
- Eu digo o mesmo – eu disse e ela me deu as costas, eu a puxei pelo braço fazendo-a virar e a tomei em meus braços, beijando seus lábios de forma avida, de uma forma como jamais imaginei que eu gostaria de fazer.
Ela se afastou arfando quando a soltei, seus olhos confusos, então ela jogou a bolsa longe e me atacou, caímos no sofá nos beijando, nada mais importava, quando a campainha tocou, provavelmente era o cara que ela ia sair, mas ela não se incomodou em ir atender, continuou me beijando. Eu nem podia acreditar que eu havia vindo para a faculdade segundo meus pais para encontrar o amor e ele estava todo esse tempo bem diante dos meus olhos. Eu queria Satrine como jamais desejei outra mulher, mamãe e Vegan iriam enlouquecer quando soubessem disso. Até lá eu e ela tínhamos uma longa jornada no campus para nos "conhecer melhor".
*****♥*****
Nota: Quando eu escrevi esse curta, eu dediquei o Bruno em homenagem a Booh_Santos, Bruno vem de Bruna e quem escolheu o DC dele foi ela rsrsrsrsr
Esse conto foi escrito em comemoração, não há uma saga ou continuação.
Espero que tenham gostado, não se esqueçam das estrelinhas!!
Bjinhos
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