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XI

Molly e eu havíamos concordado em dormir num hotel naquela noite. Eu havia mandado ela na frente para procurar um hotel barato enquanto eu pegava as nossas malas que estavam jogadas no canto do meu antigo quarto. Cada passo que eu dava naqueles corredores me deixava mais ansiosa, sentindo que a qualquer momento algum dos vampiros de Azriel iria aparecer e separar minha cabeça do meu corpo, ou me prender e me queimar viva.

Eu havia desafiado Azriel, desrespeitado suas ordens, coisa que eu não havia ousado fazer depois que eu aprendi quais eram as consequências, e eu sabia que ele poderia me matar a qualquer instante. Era desesperador e, apesar de odiar quem havia me tornado, não podia morrer agora. Não agora. Molly precisava de mim e eu não podia me dar o luxo de morrer.

Eu estava tão absorta em pensamentos que não senti a presença dele no quarto antes de abrir a porta e, quando notei ele, já era tarde. Azriel estava dentro do quarto, olhando para os arranhões nas paredes, de costas para mim, mas ele sabia que era eu na porta.

Pensei em tentar correr pela minha vida, mas não adiantaria muita coisa. Azriel se virou e eu tive certeza de que ele me mataria. Talvez eu pudesse implorar para que ele não me matasse, talvez a obsessão dele por mim pudesse ser uma vantagem naquela hora mas, antes que eu pudesse sequer falar algo, ele mesmo falou.

"Não se preocupe, não vou matá-la." senti um peso enorme sair de minhas costas assim que ouvi aquelas palavras

Mas havia algo de errado, eu podia ver em seus olhos que ele ainda estava com raiva. Antes que eu perguntasse o porquê dele estar ali, ele me atacou. Não tive tempo de reagir, apenas senti a dor que me atingiu assim que ele me acertou com toda força em minhas costelas. Ele as havia quebrado com certeza.

O golpe foi tão forte que me fez voar para fora do quarto e ir parar alguns metros longe da porta. Me movi desconfortavelmente no chão, sentindo a dor que vinha do local onde ele havia atingido querer me fazer gritar, mas não tendo forças nem para isso. Assim que tentei me levantar, Azriel me pegou pela gola da camisa que eu usava e me jogou com força na parede. Eu pude sentir minha coluna se quebrando em alguns lugares e a dor fez aparecer pontos negros em minha visão. Caí com o rosto para baixo no chão, sentindo minha visão turva e sabendo que se eu fosse um ser humano eu já estaria morta.

Mas ali, como vampira, eu tinha que aguentar aquela dor até que meu corpo se curasse sozinho. Pensei tentar me levantar mas fui arrastada pelas pernas de volta ao quarto e tudo que eu queria fazer era gritar, mas minha voz parecia não existir mais. Ele me levantou pela camisa e me fez olhar para ele.

Naquele momento eu tremi não apenas pela dor, mas pelo medo. Azriel estava chorando e a raiva por trás de seus olhos era visível.

"Está vendo o que eu tive que fazer?" ele perguntou em meio a lágrimas e eu senti minhas próprias lágrimas escaparem pelos meus olhos "Se você não tivesse feito aquilo eu não teria que fazer isso."

Eu não podia responder, a única resposta que vinha em minha cabeça era matá-lo e finalmente destruir aquele ser asqueroso de uma vez por todas. Mas eu não conseguia me mover, meu corpo estava completamente debilitado até que eu me curasse e aquilo me desesperava.

"Será que não da pra entender que eu te amo?"

"PARE!" minha voz pareceu colaborar naquele momento

Eu não aguentava mais aquilo. Eu precisava fugir dali, eu precisava fugir dele. Mas, ao contrário da minha voz, meu corpo não ajudava.

"Você não me dá chance alguma-"

"EU LHE DEI UM MILHÃO DE CHANCES SÉCULOS ATRÁS." gritei, sentindo a garganta arder "Me deixe em paz."

"Eu lhe dei tudo... Eu lhe dei imortalidade, lhe dei poder... Eu lhe dei a vida que você vive hoje!"

"E eu nunca pedi por nenhuma dessas coisas."

"Você só está confusa."

"Eu estava confusa quando confiei em você séculos atrás. Quando achei que você era digno de alguma coisa vinda de mim."

"Não diga isso."

Eu baixei a cabeça, cansada e com dor. Podia sentir meu corpo se curando lentamente e mal podia esperar para correr para longe dali. Azriel não me ouviria, na mente dele aquilo era normal. Na mente dele ele era a vítima. Precisava sair dali e voltar para os Estados Unidos onde poderia ficar o mais longe dele possível e torcer para que décadas se passassem antes que eu tivesse de me encontrar com ele novamente. Resolvi que jogar o jogo dele seria a única maneira de sair dali e o olhei, meu corpo completamente relutante em olhar para ele por um segundo que fosse.

