A vingança é um prato, que deve ser saboreado lentamente.
A festa corria muito bem, todos me elogiavam por ter planejado uma festa tão incrível como essa, conversei com minha irmã bem pouco, pois tinha de dar atenção a todos, já que todos queriam minha companhia.
Tive que segurar a vontade de fazer a piadinha de sempre “Calma que tem Katherine para todos”, afinal como rainha eu não podia ficar fazendo piadinha de tudo.
Eu não agüentava mais, pelo primeira vez eu planejei uma festa que estava chata e eu não podia sair, as vezes eu odiava ser rainha, era incrível como o Phillip sempre conseguia parecer que estava se divertindo, eu fazia o possível, mas não sabia se eu estava sendo convincente o suficiente.
- Você esta bem? – perguntou Phillip quando veio até mim.
- Sim, por quê?
- Porque você parece entediada – ele disse.
- Estou entediada, estava tentando não demonstrar, mas ao que parece não estou conseguindo – eu disse suspirando.
- Tente com mais afinco – ele disse rindo.
- Eu quero é sair da festa – eu disse emburrada.
- Não podemos e você bem sabe disso – ele disse passando as costas de sua mão em meu rosto, eu fechei meus olhos aproveitando sua caricia.
- Finalmente achei você majestade – disse Hugo chegando com outros parlamentares e levaram Phillip de mim.
Fiquei olhando feio para Hugo.
- Quanto rancor em seu coraçãozinho – disse Vegan ao meu lado me assustando.
- Maldita seja você Vegan – eu disse levando a mão ao peito.
- Não tenho culpa que você estava distraída, olhando com ódio para o meu marido – disse ela rindo.
Vegan que foi minha amiga durante meus anos em um internato, depois ela conheceu o primo de Phillip, Hugo em meu casamento, e agora ela mora aqui na Noruécia casada com o primeiro ministro da Noruécia continuamos amigas.
- Seu marido, levou meu marido.
- Faz parte quando o meu marido é primeiro ministro e seu marido é o rei – ela disse.
- Mi mi mi.
- Sua resposta foi muito adulta, majestade – ela disse rindo.
- Vou ignorar seu comentário – eu disse rindo.
- Por que a Kralim não veio? – ela perguntou ainda com sorrisinho nos lábios.
- Não sei dizer, parece que ela teve problema com os filhos – eu disse dando de ombros.
Kralim minha outra amiga desde o tempo de internato, havia se casado com um parlamentar primo de Vegan.
- Ela parece coelho, três filhos em quatro anos – disse Vegan rindo.
- É Veg, só nós duas ainda não os tivemos – eu disse a ela e ela sorriu.
- Em breve, por hora eu gosto da vida sem eles – disse Vegan, olhando para seu marido com olhar de cobiça.
- Eu entendo bem você – nós rimos e logo um casal de ministros da Nova Asia veio falar conosco.
Quando os convidados começaram a se dispersar, eu finalmente pude dar a desculpa de que não estava me sentindo bem e fui para meu quarto. Minhas assistentes me ajudaram a despir o vestido, vesti uma camisola cor de rosa, curta com babados, era bem meiga e bem sensual também, o melhor é que eu não costumava usar essas cores e eu queria ver a cara dele.
Deixei os cabelos soltos e sentei na cama para esperar, estava em uma posição sensual, mas ela demorou e eu acabei deitando para esperar.
Acordei com seus beijos em meu pescoço, tentei mexer meus braços, mas havia algo de errado, abri os olhos e olhei para cima. Meus braços estavam atados, com as mesmas algemas que eu havia usado nele.
- Phillip! O que significa isso? – eu perguntei mexendo meus braços inutilmente.
- A vingança, é um prato que deve ser saboreado lentamente e sutilmente – ele sussurrou em meu ouvido, e mordiscou minha orelha ao final. Ele estava apenas de cueca, o que me fez perguntar quanto tempo ele demorou? E quanto tempo eu dormi?
- Já não se vingou o suficiente?
- Nem comecei – ele disse baixo de uma forma sexy e voltou a beijar meu pescoço, fazendo-me arrepiar inteira.
- Lip você vai me pagar...
- Interessante, adorei seu vestuário – ele disse ao levantar-se para me admirar.
- Serio Lip, vamos parar com essa besteira – eu pedi.
Ele não me respondeu e retirou a minha calcinha, passando seus dedos delicadamente em meu sexo.
- Não parece que está tão incomodada assim – ele disse rindo e agora beijando meu colo.
