Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XV

Quando o sol se ergueu me sentei em meu trono, esperando que todos os líderes chegassem para que eu pudesse discutir com eles os planos. Mexi em meu cabelo pela décima vez, irritada por usar aquela maldita coroa de rubis, o vermelho deles se destacando em meio ao meu cabelo negro. Ezekiel havia insistido para que eu a usasse, argumentando que eu precisava passar a imagem completa de uma líder.

Não seria apenas uma pequena reunião com Ezekiel, Riley, Arin, Winnie, Alya e Hymn. Como seria o aviso de nossa última batalha, pus alguns Ninphs para trazer até ali todos os vampiros em posição de liderança no mundo, então eu precisava soar como se eu estivesse nas condições certas para comandar todas aquelas pessoas. A sala do trono havia sido liberada de todas as mesas que os Ninphs haviam colocado ali, tudo para que aquela reunião pudesse acontecer.

Talvez a última reunião que fosse acontecer.

Levantei minha cabeça rapidamente quando vi que as portas se abriram, e os olhos de Nicolas encontraram os meus. Havia um ano que eu não via o vampiro, e vê-lo ali na minha frente me fez querer chorar. A última vez que eu havia o visto eu estava em meu estado de raiva constante, eu havia sido grossa com ele e falei coisas que não deveria. Pensei que, ao me ver, ele ficaria sério não quisesse sequer olhar para mim, mas o pequeno sorriso que surgiu em seus lábios me fez levantar do trono e correr até ele, quase tropeçando em meu vestido antes que eu o abraçasse. Eu sentia falta dele. Apesar de tudo, ele havia se tornado importante.

"Eu não esperava por isso." ele murmurou, parecendo realmente confuso

Me afastei dele, colocando uma expressão séria no rosto e fingindo que não estava feliz em vê-lo ali. "Acho que devo me desculpar pelo nosso último encontro..."

"Não se preocupe. Eu não levei o que você disse a sério." ele abaixou os olhos "Você não estava bem, e eu sabia disso. Fiquei com medo de você não querer me ver hoje por aquilo, no entanto. Ainda bem que estava errado."

Não consegui conter o pequeno sorriso que surgiu em meus lábios enquanto eu o olhava. Nicolas havia evoluído muito desde que ele me desafiou antes da guerra começar, e eu me orgulhava dele. No final, Azriel realmente escolheu a pessoa certa para ser meu segundo em comando.

"Vão ficar conversando o resto do dia todo ou vai fazer essa reunião de uma vez por todas?"

Me virei para o dono da voz, ficando séria no mesmo momento. "Andrei..."

"Olivia." ele se curvou, cheio de sarcasmo "Bela coroa, rainha."

"Tenha piedade de mim e mantenha sua boca calada."

"Ora, porque faria isso quando sei que ama o som da minha voz?"

Ele sorriu e eu rolei os olhos, voltando para o trono e sentando ali, vendo todos os vampiros começando a chegar, junto com Riley, Arin, Winnie, Alya e Hymn. Notei que Molly se escondia atrás de algumas pessoas para tentar ver a conversa que iria acontecer, mas a deixei ficar. Ela merecia saber meus planos.

Afinal, ela estava envolvida neles.

Virei meu olhar para Ezekiel, que caminhava para ficar ao lado do trono, vendo-o me olhar com carinho e preocupação. Olhei para todos ali, vendo a curiosidade nos olhos de alguns e o cansaço nos olhos de todos. Ninguém aguentava mais essa guerra, estavam todos esgotados, então estava na hora de tomar a última iniciativa e terminar aquilo de um jeito ou de outro.

"Obrigada por virem. Sei que estão todos ocupados com a guerra, mas o que tenho a falar com vocês é importante." me levantei do trono, olhando para cada um ali com seriedade "O tempo que temos para terminar essa guerra é pouco. Os Ninphs morrem pouco a pouco enquanto Lorell se mantém naquele estado, e logo não teremos a magia neles para nos ajudar contra os Ghouls. Por isso pretendo lançar um último ataque."

Todos começaram a murmurar entre si e eu pude sentir a tensão de cada um ali. Engoli em seco, esperando que eles entendessem minha ideia.