"Se me ama, me solte e me deixe ir." falei

Ele me encarou por alguns segundos antes de me colocar deitada no chão com um cuidado excessivo que me deixava com náuseas. Ele alongou as presas e eu o olhei confusa enquanto ele rasgava a própria pele e deixava o braço sangrando perto de minha boca.

Virei o rosto para aquilo, não tomaria o sangue dele, mas ele virou meu rosto novamente. "Não seja teimosa, Olivia. Você sabe que não vai conseguir se curar com rapidez suficiente sem sangue."

Fechei os olhos e segurei alguns xingamentos que se passaram pela minha cabeça, sabendo que ele estava certo, e pus a boca em seu braço, tomando seu sangue. Ele levantou minhas costas e me pôs sentada enquanto eu sentia cada parte de mim voltar ao seu devido lugar. Assim que percebi que já era o suficiente, afastei seu braço e esperei um pouco mais, sentindo minhas costelas doerem enquanto os ossos se regeneravam. Tudo parecia estar de volta ao lugar, menos minha mente. Enquanto Azriel estivesse por perto, minha mente permaneceria machucada.

Ele se levantou do chão, me puxando junto e assim que fiquei de pé eu me afastei bruscamente. Peguei as minhas malas e as de Molly e fui em direção até a saída do quarto.

"Você vai me amar novamente um dia." ele murmurou e eu parei de caminhar, sorrindo de desgosto

"Não, Azriel. Eu já amei uma vez. Não vou cometer esse erro de novo."

Ele ficou em silêncio e eu fiz meu caminho para sair daquele lugar desejando nunca mais ter que voltar.

Depois de ligar para Molly para saber o nome do hotel em que ela havia se hospedado, corri para o lugar com as malas nas mãos e fui até a recepcionista. Ela me olhou por um momento e pareceu se assustar comigo. Franzi o cenho e olhei pra mim mesma, notando só agora que eu estava melada de sangue. Fechei os olhos com raiva e a olhei o mais gentilmente possível.

"Estou com a garota que se hospedou agora pouco no quarto 431..."

"A senhora está bem? Está toda manchada de sangue, quer que eu chame uma ambulância?"

Ela tentou pegar o telefone em desespero e eu a impedi, a última coisa que queria eram médicos tentando me examinar.

"Não, não! Eu estou bem! É sangue falso." falei, tentando dar uma risada para fingir que a situação era engraçada "Eu estava com uns amigos agora pouco, foi parte de uma pegadinha. Eu fingi que era uma vampira."

Eu me aproximei um pouco mais dela, sorrindo cheia de humor falso e esperei que ela acreditasse em mim. Seu rosto se acalmou lentamente e ela riu sem graça.

"Me desculpe, é que realmente parece sangue de verdade!" ela riu e eu a acompanhei, me sentindo uma idiota "Aqui está a segunda chave do quarto. Tenha uma boa noite!"

"Igualmente." sorri uma última vez para ela e me virei, voltando a ficar séria, querendo matar Azriel

Na hora da dor, eu não havia notado a quantidade de sangue que saiu da minha boca graças às pancadas. Muito menos notado a quantidade de sangue que estava manchando minha camisa. Felizmente eu sabia atuar bem o suficiente para enganar a garota e não ter que lidar com ambulâncias e exames inconclusivos.

Cheguei ao quarto 431 e bati na porta, ouvindo Molly permitir a entrada de quem quer que estivesse do lado de fora. Abri a porta e a olhei descrente. "Sério? 'Entre'? E se não fosse eu quem estivesse batendo na porta? E se fosse outro vampiro? Não estamos em casa, Molly!"

Joguei as malas no canto de qualquer jeito, balançando a cabeça e a encarei.

"Desculpe, é que-" ela parou e arregalou os olhos "Olivia, o que aconteceu?"

Eu tinha esquecido do sangue novamente. Olhei pra mim mais uma vez e fiz uma careta. "O que importa é que eu estou bem."

"Ele tentou te matar?"

"Não exatamente." disse, pegando minha mala e tirando uma roupa limpa dali "Ele apenas me relembrou dos velhos tempos..."

Molly franziu o cenho e eu sorri soturnamente.

"Me bater até quebrar um grande número de ossos e me dizer que aquilo só estava acontecendo porque eu o desobedeci e que não queria fazer isso comigo." dei de ombros "Você sabe, coisas normais de alguém que lhe ama."

