O silêncio que habita em mim
condiz com a calma que hoje reina em minha alma
e me faz um conhecedor de mim mesmo.

Ostento várias cicatrizes em meu corpo,
e sei o quanto que me custaram
e o quanto me feriram.

Mas hoje não sofro...
se ao fechar meus olhos são os seus olhos que avisto,
ou ao ficar em silêncio
ser da sua voz o único som que reconheço.

Então afirmo que são os seus olhos,
sua voz, seu sorriso,
o ritmo da sua respiração que eu tenho em mim.

Se os seus olhos,
a sua voz, o seu sorriso
e o ritmo da sua respiração não me são atribuídos
é só porque tudo aquilo que lhe define,
interna e externamente,
seja um evento que eu jamais serei capaz de compreender.