O Curativo
Oin, dica: reli esse cap ouvindo Imagine Dragons (Radioactive e Bleeding Out) e Bastille (Flaws e Bad Blood) e ficou ótimo!! Se tiver sugestão de música, comente!!
Bom capitulo!!!
Acordei, mas ainda estava escuro. Deveria ser madrugada. Fiquei um bom tempo ali, olhando a fogueira. Não sabia o que faria a seguir. Por onde iria começar a procurar meus parentes? E se os encontrasse, o que diria? "Oi família, eu estava tirando um cochilo do lado de uns cadáveres, dei uma passada em casa, que a propósito ta precisando de uma reforma e uma geladeira nova, e já achei vocês!"
Meu Deus. Minha família pode estar morrendo e eu aqui, tirando sarro.
Eu sou uma desalmada sem coração mesmo.
Mesmo assim, iria encontrá-los, mortos, vivos, sem uma perna, sem dizer nada... De qualquer jeito, custe o que custar!
Ainda sim, a pergunta ficava batendo em minha cabeça com um martelo: Por onde começar?
Dei uma olhada na mochila, para ter certeza que nenhuma fada madrinha passou e me deixou um lanche do McDonalds. Sem sorte.
A Sarah. Como você é burra.
Holmes! Pelo amor de Deus, que tenha algo por onde eu possa começar! Se ele encontra caras por aí, eu consigo encontrar minha família.
-Obrigada Sherlock Holmes de oitocentas páginas!
Abri o livro e procurei algo que me ajudaria. "Ir a cena do crime" ? Não, não havia cena do crime. "Recriar os passos do criminoso". O senhor por acaso está insinuando que minha família é fora da lei? Mas era algo que eu poderia tentar fazer.
Parabéns Sarah. Outra ideia genial que não daria certo.
O martelo voltou a bater em minha cabeça.
"Por onde começar, sua grande idiota?!"
"Ah cala a boca, estou tentando!"
"Então faça algo direito!"
"Você me ouviu? ESTOU TENTANDO!"
Certamente, falava isso em voz alta e, se tivesse alguém aqui, iriam me achar louca.
"Martelo idiota" murmurei
"Como é?"
"Você me ouviu bem, Consciência"
"Só estou tentando ajudar"
"Então faça algo direito!"
" ESTOU TENTANDO!"
Ah droga, como competir com alguém que está sempre certo?
Decidi então procurar um lugar onde houvesse comida. Sem levantar, apontei a lanterna para a casa na minha frente. Os Tullers. Drake, Daniel e Diana. Os trigêmeos Tuller. Os mais ricos. Eles eram legais, mas Drake e Daniel sempre brigavam e Diana tinha que separar a briga. Ela tinha certo controle sobre eles. Era muito legal, mas ficava nervosa facilmente, o que tornava difícil conversar com ela. Daniel e Drake eram muito diferentes. Daniel era um certinho, com um topete e sempre tentava ser superior a todos. Não sabia o porquê, mas ele me lembrava um unicórnio.
Drake era um tanto arrogante. O mesmo rosto de Daniel, mas usava o cabelo cortado bem rente a cabeça. Participava do time de basquete e entrava em constantes brigas com o irmão pois Daniel tentava ser superior. Sei disso, pois uma vez ele me xingou de, bem, prefiro não repetir, num jogo de vôlei, logo após eu ter me jogado para pegar uma bola e não conseguido.
Detalhe: Ninguém do meu time me xinga quando eu jogo vôlei e sai inteiro.
Eu, mesmo com 1,65 de altura e Drake, de 1,73, lhe dei um soco. Lembro até hoje. Os irmãos, sentados na arquibancada do ginásio, aplaudiram. Por uma semana, fui chamada de Doma. Apelido para domadora de Drake. Ridículo apelido, as pessoas na minha escola não tem criatividade! Mas, se Drake estivesse sofrendo por ser machista, por mim, ser Doma era uma honra. Claro que a diretoria ficou sabendo. E, quando me chamaram, eu já tinha minha defesa pronta. Pedi desculpas, é claro. E Drake, provavelmente com medo de mim, se tornou meu amigo. Me contava várias coisas e por isso sei de sua vida. Mas nunca seriamos como eu, Jake e Emma.
Ah Deus! Meus melhores amigos! Nunca me perdoaria se estivessem mortos!