"Olly, como você pode ser sarcástica numa hora dessas?"

"É meu jeito de lidar com as situações ruins, Molly." falei, agora séria novamente "Antigamente eu costumava matar. Acho que sarcasmo foi um grande avanço para mim."

"E você está bem?"

"Fisicamente? Sim. O psicopata insistiu que eu bebesse seu sangue para que meu processo de cura fosse mais rápido e eu ficasse bem."

"Como ele pode te deixar na beira da morte e simplesmente lhe curar assim?" Molly parecia a beira das lágrimas e eu fui até ela, passando a mão em seu rosto

"Azriel é um monstro, Molly. Ele acha que me machucar é normal, que isso é parte do amor que ele sente. Que só porque 'me ama', pode fazer aquilo. E tenta me convencer que o motivo de eu estar sofrendo daquele jeito sou eu mesma." me afastei dela, pegando minhas roupas limpas e a olhando mais uma vez para completar o pensamento "Não é amor. É abuso, mas só ele não vê isso."

Ela baixou os olhos e eu respirei fundo, indo até o banheiro preparada para tomar um banho e me livrar daquele sangue.

Molly já estava dormindo profundamente em uma das camas quando eu meus instintos pareceram entrar em alerta. Levantei de minha cama no escuro e fui até a janela, a luz dos postes do lado de fora invadiram o quarto quando abri uma brecha na cortina. Olhei para o estacionamento do hotel, vendo alguns carros parados e a estrada vazia logo ao lado.

Apesar de não ver nada, eu ainda continuava em alerta. Fechei novamente a cortina e saí do quarto o mais silenciosamente possível para não acordar Molly. Eram quase quatro da manhã e já não havia ninguém na recepção quando desci, o que facilitava as coisas para mim. Fui até a frente do hotel olhando para o local deserto. Sem me importar se estava descalça ou não, caminhei até o meio da estrada, olhando para os dois lados. Não havia ninguém. Nenhum carro, nenhuma pessoa, mas tudo em mim ainda gritava 'perigo'.

Resolvi ignorar a sensação e me virei para voltar para o hotel. Teria voltado normalmente se, quando me virei, Enoch não tivesse aparecido na minha frente e me empurrado com toda força possível. Bati com as costas numa árvore e gemi de dor. Não havia sido força o suficiente para quebrar minha coluna como Azriel havia feito mais cedo, mas foi o suficiente pra incomodar. Me levantei do chão na exata hora que Enoch vinha me esmurrar, e segurei seu punho no lugar, nossos braços tremendo pela força que cada um fazia, mas ele não tinha força o suficiente para sobrepor a minha.

"O que pensa que está fazendo?" rosnei

Seus olhos como âmbar pareciam brilhar naquele momento enquanto ele sorria, ainda tentando forçar seu punho contra mim. Ele não respondeu nada, apenas tentou me atacar novamente e eu o bloqueei, o chutando para longe, fazendo seus pés deslizarem no asfalto da estrada.

"Enlouqueceu de vez?" perguntei, meu tom de voz um pouco mais alto que o normal pela raiva e confusão

Ele soltou uma risada e pareceu relaxar o corpo. "Eu? Não fui eu que desobedeci Azriel, fui?"

Alonguei minhas presas e senti a raiva me consumir ainda mais. "Ele mandou você aqui pra me matar?"

Enoch arregalou os olhos com um sorriso no canto dos lábios no momento em que o perguntei aquilo. Ele soltou uma risada debochada e seus olhos pareceram brilhar por um momento, como se ele tivesse percebido algo.

"Você não."

Franzi o cenho, confusa, mas logo entendi suas palavras. Ele bateu continência para mim sarcasticamente e começou a correr na direção do hotel e não demorou um segundo para que eu corresse atrás dele, o parando quando ele já estava nas portas do hotel e o puxando pela gola do casaco para jogá-lo para trás e impedir que ele entrasse no hotel.

Ele quicou algumas vezes nas pedras da calçada até chegar ao asfalto, mas se recuperou rapidamente, ficando de pé e me atacando. O joguei para longe mais uma vez, sentindo uma fúria desconhecida tomar conta de mim.

"Você é tolo se acha que eu vou deixar você encostar um dedo nela."

"Ela já era para estar morta a essa hora, mas você interrompeu meu jantar e levou minha refeição com você." minhas presas se alongaram e eu rosnei, fazendo-o rir "Vamos lá, minha rainha, não vai querer que uma ordem de seu esposo se mantenha descumprida, vai?"

