A feliz história de O'Hara... Ou quase
Quando acordei, Bonnie já havia descido. Eu havia acordado tarde. Muitas camas estavam vazias.
Me levantei e tomei uma ducha rápida.
O café da manhã já estava sendo servido, então desci e me sentei ao lado de Michael, o único lugar vazio.
-Bom dia!
-Bom dia, mão dura!- brincou Jake, um tanto feliz demais.
-O quê? Ah, claro. Cameron- chamei ele num canto- preciso falar com você.
Ele respirou fundo, estava com a cara um pouco amarrada, mas olhava fundo nos meus olhos, como já era costume.
Eu lhe contei sobre todo o sonho e sobre ele estar nele.
-Oh, bem, você não tem sonhos muito bons. Mas eu nunca te culparia por não me salvar de um palhaço!- ele riu- Relaxa, e o tapa? Claro que doeu, mas ninguém precisa saber, então me dá um abraço logo!
Eu o abracei e sorri. Achei que ele ficaria pior ou não me trataria tão bem. Mas ele é o Cameron.
Ele tem uma certa demência, só pode!
-Obrigada! Me desculpa, de verdade.
-Relaxa, eu entendo. Você não poderia fazer nada, e quem disse que era eu? Foi só um pesadelo e um tapa bem doído.
Eu ri.
Voltamos para a mesa, todos já estavam acabando de comer, então decidi me servir.
Quando acabamos, fomos para as tarefas. O dia havia sido um tanto cansativo, com todas aquelas pessoas que chegaram e precisaram de atendimento. Mas Emma cantou pra elas, hora ou outra. E foi divertido ouvi-la feliz de novo. Ela havia se tornado meio quieta depois do garotinho da paralisadora.
A tarde, Emma ficou na ala hospitalar, cantando e alegrando todos. Um dos soldados que trouxe todos para a base gostava de música e havia trazido consigo um violão, que Emma pegou emprestado.
Sem ter o que fazer, fui conversar com O'Hara. Fazia um bom tempo que não conversávamos direito.
Encontrei-a na sala de tiro.
Eu nunca havia entrado lá, mas era um lugar escondido atrás das quadras, fechado, com vários alvos em silhueta humana e cheios de marcas de balas passadas.
O'Hara estava atirando em um. Parecia bem nervosa com algo, e descontava no pobre boneco, que, de tantas balas, estava com a cabeça meio deformada. Decidi chamá-lo de Steve.
-Por que tamanha crueldade com o Steve, O'Hara?
Ela me olhou, confusa.
"Sarah, às vezes você não fala as coisas em voz alta"
"Você acha que eu ainda não percebi isso, Consciência?" Retruquei.
-O boneco- expliquei- Ele se chama Steve.
-Quem disse isso?
-Eu disse isso.
Ela me olhou e voltou a atirar.
-Ainda não me respondeu...- deixei as palavras no ar.
-Para me acalmar. Simples. O que mais quer saber? Quantos átomos eu comi no almoço hoje, por acaso?
-Não, obrigada.
Ela voltou a atirar, me ignorando.
-A quanto tempo está no exército?
-Doze anos- ela largou a arma e se sentou num banco no canto da sala, perto da porta- Por que a curiosidade?
-Eu sou curiosa. Você não vai me contar nada sobre você?
-Meu passado não tem nada a ver com o que está acontecendo. E nem a ver com você. Chega de perguntas.
-Ah, por favor!- implorei.
Depois de um tempo, ela cedeu.
-Meu pai morreu numa guerra quando eu tinha seis anos. Ele sempre me dizia para ser forte, e proteger minha mãe. Ele sempre quis ter um filho homem. Quando ele morreu, minha mãe se casou novamente com um homem bem rico. Ela fez aquilo para que pudéssemos ter condições melhores de vida. O que ela não sabia era que ele a traía. Quando descobriu, eles começaram a discutir. Eu e meu meio irmão, filho do homem e sua falecida esposa, ficamos esperando no andar de baixo da mansão, até a conversa cessar. Aquele monstro desceu as escadas, os olhos arregalados. Adam e eu subimos, e...
Eu pude ver seus olhos lacrimejando, mas ela limpou-os e voltou a sua posição de soldado.
-Ele a matou.