"No rumo que as coisas vão, essa guerra só pode acabar de uma maneira: derrota. Não preciso ver o futuro como Lorell para saber disso. Mas não quer dizer que não possamos tentar mudar o curso de tudo." balancei a cabeça, fechando os olhos logo em seguida, deixando que cada emoção dentro de mim se libertasse

Quando abri os olhos pude ver os olhos de todos ali arregalados ao sentirem minha tristeza, meu desespero, minha insegurança, meu medo. Eles não esperavam aquilo de mim, poucos ali já haviam me visto daquela maneira. Eram tantos sentimentos que me sobrecarregavam, mas me deixei sentir cada um deles, deixando que eles sentissem também.

"Cada um de vocês está quebrado por essa luta. Cada um de vocês tem suas inseguranças e medos pelo futuro para qual nós estamos caminhando com essa guerra. Eu não sou imune a isso. Nunca fomos Puros, todos aqui foram humanos e vocês, tanto quanto eu, sabem a inconveniência que é ter todos esses sentimentos. E vocês, assim como eu, sabem que eles consomem você, e lhes fazem questionar tudo o que fizeram até chegar aqui." levantei um pouco minha cabeça, deixando que a esperança que eu sentia de que aquela última batalha pudesse mudar o curso dos eventos me enchesse e enchesse o salão, fazendo com que todos arregalassem os olhos novamente "Mas vocês, como eu, foram humanos e sentiram esperança. Sei que é difícil acha-la na maioria das vezes, mas peço que tentem. É a única coisa que temos agora."

"E porque acha que podemos vencer desta vez?" Kanope deu um passo a frente e eu pude ver a dureza em seus olhos

"Porque não vamos recuar desta vez." desci o único degrau que separava o trono do resto do salão, caminhando até ele, deixando que ele visse o fogo dentro de meus olhos "Porque dessa vez, não importa o que acontecer, nós vamos lutar sem parar até que essa guerra tenha um fim. Se essa guerra for para acabar em morte, que seja, mas não vamos deixar que isso aconteça aos poucos. Não vamos deixar isso nos quebrar aos poucos. Se for para cair, vamos cair juntos. Se for para nos erguermos, faremos isso juntos também."

"Eu nunca fui com a sua cara." a voz na multidão falou e eu virei o rosto, olhando diretamente para a dona da voz "Mas devo dizer, britânica, que você tem força."

Dandara me olhava com certa admiração nos olhos e eu pisquei algumas vezes. A líder da colônia brasileira era uma das vampiras mais fortes que eu conhecia, deu sua vida pela guerra contra a escravidão em seu país e fingiu sua morte quando Azriel resolveu que ela deveria ser a líder da colônia brasileira. Eu a admirava, mas nunca fiquei surpresa em saber que ela não realmente gostava muito de mim. Ela era descendente de africanos e eu era uma britânica filha de senhor de terras, no final das contas. O fato de ver a admiração em seus olhos me fez me sentir melhor. Talvez eu estivesse certa em fazer o que fazia. Talvez eu estivesse certa em lutar ali.

"Está comigo, Dandara?" perguntei, falando em português, e a vi dar um grande sorriso

"Sim, minha senhora."

Sorri, olhando em volta, vendo os olhares de todos confirmando que lutariam até o fim. Respirei fundo, sentindo o oxigênio passar pelos meus pulmões por um momento, e notei que estava calma. A última vez que havia me sentido calma daquele jeito havia sido séculos atrás. Havia sido quando eu ainda era humana. O pensamento me fez perder a concentração por alguns segundos, até que voltei a me concentrar no que acontecia ao meu redor.

"Agora que todos concordamos em lutar, creio que queiram saber o plano." cruzei os braços, vendo todos concordarem "Temos que atrair Khoz para longe de seu exército."

"E como pretende fazer isso?" Andrei perguntou, não parecendo querer brigar comigo, apenas realmente curioso

"Ele me fez uma proposta na madrugada passada. Vida próspera no mundo dele em troca de desistir da guerra." meneei a cabeça "Se eu der sorte, posso conseguir fazê-lo acreditar que vou aceitar essa proposta e podemos atacar."

"E como vamos saber se você não vai realmente aceitar a proposta e nos levar para a morte?" o líder da colônia da Suíça perguntou fazendo todos olharem para ele

Cerrei os olhos, pronta para o fazer se arrepender de dúvidar de mim, mas não fiz nada já que Ezekiel, Nicolas e até mesmo Andrei deram passos para ficar na minha frente.