Jake era aquele garoto desejado por todas. Inteligente, engraçado, jogava basquete... E eu sempre fui amiga dele. Era o único do nosso trio que já havia namorado. Megan. A garota mais insuportável do mundo, fazia de tudo pra aparecer. A cada vitória do time de basquete, eu e Emma íamos para a quadra das os parabéns aos gritos e ficávamos, uma de cada lado de Jake. Depois de Megan, tínhamos que dar os parabéns a Jake e já sair da quadra. Ela era muito idiota, com os cabelos pretos tingidos nas pontas de loiro e com a muita maquiagem.
Emma era outra muito desejada. Inteligente, como eu e Jake, muito bonita e, mesmo nada chegada a esportes, sempre estava em meus jogos de vôlei e nos de basquete de Jake. E cantava. Tinha uma voz linda. A melhor coisa nela, com certeza era o cabelo. Loiro, quase branco, com as pontas coloridas em azul, vermelho, rosa e roxo. Mesmo assim, nunca aceitou um pedido de namoro. Mas não era daquelas que destruía os sentimentos do garoto. Ela sempre foi delicada, e explicava que queria foco total nos estudos e não tinha interesse em namoro. Estava geralmente de óculos, mesmo que não precisasse.
"Ficam LINDOS em mim! Deveria usar também, destacaria seu olho azul!" ela me dizia, tentando me tornar mais vaidosa (PS: meu nível de vaidade é de 3%, porque eu passo um lápis nos olhos para destacar, e bem, nos dias que eu não passo, Emma me bate. Se ela estivesse aqui, eu teria levado um soco).
Emma, a cantora oficial da escola.
Lembrei-me de sua voz. Doce e forte ao mesmo tempo. Lembrei das milhões de vezes que chamava Jake e eu a subir no palco. Eu, é claro, ia carregada por Jake, pois sempre me recusava a ir por vergonha. De uns tempos pra cá, já ia por conta própria. E eu adorava fazer vídeos com ela para seu canal no YouTube. Sempre a irritava e a fazia errar as notas e ela brigava comigo. Irritar Emma é um dom que tenho.
Senti um vazio no coração. Saudade.
Dos tempos da escola.
Bonnie.
Família.
Jake.
Emma.
Saudade do passado.
Desabei no choro.
Por um momento, havia mergulhado de cabeça no passado, mas fui puxada de volta a superfície, junto de Aika, Holmes e os cadáveres amigos.
Aika me consolava, lambendo minha mão.
-Obrigada amiga. Por enquanto, é a única que ainda me resta.
O sol estava voltando. Eu, como de costume, queria comer.
Olhei em meu pulso esquerdo. Os elásticos de cabelo que eu sempre usava ainda estavam ali. Peguei um e prendi o cabelo. Mas senti algo estranho na nuca.
Um curativo.
Significa que alguém está vivo! Ou estava, fez o curativo em mim e morreu.
Tentei juntar as peças. Os cadáveres a minha frente, todos com tiros na nuca. Eu com um curativo na nuca. Será que fui atingida e alguém fez um curativo em mim? Precisava agradecer. E a pessoa poderia me ajudar a encontrar minha família!
-Vem Aika, vamos procurar comida para mim. Não vou comer sua ração.
E saímos. Sem rumo. Atrás de alguém que nem sei.
___________________
E aii???????? Que estão achando batatinhas fritas do meu coração??
Escrevi ouvindo Imagine Dragons (Radioactive *o* e Bleeding Out) e ficou perfeito mesmo!! Ainda ouvi Bastille Flaws e Bad Blood!! Mais divo ainda!!
O que acharam da Emma e do Jake? Vivos ou mortos? Hahahaha, vou logo avisando, não alimentem esperanças!
Mesmo assim, queria saber como estou indo. Então, comentem, deixem seu like, pague minhas contas de água, enfim...
PS: Zero criatividade na parte do Doma foi proposital. Queria um apelido ridículo, então encorporei o pessoal da minha escola hahahaha
PS2.: A única viva por enquanto fora a Sarah é a Aika, porque não tenho coragem de matar animais, fictícios ou reais!!
Agora podem criar esperanças hahaha
AIKA VAI VIVER!!!!!!!
UHUUUU TUTS TUTS TUTS TUTS!!!
PS3.: Sim, eu tomei muito café hj
Um beijo
E
Um queijo
Lia🙈🙉🙊
Nem falei nada, to pouco inspirada
Kkkkkkkkkkkkkk
Escrito e publicado por: Lívia Benedeti de Souza em wattpad.com
De acordo com a Lei n° 9610 de 19 de Fevereiro de 1998 plágio é crime!
Diga não ao plágio!
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