37
Certa vez eu olhei por uma janela,
dessas que avistam para o mundo;
olhei por uma inquietação que faz o coração pulsar
como se quisesse realmente viver.
Havia pessoas andando e também pessoas paradas
sob o cimento castigado daquele lugar de chegadas e partidas.
Foi quando a vi parada
e sem retribuir o olhar,
mas percebia-se um sorriso contido em seu rosto.
Eu olhava,
e com os olhos eu gritava para que me notasse, para que me olhasse;
eu pedia para que me amasse.
Eu não sabia seu nome, idade, estado civil,
preferência musical e/ou política;
eu desconhecia seu tom de voz, e principalmente,
não fazia ideia se um dia voltaria a vê-la!
Naquele momento eu só sabia que a amava.
Então, e desde então,
não fiz outra coisa senão amá-la,
ainda que da minha maneira calada e distante.
Eu a amo,
e com ela eu sou feliz como num sonho,
porque ela está sempre junto de mim,
esse que é um amor que não se define em palavras,
mas sim por suportar ausências e carências,
porque esse amor me completa, me impulsiona à vida
e me salva!
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