Eles colocou sua mão direita em meu seio direito e com a outra ele acariciou a lateral do meu corpo com força, deixando-me cada vez com mais vontade de tê-lo. Ele retirou sua mão da lateral do meu corpo e puxou o laço atrás de meu pescoço, soltando a parte de cima da minha camisola.
Ele abaixou a parte de cima da camisola e colocando uma mão em meu seio esquerdo e o direito ele acariciou com sua boca, passando sua língua delicadamente massageando-o, fazendo-me contorcer-me. Ele desceu sua mão de novo para meu sexo acariciando-o e passando sua língua no outro seio, voltei a me contorcer e vi que ele estava com um olhar diabolicamente malicioso.
- Lip... – eu choraminguei, eu queria tocá-lo, queria acariciá-lo.
Ele levantou a camisola e beijou meu corpo até chegar ao meu sexo, ele segurou minhas pernas abertas e passou sua língua varias vezes me meu sexo, me fazendo gemer cada vez mais. Quando estava quase no ápice ele parou e eu voltei a choramingar, será que eu havia sido tão má com ele assim?
- Lip... Por favor, não seja tão mau – eu pedi choramingando.
- Hm, o que você acha de implorar? – ele disse retirando sua cueca e jogando para fora da cama, seu membro já estava ereto, e esse pensamento me fez estremecer.
- Eu não vou implorar – eu disse e ele deitou-se sobre mim e penetrou com força, me fazendo gemer.
- Então vamos brincar – ele disse em meu ouvido, fazendo movimentos rápidos me fazendo gemer cada vez mais, eu estava muito excitada, não demorou para estar quase no ápice de novo, e ele diminuiu os movimentos fazendo movimentos lentos, beijando meu pescoço e me deixando frustrada. Ele repetiu isso três vezes até eu ceder, não agüentava mais.
- Lip, por favor...
- Ainda não disse o que eu quero – ele sussurrou em meu ouvido, fazendo movimentos lentos, que estavam me deixando louca.
- Eu te imploro – eu sussurrei vencida.
Ele sorriu e me beijou nos lábios intensificando as investidas e me levando ao ápice com um estrondoso gemido, ele não tardou a chegar ao ápice. Ele saiu de cima de mim, colocou uma toalha embaixo do meu quadril e usou outra para se limpra.
- Você já havia planejado tudo! – eu o acusei.
- Sim, quando cheguei e vi você dormindo não resisti, coloquei as toalhas em cima da cama, peguei seu par de algemas e te prendi para depois acordá-la – ele disse indo até a mesa de cabeceira pegar as chaves.
- Isso não foi certo, eu pretendia uma noite especial para nós – eu disse fazendo beicinho.
- Eu me diverti bastante – ele disse abrindo as algemas.
- Eu pensei em algo mais romântico – eu disse olhando para ele ressentida.
- Precisava mostrar a você, como seu joguinho havia sido cruel.
Eu me limpei e levantei, puxei as amarras da camisola e vesti uma outra que era confortável e não era muito sexy, era comportada.
- Não queria saber, não queria mais vinganças – eu disse voltando a cama.
Ele já estava deitado e puxou-me para meus braços, enchendo-me de carícias.
- Admita de uma vez por todas que gostou Kath – ele disse me fazendo cócegas.
- Talvez – eu disse tentando escapar das cócegas,
- Sabe de uma coisa? – ele perguntou quando parou de tentar me fazer cócegas, me abraçando com força.
- O que?
- Nunca me arrependi de ter me casado com você e nem nunca o farei – ele disse beijando minha testa.
- Todos os dias dos últimos seis anos foram maravilhosos ao seu lado – eu disse entrelaçando meus dedos nos dele.
- Te amo até mais do que há seis anos Kath – ele disse olhando-me nos olhos.
- E eu também, te amo a cada dia mais – eu disse e nos beijamos.
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Naquela manhã Amberly voltou a Illéa com Antony, e eu os veria de novo na festa de halloween.
Os dias que se seguiram foram calmos, respondi inúmeras cartas de agradecimentos, Phillip andava sempre ocupado, e eu sempre executando minhas tarefas. Um dia antes de voltar a Illéa, acordei cedo terrivelmente enjoada, e coloquei todo meu jantar para fora.
- Kath? Esta tudo bem? – perguntou Phillip em quanto segurava meu cabelo para eu não vomitar nele.
- Não sei, acredito que comi algo que não me fez bem – eu disse quando voltei a levantar a cabeça do vaso sanitário.
- Vou chamar o médico – ele disse.
- Não! Não é necessário é só um mal estar – eu disse e ele chamou minhas assistentes.
Ele estava de roupão evitando constrangimentos.
- Elyne, chame o médico por favor – ele pediu e Elyne saiu do banheiro.