"Quem você acha que ela é?" Ezekiel rosnou

"Ela pode ser bem otária as vezes, mas ela não é desleal, Vince..." Andrei olhava para o vampiro com as sobrancelhas erguidas "Todos nós sabemos agora o quanto ela sofria nas mãos de Azriel, e mesmo assim ainda era parte de sua corte. Lealdade não é algo que eu possa dizer que ela não tem."

Andrei se virou para mim, sorrindo com o canto dos lábios. "Além do mais, não acho que ela seja burra o suficiente para acreditar em Khoz. Ela é estúpida, mas tem seus limites de estupidez."

Cerrei os olhos para ele, decidindo deixar seus comentários passarem, e virei meus olhos para o vampiro, fazendo-o engolir em seco. "Tenho mais a perder aceitando a proposta dele do que lutando. Somos criados para sobreviver, não é mesmo? Minhas maiores chances de sobrevivência estão na luta. Então, se não acredita em mim, acredite na vampira que eu sou, na minha natureza."

"E o que faremos quando Khoz aparecer?" Kanope perguntou, me fazendo olhar para ele

"Atacamos." respondi "Winnie, Alya e Hymn deverão estar comigo na hora da batalha. Os poderes delas juntas deverá ser o suficiente para prender Khoz por alguns segundos para que eu o morda. Se isso não funcionar, ele irá chamar seus exércitos imediatamente, então temos que estar preparados para uma luta."

"E se ele conseguir sobrepor as quatro?" Arin perguntou, chamando a atenção para ele, e pude ver a preocupação em seu rosto

Corri meus olhos para a multidão, vendo Molly olhar aquilo tudo com apreensão, e parei meus olhos nela. "É aí que a Molly entra."

Assim que terminei de explicar a todos o plano, fui até os jardins do castelo, olhando o céu nublado da Inglaterra. Me perguntei como eu havia chegado até ali. Tudo o que havia acontecido até eu chegar naquele momento parecia surreal. Eu ainda esperava acordar em minha casa e encontrar meus pais, algo em mim ainda esperava aquilo, mas algo dentro de mim havia começado a aceitar aquela vida. Eu já não me importava se aquela era a minha realidade ou não, eu apenas tinha que vivê-la.

Coloquei a mão no peito, sentindo algumas lágrimas encherem meus olhos. Eu não sabia dizer ao certo o porquê eu chorava, mas eu chorava. Talvez fosse pelo fato de que, pela primeira vez em muito tempo, eu estava relaxada. Ainda me preocupava com a luta, sim, mas algo parecia estar diferente. Eu parecia estar aceitando tudo aquilo ao meu redor. A culpa que eu sentia parecia já estar quase completamente inexistente, e eu me sentia bem por aquilo.

"Uma moeda por seus pensamentos." a voz de Ezekiel me acordou e me virei para ele, vendo ele de pé ali também, me olhando com o carinho que parecia me trazer paz toda vez que eu o via

"Não sei ao certo no que estou pensando..." falei, me virando de novo e olhando para o horizonte, sentindo a leve brisa do começo da tarde bater em meu rosto "Creio não saber mais de nada."

Ezekiel caminhou até mim, parando bem ao meu lado e me olhando curiosamente. "E por quê diz isso?"

"Dois dias atrás eu não me sentia capaz de sentir nada além de dor e desespero. Hoje sinto paz e esperança." balancei a cabeça "Eu não me entendo as vezes."

"Estranho. Eu entendo." virei o rosto para ele, vendo-o sorrir levemente "Você é complicada, devo admitir, mas, com o tempo, se torna simples. Você sofre, sofre e sofre, dobrando até estar prestes a quebrar. Você se culpa por tudo e desconta a culpa em outros pela raiva que essa culpa lhe traz, o que lhe traz ainda mais culpa. É um ciclo vicioso e tóxico mas que você nunca conseguiu quebrar."

Baixei a cabeça, sabendo que ele estava certo, e mordi o lábio. Todos aqueles séculos eu havia vivido naquele maldito ciclo, moldando quem eu era pouco a pouco.