"Pro inferno com Azriel! Se tentar chegar perto dela eu arranco cada membro do seu corpo."

"Então seu título será posto em prática depois de quase 400 anos?" ele se moveu e eu espelhei seu movimento, impedindo que ele tivesse a chance de entrar no hotel "A rainha sanguinária irá fazer seu retorno depois de séculos?"

Soltei uma risada sem humor mantendo meu olhar nos seus olhos. "Não me importa o que diga, não vai me distrair da missão de fazer você em pedaços."

"E depois o quê? Ele vai mandar outros! A humana irá morrer, não importa quem a mate."

"Tente, seu verme. Quero ver você tentar."

Ele riu e correu para longe, na direção do estacionamento, me fazendo confusa. Só entendi o que ele estava fazendo quando ele começou a escalar a parede do hotel em direção à janela do quarto. Corri até lá e subi o mais rápido possível, puxando a gola de seu casaco novamente, fazendo-o soltar um xingamento e cair no chão com um barulho mais alto que o recomendável para àquela hora da madrugada.

Pulei da parede do hotel e tentei usar a força da queda ao meu favor para socá-lo, mas ele se moveu mais rápido e saiu do meu alcance. Meu punho afundou no asfalto do estacionamento e logo Enoch me puxou pela roupa, me levantando no ar e me jogando com força no chão, fazendo meu corpo reclamar. Ele tentou correr novamente mas eu segurei seu pé antes dele sair do lugar e ele caiu no chão. Levantei rapidamente e o chutei para longe no momento em que ele tentava se levantar. Ele rolou no chão antes de levantar e limpar o sangue que escorria do lado de sua cabeça.

"Eu posso fazer isso pelo resto da vida."

Me mantive parada em meu lugar, considerando minhas opções, e logo olhei para o céu que clareava lentamente, o sol já começando a nascer. Sorri e olhei para Enoch, fazendo-o ficar confuso por alguns segundos.

"Não, não pode. Você não é um Diurno."

"Você passou muito tempo fora, minha senhora. As coisas mudaram."

"Não, não mudaram. Os únicos que Azriel permite essa vantagem são vampiros importantes e alguns outros que foram criados no mesmo período que eu. Até mesmo meu segundo no comando foi privado disso até alguns anos atrás." falei, relaxando meu corpo minimamente "E você é uma criança do século dezoito, Enoch. Não tem minha idade e muito menos é importante."

Ele rosnou com raiva, mas não negou minhas afirmações. Sorri agora mais confiante e cruzei os braços.

"Acho melhor correr para se esconder do sol. A não ser que queira morrer e finalmente livrar o mundo de sua existência."

"Eu vou atrás da sua humana, e vou ter o prazer de tirar cada gota de sangue do corpo dela."

"Espero que lembre Enoch, que lá eu não estarei sozinha. Tenho vampiros leais a mim e eu posso matá-lo se entrar em minhas terras." ameaçei, dando alguns passos em sua direção "E eu farei questão de lhe destruir à moda antiga: preso no meio de uma fogueira até que tudo que sobrem sejam cinzas."

Enoch sorriu soturnamente e fez uma reverência. "Que vença o melhor."

"Eu já venci."

Ele me olhou desgostoso uma última vez antes de correr para longe, sumindo da minha frente. Sentei no chão do estacionamento, me sentindo finalmente relaxar.

Mas talvez meu corpo tenha relaxado demais, permitindo que a tensão do momento me atingisse e eu começasse a chorar. Azriel havia mandado Enoch para matar Molly. Tudo que eu tinha que fazer naquela viagem era proteger Molly, mantê-la longe do perigo, e eu não sabia o quanto mais eu podia falhar naquilo.

Todos os sentimentos ruins pareceram vir de uma só vez: a saudade de Renée, o nojo de Azriel, e a impotência de saber que não poderia proteger Molly para sempre. Tudo aquilo parecia estar sendo liberado em forma de lágrimas.

Olhei para o céu, vendo o sol nascer e tentei pensar em alguma opção para salvar Molly, mas apenas uma veio em minha mente. Implorar a Azriel não era algo que eu gostaria de fazer, mas a vida de Molly dependia daquilo, então eu precisava tentar.

Subi até o quarto do hotel e pus um vestido qualquer, precisava apelar de todo o jeito que eu pudesse. Deixei um bilhete para Molly em cima do criado mudo, pedindo para não se preocupar, mas não especificando onde eu iria ou o que eu iria fazer.

Era deprimente voltar para castelo no dia seguinte em que eu havia esperado não ter mais que voltar. Mesmo sem mandar que avisassem que eu estava ali, eu sabia que algum vampiro já havia avisado a Azriel.

