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Me fala da poesia necessária para os dias ordinários,
nessa vida simplória de gestos contidos,
de palavras que não estão nos versos,
mas caladas nos nossos medos,
ou nos sonhos que desistimos,
e também no sentar-se ao pé de uma árvore de folhas verdes
e parar no tempo que criamos.
Fala mais dos versos que te inspiram
e como a sílaba toca a pele
na sensibilidade que a poesia mantém intacta.
Fala, meu amor,
e deixa que os pássaros cantem tímidos
e que essas flores desabrochem nesse jardim suspenso dos seus olhos.
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