"Mas agora você conseguiu quebrar o ciclo." ele continuou "Você finalmente está entendendo que você não precisa ficar nesse ciclo e que é forte o suficiente para sair dele. Do mesmo jeito que você mudou quando foi transformada, do mesmo jeito que você mudava quando era humana, você está mudando agora. Você está se moldando novamente."

"E se não for a hora pra essa mudança?" passei a mão no rosto "E se eu precisar da minha força para essa luta?"

Ezekiel franziu o cenho, se virando completamente para mim e me olhando com atenção. "Sua força nunca veio do seu jeito de ser e pensar. Sua força já existia desde antes de você se tornar dura e fria. Ela vai continuar existindo se você mudar, mas ela vai mudar com você."

"E se não for o suficiente?"

"Você não vai saber até que seja a hora."

Fechei os olhos, sentindo a brisa no meu rosto e deixei que algumas lágrimas a mais caíssem. Eu sentia o medo da batalha que viria, mas o medo parecia ser a única coisa ruim que eu sentia. O vento em meu rosto, o barulho das folhas das árvores próximas e a companhia de Ezekiel pareciam me acalmar. A percepção de que eu havia sentido paz nesses últimos dias em uma frequência que eu não havia sentido em séculos me fez querer rir.

Abri os olhos, vendo que Ezekiel sorria para mim, e sorri de volta. "Saber que você está assim parece ser a melhor coisa do mundo para mim, não posso mentir."

"Não entendo como você conseguiu se manter ao meu lado todos esses anos, mesmo eu sendo teimosa e, muitas vezes, incoveniente..."

"Amor faz essas coisas." ele murmurou, meneando a cabeça "Eu precisava cuidar de você, criança."

"E eu agradeço por isso, velho." segurei sua mão com a minha, e a apertei levemente "Você não desistiu de mim nem mesmo quando eu mesma já havia desistido."

Ele sorriu, se aproximando e me abraçando apertado. Correspondi o abraço, fechando os olhos e apenas sentindo aquilo, deixando que cada segundo do abraço dele fosse mais um segundo de calma para mim. Pedi silenciosamente para o nada para que aquele não fosse o último abraço que eu daria nele, e apenas respirei fundo, sentindo toda aquela paz me consumir.

"Nunca desistiria de você, criança. Não se desiste da família."

Sorri levemente, me confortando um pouco mais em Ezekiel, calma.

Molly e eu estavamos sentadas no telhado do castelo, ela estava agasalhada graças à noite fria, e segurava uma caneca de café em suas mãos, a fumaça do líquido quente subindo de sua caneca.

"E se eu não conseguir, Olly?" ela falou baixinho "E se algo acontecer e eu não puder cumprir com o plano?"

"Tudo vai ficar bem, eu sei que vai." assenti, percebendo que aquelas palavras tentavam encorajar tanto a Molly quanto a mim mesma "Você só irá entrar no plano se algo der errado. E sei que, se for preciso que você aja, você vai se sair bem."

"É a primeira vez que vou entrar em batalha de verdade... E talvez a última." ela fez uma careta

"Não importando o que aconteça, será a última." olhei para ela com atenção "Se conseguirmos vencer, se nós duas sairmos vivas de lá, eu vou ter certeza de que você terá uma vida normal."

Molly riu, fazendo com que eu franzisse o cenho. "Olivia, eu fui adotada por uma vampira e meu namorado se transforma numa raposa... Acha mesmo que eu vou ter uma vida normal?"

Sorri levemente, balançando a cabeça. "Tem razão."

Molly ficou em silêncio por alguns segundos, apenas me encarando, e eu a encarei de volta, olhando para os lados rapidamente, me perguntando porque ela estava me olhando daquela maneira.

"Você está diferente..."

Pisquei algumas vezes, sorrindo para ela assim que a confusão passou, e passei a mão em seus cabelos.

"Acho que já era hora de eu mudar, não é mesmo?"

Ela sorriu para mim novamente, colocando a caneca de café de lado e se aproximando, me puxando para um abraço. A segurei contra mim, fechando os olhos enquanto acariciava seu cabelo.

"Se sairmos vivas dessa, eu quero fazer uma maratona de filmes em casa por uma semana, só eu e você."

"Soa bom."

"Soa normal."

"Vamos fazer isso."

"Vamos."

Olhei para o céu, vendo as estrelas brilhando acima de nós e engoli em seco. Esperava poder vê-las amanhã.

"Vamos..."

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro