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III

Fiz meu caminho até a sala do trono novamente, sendo avisada por um dos Ninphs de Lorell que o julgamento de Kearn estava prestes a acontecer e que eu estava sendo chamada para comparecer. As grandes portas desta vez estavam abertas, e eu entrei sem cerimônias, vendo os vampiros que estavam presentes como testemunhas do julgamento se curvarem enquanto eu passava. Engoli em seco, não me agradando com aquilo, e vi Lorell sorrir para mim, apontando para um grande trono negro - menor que o dela, é claro - posicionado bem a sua direita, junto com mais três tronos um pouco menores com uma cor marrom escura, todos iguais, um ao lado do meu, e os outros dois do lado esquerdo de Lorell.

Assim que me sentei, notei Ezekiel se aproximando, carregando em mãos uma coroa que lembrava uma coroa de flores, mas feita de prata e o que só poderiam ser rubis, tão vermelhos quanto sangue. Eu só havia visto Azriel usar aquela coroa uma vez na vida, a muito tempo atrás, e engoli em seco ao notar que eu teria que usá-la.

Ezekiel ficou atrás do trono que eu ocupava, colocando a coroa em minha cabeça e se retirando, lançando um olhar confiante para mim, tentando me dizer silenciosamente para tomar confiança em meus atos, e assim o fiz, arrumando minha postura e engolindo todo o nervosismo, deixando apenas que poder fosse visto em mim.

Alguns segundos depois, Arin, Riley e Molly entraram no salão. Riley deu um leve sorriso para Molly antes que a garota fosse para o meio das pessoas que iriam assistir. Tanto ele quanto Arin me olharam curiosos e com uma expressão que mostrava que eu não fugiria dessa vez. 

O costume seria Arin sentar ao lado esquerdo de Lorell, já que vampiros e lobisomens ocupavam lados diferentes, mas pude ver Arin apressar o passo e afastar Riley um pouco, sentando no trono bem ao meu lado. Riley ia tentar reclamar, mas Arin pareceu o lançar um olhar que o fez desistir e sentar na cadeira ao lado de Lorell. Enquanto isso, fingi que Arin não estava ali, tentando ao máximo me manter concentrada em minha tarefa de parecer confiante, mas notei quando ele se aproximou levemente, escorando o corpo no braço da cadeira dele, ainda olhando para frente mas visivelmente tentando ficar mais próximo de mim para conversarmos.

"Pensei que já tivéssemos passado da fase em que você não conversa comigo." ele sussurrou e eu bufei, me inclinando em minha cadeira para que aquela conversa se mantivesse ali, ainda mantendo meus olhos a minha frente como ele fazia

"Arin, não é uma boa hora."

"Você sabia que você iria assumir o trono?" 

"Não, eu não fazia ideia." virei meu rosto para ele, deixando meu desespero transparecer, fazendo-o arregalar os olhos levemente "Todos me consideravam a rainha por ser casada com ele, mas eu nunca imaginei que isso iria acontecer. Eu nunca sequer imaginei que Azriel iria morrer."

"A carta... Você não sabia da carta?"

"Ezekiel a guardou desde que Azriel a escreveu. Eu não fazia ideia da existência dela." passei a mão no rosto, olhando rapidamente para as pessoas que estavam ali, vendo Molly me olhar, curiosa e preocupada "Eu não consigo fazer isso, Arin. Não uma raça inteira e, principalmente, não agora."

"Ei," eu senti o dedo mindinho de Arin segurar o meu, parecendo ser o único gesto que ele poderia fazer para não chamar a atenção para nós ali "fique calma. Você não está sozinha nessa, ok? Riley, Molly, seu amigo vampiro e eu vamos ajudar no que pudermos."

Encostei um pouco mais minha mão na dele, ainda a segurando apenas pelo mindinho, procurando conforto, enquanto respirava fundo, tentando voltar a minha pose confiante. Arin parecia, naquele momento, passar a mesma energia que Renée me passava quando eu estava com medo, e o pensamento me fez engolir em seco. Era mais caótica, claro, mas ainda sim o mesmo tipo de energia. Nunca achei que ele, de todos os outros, pudesse fazer aquilo. Pudesse me acalmar.

Algum tempo depois, o rei dos Daemones finalmente chegou, pulando para sentar em seu trono, ficando com as perninhas penduradas no ar. Eu não o havia visto a muito tempo e me perguntava se ele sequer estava envolvido na luta. Ele parecia fraco e preocupado. Algo na sua cara irritante parecia passar a mensagem que algo estava errado, que algo estava acontecendo. Voltei a olhar para frente rapidamente, ainda tendo minha mão encostada na de Arin.

Não demorou muito para que Kearn chegasse, sendo escoltado por dois Ninphs, tendo seu corpo jogado no meio do salão sem cerimônias, fazendo com que ele batesse a cabeça com força no chão. O barulho de sua cabeça atingindo o chão liso e de seu grunhido de dor foram ouvidos claramente no silêncio do salão. Ele foi levantado com violência, sendo colocado de joelhos, de frente para nós. Assim que ele me viu, um grande sorriso se formou em seus lábios.

"Vampira, bom revê-la." ele curvou a cabeça levemente e virou seu olhar para Arin, abrindo seu sorriso um pouco mais ao descer seus olhos para nossas mãos "Vejo que ainda tem seu cachorro na coleira."

Eu e Arin separamos as mãos imediatamente, tentando manter a postura, e eu me mantive calada, segurando minha mão com minha outra mão em meu colo.

"Chega, Kearn." a voz de Lorell fez toda a atenção se voltar para ela

"Majestade..." Kearn se curvou, ainda sorrindo minimamente "Gostaria de estar em sua presença novamente em outras circunstâncias..."

"Você se porta como se não estivesse em um julgamento em que é quase certo que sua existência seja revogada." Lorell se moveu levemente, seus olhos parecendo ficarem mais escuros "Não parece que está sendo acusado de traição."

"Traição é uma palavra forte, majestade. Tudo o que fiz foi sobreviver. Quem você acha que irá vencer essa luta?" ele soltou uma leve risada, balançando a cabeça, e logo voltando toda sua atenção para Lorell "Na última guerra, não existiam essas outras raças para os apoiarem. Os vampiros que existiam na primeira guerra eram poucos e completamente devotos a Azriel e, consequentemente, à sua figura de poder. Mas agora seus exércitos ficam menores a cada luta e o exército deles se mantêm forte. Quem você acha que vai vencer, majestade? Será que não consegue mais ver o futuro?"

Lorell ficou inquieta, me fazendo franzir o cenho, tendo certeza de que ela sabia de alguma coisa. Ela arrumou sua postura novamente, seus olhos se tornando duros.

"Eu o criei do nada, usei de minha força para lhe dar vida. Eu lhe dei a cor de seus olhos e a magia que habita em seu corpo, mas mesmo assim você se voltou contra mim."

"Com todo respeito, majestade, mas tudo o que fiz foi garantir que estaria no time vencedor. Garantir minha sobrevivência."

"Você não garantiu nada, irá morrer de qualquer jeito." minha voz soou dura, e pude ver Kearn sorrir levemente para mim

"Sei que entrou no poder agora, vampira, então não creio que saiba como estes julgamentos funcionam." ele se moveu um pouco, parecendo desconfortável por estar de joelhos por todo aquele tempo "Serei preso pelo resto de minha existência, setenciado a fome e sede, mas não irei morrer."

"Creio que não saiba como meu julgamento funciona em uma guerra." Lorell chamou sua atenção, o rosto de Kearn tomando uma expressão um tanto curiosa "Olivia, pode, por favor, dizer as acusações?"

"Kearn está sendo acusado da provável debilitação de vários Ninphs e de ser pego no flagra por mim tentando debilitar mais um, além da acusação mais recente, de trabalhar com uma vampira traidora para causar estragos em nossas forças."

"Em meio a uma guerra, Kearn, porquê o deixaria vivo se sua morte serviria de exemplo para os outros?" Kearn pareceu tenso por um momento, engolindo em seco, provavelmente percebendo o problema em que ele havia se metido "Você não é nada mais que um conjunto de átomos que eu coloquei juntos, sabe o quão fácil seria separá-los?"

"Você nunca deu essa pena a nenhum Ninph." sua voz soou baixa e ele parecia realmente com medo

"Nunca precisei. Mas talvez seja a hora de começar a usá-la." ela levantou um pouco o rosto e sua autoridade poderia fazer qualquer um naquele salão se curvar a sua vontade "Seu destino será decidido pelos líderes aqui presentes. Votos negativos significam sua morte, votos positivos o manterão vivo, preso pela eternidade, até que chegue o fim dos tempos."

Kearn engoliu em seco enquanto Lorell estendia o braço, mostrando seu polegar para baixo. Engoli em seco, estendendo meu braço e virando o polegar para baixo, vendo os outros três líderes fazerem o mesmo. Unanimidade.

Kearn tentou se levantar, mas os guardas o prenderam no chão, impedindo que ele se movesse. Todos abaixamos os braços e Lorell se levantou de seu trono, seu poder parecendo exalar de seu corpo. Seu cabelo flutuava levemente, e seu vestido balançava como se houvesse uma brisa forte no salão. Seus olhos deixaram de ter a cor arroxeada e se tornaram negros, de um jeito que nenhuma luz parecia refletir neles, como se fossem buracos negros em sua face.

Ela levantou os braços em direção a Kearn - que agora gritava - e, lentamente, seu corpo começou a desaparecer, até que ele simplesmente não exitia mais, deixando para trás apenas suas roupas. O poder parou de emanar de Lorell e ela pareceu relaxar levemente, olhando para as roupas agora vazias de Kearn.

"Chega de piedade." ela olhou para todos em volta "Eu não irei permitir traição em meu povo novamente, então, se acontecer de novo, será o fim. A existência que um dia eu lhes dei será revogada."

O salão ficou em silêncio, todos ainda impressionados com a quantidade de poder que Lorell possuía. Olhei de relance para Riley e Arin, vendo-os me olhar de volta, parecendo tão tensos quanto eu, mas logo todos curvamos as cabeças, prestando respeito a Lorell.

"Estão dispensados." 

Ela foi a primeira a sair da sala do trono, todos os que haviam ido assistir o julgamento saindo em seguida. Me levantei de meu trono, vendo Molly correndo até mim e a abracei quando ela pulou em cima de mim.

"Você saiu correndo mais cedo. Não faça mais isso!" ela bateu levemente em meu braço assim que nos separamos

"Respeito, Molly." levantei as sobrancelhas, vendo-a rolar os olhos

"Não, nem venha com essa, você vai me explicar tudo o que está acontecendo." ela parou, franzindo os lábios e olhando para Arin rapidamente antes de voltar a olhar para mim "Dessa vez sem esconder nada. Não acha que eu mereço saber?"

Passei minha mão pelo rosto, assentindo, e vendo-a ficar mais calma, parecendo querer que eu começasse a explicar naquele exato momento.

"Quando estivermos em um local mais privado iremos conversar. Aqui não."

Nossa atenção foi chamada por um homem, provavelmente um lobisomem, chamando o nome de Arin para que ele o seguisse. Arin me lançou um olhar que parecia gritar que ele ainda não tinha terminado a conversa comigo que começamos antes do julgamento, e saiu atrás do outro lobisomem, desaparecendo em meio a multidão.

"Preciso resolver algumas coisas. Vejo vocês duas na hora do jantar?" Riley perguntou e nós duas assentimos antes que ele se retirasse

"Bem," Molly começou, ainda olhando vagamente para Riley, que caminhava para fora do salão "que tal acharmos um lugar para conversar?"

Molly estava pensativa enquanto eu contava o que havia acontecido enquanto ela estava desacordada. O chocolate quente que ela segurava já havia esfriado mas ela nem sequer ligava, concentrada em tudo o que eu dizia.

Assim que terminei de falar, ela se arrumou na cama, olhando para os próprios pés. Parecíamos estar em casa novamente, conversando na cama de Molly como fazíamos algumas noites, mas a luzes flutuantes que passavam entre nós vez ou outra me lembrava que estavamos longe de casa.

"Que grande confusão eu perdi..." ela sorriu levemente, levantando seus olhos para me encarar "Eu não queria ter causado problemas."

"Você não causou." trinquei o maxilar, puxando um pouco a saia do vestido para me sentar mais confortavelmente na cama "Eu perdi a cabeça. Foi mais do que eu podia aguentar, eu acabei me descontrolando."

"E como você está agora?"

A olhei, pensando em lhe contar sobre as alucinações, mas me parei no mesmo momento. Molly ainda estava se recuperando. Mesmo que já estivesse melhor do que quando acordou, eu podia ver o quanto suas mãos tremiam enquanto seguravam a caneca de chocolate quente. Eu não queria lhe dar mais uma preocupação, então apenas bufei, passando a mão em meus cabelos.

"Me sinto cansada. Cansada como nunca antes." mordi o interior de meu lábio "Minha mente é mais traiçoeira do que eu imaginava."

"Você vai ficar bem." ela sorriu para mim, se aproximando e segurando minha mão com carinho "Você é a pessoa mais forte que eu conheço."

"Então você não conhece muitas pessoas, não é mesmo?" ela rolou os olhos e eu sorri, me sentindo bem de tê-la por perto

"Você também é muito dramática."

Me aproximei, a abraçando e a sentindo retribuir. Deixei que sua companhia me acalmasse um pouco, fingindo que estava tudo bem. Assim que nos separamos ela tentou se levantar da cama, mas caiu sentada novamente, suas pernas perdendo um pouco as forças. Arregalei os olhos e me aproximei para checar se ela estava bem e ela levantou a mão.

"Não se preocupe, eu só preciso recuperar um pouco as forças." ela sorriu para mim e eu engoli em seco

"Você está comendo direito?"

"Sim, mas não tomei o café da manhã hoje..."

"Molly!"

"Está tudo bem, eu prometo! Foi só um café da manhã."

"Você precisa recuperar a massa que você perdeu e os nutrientes que você não conseguiu consumir enquanto estava desacordada. Será mesmo que vou ter que vigiar você para comer ao menos as três refeições?"

"Não, não precisa." Molly rolou os olhos "Eu vou ficar bem."

Bufei, a ajudando a levantar e ela foi até um dos cantos do quarto, pegando algumas roupas que estavam dobradas em cima de uma cadeira, enquanto eu olhava cada movimento para garantir que ela não iria cair. Ela começou a trocar de roupa, colocando algo mais confortável, e eu me deitei na cama, sentindo meu corpo flutuar por alguns momentos e o cansaço finalmente me atingir. Eu não dormia já a algum tempo, então não me surpreendi quando meu corpo reclamou por descanso. Fechei meus olhos, sentindo meu corpo flutuar novamente antes que eu caísse sem querer no sono.

Ao contrário do que pensei, não tive sonhos, e, quando me dei conta, já estava sendo acordada levemente por Molly. Abri os olhos com dificuldade, percebendo que poderia dormir muito mais se me permitissem, mas logo franzi o cenho para ela, perguntando silenciosamente o porquê de ter me acordado.

"Já são sete da noite. O jantar já deve estar sendo servido."

Passei as mãos no rosto, me levantando da cama e vendo Molly soltar uma risada. A encarei de novo e ela tentou parar de rir.

"Seu cabelo está completamente bagunçado."

Murmurei algo, ainda um pouco sonolenta, e passei as mãos nos cabelos, tirando alguns nós que haviam se formado. Olhei para mim mesma, vendo que ainda usava o vestido que Ezekiel havia me dado, e olhei em volta, vendo algumas roupas de Molly dobradas no canto do quarto.

"Vou pegar suas roupas emprestadas."

"Não tem nada preto."

"Eu posso sobreviver um dia..."

Me troquei, não me sentindo tão confortável nas roupas coloridas de Molly, mas não estava com coragem de ir até meu quarto e pegar as minhas, então uma camisa amarela e jeans claros dariam para o gasto naquela noite. Amarrei os cabelos, os arrumando levemente com as mãos, e puxei Molly para que fossemos até onde o jantar seria servido.

Após algumas escadas e corredores, as vozes já podiam ser ouvidas ao longe num grande salão cheio de mesas e com todos os tipos possíveis de comida. Mas, apesar de tudo aquilo, todos ali pareciam tensos e com um humor não muito bom. Haviam alguns humanos jantando ali também, longe de todas as outras raças, olhando para todos com um olhar cínico. Rolei os olhos, os ignorando e vendo Molly me puxar até onde Riley e Arin estavam. Notei que Ezekiel estava conversando com eles, parecendo sério, e notei seus olhos tomando uma expressão dura toda vez que olhavam para Arin.

Assim que chegamos perto a conversa acabou e Ezekiel virou o rosto para mim, sua expressão suavizando no mesmo momento.

"Olivia, como está?"

"Bem..." falei, olhando para os três com curiosidade, vendo Arin dar de ombros levemente assim que viu meu olhar curioso "Aconteceu algo?"

"Não." Ezekiel se apressou em falar balançando a cabeça e sorrindo para mim "Acho que você precisa se alimentar, não é mesmo?"

Eu ia respondê-lo, mas alguém chamou seu nome antes que eu pudesse falar algo, e ele precisou se retirar. O olhei sair, esperando que ele ficasse longe o suficiente para que ele não pudesse me ouvir, e me virei para Riley e Arin.

"Se não me falarem o que ele queria com vocês eu vou fazer da vida dos dois um inferno." levantei as sobrancelhas, tentando deixar claro que queria explicações

"Ele veio nos pedir ajuda." Riley coçou a nuca, olhando para onde Ezekiel havia ido para se certificar de que ele não estava perto "Ele disse que você não estava estável o suficiente, então precisaria de nós para se manter na linha."

"E me ameaçou também." Arin deu de ombros "Disse que eu não deveria puxar briga com você ou os lobisomens iriam ter que achar um novo líder."

Sorri levemente, passando a mão no rosto. Ezekiel estava mais preocupado do que ele se mostrava, e eu não o culpava. Azriel havia colocado uma idiota emocionalmente instável para cuidar do trono dos vampiros, isso já era preocupante o suficiente, mas ele parecia se sentir responsável por cuidar de mim.

"Mas nós já havíamos concordado de fazer isso desde antes dele pedir." Riley sorriu para mim e eu me perguntei como ele podia ainda parecer tão positivo

"Já que as ameaças acabaram, eu estou com fome, podemos comer?" Arin resmungou, fazendo Molly e Riley rirem

Mas minha atenção se voltou para Lorell, sentada sozinha num dos cantos do salão. Ela parecia pensativa e suas feições mostravam sua preocupação com algo. Disse a todos para comerem sem mim e fui até ela, vendo seus olhos se virarem para mim.

Sentei a sua frente, vendo-a me encarar, curiosa, mas logo suas feições suavizaram e ela soltou o ar com força, parecendo frustrada.

"Algo a incomoda, majestade?"

"Kearn estava certo, Olivia..." franzi o cenho e notei seu rosto se tornar cansado "O futuro dessa guerra me escapa. Sempre pude ver o que aconteceria a seguir, cada mudança no futuro, mas agora... Agora vejo trevas."

Engoli em seco, sem saber o que dizer, me movendo um pouco desconfortável em minha cadeira, e a vi sorrir levemente.

"Tenho medo do que minha falta de visão significa."

"Talvez não seja nada. Talvez seja apenas sua preocupação tomando conta de você."

"Ou talvez signifique que já perdemos." sua voz saiu fria e eu senti o ar a minha volta ficar mais pesado "Talvez signifique que todos os nossos esforços sejam para nada, e o fim da guerra para nós seja a derrota."

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NOTAS DA AUTORA:

Próximo capítulo: 28/05!

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