-Facadas no peito. Ela não resistiu. Ele desceu quando teve certeza de que ela estava morta.
-Ele foi preso?
-Sim. Mas a polícia mandou eu e Adam para um orfanato. Quando nos adotaram, eu tinha uns nove anos, Adam devia ter uns 14, éramos usados como escravos. A mulher nos prendia no sótão, e nos fazia fazer todo o trabalho sujo. Quando eu fiz dez anos, no meu aniversário, fugimos de casa. Não me lembro como, mas quando Adam fez dezoito e entrou para o exército e eu ficava nas ruas sozinha... Acho que foi a melhor opção seguir meu irmão. Entrei com 12 anos, limpando as armas. Quando estava sozinha e atirei pela primeira vez, o sargento se orgulhou de mim, e, aos treze, eu já treinava. Fim da história. Agora me deixa em paz.
-Tudo bem. Ahn, até depois.
Ela fez um aceno e voltou a atirar.
Eu nunca pensaria que ela havia passado por isso! Extrema pobreza, órfã e mortes na família. E ela não mencionou muito sobre esse irmão dela...
Acho indelicado perguntar agora, mas ainda iria descobrir.
Após a conversa com O'Hara, o dia havia passado bem depressa. Nem me lembro de ter jantado, ou de ter me deitado para dormir.
A melhor coisa foi que não tive nenhum sonho. Dormi como uma pedra.
***
-Sarah? Sarah?- Emma me cutucava.
-O que foi?
-Ah, que susto! Você não acordou hoje no meio da noite. Fiquei preocupada.
-É, bem, eu não sonhei essa noite...
Depois de conversarmos um pouco, principalmente sobre Will- ela não parava de falar que eles ficaram conversando na outra noite e ficaram abraçados e que ele tinha um sorriso maravilhoso- descemos e tomamos um café rápido, e fomos direto para as quadras, onde entregariam nosso material.
***
Quando a guerra finalmente acabou, e Ewing pode voltar para o alojamento do exército robótico, ele perguntou ao seu superior de poderia finalmente ser livre.
O homem riu, desprezando o pedido dele.
-Ewing, deixe me dizer uma coisa. Você é um dos melhores aqui. Não é a toa que liderou uma revolta. Mas liberdade não se conquista tão facilmente quanto matar cem soldados numa guerra. Tudo exige um sacrifício. Você acha que foram com palavras que a América inteira se libertou? Muitos tiveram que morrer.
-Mas eu não quero deixar um rastro de sangue atrás de mim, Senhor.
-Se quiser sua liberdade, vai ter que deixar. E a tal Milla? Aquela enfermeira? Foi programada para ajudar numa outra revolta e não resistiu ao bombardeio inimigo na nossa base. Meus pêsames- ele disse, como se fosse algo comum.
Parecia que Ewing acabara de levar um soco. Ele sentiu tudo aquilo que mais odiava, a ignorância e arrogância humana, e do jeito que seu superior disse, e sobre Milla, e concentrou toda a raiva nas mãos...
Quando se deu conta de si, o Sargento estava no chão, do nariz e da boca escorria sangue.
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Heeeeey
E aí gente!!
Demorei né
Hihihi
Desculpa, mas eu tive alguns probleminhas hihihi
Enfim
É essa linda história da O'Hara?? Tensa né hahahah
Eu tinha acabado de assistir OUAT e me inspirei!! Hihihi
E essa aí do Ewing
Pô livia, a Milla acabou de aparecer na história e já morreu!!
A história é minha, e se eu quiser chamar de Argezildo eu chamo!!!
Hihihi desculpa
Anyway
Gostaram??
Deixa a estrelinha e me faça feliiiiz hihihi
E comente
E não, o resultado ainda não saiu. Estou dando chances pra geral aí, são vários personagens!! Vamos lá, não tenha vergonha não!! Hahahah
Enfim
Beijos
E
Queijos
Abraços
E
Laços
Lia🦄
PS: com esse novo emoji de Unicórnio, mudei minha assinatura ahhahahah
Escrito e publicado por: Lívia Benedeti de Souza em wattpad.com
De acordo com a Lei n° 9610 de 19 de Fevereiro de 1998 plágio é crime!
Diga não ao plágio!
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