Eu caminhava decidida até a sala do trono e abri as portas sem cerimônia, vendo-o sentado em seu trono me esperando. Ele parecia confuso com minha presença mas não desistia de sua pose autoritária enquanto me observava.

Parei no meio do salão e me preparei para implorar, mas, ao olhá-lo, tudo que senti foi raiva e, quando abri a boca, meu plano foi por água abaixo.

"Você é um monstro." murmurei "Como pôde mandar Enoch, aquela cobra, para matar Molly?"

Eu sabia que havia estragado tudo com aquelas palavras, mas a reação de Azriel foi diferente do esperado. Ele franziu o cenho e se endireitou no trono.

"Do que está falando?"

"Não se faça de inocente, Azriel, você-"

"Posso ser culpado de muitas coisas, Olivia, mas não mandei ninguém atrás de sua humana ou de você."

Inclinei a cabeça, analisando seu rosto e minha mente estava uma confusão. Ele não parecia estar mentindo, mas Enoch havia dito que haviam sido ordens de Azriel...

"Você está mentindo! Enoch foi até onde eu estou hospedada, me atacou e tentou chegar até Molly, dizendo que foram suas ordens!" eu estava sentindo as lágrimas voltarem a se formar em meus olhos pela confusão que eu me encontrava "Pare com suas mentiras!"

"Eu não estou mentindo." ele disse, sério "Não dei ordens a ninguém. Deixei que fosse embora em paz."

"Então o que Enoch fazia lá?" perguntei, irritada

Ele me olhou por alguns segundos, me analisando, e logo voltou sua atenção para um vampiro que estava parado na porta. "Procure Enoch."

"Se isso for algum truque seu, Azriel, eu não medirei forças para machucá-lo."

"Se você me der essa chance," ele disse, sem nem mesmo olhar para mim "acredite em mim apenas desta vez. Você estava com raiva de mim e minha intenção é fazer com que você me ame novamente. Como matar sua humana me ajudaria nisso?"

Soltei uma risada entre as lágrimas e o olhei incrédula. "Não foi o que você pensou quando matou minha família, foi?"

"Eu cometi erros. Eu estava tentando mantê-la perto, queria seu amor só para mim." ele disse e eu o olhei com ódio queimando por trás de meus olhos, fazendo-o soltar uma risada e esfregar suas pálpebras com os dedos "Céus, até no jantar eu fui imprudente e tentei tirar sua humana de junto de você para que você ficasse comigo! E tudo que consegui foi ódio, ódio e mais ódio."

Soltei o ar pelo nariz enquanto sorria, meus olhos ainda refletindo o puro ódio que eu sentia. "Ao menos nisso você está certo."

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa o vampiro voltou a entrar no salão, atraindo nossa atenção.

"Meu senhor, Enoch não voltou ao castelo."

"Ele não é Diurno, deveria ter voltado aos seus aposentos quando o sol nasceu."

"Eu sinto muito, mas ele não voltou."

Franzi o cenho e voltei a olhar para Azriel, tentando decidir se poderia confiar nele ou não. Rolei os olhos, me sentindo derrotada e o olhei, agora transparecendo o quão cansada eu estava, fazendo-o ficar chocado por alguns segundos. Eu não mostrava fraqueza perto dele, mas eu não estava aguentando mais.

"Eu não vou lhe perdoar Azriel. O que você fez a mim não tem perdão. Mas prove que você pode fazer algo de bom pelo menos uma vez em sua existência." ele piscou algumas vezes, confuso "Se o que disse é verdade e você não mandou Enoch, ache-o. E quando o achar, ponha fim na existência daquele verme de uma vez por todas."

Ele não respondeu, apenas me encarou com um pouco de choque ainda em seus olhos.

"Quando o fizer, e se o fizer, me avise e eu saberei que você não estava mentindo ao menos uma vez em todos esses anos. Não quer dizer que vou perdoá-lo, mas ao menos saberei que sua palavra é confiável."

Ia me virar para sair mas fui impedida pelo fato de Azriel ter se colocado em um joelho e curvado a cabeça. Arregalei os olhos vendo aquilo e considerei estar sonhando.

"Se é o que precisa, assim farei."

Não deixei que ele falasse ou fizesse mais nada, apenas virei as costas para ele e saí dali, o deixando ajoelhado no meio de sua própria sala do trono.

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NOTAS DA AUTORA:

Eu odeio o Enoch também. Ele e o Azriel podem queimar no fogo do inferno woop woop.

Próximo capítulo: 20/10!

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