- Aqui majestade, deixe comigo – disse Celin segurando meus cabelos em quanto Rayla os prendia no topo da cabeça.
Sai do banheiro me sentindo péssima, voltei para cama e ele foi para seu quarto. Não tardou e ele voltou vestido e com os cabelos arrumados, o médico entrou pela outra porta quando ao mesmo tempo, seguido por Elyne.
- O que a senhora esta sentindo majestade? – perguntou Dr. Drobs.
- Mal estar – eu respondi.
- Farei alguns exames para saber o que tem, mas por hora ficará em repouso – ele disse aproximando-se de mim.
- Eu vou para o escritório, assim que vierem os resultados, mandem me chamar imediatamente – disse Phillip depositando um beijo em minha testa, e se retirando.
Dr. Drobs retirou sangue e se retirou, pedindo que eu ficasse na cama. Era só o que me faltava, uma intoxicação alimentar um dia antes de ir para Illéa. Eu definitivamente não poderia perder a festa, eu havia mandado fazer uma fantasia de odalisca ousada para a ocasião.
Algumas horas depois Dr. Drobs entrou em meu quatro, seguido de meu marido que prontamente foi ficar ao meu lado.
- Como se sente? – ele perguntou.
- Melhor... Eu acho...
- Ela comeu algo? – ele perguntou a Celin.
- Apenas algumas frutas – ela respondeu e ele beijou minha testa.
- O que ela tem afinal? – ele perguntou ao médico.
- Minha rainha, quanto tempo não nos vemos não é mesmo? – ele perguntou para mim.
- Nem tanto – eu respondi.
- Faz três meses que eu não a vejo em meu consultório – ele disso.
- Impossível eu vou todos os meses lá para...- eu parei de falar abruptamente.
- Exatamente minha rainha, faz três meses que não toma suas injeções – ele disse severo.
- Eu... Eu não acredito que esqueci, eu podia jurar que as havia tomado – eu disse pasma.
- Mas não tomou, chequei meus registros, seu mal estar é porque está grávida de dois meses – ele disse.
- Gra... grávida? – eu gaguejei.
- Sim, parece que o herdeiro da Noruécia finalmente virá ao mundo – ele disse rindo.
Estava pasma, olhei em volta, Celin, Elyne e Rayla estavam sorrindo felizes. Olhei para Phillip e ele parecia catatônico.
- Meu rei? – disse Dr. Drobs.
- É sério isso? – ele perguntou saindo do transe.
- Cem por cento de certeza – respondeu Dr. Drobs.
Phillip me abraçou e começou a encher meu rosto de beijos.
- Bom se me dão licença – disse o Dr. Drobs saindo.
- Vamos contar a todos – ele disse feliz.
- Não! – eu exclamei.
- Como? – ele perguntou.
- Eu não quero contar agora, vamos para festa de Illéa e quero ver como anda a seleção do meu irmão, se for propicio contamos pessoalmente, se não contaremos em outro momento, não quero atrapalhar a seleção de forma alguma – eu disse.
- Mas não podemos ir para Illéa, com você nesse estado...
- Francamente não estou doente Lip, posso muito bem ir a festa – eu disse teimosa.
- O que vocês acham? – ele pediu conselho as meninas.
- Acredito que a rainha esta saudável, apenas alguns cuidados deverão bastar – disse Celin que era a mais velha.
- Eu acho que a fantasia de odalisca não vai ser apropriado, minha rainha – disse Elyne rindo.
- Nada de odalisca – disse Phillip sério.
- Mas eu queria tanto...
- Não Kath – ele disse pondo um ponto final em nossa discutição.
- Vamos providenciar outra fantasia minha rainha – disse Rayla saindo com Elyne apressadas do quarto.
- Eu mesma irei cuidar da rainha, meu rei – disse Celin e ele sorriu.
- Mais tarde eu volto para ver você – ele disse beijando meus lábios.
- Ficarei aqui hoje – eu disse.
- Sim, vou avisar a Cibele que esta indisposta e pedirei para ela assumir por você hoje – ele disse saindo do quarto.
Quando ele me deixou sozinha com Celin, ela foi providenciar meu almoço e meios de me deixar mais confortável.
Eu realmente não estava planejando ter filhos agora, mas no final das contas acho que as pessoas do reino estavam certas, já passa da hora de ter o herdeiro, o irmão de Phillip morreu sem deixar herdeiros porque sua esposa estava tentando sem sucesso ter filhos, não quero nem imaginar o que poderia acontecer a Noruécia se algo acontecesse a nós sem deixarmos herdeiros. Então no fim das contas achei que foi realmente bom ter acontecido.
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